2. Origem de Roma
Povoamento da Península Itálica, notadamente
de uma planície situada na região centro-
oriental, o Lácio
Autóctones: lígures, ao norte e sículos, ao sul
Invasão indo-européia: Italiotas (latinos,
sabinos, volcos e os samnitas)
Após a segunda diáspora, a região foi
largamente ocupada pelos povos oriundos dos
Bálcãs (influencia grega na formação original de
Roma)
3. Formação
Necessidade dos povos do Lácio se proteger
contra as ofensivas dos trucos
Desenvolve-se um núcleo urbano em torno da
fortificação militar, as margens do rio Tibre, que
acabou por dar origem a Roma
4. Mito da formação
A obra Eneida, do poeta Virgílio, narra a origem
de Roma através da história dos gêmeos
Rômulo e Remo, descendentes de Enéas, herói
de Tróia, que foram criados pela loba romana
Estima-se que a fundação de Roma se deu em
meados do séc. VIII a.C. (753 a.C.)
5. Lenda
Na cidade de Alba Longa, depois de uma disputa pelo poder,
Amúlio tirou o trono de seu irmão, o então rei Numitor. Acontece
que a filha de Numitor, Réia Sìlvia, foi obrigada a ser vestal, ou seja,
estava impossibilitada de ter filhos que pudessem posteriormente
reclamar o trono que havia sido de seu avô, já que as vestais eram
obrigadas a permanecer virgens. Só que o deus Marte acabou
ficando apaixonado pela Réia Sílvia e com ela teve dois filhos, que
por acaso eram gêmeos. Ao saber disso, Amúlio mandou enterrar
Réia Sílvia viva e que os gêmeos fossem jogados no rio Tibre.
Lançados ao rio dentro de um grande cesto, eles acabam sendo
encontrados e amamentados por uma loba e depois criados por
um pastor, que lhes dá o nome de Rômulo e Remo. Eles acabm
voltando até a cidade de Alba Longa e depois de devolverem o
trono ao seu avô, decidem escolher um local para fundarem uma
nova cidade. Rômulo acha o local e o demarca com um arado,
fazendo uma marca no chão. Remo acha graça disso e acaba
perturbando seu irmão, que o mata. Apesar de todos esses crimes,
a cidade estaria iniciada.
6. ROMA ANTIGAséculos:
III d.C.
I
VI
VII a.C.
JC
fases:
MONARQUIA
• fundação de Roma (latinos)
• divisão social:
patrícios, plebeus e escravos
REPÚBLICA
• Senado e magistraturas: patrícios
• lutas sociais: concessões à plebe
• expansão territorial e crise política
IMPÉRIO
BAIXO IMPÉRIO:
• declínio e queda
ALTO IMPÉRIO:
• auge da civilização romana
7. Economia
Forma de sobrevivência: agricultura e
pastoreio
Terra, grande fonte de riqueza
8. A sociedade
Patrícios: Elite de proprietários, agrupavam-se
em gens.
O nome patrícios deriva de pater, o mesmo radical
que designava os eupátridas na Grécia
Plebeus: Massa de pequenos proprietários,
artesãos, comerciantes e camponeses
Clientes: Ligavam-se a uma família de
patrícios. Clientela. Obrigações políticas,
militares e econômicas.
9. Monarquia
Estrutura monárquica centralizada na figura do
Rei (Rex): Chefe supremo, sacerdote e juiz
Conselho dos Anciãos (Senado): formado pelos
chefes das principais famílias patrícias
Houveram sete reis no período monárquico
romano (lenda):
- 4 primeiros latinos
- 3 últimos etruscos
10. Reis Romanos
Rômulo
Numa Pompílio
Túlio Hostílio
Anco Márcio
Tarquínio Prisco
Sérvio Túlio
Tarquínio, o Soberbo.
11. Reis Etruscos
A figura dos reis etruscos reflete a disputa entre
as cidades-estados pela hegemonia pela
Península Itálica
Tentaram limitar o poder patrício aliando-se a
setores populares (comerciantes que
enriqueceram em função da presença etrusca)
12. Reis Etruscos
Tarquínio, o Antigo: O primeiro rei romano sobre
,o qual existe alguma documentação escrita.
Realizou grandes obras publicas
Sérvio Túlio: edificou a primeira muralha de
Roma e estabeleceu uma constituição
censitária, dividindo a população em cinco
classes com base na renda
Tarquínio, o Soberbo: O ultimo rei romano,
derrubado por uma revolta patrícia
13. Assembléia Centurial
Roma era governada por reis escolhidos pela
Assembléia Centurial (193 centúrias) e cujo poder
era limitado pelo Senado. A Assembléia centurial
era formada por cidadãos em idade militar que,
além de escolher os reis, elaboravam e votavam
as leis. O Senado ou Conselho de Anciãos era um
órgão consultivo, que possuía o direito de aprovar
ou vetar as leis elaboradas pelo rei.
Divisão solidificava o domínio oligárquico, que
incluía os comerciantes ricos, mesmo de origem
plebéia
14. Assembléia Centurial
193 Centúrias
Cada centúria tem direito a 1 voto
Centúrias = companhias de soldados
Os cidadãos custeavam seu próprio armamento
2 primeiras classes (mais ricas) = 98 centúrias
(infantaria pesada e cavalaria)
Restante = 95 centúrias, contavam com um
numero maior de homens para compensar as
deficiências no armamento
15. Revolta Patrícia (509 a.C.)
Queda do ultimo rei etrusco
Ao longo do governo dos três últimos reis etruscos,
a desigualdade entre patrícios e plebeus se
aprofundou. Os patrícios não cessavam de ampliar
o seu poder com o recrutamento de clientes
Já havia um declínio do poderio etrusco na Itália
Tentativa dos patrícios de resgatarem o monopólio
do poder político, ameaçadas pelas reformas dos
reis etruscos
Cria-se a República
16. A República (509 – 27 a.C.)
República, do latim res publica, ou ‘‘coisa
publica’’
Governo dos cidadãos,porém não democrático
Governo exclusivamente patrício
Principal medida, eliminação do cargo de rei,
acabando com a concentração de poderes.
17. Magistratura
Alta Magistratura:
Cônsules – Em número de dois, com mandato
anual, comandavam o exército e pela
administração (convocavam o Senado e
presidiam os cultos públicos)
Pretores – Responsável pela execução das leis
e da justiça
Censor – Elaborava o censo com base nas
riquezas e vigiava as condutas dos cidadãos
(escolhidos a cada 5 anos)
18. Magistratura
Questor – Responsável pela área financeira.
Edis – Responsáveis pelo policiamento, pelo
abastecimento e pela preservação das cidades
19. Senado
Com o fim da concentração dos poderes
nenhum cargo administrativo estava acima do
Senado (formado por patrícios em caráter
vitalício)
Controlava a administração,as finanças, os
assuntos militares, e exercia os Poderes
Legislativo e Judiciário
Elegia os magistrados
Nomeava um ditador em casos de calamidade
pública, com mandato de 6 meses, podendo ser
prorrogado por mais 6
20. Assembléia Centurial
Passa a exercer somente um papel formal de
ratificador das decisões do Senado
Os patrícios mantém o controle da maioria das
Centúrias e , consequentemente, das decisões
da Assembléia
21. Lutas Sociais
A Republica se torna sinônimo de
marginalização da plebe
A sociedade grega passa a conviver com
intensas lutas sociais entre patrícios e plebeus
22. Lutas Sociais
Após 16 anos da instalação da Republica, os
plebeus travaram 3 anos de batalha contra os
patrícios, afim de ampliar sua margem de
participação nas decisões políticas
Os plebeus retiraram-se para o Monte Sagrado:
a primeira greve social documentada
23. Importância social dos plebeus
Mão de obra essencialmente representada por
plebeus
As centúrias plebéias, muito numerosas, eram
usadas como instrumento de primeiro combate,
servindo para desorganizar o adversário para só
então sobrevir o ataque das centúrias patrícias
As ameaças externas e as necessidades
econômicas fazem os patrícios cederem
parcialmente as exigências
24. Conquistas da Plebe
Os plebeus obtinham os tribunos da plebe,
representantes políticos da plebe com poderes
de vetar as decisões do Senado (490 a.C.)
Concilia Plebis ou Assembléia da Plebe,
composta por plebeus com função de eleger
seus magistrados (471 a.C.)
Lei das Doze Tábuas, compilação escrita das
leis até então orais em Roma e afixadas nas
paredes do Fórum (450 a.C.)
25. Conquistas da Plebe
Suspensão do casamento entre patrícios e
plebeus (445 a.C.)
Outras conquistas:
Leis Licínia-Sextia (367 a.C.) que aboliram a
escravidão por divida, franquearam aos plebeus
a posse das terras do Estado e estabeleceram a
obrigatoriedade de um dos cônsules ser sempre
plebeu
26. Conquistas da Plebe
Em 286 a.C., as lei votadas pela Assembléia da
Plebe passam a ter validade para todo o Estado
romano (plebiscito)
27. A formação do Estado Itálico (395-270 a.C.)
Marco inicial: vitória sobre os etruscos em 395
a.C. e a anexação da Etrúria aos domínios
romanos
Expansão de caráter defensivo, a fim de
eliminar inimigos potencialmente perigosos
(Batalhas contra Pirro, Rei do Épiro)
Vitória sobre os etruscos e sobre os gauleses
desencadeou uma reação em cadeia
Livres dos principais adversários que tinham na
península, domina do norte da Itália até as
regiões da Sicília, rivalizando com Cartago
28. Guerras Púnicas
Região de Cartago era chama da pelos
gregos de Punis = Guerras Púnicas (264-146
a.C.)
3 confrontos (264; 202 e 146 a.C.), todos
vencidos pelos romanos, tendo o último
arrasado totalmente seu rival
29. Primeira Guerra (264-241 a.C.)
Fruto da extensão do domínio romano à Sicília,
herdando a rivalidade entre Cartago e as
cidades da Magna Grécia
Roma transforma-se em potencia terrestre e
naval, dominando as ilhas da Sicília, Córsega e
Sardenha
30. Segunda Guerra (219-202 a.C.)
Aníbal,neutralizou toda a estrutura de defesa
romana invertendo toda lógica do ataque
Ao perder grande parte de sua tropa no trajeto,
devido a difícil travessia dos Alpes e as intensas
batalhas contra os exércitos romanos, não teve
condições militares para invadir Roma
Tropas romanas da Sicília invadem Cartago,
obrigando Aníbal a voltar
Decisiva derrota na batalha de Zama
31. Segunda Guerra (219-202 a.C.)
Roma controla os antigos domínios
cartagineses, incorporando à Península Ibérica,
o noroeste da África e o sul da França
32. Terceira Guerra (150-146 a.C.)
Após a tentativa de reerguer-se, Cartago tem
sua sentença definitiva proferida pelo Senado
romano: delenga est Carthago
Cartago foi devastada, seus habitantes mortos
ou vendidos como escravos, as ruínas levadas
ao mar e seu território declarado maldito,
salgado para que ali nada pudesse crescer
33. Controle do Mediterrâneo
Após seguidas guerras Macedônia e Grécia
são transformadas em províncias (146 a.C.)
e o reino de Pérgamo, incorporado (133 a.C.)
Conquista no ano I a.C. a Síria, o Egito e o
Ponto
Mediterrâneo, mare nostrum
34. Transformações econômicas e sociais
Aniquilação da pequena agricultura plebéia,
voltada essencialmente para a produção de
gêneros de consumo interno
Vasto comércio ocupava o lugar da atividade
agrícola
Classe dos pequenos proprietários tende a
desaparecer devido a concorrência das
províncias e ao latifúndio patrício, o qual tinha
seu crescimento fortemente baseado na mão de
obra escrava
35. Transformações econômicas e sociais
Crescimento da escravidão = miséria da plebe
Os plebeus endividados entregavam suas terras
aos patrícios para sanar seus débitos =
processo de concentração fundiária voltada a
uma produção extensiva de exportação
Miséria da plebe = êxodo rural, concentrando
em Roma uma massa miserável (tensão social e
política)
36. Transformações econômicas e sociais
Novo setor social de comerciantes plebeus
ricos, homens novos ou cavaleiros
Marginalizados politicamente por serem plebeus
e adversários do Estado patrício por serem ricos
O exército passa a ser profissional no séc. II
a.C., troca da estrutura centurial por uma força
militar permanente submetida a uma hierarquia
rígida, no topo da qual se achavam os generais
O exército se torna uma força política a margem
da estrutura republicana, pois o general passa a
representar um poder extraordinário
37. Elementos que iniciaram a crise da
Republica
Luta de plebeus miseráveis e escravos por
melhores condições de vida
+
Generais e homens novos em busca do poder
=
Guerras civis e lutas internas