4. PAULO E O IMPÉRIO: LENDO AS
CARTAS DE PAULO EM SEU
CONTEXTO
5. CONFERÊNCIA I - PAULO E O IMPÉRIO: LENDO AS CARTAS
DE PAULO EM SEU CONTEXTO
6.
7. Leste: Capadócia
Norte: Ponto e Bitínia e Montes da Paflagônia
Oeste: Ásia Menor
Sul: Lícia e Panfília (eventualmente unida à Cilícia) e
Montes Tauro
Cidade Principal: Ancira (hoje Ancara, capital da
Turquia)
Rios: Hális, Sangário
8. GALÁCIA
Cidades
• Suas principais cidades eram Távio, Pessino e Ancira (Ancara).
Domínio Romano - Etnarquia
• Durante as guerras civis romanas do primeiro século a.C, o príncipe
gálata Amintas adquiriu um grande domínio que, por favor de Augusto,
teve a permissão de reter.
• O "reino da Galácia" compreendia, além da Galácia propriamente dita,
partes da Frígia, Licaônia, Isauria, Pisídia, Panfília e Cilícia ocidental.
• Em 25 a.C, o reino de Amintas passou para as mãos dos romanos.
Domínio Romano
• A administração de alguns dos territórios que Amintas havia adquirido
estava sujeito a flutuação (em meados dos anos 40, a Cilícia
ocidental, com parte da Licaônia, pertenciam ao reino de Antíoco de
Comagene).
• Mas no todo a área do domínio de Amintas compreendia a província
romana da Galácia.
10. CORINTO
Primórdios
• Sua maior fama ocorrera sob Periandro (c. 625-583 a.C), mas depois de
sobreviver a muitas guerras, acabou finalmente como vítima dos romanos.
Destruição pelos romanos
• Por causa do importante papel desempenhado por Corinto na guerra aos
romanos, como cidade participante da Liga da Acaia, o cônsul Múmio
incendiou e arrasou a cidade, matou seus homens e vendeu suas mulheres e
crianças como escravos (146 a.C).
Anexação à Macedônia
• A Acaia tornou-se parte da província da Macedônia; a própria Corinto, embora
não fosse abandonada de todo, tornou-se insignificante pelos cem anos
seguintes.
Refundação por Júlio César
• Em 44 a.C. ela foi fundada de novo como colônia por Júlio César, que lhe deu
o nome de "Colônia Laus Julia Corinthiensis — Corinto, o Louvor de Júlio―. Em
27 a.C, Augusto separou a Acaia da Macedônia e fez de Corinto a cidade
capital. A nova província foi colocada sob o governo do senado. Sendo
província senatorial, era governada por um procônsul.
11. GALÁCIA
Nova Anexação à Macedônia
• Em 44 d.C. houve o início de novo período de união e separação entre a
Macedônia e a Acaia.
A reputação de Corinto
• A prosperidade voltou e, com ela, a reputação de perversidade, embora se
deva questionar se de fato Corinto era pior do que qualquer outra cidade
portuária do leste do Mediterrâneo.
A propaganda ateniense
• Há uma suspeita de que a má propaganda ateniense tinha algo que ver
com a fama de Corinto quanto à licenciosidade: com frequência os frutos
do comércio sofrem a inveja dos que se dedicam à cultura intelectual.
A tradição latina
• No entanto, não se pode negar que Corinto era uma cidade em que
"ninguém senão os mais fortes conseguem sobreviver" (Horácio, Epístolas
1.17.36).
12. ROMA
Plínio, o velho, dissera de Roma que ela excedera em tamanho todas as
cidades do mundo (História Natural 3.66s.), e teriam experimentado, nas
palavras de Horácio, "a fumaça e a riqueza e o barulho de Roma", a capital e
eixo do império (Odes 3.29.12).
―Sou um cidadão romano‖ – Cícero, discurso contra Verres (Cic. In Ver.
5.2.147)
A associação entre ser cidadão e ser romano é uma das mais fortes relações
de identidade que se pode notar no mundo romano.
NICOLET, C. O cidadão e o político. In: GIARDINA, A. O homem romano. Lisboa:
Presença, 1992. p. 22. ―Humildes ou poderosos, governados por
assembleias ou por magistrados eleitos anualmente e por um senado, ou
por um príncipe vitalício (ao lado do qual, aliás, continuam a existir as
antigas instituições), nenhuma hesitação é possível: cada romano é um
cidadão, e todo aquele que possua ou adquira o ―direito de cidadania‖, a
―cidadania‖ romana, é automaticamente romano‖.
A civilização romana, senhora do Mediterrâneo, tratava os
demais povos por meio de relações clientelares. Seu
expansionismo fundamentava-se pela sua auto-imagem de
13. O PATRONATO
Dionísio de Halicarnasso, em sua História Antiga de
Roma (Antiquitates Romanae), 2.9
―Rômulo, depois que distinguiu os poderosos dos
humildes, deu leis de acordo com aquilo, e dispôs o que
cada grupo devia fazer. Os patrícios deviam realizar as
funções religiosas, desempenhar os cargos, administrar
justiça e dirigir com ele os assuntos públicos, dedicando-
se ao que concernia à cidade. Os plebeus estavam
excluídos de todo o anterior por serem desprovidos de
experiência nestas ocupações e por não ter tempo para
elas por causa de sua escassez de meios: deviam cultivar
a terra, criar gado e dedicar-se a ofícios lucrativos (...) Aos
patrícios entregou os plebeus como ‗depósito‘, ordenando
que cada plebeu escolhesse aquele que quisesse como
patrono (...) Rômulo prestigiou a relação com um nome
adequado, chamando patronato a esta proteção dos
pobres e humildes; deu a uns e outros funções úteis,
fazendo desta mútua dependência algo benéfico e social.‖
15. • ou pobres por
circunstância,
que não tinham
dinheiro mas
que não eram
detentores das
mazelas
comuns aos
outros pobres
• cuja condição
refletia uma
índole do
espírito.
• tinham recursos
para participar
dos collegia, e
que podiam
votar, ou
ofereciam
algum benefício
aos seus
patronos.
• não fazia
sentido ser bom
com quem não
tinha como
retribuir.
OS CLIENTES
16. Officium do
Cliente
• Salutatio
• Saudar o patrono
• Commendatio
• Recomendar o patrono
• Suffragatio
• Votar no parono
• Representar o cliente
• Sportula
• originalmente uma cesta
com uma refeição
• uma quantia em dinheiro
DEVERES DE PATRONOS E CLIENTES
17. O SACERDOTADO
• Deuses e homens estavam sempre interagindo na urbs, presentes nos
rituais, nos templos, nos jogos, nos eventos públicos.
Religião Romana e Civilidade
• Os deuses são, antes de tudo, protetores que se devem agradar
devidamente, numa relação de troca.
O Valor Social das Divindades
• A relação dos romanos com seus deuses assemelha-se à relação que os
homens devem manter com os reis ou patronos, seguindo o modelo das
relações políticas e sociais então vigentes (VEYNE, 1989, p. 204).
Religiosidade e Patronato
• A religião romana tinha uma face privada e uma outra pública.
Dimensões da Religião Romana
20. • a paz e a
prosperidade
de Roma
dependiam da
vigilância dos
deuses
• traria derrotas
militares,
epidemias ou
catástrofes
naturais
• Religio versus
superstitio
• Ligada ao
Imperador
• pater familiae
• pontifex
maximus
• princeps
OS CLIENTES
21. Religião Cívica
• Obrigações
públicas
• Cultos e
celebrações cívicas
• Obrigações
privadas
• Cultos e
celebrações cívicas
alternativas
RELIGIÃO CÍVICA E CRISTÃ
22. PRESSUPOSTOS
1. Não há na época de Paulo a ideia de ―direita‖ e
―esquerda‖.
2. A separação atual entre religião e política não fazia
sentido no Mundo Antigo.
3. Há ―alusões‖ e ―ecos‖ em Paulo do seu contexto de
enunciação
23. PRESSUPOSTOS
1. O Império Romano estendeu ao mundo os antigos ideais da República:
liberdade e justiça
2. Augusto acabou com a guerra civil, estabeleceu a paz e foi chamado
de ―Salvador‖.
3. Liberdade, justiça e paz eram os temas da
propaganda imperial.
4. O nome dado aos valores positivos trazidos pelo
imperador era ―Evangelho‖.
5. A máquina de guerra romana punia brutalmente rebeliões.
6. O imperador romano era chamado de ―Filho
de Deus‖ nas províncias orientais.
24. ROMANOS
Rm 12.1
• Rogo-vos, pois, irmãos, pelas misericórdias de
Deus, que apresenteis o vosso corpo por
sacrifício vivo, santo e agradável a Deus, que é
o vosso culto racional.
Rm 12.2
• E não vos conformeis com este século, mas
transformai-vos pela renovação da vossa
mente, para que experimenteis qual seja a boa,
agradável e perfeita vontade de Deus.
Rm 12.4
• Porque assim como num só corpo temos
muitos membros, mas nem todos os membros
têm a mesma função…