O documento discute as principais fontes de energia no Brasil, incluindo energias renováveis como biomassa e hidrelétrica, não renováveis como petróleo, e alternativas como solar e eólica. Ele explica a transição do Brasil de uma economia baseada em biomassa para uma economia industrializada que depende mais de petróleo e hidrelétrica, e como o sistema elétrico foi centralizado sob a Eletrobrás antes de ser privatizado nas décadas seguintes.
1. Fontes de energia
-Primárias: são aquelas que pode-se encontrar na natureza, as quais podem ser assim
utilizadas ou transformadas (secundárias). Divide-se em renováveis e não renováveis:
*Renováveis: são aquelas que a natureza possui maior velocidade de recomposição do
que o homem de uso
*Não renováveis: são aquelas em que o processo de uso do homem é mais rápido do
que o de recomposição da natureza. Exemplos: petróleo, carvão mineral e gás natural,
ou seja, combustíveis fósseis
-Secundária: Deriva das transformações das primárias. Exemplos: gasolina,
eletricidade
Energia, desigualdade e a questão ambiental
-Mesmo que um país possua importantes fontes de energia (como petróleo), não
significa que sua população terá um alto padrão de vida. Esse fato, além de gerar
desigualdades energéticas no mundo, causa também no país que o possui
-Por outro lado, há também a questão da limitação dos combustíveis fósseis e a
consequência de sua queima, ou seja, a liberação de gases-estufa, causando o
agravamento do efeito estufa. Somente a população dos EUA são responsáveis pela
emissão de um quarto da emissão de gases estufa na atmosfera
-O consumo de energia e a emissão de gases na atmosfera dos países desenvolvido
apenas se sustentam, ainda, devido ao baixo desenvolvimento dos outros países, os
quais não possuem altos índices de emissão
Industrialização e as fontes de energia no Brasil
-Até 1930: Brasil tem como base energética a biomassa, já que sua economia é baseada
na agricultura para o mercado externo
-Após 1950: após a crise de 1929, com a quebra da bolsa de NY, houve o declínio da
economia cfeeira no Brasil, já que, com a quebra de seu maior importador, os EUA, o
consumo de café caiu muito, levando os barões de café a queimarem o mesmo,
obrigando-os a investir nas indústrias
-A industrialização fez com que as fábricas exigissem uma maior demanda de energia
para seu funcionamento, assim como para seus produtos, principalmente a energia
elétrica, além da necessidade do petróleo, já que a maioria dessas fábricas eram
automobilísticas
2. Energia elétrica no Brasil
-Maior parte é produzida pelas hidrelétricas (água dos rios giram turbina), gerando um
grande impacto ambiental e social. Para a construções dessas usinas, é necessária a
criação de barragens, as quais produzem águas artificiais, que inundam grandes
extensões, eliminando os ecossistemas nas redondezas e a população tem de ser retirada
Sistema elétrico brasileiro
-Com a industrialização e a urbanização, precisava-se expandir a produção elétrica,
necessitando-se de uma centralização no governo, já que ao invés da termelétrica, o
governo escolheu a usina hidrelétrica, as quais possuem grandes custos de implantação
com retornos financeiros demorados
-Há também a questão das chuvas, a qual não pode influenciar no funcionamento da
usina
-Por isso, foi necessária a montagem de um sistema que integrasse a produção (usinas),
a transmissão (longas distâncias) e a distribuição (até o consumidor)
-1961: Criação da Eletrobrás, estatal a qual passou a gerenciar o sistema, comandando
várias empresas federais, estaduais ou privadas, abrangendo as etapas de produção,
transmissão e distribuição
-Maior usina: Itaipu
O desmonte do sistema energético brasileiro
-A partir de 1980: muitos recursos originados do setor elétrico passaram a ser drenados
para o pagamento de dívidas governamentais
-2990: com os governos neoliberais, tornou-se necessário um constante corte dos gastos
públicos em diversos setores, principalmente com o elétrico. O governo viu uma ótima
oportunidade na venda das estatais energética para equilibrar suas contas
-Com a privatização, a centralização deve continuar, formando-se uma empresa
chamada NOS (Operador Nacional do Sistema), que tem a função de determinar quanto
cada usina produzirá de energia e jogará na rede de transmissão e distribuição. Esse
detalhe faz com que não haja competição entre as empresas
-Há também o risco para os investidores, já que a construção das usinas hidrelétricas é
demorada e custosa, fazendo com que o governo investisse na termelétrica, as quais
funcionam apenas em épocas de seca. Assim, os investimentos se concentraram apenas
nas empresas já construídas
-Soluções: ou o governo faz uma garantia de câmbio (contrato para que o governo
venda dólares ao mesmo preço que a empresa pagou no investimento) ou propor que o
Estado compre toda a energia produzida
3. O programa nuclear brasileiro
-Matriz da energia termonuclear: urânio
-Ganhou força nos governos militares, na Guerra Fria,
Petróleo no Brasil
-Quantidade suficiente para tornar o país autossuficiente
-Centrado no transporte (gasolina, óleo diesel) e nas indústrias
-10% é importado do Oriente Médio e da América Latina. Antes a porcentagem era bem
maior, até o primeiro choque (1973), quando os preços dispararam, fazendo com que o
Brasil intensificou as pesquisas nas bacias sedimentares na busca de novos poços
Biomassa: Feita de matéria orgânica recente, diferentemente dos combustíveis
fósseis, os quais são produzidos a partir da decomposição dessa matéria, a qual pode
levar milhões dee anos para se completar
Fontes alternativas: Energia solar, energia eólica, geotérmica (usa temperatura de
vulcões ativos) e das ondas