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Sistema Endócrino
Hipófise: localiza-se abaixo do cérebro, junto do hipotálamo. Divide-se em adeno-hipófise e a
neuro-hipófise.
Adeno-hipófise (origem epidérmica): Sintetiza os seguintes hormônios: do crescimento,
prolactina, endomorfinas e tirotróficos.
Neuro-hipófise (origem no tecido nervoso), atua sobre diversos hormônios como a oxitocina e
o antidiurético.
Os hormônios e o controle da reprodução (da puberdade à gravidez)
Nas mulheres:
O ciclo menstrual: (mulher normal)
->É o período compreendido entre o início de duas menstruações sucessivas, durando entre,
aproximadamente, 28 e 30 dias.
->Inicia-se com a menstruação, que é a liberação de resíduos e sangue do endométrio não
utilizado, por não ter ocorrido gravidez. Um pouco antes da mesma começar, a hipófise
aumenta um pouco a concentração no sangue do FSH (folículo estimulante – gonadotrofina),
que, além de estimular a ovulogênese (crescimento e amadurecimento do óvulo, se o FSH
possuir alguma deficiência na ovulogênese, ocorre a esterilidade, já que os ovários deixam de
funcionar), incita o folículo ovariano de Graaf (atuando sobre os ovários) a produzir
estrógeno.
->O estrógeno é lançado na corrente sanguínea e, além de desenvolver as características
sexuais secundárias femininas (deficiência – ausência da CSSF), desenvolve, também, o
crescimento do endométrio ( deficiência- falha no amadurecimento sexual, pois os óvulos irão
parar de secretar estrógeno). A secreção do FSH pela hipófise é estimulada pelo hipotálamo, o
qual produz e libera o FLG (Fator Liberador de gonadotrofina), já a mesma é inibida também
pelo hipotálamo, que bloqueia a liberação de FLG ( e sem o mesmo a hipófise não secreta FSH
no sangue e, consequentemente, pára a produção de estrógeno pelos ovários), por causa do
alto nível de estrógeno no sangue.
->Quando a quantidade de estrógeno atinge uma elevada concentração, por volta do 12º dia, a
hipófise é induzida a produzir, intensamente, o hormônio luteinizante (LH), o qual, antes da
ovulação, estimula a síntese de progesterona, dentro do ovário (estroma ovariano). Juntos, o
FSH e o LH irão estimular a ovulação (liberação do óvulo do ovário para as trompas de Falópio),
dentro do ovário (células do folículo de Graaf), que ocorre por volta do 14º dia. As
concentrações de FSH e estrógeno caem após a ovulação, enquanto isso, o LH estimula o
folículo ovariano rompido, chamado corpo lúteo, a produzir progesterona. Portanto se o LH
possuir alguma deficiência, o nível de progesterona no sangue diminui (não irá produzir corpo
lúteo), já se tiver muita concentração de progesterona, há o bloqueio da liberação do FLG pelo
hipotálamo (inibição), já que a secreção de LH é estimulada pelo FLG secretado do hipotálamo.
->A progesterona atua sobre o útero, criando condições favoráveis para a implantação e o
desenvolvimento do óvulo se este for fecundado, ou seja, prepara o órgão para receber o
embrião (nidação); estimula o crescimento do endométrio, se ocorrer alguma deficiência, há o
aborto. A queda brusca da produção de progesterona, por volta do 28º dia, provoca a
descamação do endométrio, iniciando uma nova menstruação. A hipófise volta a produzir FSH,
reiniciando o ciclo.
Fecundação: (gravidez)
->Os espermatozoides depositados na vagina nadam ativamente para o interior do útero e,
posteriormente, atingem a trompa de Falópio associada ao ovário onde ocorreu a ovulação,
ocorrendo, no interior da mesma, a fecundação.
->Em três dias, o embrião chega ao útero e, em quatro dias (eficácia da pílula do dia seguinte =
até 48 horas), fixa-se ao endométrio para formar a placenta (glândula endócrina), processo
denominado nidação. Após sua formação, a placenta estabelece um contato entre mãe e feto,
que permite a nutrição, oxigenação e liberação de excretas do embrião, além de produzir um
hormônio chamado gonadotrofina coriônica, que atua no ovário, estimulando o corpo lúteo a
continuar a produção de progesterona e estrógeno, impedindo que a parede do ovário se
desmanche, interrompendo a menstruação (deficiência- aborto).
->A partir do 3º mês, a placenta passa a produzir a própria progesterona.
->Há ainda a presença dos hormônios prolactina e oxitocina:
->A prolactina, produzida pela Hipófise (adeno-hipófise), atua nas glândulas mamárias,
preparando-as e as mantendo prontas para a produção de leite durante a gravidez e a
amamentação. O seu excesso causa a galactorréia (tumor na hipófise), que gera a produção de
leite involuntário pelas glândulas mamárias, já a sua deficiência gera a produção precária de
leite nas mulheres que estão amamentando. Sua inibição é provocada pelo Fator de inibição
de Prolactina, produzido pelo hipotálamo.
->A oxitocina, produzida pela hipófise (neuro-hipófise, o qual estoca os hormônios produzidos
pelo hipotálamo), atua nas mamas, estimulando a liberação de leite durante a amamentação,
e no útero, estimulando as contrações do útero durante o parto, se ocorrer alguma deficiência
nesse último, haverá problemas durante o parto, e a solução é o método da cesariana. A
secreção de oxitocina é estimulada pela sucção das mamas/pela distensão da parede uterina,
os quais são percebidos pelo hipotálamo (através dos neurônios sensoriais viscerais), o mesmo
percebe também o cessar de sução das mamas e o cessar da distensão da parede uterina,
inibindo a secreção.
Nos homens:
->A hipófise (adeno-hipófise) produz o hormônio folículo estimulante FSH (gonadotrofina) que
atua nos testículos (localizados no saco escrotal), mais precisamente nos túbulos seminíferos
(tubos extremamente finos e enrolados em cada testículo). No interior dos mesmos há o
estímulo à produção de espermatozoides (a espermatogênese). Se possuir alguma deficiência,
os testículos param de funcionar, levando à esterilidade ou aspermia (sem produção de
espermatozoides). A secreção de FSH é estimulada pelo LH secretado pelo hipotálamo.
->O LH, produzido pela hipófise (adeno-hipófise), que irá atuar nas células intersticiais (células
de Leydig), as quais se localizam nos testículos, estimulando-as a produzir a testosterona. Se
houver alguma deficiência, os testículos deixam de funcionar e há a ausência das
características sexuais secundárias masculinas, já que a testosterona atuará na pele
(pelos/barbas), na laringe (seu crescimento leva ao engrossamento da voz) e nos músculos
(crescimento – hipertrofia dos músculos), sendo que seu excesso leva à agressividade e sua
deficiência leva à ausência das CSSM, já citadas, eunucos e castratti.
->A secreção de LH pela hipófise é estimulada pelo Fator Liberador de Gonadotrofina
secretado pelo hipotálamo, já sua inibição é causada por um alto nível de testosterona no
sangue, ou seja, o hipotálamo para de secretar o fator liberador de gonadotrofina, sem o
mesmo, a hipófise não secreta LH no sangue, fazendo com que os testículos parem de secretar
a testosterona, diminuindo sua concentração no sangue.
Nos homens e nas mulheres:
A glândula endócrina denominada adrenais (córtez adrenal) produz os andrógenos, que em
excesso causa a virilização, masculinização das mulheres, voz mais grave, aumento dos pelos
no corpo, arrenoblastoma (provoca alterações das CSSF como acontece com as mulheres
barbadas dos circos) e aumento da musculatura. Já sua deficiência causa a perda de libido nas
mulheres.
->OBS: O FSH, LH, TSH e ACDH controlam o funcionamento de outras glândulas.
Os hormônios e o controle do crescimento (gigantismo x nanismo):
->A hipófise (adeno-hipofise), quando estimulada pelo Fator de Liberação de GH, o qual é
produzido e secretado pelo hipotálamo, secreta o hormônio denominado somatotrófico ou GH
(hormônio do crescimento), que atuará nas cartilagens (maior formação da mesma), nos ossos
(crescimento), músculos (aumentando a assimilação de aminoácidos pelas células musculares,
levando ao aumento da síntese de proteínas musculares) e no tecido adiposo( estimulando a
lipólise, ou seja, a quebra de gordura estocada; essa quebra produz ácidos graxos que são
liberados para o sangue e serão assimilados pelas células para serem usados como fonte de
energia).
->Estimula o crescimento do indivíduo durante a infância e adolescência; a proliferação celular
(atividade mitótica) por todas as células do corpo; a síntese de proteínas, aumentando a
assimilação dos aminoácidos provenientes da alimentação e ativando os ribossomos. Inibe o
uso da glicose como fonte de energia.
->Se houver excesso de GH no sangue, a secreção do mesmo pela hipófise é inibida pelo Fator
de Inibição de GH, produzido e secretado pelo hipotálamo.
->Em excesso, esse hormônio causa gigantismo (grande produção de GH quando adolescente,
levando á elevada estatura) ou acromegalia (produção contínua de GH quando adulto,
levando ao crescimento das extremidades ósseas e cartilaginosas). Já em sua falta, causa o
nanismo (quando adolescente);
->É um hormônio produzido durante a infância e a adolescência, seu nível no sangue cai
drasticamente após a puberdade.
->OBS: O GH e a Prolactina não controlam o funcionamento de outras glândulas
Os hormônios e o controle do metabolismo basal (hipertireoidismo e
hipotireoidismo):
->A glândula endócrina hipófise (adeno-hipófise), quando estimulada pelo Fator Liberador de
Tireotrofina, produzido e secretado pelo hipotálamo, secreta a Tireotrofina (TSH), que atua a
tireóide, localizada no pescoço, estimulando-a a liberar os hormônios Triiodotironina (T3) e o
Tetraiodotiroxina (T4), os quais agem nas células do corpo e aumentam o metabolismo basal,
ou seja, aumentam a frequência cardíaca, a intensidade dos batimentos, o que leva a um
aumento do fluxo de sangue para os tecidos; nos pulmões, aumentam a intensidade dos
movimentos respiratórios, aumentando a oferta de O2 para o corpo e intensifica-se a
respiração celular, o que leva a liberação de calor no organismo.
->Para a fabricação desses hormônios, a tireóide utiliza o iodo e se este faltar na dieta
alimentar leva a tireóide a aumentar consideravelmente seu tamanho, formando o bócio
endêmico, pois é uma tentativa de compensação, ou seja, de absorver o máximo possível do
pouco iodo obtido na alimentação.
->Em excesso, causa o hipertireoidismo:
-metabolismo alto;
-temperatura corporal elevada (pessoa sente muito calor);
-sudorese elevada (muito suor);
-emagrecimento (apesar da ingestão dos alimentos);
-batimentos cardíacos acelerados;
-pressão sanguínea alta;
-nervosismo ou irritabilidade;
-insônia
-agitação;
-globo ocular saliente.
->Na sua falta, causa o cretinismo na criança (retardamento no crescimento dos ossos,
deficiência mental) e, no adulto, o hipotireoidismo, cujos sintomas são:
-metabolismo baixo
-pouca produção de calor e baixa tolerância ao frio;
-ganho de peso sem aumento da ingestão de alimentos;
-frequência cardíaca reduzida;
-sonolência, cansaço;
-inchaço por retenção de líquidos em várias partes do corpo.
-raciocínio lento.
->A inibição de TSH, levando à inibição de T3 e T4, é causada pelos altos níveis dos mesmos no
sangue, já que esses altos níveis levam ao bloqueio da secreção do Fator de Liberação de
Tireotrofina no hipotálamo e sem o mesmo a hipófise não secreta TSH, diminuindo os níveis de
T3/T4 no sangue.
Os hormônios e o controle da concentração de cálcio no sangue
(contração muscular e coagulação sanguínea):
->A tireóide também produz, quando estimulada por um nível alto de cálcio no sangue, o
hormônio denominado calcitonina, a qual abaixa o nível de cálcio no sangue de volta ao seu
valor normal (09 a 11 mg/ 100ml de sangue, o qual é importante ficar estável pois participa
dos processos de coagulação do sangue e da contração muscular), sendo inibida pelo mesmo.
Atuará nos intestinos(diminui a absorção de cálcio exógeno – proveniente dos alimentos- do
intestino para o sangue), ossos(estimula o aumento de deposição do cálcio sanguíneo nos
mesmos e diminui a atividade dos osteoclastos, os quais degradam os ossos, para renová-los) e
rins(diminui a reabsorção do cálcio da urina de volta para o sangue, o que leva a mais cálcio na
urina.
->Seu excesso causa a hemorragia e a tetania fisiológica: diminuição de cálcio no sangue, o
que leva a contrações espasmódicas dos músculos esqueléticos (contrações intermitentes),
levando a um quadro convulsivo (excitabilidade neuromuscular exagerada).
->Sua falta causa a coagulação, sem necessidade, do sangue, podendo levar à trombose
(partes do corpo necrosam, ou seja, param de receber O2, H2O e alimentos, fazendo com que
suas células morram). Pode levar, também, à acentuada desmineralização dos ossos,
tornando-os porosos e quebradiços (osteoporose, uma diminuição de massa óssea, em
pessoas idosas e raquitismo, uma espécie de amolecimento dos ossos, em crianças), levando a
um aumento de cálcio no sangue e formação de pedras nos rins.
->As paratireoides são quatro glândulas endócrinas que ficam aderidas à parte posterior da
tireóide e produzem, quando estimuladas por um nível baixo de cálcio no sangue, o
paratormônio, o qual eleva o nível de cálcio de volta ao seu valor normal, sendo inibido pelo
mesmo. Trabalham em sintonia com a calcitonina da tireóide.
->O paratormônio age nos intestinos (ativa a vitamina D, a qual estimula o aumento da
absorção do cálcio exógeno do intestino para o sangue,, sendo que sua produção pela pele é
estimulada pelo sol, já que sem a mesma, o cálcio não é absorvido pelo intestino, saindo pelas
fezes), nos ossos (estimula a liberação do cálcio estocado nos ossos para o sangue
(desmineralização dos ossos via osteoclastos) e nos rins (aumenta a reabsorção do cálcio
presente no filtrado glomerular – no interior dos néfrons- de volta para o sangue)
->Seu excesso leva à acentuada desmineralização dos ossos, tornando-os porosos e
quebradiços (osteoporose, uma diminuição de massa óssea, em pessoas idosas e raquitismo,
uma espécie de amolecimento dos ossos, em crianças), levando a um aumento de cálcio no
sangue e formação de pedras nos rins.
->Sua falta causa a hemorragia e a tetania fisiológica: diminuição de cálcio no sangue, o que
leva a contrações espasmódicas dos músculos esqueléticos (contrações intermitentes),
levando a um quadro convulsivo (excitabilidade neuromuscular exagerada).
Os hormônios e o controle da concentração de glicose no sangue
(diabetes):
->A glândula endócrina, denominada pâncreas, possui células denominadas Ilhotas de
Langerhas (divididas em células beta – produção de insulina e células alfa – produção de
glucagon).
->O pâncreas, quando estimulado por um nível alto de glicose no sangue, produzirá a insulina,
que abaixa o nível de glicose no sangue (glicemia) de volta ao seu valor normal (80 a
120mg/100ml de sangue em jejum), sendo sua secreção pelo pâncreas inibida por esse valor.
->A sacarose (hipercalórica – muita gordura) presente nos alimentos será digerida e se
transformará em glicose no intestino delgado, o qual irá absorvê-la e manda-la para o sangue,
aumentando a taxa de glicemia no mesmo. O pâncreas percebe esse aumento e libera a
insulina (através das células beta), que atuará no fígado(permite o mesmo a assimilação das
moléculas de glicose exógena, as quais serão convertidas em glicogênio e armazenadas), nos
músculos (permite a assimilação da glicose, utilizando-a como fonte de energia) e no tecido
adiposo (permite a assimilação da glicose e a converte em gordura e é estocada). A glicemia
abaixa, voltando ao valor normal, já que essa é a função da insulina, de 80 a 120 mg/100ml de
sangue, sendo abaixo de 80 hipoglicemia( excesso de insulina, levando a desmaios e coma) e
acima de 120 hiperglicemia( deficiência na insulina, levando a Diabetes Mellitus-excesso de
glicose no sangue- e glicosúria – presença de glicose na urina), o pâncreas cessa a liberação
de insulina e, sem a mesma, apenas os neurônios assimilam a glicose.
->Quando a glicemia diminuir, o pâncreas liberará o glucagon (através das células alfa), que
atua no fígado (estimula a glicogênese, ou seja, a quebra de glicogênio em glicose. O estoque
de glicogênio no fígado é suficiente para manter a glicemina no sangue por até 8 horas de
jejum. E estimula a gliconeogênese, ou seja, a produção de glicose a partir de compostos que
não são carboidratos, os aminoácidos, provenientes de proteínas musculares) e, assim, a
glicemia volta ao valor normal, fazendo o pâncreas a cessar a liberação de glucagon. Seu
excesso leva à hiperglicemia, já sua deficiência leva à hipoglicemia, podendo levar a
desmaios e coma.
Os hormônios e a adaptação do corpo ao stress agudo (adrenalina):
->A glândula endócrina denominada adrenais (medula adrenal), quando estimulada pelo
hipotálamo em situações de stress agudo, produz a adrenalina (chamada também de
epinefrina), que é responsável pelo preparo do corpo para enfrentar um grande perigo,
fugindo ou lutando(ativa o sistema nervoso simpático).
->A adrenalina atua nos seguintes órgãos:
-Adipócitos: estimula a quebra de gordura estocada em ácidos graxos e glicerol. Este é
liberado para o sangue e será absorvido pelo fígado, que converterá o glicerol em glicose e a
liberará para o sangue, aumentando a glicemia.
-Fígado: estimula a liberação da glicose estocada sob forma de glicogênio para o sangue
(glicogenólise), aumentando a glicemia. Estimula, também, a produção de glicose a partir de
compostos que não são carboidratos (a gliconeogênese): do glicerol (proveniente da gordura
estocada nos adipócitos). Tal glicose é liberada para o sangue, aumentando a glicemia.
-Coração: aumenta os batimentos cardíacos e a força de cada batimento, o que faz o sangue
circular mais rápido pelo corpo e, assim, aumenta a absorção de glicose nos intestinos e de O2
nos pulmões.
-Brônquios: relaxa os mesmos, permitindo que mais ar chegue até os pulmões, aumentando a
disponibilidade de O2 para o corpo.
-Músculos e cérebro: passam a receber mais sangue, o queal contém mais glicose e mais O2,
permitindo aumentar a taxa de respiração celular e produzir mais energia, aumentando a força
para enfrentar o perigo.
->o excesso desse hormônio provoca a hipertensão, o aumento do metabolismo, a
hiperglicemia, glicosúria e nervosismo.
Os hormônios e a adaptação do corpo ao stress longo/crônico
(cortisona):
->A glândula endócrina hipófise (adeno-hipófise) produz, quando estimulada pelo Fator de
Liberação de Adrenocorticotrofina, secretado pelo hipotálamo em situações de stress
emocional ou stress após esforço físico, a Adrenocorticotrofina (ACTH), a qual age na Adrenal
(córtex adrenal), estimulando-a a secretar seus hormônios. Sua inibição pela hipófise é
causada pelo excesso de glicocorticoides (hormônio produzido pelo córtex adrenal) no sangue,
já que com esse excesso há o bloqueio da secreção do Fator Liberador de Adrenocorticotrofina
no hipotálamo, e sem o mesmo, a hipófise não secreta ACTH no sangue. Sua falta faz com que
as glândulas adrenais (córtex) deixam de funcionar, fazendo com que seus 3 hormônios não
funcionem (glicocorticoides, mineralocorticoides e os andrógenos)
->A glândula endócrina adrenais (córtex adrenal) produz, quando estimulada pelo Fator de
Liberação de Adrenocorticotrofina, secretado pelo hipotálamo em situações de stress
emocional ou stress após esforço físico, o qual estimula a hipófise a liberar o ACTH que age
diretamente nas adrenais, hormônios chamados glicocorticoides (entre eles
cortisol/cortisona), os quais atuarão nos seguintes órgãos:
-Músculos e demais células do corpo (menos o cérebro): bloqueia a assimiliação de glicose e o
uso de glicose como fonte de energia.
-Músculos: estimula a desmontagem das proteínas em aminoácidos os quais passam para o
sangue. Aqui, ou eles serão captados no fígado para a produção de glicose (gliconeogênese),
ou eles serão usados para reparar estruturas celulares.
-Adipócitos: acelera a desmontagem da gordura estocada em ácidos graxos e glicerol. Os
ácidos graxos serão liberados para o sangue para serem usados como fonte de energia,
guardando a glicose para o cérebro. O glicerol será assimilado pelo fígado e convertido em
glicose (gliconeogênese).
-Fígado: glicogenólise: desmontagem do glicogênio em glicose
Gliconeogênese: montagem de glicose a partir de aminoácidos (provenientes de proteínas
endógenas) e de glicerol (proveniente da lipólise nos adipócitos).
Toda essa glicose é liberada para o sangue, elevando a glicemia.
->O excesso desse hormônio causa a Síndrome de Cushing: grandes perdas de proteína
muscular – atrofia e enfraquecimento e hiperglicemia resistente
->Sua falta causa a Doença de Addison (glândulas adrenais não produzem cortisona e
aldosterona), hipoglicemia e hipotensão (pressão baixa).
->Sua inibição pela hipófise é causada pelo excesso de glicocorticoides (hormônio produzido
pelo córtex adrenal) no sangue, já que com esse excesso há o bloqueio da secreção do Fator
Liberador de Adrenocorticotrofina no hipotálamo, e sem o mesmo, a hipófise não secreta
ACTH no sangue.
Os hormônios e o controle do funcionamento dos rins (hormônio
antidiurético e desidratação):
->A glândula endócrina hipófise (neuro-hipófise, o qual estoca os hormônios produzidos pelo
hipotálamo) produz, quando estimulada por uma quantidade baixa de água no sangue, a qual
é percebida pelo hipotálamo, através de uma pequena ingestão de água ou transpiração
intensa, o hormônio chamado antidiurético (ADH), o qual atua nos rins (túbulos do néfron),
controlando a perda de água do organismo por meio da urina. Sua inibição é causada por uma
quantidade alta de água no sangue, também percebida pelo hipotálamo, através de uma alta
ingestão de água.
->O ADH estimula a reabsorção de água do interior dos rins (filtrado glomerular) de volta para
o sangue. Com isso, aumenta o volume de sangue (ou seja, do plasma) e, consequentemente,
a pressão arterial. Sua falta leva a Diabetes insipidus – urina abundante e diluída (20l/dia,
sendo o normal = 15l/dia), isso leva a desidratação e sede intensa, fazendo com que o volume
do plasma diminui.
->O álcool destrói o ADH, mesmo que a hipófise continue a produzí-la, provocando mais água
na urina, e, consequentemente, a desidratação.
Os hormônios e o controle do funcionamento dos rins (aldosterona e
controle da concentração de sódio no sangue):
->A glândula endócrina adrenais (córtex adrenal) produz a mineralocorticoides (entre eles a
aldosterona), que atua nos rins (túbulos do néfron), regulando a concentração de sais
minerais (sódio e potássio) no sangue.
->A secreção de aldosterona pelas adrenais é estimulada por uma baixa concentração de sódio
no sangue, que, por sua vez, estimula os rins a liberarem renina (enzima), a qual ativa o
hormônio presente no sangue, o angiotensinogênio (produzido pelo fígado), transformando-o
em angiotensina, que estimula as adrenais (córtex adrenal) a secretarem a aldosterona para o
sangue). A inibição do hormônio é causada pela concentração normal de sódio no sangue.
-> Muita aldosterona causa a grande reabsorção de sódio do filtrado glomerular de volta para
o sangue, ficando pouco sódio na urina; a água acompanha o sódio e volta para o sangue,
causando elevação do volume do plasma sanguíneo. O coração tem que bater mais forte para
impulsionar o maior volume de sangue e isso eleva a pressão arterial.
->Pouca aldosterona gera pequena reabsorção de sódio do filtrado glomerular de volta para o
sangue e grande quantidade de sódio na urina. A água acompanha o sódio e permanece no
filtrado glomerular, saindo com a urina, causando diminuição do volume do plasma sanguíneo.
O coração precisa fazer uma força menor parai mpulsionar um menor volume de sangue e isso
diminui a pressão arterial.
->O excesso desse hormônio provoca a retenção de sal e consequente retenção de água,
levando à hipertensão.
->A sua falta causa a doença de Addison: perda de grande quantidade de sal e água na urina,
podendo levar à morte em poucos dias.
O sistema excretor humano:
->Os dois rins estão situados um em cada lado da coluna vertebral da parte dorsal do abdome,
logo abaixo do diafragma. Cada um é coberto por uma cápsula fibrosa, fina e resistente, que
protege o córtex, região mais externa, e a medula, região mais interna. No córtex estão
localizados os néfrons, estruturas microscópicas que realizam a filtragem do sangue,
removendo as excreções. Cada rim possui 1 milhão de néfrons.
-> A partir de cada rim, um canal chamado ureter, transporta a urina desde o rim até a bexiga
urinária, que é um órgão oco, muscular e elástico, a qual armazena a urina. A uretra conduz a
urina da bexiga para o meio exterior.
-A estrutura do néfron
->Apresenta, em uma das extremidades, uma expansão denominada cápsula renal. A ela,
segue-se uma região cheia de curvas, denominada túbulo contorcido proximal, que prossegue
para uma região alongada denominada alça de Henle (onde ocorre a absorção da água, porém
pode ocorrer a mesma também dentro do néfron), até chegar ao túbulo contorcido distal.
-A formação da urina:
->O sangue chega aos rins através das artérias renais, que são ramificações da artéria aorta,
cada uma das mesmas ramifica-se no interior de um rim, originando milhares de arteríolas
aferentes, as quais se unem no interior de uma cápsula renal, formando um emaranhado de
capilares denominado glomérulo renal. Os capilares se juntam novamente, formando uma
arteríola aferente, que se ramifica, dando origem a uma rede de capilares que envolvem o
néfron e levam o sangue para a veia renal. Para o sangue sair do rim, cada veia renal
desemboca na veia cava.
->Os capilares do glomérulo de Malpighi, submetidos à pressão arterial, permitem a
passagem, através de suas paredes permeáveis, de diversas substâncias de pequeno peso
molecular, presentes no plasma sanguíneo, tais como água, sais minerais, aminoácidos, glicose
e uréia, entre outros. Essas substâncias atravessam, também, a parede da cápsula renal, que é
fina e permeável, formando-se assim, no interior da cápsula, um líquido: o filtrado glomerular,
que percorre sequencialmente o túbulo contorcido proximal, a alça de Henle e o túbulo
contorcido distal. Durante esse percurso, a parede do néfron reabsorve moléculas de glicose,
aminoácidos, vitaminas, sais minerais e água, que passam para o sangue dos capilares
sanguíneos, que envolvem o néfron, voltando então para o sangue e para a circulação, através
das veias cavas.
-> A uréia, que não é reabsorvida, é conduzida para os tubos coletores, dissolvida em água,
passando para os tubos coletores, dissolvida em água, passando a ser o principal componente
da urina. A reabsorção de substâncias realizadas no néfron ocorre por transporte ativo, e a
reabsorção de água ocorre por osmose. Isso acontece porque o sangue circula ao redor do
néfron é mais concentrado do que o filtrado glomerular.
Portanto, para a produção de urina:
1º- filtração do sangue;
2º- reabsorção de substâncias (do néfron de volta para o sangue);
3º- secreção tubular.

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  • 1. Sistema Endócrino Hipófise: localiza-se abaixo do cérebro, junto do hipotálamo. Divide-se em adeno-hipófise e a neuro-hipófise. Adeno-hipófise (origem epidérmica): Sintetiza os seguintes hormônios: do crescimento, prolactina, endomorfinas e tirotróficos. Neuro-hipófise (origem no tecido nervoso), atua sobre diversos hormônios como a oxitocina e o antidiurético. Os hormônios e o controle da reprodução (da puberdade à gravidez) Nas mulheres: O ciclo menstrual: (mulher normal) ->É o período compreendido entre o início de duas menstruações sucessivas, durando entre, aproximadamente, 28 e 30 dias. ->Inicia-se com a menstruação, que é a liberação de resíduos e sangue do endométrio não utilizado, por não ter ocorrido gravidez. Um pouco antes da mesma começar, a hipófise aumenta um pouco a concentração no sangue do FSH (folículo estimulante – gonadotrofina), que, além de estimular a ovulogênese (crescimento e amadurecimento do óvulo, se o FSH possuir alguma deficiência na ovulogênese, ocorre a esterilidade, já que os ovários deixam de funcionar), incita o folículo ovariano de Graaf (atuando sobre os ovários) a produzir estrógeno. ->O estrógeno é lançado na corrente sanguínea e, além de desenvolver as características sexuais secundárias femininas (deficiência – ausência da CSSF), desenvolve, também, o crescimento do endométrio ( deficiência- falha no amadurecimento sexual, pois os óvulos irão parar de secretar estrógeno). A secreção do FSH pela hipófise é estimulada pelo hipotálamo, o qual produz e libera o FLG (Fator Liberador de gonadotrofina), já a mesma é inibida também pelo hipotálamo, que bloqueia a liberação de FLG ( e sem o mesmo a hipófise não secreta FSH no sangue e, consequentemente, pára a produção de estrógeno pelos ovários), por causa do alto nível de estrógeno no sangue. ->Quando a quantidade de estrógeno atinge uma elevada concentração, por volta do 12º dia, a hipófise é induzida a produzir, intensamente, o hormônio luteinizante (LH), o qual, antes da ovulação, estimula a síntese de progesterona, dentro do ovário (estroma ovariano). Juntos, o FSH e o LH irão estimular a ovulação (liberação do óvulo do ovário para as trompas de Falópio), dentro do ovário (células do folículo de Graaf), que ocorre por volta do 14º dia. As concentrações de FSH e estrógeno caem após a ovulação, enquanto isso, o LH estimula o folículo ovariano rompido, chamado corpo lúteo, a produzir progesterona. Portanto se o LH possuir alguma deficiência, o nível de progesterona no sangue diminui (não irá produzir corpo lúteo), já se tiver muita concentração de progesterona, há o bloqueio da liberação do FLG pelo hipotálamo (inibição), já que a secreção de LH é estimulada pelo FLG secretado do hipotálamo.
  • 2. ->A progesterona atua sobre o útero, criando condições favoráveis para a implantação e o desenvolvimento do óvulo se este for fecundado, ou seja, prepara o órgão para receber o embrião (nidação); estimula o crescimento do endométrio, se ocorrer alguma deficiência, há o aborto. A queda brusca da produção de progesterona, por volta do 28º dia, provoca a descamação do endométrio, iniciando uma nova menstruação. A hipófise volta a produzir FSH, reiniciando o ciclo. Fecundação: (gravidez) ->Os espermatozoides depositados na vagina nadam ativamente para o interior do útero e, posteriormente, atingem a trompa de Falópio associada ao ovário onde ocorreu a ovulação, ocorrendo, no interior da mesma, a fecundação. ->Em três dias, o embrião chega ao útero e, em quatro dias (eficácia da pílula do dia seguinte = até 48 horas), fixa-se ao endométrio para formar a placenta (glândula endócrina), processo denominado nidação. Após sua formação, a placenta estabelece um contato entre mãe e feto, que permite a nutrição, oxigenação e liberação de excretas do embrião, além de produzir um hormônio chamado gonadotrofina coriônica, que atua no ovário, estimulando o corpo lúteo a continuar a produção de progesterona e estrógeno, impedindo que a parede do ovário se desmanche, interrompendo a menstruação (deficiência- aborto). ->A partir do 3º mês, a placenta passa a produzir a própria progesterona. ->Há ainda a presença dos hormônios prolactina e oxitocina: ->A prolactina, produzida pela Hipófise (adeno-hipófise), atua nas glândulas mamárias, preparando-as e as mantendo prontas para a produção de leite durante a gravidez e a amamentação. O seu excesso causa a galactorréia (tumor na hipófise), que gera a produção de leite involuntário pelas glândulas mamárias, já a sua deficiência gera a produção precária de leite nas mulheres que estão amamentando. Sua inibição é provocada pelo Fator de inibição de Prolactina, produzido pelo hipotálamo. ->A oxitocina, produzida pela hipófise (neuro-hipófise, o qual estoca os hormônios produzidos pelo hipotálamo), atua nas mamas, estimulando a liberação de leite durante a amamentação, e no útero, estimulando as contrações do útero durante o parto, se ocorrer alguma deficiência nesse último, haverá problemas durante o parto, e a solução é o método da cesariana. A secreção de oxitocina é estimulada pela sucção das mamas/pela distensão da parede uterina, os quais são percebidos pelo hipotálamo (através dos neurônios sensoriais viscerais), o mesmo percebe também o cessar de sução das mamas e o cessar da distensão da parede uterina, inibindo a secreção. Nos homens: ->A hipófise (adeno-hipófise) produz o hormônio folículo estimulante FSH (gonadotrofina) que atua nos testículos (localizados no saco escrotal), mais precisamente nos túbulos seminíferos (tubos extremamente finos e enrolados em cada testículo). No interior dos mesmos há o estímulo à produção de espermatozoides (a espermatogênese). Se possuir alguma deficiência, os testículos param de funcionar, levando à esterilidade ou aspermia (sem produção de espermatozoides). A secreção de FSH é estimulada pelo LH secretado pelo hipotálamo.
  • 3. ->O LH, produzido pela hipófise (adeno-hipófise), que irá atuar nas células intersticiais (células de Leydig), as quais se localizam nos testículos, estimulando-as a produzir a testosterona. Se houver alguma deficiência, os testículos deixam de funcionar e há a ausência das características sexuais secundárias masculinas, já que a testosterona atuará na pele (pelos/barbas), na laringe (seu crescimento leva ao engrossamento da voz) e nos músculos (crescimento – hipertrofia dos músculos), sendo que seu excesso leva à agressividade e sua deficiência leva à ausência das CSSM, já citadas, eunucos e castratti. ->A secreção de LH pela hipófise é estimulada pelo Fator Liberador de Gonadotrofina secretado pelo hipotálamo, já sua inibição é causada por um alto nível de testosterona no sangue, ou seja, o hipotálamo para de secretar o fator liberador de gonadotrofina, sem o mesmo, a hipófise não secreta LH no sangue, fazendo com que os testículos parem de secretar a testosterona, diminuindo sua concentração no sangue. Nos homens e nas mulheres: A glândula endócrina denominada adrenais (córtez adrenal) produz os andrógenos, que em excesso causa a virilização, masculinização das mulheres, voz mais grave, aumento dos pelos no corpo, arrenoblastoma (provoca alterações das CSSF como acontece com as mulheres barbadas dos circos) e aumento da musculatura. Já sua deficiência causa a perda de libido nas mulheres. ->OBS: O FSH, LH, TSH e ACDH controlam o funcionamento de outras glândulas. Os hormônios e o controle do crescimento (gigantismo x nanismo): ->A hipófise (adeno-hipofise), quando estimulada pelo Fator de Liberação de GH, o qual é produzido e secretado pelo hipotálamo, secreta o hormônio denominado somatotrófico ou GH (hormônio do crescimento), que atuará nas cartilagens (maior formação da mesma), nos ossos (crescimento), músculos (aumentando a assimilação de aminoácidos pelas células musculares, levando ao aumento da síntese de proteínas musculares) e no tecido adiposo( estimulando a lipólise, ou seja, a quebra de gordura estocada; essa quebra produz ácidos graxos que são liberados para o sangue e serão assimilados pelas células para serem usados como fonte de energia). ->Estimula o crescimento do indivíduo durante a infância e adolescência; a proliferação celular (atividade mitótica) por todas as células do corpo; a síntese de proteínas, aumentando a assimilação dos aminoácidos provenientes da alimentação e ativando os ribossomos. Inibe o uso da glicose como fonte de energia. ->Se houver excesso de GH no sangue, a secreção do mesmo pela hipófise é inibida pelo Fator de Inibição de GH, produzido e secretado pelo hipotálamo. ->Em excesso, esse hormônio causa gigantismo (grande produção de GH quando adolescente, levando á elevada estatura) ou acromegalia (produção contínua de GH quando adulto, levando ao crescimento das extremidades ósseas e cartilaginosas). Já em sua falta, causa o nanismo (quando adolescente);
  • 4. ->É um hormônio produzido durante a infância e a adolescência, seu nível no sangue cai drasticamente após a puberdade. ->OBS: O GH e a Prolactina não controlam o funcionamento de outras glândulas Os hormônios e o controle do metabolismo basal (hipertireoidismo e hipotireoidismo): ->A glândula endócrina hipófise (adeno-hipófise), quando estimulada pelo Fator Liberador de Tireotrofina, produzido e secretado pelo hipotálamo, secreta a Tireotrofina (TSH), que atua a tireóide, localizada no pescoço, estimulando-a a liberar os hormônios Triiodotironina (T3) e o Tetraiodotiroxina (T4), os quais agem nas células do corpo e aumentam o metabolismo basal, ou seja, aumentam a frequência cardíaca, a intensidade dos batimentos, o que leva a um aumento do fluxo de sangue para os tecidos; nos pulmões, aumentam a intensidade dos movimentos respiratórios, aumentando a oferta de O2 para o corpo e intensifica-se a respiração celular, o que leva a liberação de calor no organismo. ->Para a fabricação desses hormônios, a tireóide utiliza o iodo e se este faltar na dieta alimentar leva a tireóide a aumentar consideravelmente seu tamanho, formando o bócio endêmico, pois é uma tentativa de compensação, ou seja, de absorver o máximo possível do pouco iodo obtido na alimentação. ->Em excesso, causa o hipertireoidismo: -metabolismo alto; -temperatura corporal elevada (pessoa sente muito calor); -sudorese elevada (muito suor); -emagrecimento (apesar da ingestão dos alimentos); -batimentos cardíacos acelerados; -pressão sanguínea alta; -nervosismo ou irritabilidade; -insônia -agitação; -globo ocular saliente. ->Na sua falta, causa o cretinismo na criança (retardamento no crescimento dos ossos, deficiência mental) e, no adulto, o hipotireoidismo, cujos sintomas são: -metabolismo baixo -pouca produção de calor e baixa tolerância ao frio; -ganho de peso sem aumento da ingestão de alimentos; -frequência cardíaca reduzida; -sonolência, cansaço; -inchaço por retenção de líquidos em várias partes do corpo. -raciocínio lento.
  • 5. ->A inibição de TSH, levando à inibição de T3 e T4, é causada pelos altos níveis dos mesmos no sangue, já que esses altos níveis levam ao bloqueio da secreção do Fator de Liberação de Tireotrofina no hipotálamo e sem o mesmo a hipófise não secreta TSH, diminuindo os níveis de T3/T4 no sangue. Os hormônios e o controle da concentração de cálcio no sangue (contração muscular e coagulação sanguínea): ->A tireóide também produz, quando estimulada por um nível alto de cálcio no sangue, o hormônio denominado calcitonina, a qual abaixa o nível de cálcio no sangue de volta ao seu valor normal (09 a 11 mg/ 100ml de sangue, o qual é importante ficar estável pois participa dos processos de coagulação do sangue e da contração muscular), sendo inibida pelo mesmo. Atuará nos intestinos(diminui a absorção de cálcio exógeno – proveniente dos alimentos- do intestino para o sangue), ossos(estimula o aumento de deposição do cálcio sanguíneo nos mesmos e diminui a atividade dos osteoclastos, os quais degradam os ossos, para renová-los) e rins(diminui a reabsorção do cálcio da urina de volta para o sangue, o que leva a mais cálcio na urina. ->Seu excesso causa a hemorragia e a tetania fisiológica: diminuição de cálcio no sangue, o que leva a contrações espasmódicas dos músculos esqueléticos (contrações intermitentes), levando a um quadro convulsivo (excitabilidade neuromuscular exagerada). ->Sua falta causa a coagulação, sem necessidade, do sangue, podendo levar à trombose (partes do corpo necrosam, ou seja, param de receber O2, H2O e alimentos, fazendo com que suas células morram). Pode levar, também, à acentuada desmineralização dos ossos, tornando-os porosos e quebradiços (osteoporose, uma diminuição de massa óssea, em pessoas idosas e raquitismo, uma espécie de amolecimento dos ossos, em crianças), levando a um aumento de cálcio no sangue e formação de pedras nos rins. ->As paratireoides são quatro glândulas endócrinas que ficam aderidas à parte posterior da tireóide e produzem, quando estimuladas por um nível baixo de cálcio no sangue, o paratormônio, o qual eleva o nível de cálcio de volta ao seu valor normal, sendo inibido pelo mesmo. Trabalham em sintonia com a calcitonina da tireóide. ->O paratormônio age nos intestinos (ativa a vitamina D, a qual estimula o aumento da absorção do cálcio exógeno do intestino para o sangue,, sendo que sua produção pela pele é estimulada pelo sol, já que sem a mesma, o cálcio não é absorvido pelo intestino, saindo pelas fezes), nos ossos (estimula a liberação do cálcio estocado nos ossos para o sangue (desmineralização dos ossos via osteoclastos) e nos rins (aumenta a reabsorção do cálcio presente no filtrado glomerular – no interior dos néfrons- de volta para o sangue) ->Seu excesso leva à acentuada desmineralização dos ossos, tornando-os porosos e quebradiços (osteoporose, uma diminuição de massa óssea, em pessoas idosas e raquitismo, uma espécie de amolecimento dos ossos, em crianças), levando a um aumento de cálcio no sangue e formação de pedras nos rins.
  • 6. ->Sua falta causa a hemorragia e a tetania fisiológica: diminuição de cálcio no sangue, o que leva a contrações espasmódicas dos músculos esqueléticos (contrações intermitentes), levando a um quadro convulsivo (excitabilidade neuromuscular exagerada). Os hormônios e o controle da concentração de glicose no sangue (diabetes): ->A glândula endócrina, denominada pâncreas, possui células denominadas Ilhotas de Langerhas (divididas em células beta – produção de insulina e células alfa – produção de glucagon). ->O pâncreas, quando estimulado por um nível alto de glicose no sangue, produzirá a insulina, que abaixa o nível de glicose no sangue (glicemia) de volta ao seu valor normal (80 a 120mg/100ml de sangue em jejum), sendo sua secreção pelo pâncreas inibida por esse valor. ->A sacarose (hipercalórica – muita gordura) presente nos alimentos será digerida e se transformará em glicose no intestino delgado, o qual irá absorvê-la e manda-la para o sangue, aumentando a taxa de glicemia no mesmo. O pâncreas percebe esse aumento e libera a insulina (através das células beta), que atuará no fígado(permite o mesmo a assimilação das moléculas de glicose exógena, as quais serão convertidas em glicogênio e armazenadas), nos músculos (permite a assimilação da glicose, utilizando-a como fonte de energia) e no tecido adiposo (permite a assimilação da glicose e a converte em gordura e é estocada). A glicemia abaixa, voltando ao valor normal, já que essa é a função da insulina, de 80 a 120 mg/100ml de sangue, sendo abaixo de 80 hipoglicemia( excesso de insulina, levando a desmaios e coma) e acima de 120 hiperglicemia( deficiência na insulina, levando a Diabetes Mellitus-excesso de glicose no sangue- e glicosúria – presença de glicose na urina), o pâncreas cessa a liberação de insulina e, sem a mesma, apenas os neurônios assimilam a glicose. ->Quando a glicemia diminuir, o pâncreas liberará o glucagon (através das células alfa), que atua no fígado (estimula a glicogênese, ou seja, a quebra de glicogênio em glicose. O estoque de glicogênio no fígado é suficiente para manter a glicemina no sangue por até 8 horas de jejum. E estimula a gliconeogênese, ou seja, a produção de glicose a partir de compostos que não são carboidratos, os aminoácidos, provenientes de proteínas musculares) e, assim, a glicemia volta ao valor normal, fazendo o pâncreas a cessar a liberação de glucagon. Seu excesso leva à hiperglicemia, já sua deficiência leva à hipoglicemia, podendo levar a desmaios e coma. Os hormônios e a adaptação do corpo ao stress agudo (adrenalina): ->A glândula endócrina denominada adrenais (medula adrenal), quando estimulada pelo hipotálamo em situações de stress agudo, produz a adrenalina (chamada também de epinefrina), que é responsável pelo preparo do corpo para enfrentar um grande perigo, fugindo ou lutando(ativa o sistema nervoso simpático). ->A adrenalina atua nos seguintes órgãos:
  • 7. -Adipócitos: estimula a quebra de gordura estocada em ácidos graxos e glicerol. Este é liberado para o sangue e será absorvido pelo fígado, que converterá o glicerol em glicose e a liberará para o sangue, aumentando a glicemia. -Fígado: estimula a liberação da glicose estocada sob forma de glicogênio para o sangue (glicogenólise), aumentando a glicemia. Estimula, também, a produção de glicose a partir de compostos que não são carboidratos (a gliconeogênese): do glicerol (proveniente da gordura estocada nos adipócitos). Tal glicose é liberada para o sangue, aumentando a glicemia. -Coração: aumenta os batimentos cardíacos e a força de cada batimento, o que faz o sangue circular mais rápido pelo corpo e, assim, aumenta a absorção de glicose nos intestinos e de O2 nos pulmões. -Brônquios: relaxa os mesmos, permitindo que mais ar chegue até os pulmões, aumentando a disponibilidade de O2 para o corpo. -Músculos e cérebro: passam a receber mais sangue, o queal contém mais glicose e mais O2, permitindo aumentar a taxa de respiração celular e produzir mais energia, aumentando a força para enfrentar o perigo. ->o excesso desse hormônio provoca a hipertensão, o aumento do metabolismo, a hiperglicemia, glicosúria e nervosismo. Os hormônios e a adaptação do corpo ao stress longo/crônico (cortisona): ->A glândula endócrina hipófise (adeno-hipófise) produz, quando estimulada pelo Fator de Liberação de Adrenocorticotrofina, secretado pelo hipotálamo em situações de stress emocional ou stress após esforço físico, a Adrenocorticotrofina (ACTH), a qual age na Adrenal (córtex adrenal), estimulando-a a secretar seus hormônios. Sua inibição pela hipófise é causada pelo excesso de glicocorticoides (hormônio produzido pelo córtex adrenal) no sangue, já que com esse excesso há o bloqueio da secreção do Fator Liberador de Adrenocorticotrofina no hipotálamo, e sem o mesmo, a hipófise não secreta ACTH no sangue. Sua falta faz com que as glândulas adrenais (córtex) deixam de funcionar, fazendo com que seus 3 hormônios não funcionem (glicocorticoides, mineralocorticoides e os andrógenos) ->A glândula endócrina adrenais (córtex adrenal) produz, quando estimulada pelo Fator de Liberação de Adrenocorticotrofina, secretado pelo hipotálamo em situações de stress emocional ou stress após esforço físico, o qual estimula a hipófise a liberar o ACTH que age diretamente nas adrenais, hormônios chamados glicocorticoides (entre eles cortisol/cortisona), os quais atuarão nos seguintes órgãos: -Músculos e demais células do corpo (menos o cérebro): bloqueia a assimiliação de glicose e o uso de glicose como fonte de energia.
  • 8. -Músculos: estimula a desmontagem das proteínas em aminoácidos os quais passam para o sangue. Aqui, ou eles serão captados no fígado para a produção de glicose (gliconeogênese), ou eles serão usados para reparar estruturas celulares. -Adipócitos: acelera a desmontagem da gordura estocada em ácidos graxos e glicerol. Os ácidos graxos serão liberados para o sangue para serem usados como fonte de energia, guardando a glicose para o cérebro. O glicerol será assimilado pelo fígado e convertido em glicose (gliconeogênese). -Fígado: glicogenólise: desmontagem do glicogênio em glicose Gliconeogênese: montagem de glicose a partir de aminoácidos (provenientes de proteínas endógenas) e de glicerol (proveniente da lipólise nos adipócitos). Toda essa glicose é liberada para o sangue, elevando a glicemia. ->O excesso desse hormônio causa a Síndrome de Cushing: grandes perdas de proteína muscular – atrofia e enfraquecimento e hiperglicemia resistente ->Sua falta causa a Doença de Addison (glândulas adrenais não produzem cortisona e aldosterona), hipoglicemia e hipotensão (pressão baixa). ->Sua inibição pela hipófise é causada pelo excesso de glicocorticoides (hormônio produzido pelo córtex adrenal) no sangue, já que com esse excesso há o bloqueio da secreção do Fator Liberador de Adrenocorticotrofina no hipotálamo, e sem o mesmo, a hipófise não secreta ACTH no sangue. Os hormônios e o controle do funcionamento dos rins (hormônio antidiurético e desidratação): ->A glândula endócrina hipófise (neuro-hipófise, o qual estoca os hormônios produzidos pelo hipotálamo) produz, quando estimulada por uma quantidade baixa de água no sangue, a qual é percebida pelo hipotálamo, através de uma pequena ingestão de água ou transpiração intensa, o hormônio chamado antidiurético (ADH), o qual atua nos rins (túbulos do néfron), controlando a perda de água do organismo por meio da urina. Sua inibição é causada por uma quantidade alta de água no sangue, também percebida pelo hipotálamo, através de uma alta ingestão de água. ->O ADH estimula a reabsorção de água do interior dos rins (filtrado glomerular) de volta para o sangue. Com isso, aumenta o volume de sangue (ou seja, do plasma) e, consequentemente, a pressão arterial. Sua falta leva a Diabetes insipidus – urina abundante e diluída (20l/dia, sendo o normal = 15l/dia), isso leva a desidratação e sede intensa, fazendo com que o volume do plasma diminui. ->O álcool destrói o ADH, mesmo que a hipófise continue a produzí-la, provocando mais água na urina, e, consequentemente, a desidratação. Os hormônios e o controle do funcionamento dos rins (aldosterona e controle da concentração de sódio no sangue):
  • 9. ->A glândula endócrina adrenais (córtex adrenal) produz a mineralocorticoides (entre eles a aldosterona), que atua nos rins (túbulos do néfron), regulando a concentração de sais minerais (sódio e potássio) no sangue. ->A secreção de aldosterona pelas adrenais é estimulada por uma baixa concentração de sódio no sangue, que, por sua vez, estimula os rins a liberarem renina (enzima), a qual ativa o hormônio presente no sangue, o angiotensinogênio (produzido pelo fígado), transformando-o em angiotensina, que estimula as adrenais (córtex adrenal) a secretarem a aldosterona para o sangue). A inibição do hormônio é causada pela concentração normal de sódio no sangue. -> Muita aldosterona causa a grande reabsorção de sódio do filtrado glomerular de volta para o sangue, ficando pouco sódio na urina; a água acompanha o sódio e volta para o sangue, causando elevação do volume do plasma sanguíneo. O coração tem que bater mais forte para impulsionar o maior volume de sangue e isso eleva a pressão arterial. ->Pouca aldosterona gera pequena reabsorção de sódio do filtrado glomerular de volta para o sangue e grande quantidade de sódio na urina. A água acompanha o sódio e permanece no filtrado glomerular, saindo com a urina, causando diminuição do volume do plasma sanguíneo. O coração precisa fazer uma força menor parai mpulsionar um menor volume de sangue e isso diminui a pressão arterial. ->O excesso desse hormônio provoca a retenção de sal e consequente retenção de água, levando à hipertensão. ->A sua falta causa a doença de Addison: perda de grande quantidade de sal e água na urina, podendo levar à morte em poucos dias. O sistema excretor humano: ->Os dois rins estão situados um em cada lado da coluna vertebral da parte dorsal do abdome, logo abaixo do diafragma. Cada um é coberto por uma cápsula fibrosa, fina e resistente, que protege o córtex, região mais externa, e a medula, região mais interna. No córtex estão localizados os néfrons, estruturas microscópicas que realizam a filtragem do sangue, removendo as excreções. Cada rim possui 1 milhão de néfrons. -> A partir de cada rim, um canal chamado ureter, transporta a urina desde o rim até a bexiga urinária, que é um órgão oco, muscular e elástico, a qual armazena a urina. A uretra conduz a urina da bexiga para o meio exterior. -A estrutura do néfron ->Apresenta, em uma das extremidades, uma expansão denominada cápsula renal. A ela, segue-se uma região cheia de curvas, denominada túbulo contorcido proximal, que prossegue para uma região alongada denominada alça de Henle (onde ocorre a absorção da água, porém pode ocorrer a mesma também dentro do néfron), até chegar ao túbulo contorcido distal.
  • 10. -A formação da urina: ->O sangue chega aos rins através das artérias renais, que são ramificações da artéria aorta, cada uma das mesmas ramifica-se no interior de um rim, originando milhares de arteríolas aferentes, as quais se unem no interior de uma cápsula renal, formando um emaranhado de capilares denominado glomérulo renal. Os capilares se juntam novamente, formando uma arteríola aferente, que se ramifica, dando origem a uma rede de capilares que envolvem o néfron e levam o sangue para a veia renal. Para o sangue sair do rim, cada veia renal desemboca na veia cava. ->Os capilares do glomérulo de Malpighi, submetidos à pressão arterial, permitem a passagem, através de suas paredes permeáveis, de diversas substâncias de pequeno peso molecular, presentes no plasma sanguíneo, tais como água, sais minerais, aminoácidos, glicose e uréia, entre outros. Essas substâncias atravessam, também, a parede da cápsula renal, que é fina e permeável, formando-se assim, no interior da cápsula, um líquido: o filtrado glomerular, que percorre sequencialmente o túbulo contorcido proximal, a alça de Henle e o túbulo contorcido distal. Durante esse percurso, a parede do néfron reabsorve moléculas de glicose, aminoácidos, vitaminas, sais minerais e água, que passam para o sangue dos capilares sanguíneos, que envolvem o néfron, voltando então para o sangue e para a circulação, através das veias cavas. -> A uréia, que não é reabsorvida, é conduzida para os tubos coletores, dissolvida em água, passando para os tubos coletores, dissolvida em água, passando a ser o principal componente da urina. A reabsorção de substâncias realizadas no néfron ocorre por transporte ativo, e a reabsorção de água ocorre por osmose. Isso acontece porque o sangue circula ao redor do néfron é mais concentrado do que o filtrado glomerular. Portanto, para a produção de urina: 1º- filtração do sangue; 2º- reabsorção de substâncias (do néfron de volta para o sangue); 3º- secreção tubular.