O documento descreve o contexto histórico e a vida de Jack London, autor do livro White Fang. London cresceu na Califórnia no século 19 e se tornou um escritor famoso por seus livros sobre a vida selvagem e o Velho Oeste, baseados em suas próprias experiências como marinheiro e prospector de ouro no Klondike. Ele se tornou um dos autores mais populares dos EUA no início do século 20, mas morreu prematuramente aos 40 anos.
2. White Fang- Jack London
Contexto Histórico
O Centro-oeste dos Estados Unidos começou a
ser explorado por caçadores e armadilheiros,
buscando peles valiosas. Os trappers e
cowboys passaram a figurar nos livros de
ficção.Muitas obras inspiraram-se na marcha
para o Oeste, nas caravanas de carroças em
que , famílias inteiras, carregando seus bens
caseiros, se punham a caminho, à busca de um
pouso que lhes pertenceria. Eram os chamados
“pioneers”.
3. White Fang- Jack London
Wild West
A invasão do extremo oeste, no momento em
que a descoberta das riquezas minerais e a
propaganda de suas possibilidades começou a
empolgar a imaginação, encheu de
aventureiros os vastos territórios do
universalmente denominado Wild West.
Durante muito tempo, não existiu ali nenhuma
forma de lei. Essa última fase de ocupação
baseou-se em tumultuosas expedições com
meta no ouro da Califórnia.
4. White Fang- Jack London
Foi uma época conduzida por gente mais
interessada em levar embora as riquezas da
terra do que em se estabelecer para trabalhar.
Eram homens que chegavam dispostos a tudo,
ávidos de lucro, honesto ou desonesto. Levas
de espertalhões e vigaristas acompanharam a
invasão. Ali se encontrava tudo que fazia a
América parecer admirável a uns e execrável a
outros. Estamos falando da segunda metade
do século XIX.
5. White Fang- Jack London
Bret Harte foi o primeiro a esboçar o quadro
que seria tão abundantemente explorado na
literatura e no cinema. Ele foi um contista
pitoresco e romântico, sem realismo e
frequentemente sem realidade. Jack
London(1876-1916) alcançou o Far West na
fase em que os caçadores de ouro iam além
das planícies dos vaqueiros e além das minas
californianas, buscando, nas regiões geladas,
onde ninguém havia ainda pisado, a riqueza
dos minérios que constava haver ali também.
6. White Fang- Jack London
Retratou exploradores solitários, confiantes na
robustez da vontade e dos músculos. Foi
desses homens, que nas regiões do Klondike
e do rio Yukon enfrentavam neves e ventos,
viajando em trenós puxados por cães, até às
vezes virem a morrer em acampamentos
perdidos, repetindo em terra os feitos dos
Vikings. Nesse meio, acha-se o melhor de
Jack London, os escritos que permitiram a
seus patrícios acompanhar os pioneiros até o
fim do território americano.
7. White Fang- Jack London
A história de Jack London
Flora Wellman enfrentou grandes dificuldades para
parir o parrudo John. Primeiro, foi abandonada pelo
pai da criança, William Chaney, astrólogo, jornalista,
andarilho e hippie fora do tempo corria o ano de 1876.
Depois, com a deserção de seu amante, teve de
resistir às várias sugestões que recebeu para que
abortasse o rebento. Doente e debilitada, Flora casou,
sete meses depois do parto, com um veterano de
guerra chamado John London. Daí o sobrenome com
que o jovem John Griffith entrou para a história da
literatura.
8. White Fang- Jack London
John, ou melhor, Jack, viveu uma infância
dura e infeliz em Oakland, uma região pobre
de San Francisco. Na adolescência, trabalhou
como e onde podia. Percorreu os Estados
Unidos como marujo, a exemplo de milhares
de outros desempregados no começo do
século. Essa peregrinação acabou
conduzindo-o à militância política. Aos 19
anos, Jack era conhecido como o Garoto
Socialista de Oakland. Candidatou-se várias
vezes a prefeito da cidade, sem êxito.
9. White Fang- Jack London
Em seguida, Jack trocou a política pela
literatura. Em 1897, passou o inverno na região
do Yukon, no Canadá, e a junção da infância
sofrida, da militância política e da dureza das
condições de vida no Alaska acabou criando
um estilo de literatura e de vida: Jack se
transformava num romancista da natureza e
dos homens rudes, ao mesmo tempo em que
criava para si mesmo a figura de um homem
aguerrido, sempre disposto a enfrentar
polêmicas.
10. White Fang- Jack London
Seu livro Chamado Selvagem, publicado em
1903, quando tinha apenas 29 anos, o levou à
condição de autor mais lido nos EUA nas
primeiras décadas do século. Caninos Brancos
é um clássico de aventuras e O Tacão de Ferro
é considerado uma premonição o primeiro texto
que prevê a ascensão do nazismo na Europa.
Jack escreveu mais de 50 livros em cerca de 15
anos. Entrementes, decidiu fixar-se em Londres.
Investiu suas economias numa casa que
chamou de Wolf House.
11. White Fang- Jack London
Em agosto de 1913, dias antes de ser habitada,
a casa foi consumida por um incêndio.
Nada restou e reconstruir a Wolf House foi uma
fixação que o acompanhou pela vida, junto com
a depressão decorrente do fracasso.
Contraditório, autodidata, Jack defendia ao
mesmo tempo as idéias ascendentes do
socialismo do começo do século. Lênin o citava
como exemplo de escritor e as do mais
extremado individualismo. Seus personagens
traziam sempre um estigma de dor e sofrimento.
12. White Fang- Jack London
Depois de cruzar o Pacífico Sul por 27 meses
num veleiro, já corroído pelas doenças (entre as
quais a uremia) e pelo cansaço, Jack se
acomoda em Sonoma Valley, região da
Califórnia onde constrói seu rancho. Estava
cansado de cidades e pessoas. Em 22 de
novembro de 1916, veio a morte, causada por
ingestão exagerada de barbitúricos. Foi sua
última polêmica, dividindo seus biógrafos entre
os que acreditam na morte acidental e os que
defendem a tese de morte induzida. Mesmo na
morte, Jack não deixou certezas nem quietudes.
13. White Fang- Jack London
Nada melhor que seu texto preferido para
definir a si mesmo:
“Prefiro ser cinzas do que pó. Prefiro ser
um soberbo meteoro, todo átomo em
magnífica explosão, do que um planeta
eternamente adormecido. A verdadeira
função do homem é viver, e não apenas
existir. Não gastarei meu tempo tentando
prolongar esse tempo, usarei esse tempo,
todo o tempo, para viver.”