SlideShare ist ein Scribd-Unternehmen logo
1 von 48
PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM CIÊNCIA DA
INFORMAÇÃO
DOUTORADO EM CIÊNCIA DA INFORMAÇÃO
(PPGCI-UFRJ-IBICT)
METRIAS DA COMUNICAÇÃO E INFORMAÇÃO CIENTÍFICAS E A
CONTRIBUIÇÃO DOS PESQUISADORES DA
UNIÃO SOVIÉTICA E RÚSSIA
ROBERTO LOPES DOS SANTOS JUNIOR
Orientadoras : Rosali Fernandez de Souza
Lena Vania Ribeiro Pinheiro
Contextualização da pesquisa
• País com status de influente potência internacional
- grau de investimento em Ciência e Tecnologia
- desenvolvimento de áreas de pesquisa e desenvolvimento;
- formação de centros de pesquisa de qualidade ;
- produção acadêmica (artigos científicos, comunicações em congressos,
entre outros) e de patentes; e
- fomento à inovação nas empresas e instituições públicas e privadas
• Rússia ( antiga União Soviética) superpotência:
- campo científico e tecnológico expressivo;
- consolidação das áreas em ciência e tecnologia na URSS;
- quantificação da produção científica e tecnológica ;
- prognósticos do desenvolvimento de C&T ; e
- desenvolvimento de estudos cientométricos.
Definição da ambiência da pesquisa
• Estudos métricos ou de caráter quantitativo na URSS
- início : final do século XIX e início do século XX
- consolidação: décadas de 1960 e 1970
- continuação das atividades na Rússia após a dissolução da URSS
em 1991 (WOUTERS, 1999)
• Contribuições de autores russos/ soviéticos para esse campo de estudo:
- V. Nalimov 1910-1997
- G. Dobrov 1929-1989 (república soviética da Ucrânia)
- A. I. Mikhailov 1905-1988
- V. Markusova após o fim da URSS
Questões da pesquisa
• De que forma ocorreu o desenvolvimento dos
estudos de metrias na antiga URSS e na Rússia pós-
soviética?
• Quais as principais temáticas analisadas e discutidas
pelos pesquisadores “líderes” em metrias, na URSS e
Rússia?
JUSTIFICATIVA
• representatividade numérica e de conteúdo da
produção bibliográfica soviética em estudos métricos
• reconhecimento da contribuição da pesquisa
russo/soviético para o desenvolvimento das metrias -
especialmente bibliometria e cientometria - e o
fato dessa produção ser pouco estudada no Brasil e
no exterior
• possibilidade de investigar produção científica
publicada de Nalimov, Dobrov, Mikhailov e
Markusova que se encontra em língua inglesa,
francesa e espanhola.
Hipótese
• a contribuição de determinados autores
oriundos da antiga URSS e da Rússia pós-
comunista referente aos estudos teóricos
relacionados à cientometria, bibliometria e
informetria é consistente e o cenário russo-
soviético é relevante para o desenvolvimento
e evolução dessas disciplinas científicas.
OBJETIVOS
Objetivo Geral
• analisar a produção científica em estudos de metrias da comunicação e
informação científica na antiga União Soviética e Rússia, a fim de identificar
autores e sua contribuição para o desenvolvimento dos estudos quantitativos
Objetivos específicos
• estudar o cenário histórico do campo científico e tecnológico da antiga URSS e
Rússia, buscando contextualizar origem, trajetória e instituições onde os estudos
métricos foram desenvolvidos
• identificar os principais temas estudados pelas métricas em informação científica
na antiga URSS/ Rússia - meados da década de 1960 até o início dos anos 2000 - e
temas referentes à comunicação científica e políticas de investimentos nos setores
em Ciência e Tecnologia, visando a conhecer a contribuição do russo/soviético
nesse campo de estudo
METODOLOGIA
• Pesquisa de natureza documental-descritiva e exploratória, contemplando
três etapas marcantes:
Primeira parte: levantamento e discussão das origens, evolução e
desenvolvimento dos estudos de metrias, destacando principais
características e áreas interdisciplinares
Segunda parte: identificação do estado da arte em Ciência, Tecnologia e
Inovação na antiga União Soviética e Rússia, destacando informações sobre a
evolução e consolidação dos estudos de metrias durante o século 20 e início
do século 21
Terceira parte: estudo da produção dos autores Nalimov, Dobrov, Mikhailov e
Markusova para identificar os principais conceitos e tópicos que nortearam
as respectivas pesquisas em metrias na URSS/ Rússia
Metodologia de Coleta de Dados
• Revisão de literatura do desenvolvimento histórico e principais
características dos estudos de metrias em geral
• Fontes de naturezas diversas (livros, artigos de periódicos, comunicações
em congressos) de áreas do conhecimento diferentes para embasar a
investigação dos estudos métricos na antiga URSS e Rússia:
- fontes das áreas da História da Ciência,
Sociologia da Ciência, Filosofia da Ciência e
Ciência da Ciência
- fontes referentes ao desenvolvimento dos estudos
métricos na URSS após 1956
• Revistas científicas onde Nalimov, Dobrov, Mikhailov e Markusova
publicaram artigos, com destaque para as revistas Industrial Laboratory,
Research Evaluation e Technological Forecasting and Social Change.
Principais fontes consultadas dos autores analisados
• MIKHAILOV: livros Fundamentos da Informatika (1968), Curso
introdutório sobre informação / documentação (1971) e
Comunicação Cientifica e Informatika (1976), em colaboração com
A. Chernyi e R Gilyarevskyi
• DOBROV e NALIMOV, produção em periódicos de diferentes áreas,
livro Cientometria (1969), escrito por Nalimov e Mulchenko
• MARKUSOVA, artigos e apresentações em congressos e simpósios
realizados entre as décadas de 1990 e 2000; conferências realizadas
pelo International Society for Scientometrics and Informetrics (ISSI)
REFERENCIAL TEÓRICO
Estudos de Metrias
• Bibliometria : “(...) estudo dos aspectos quantitativos da produção,
disseminação e uso da informação registrada. (...) desenvolve padrões e
modelos matemáticos para medir esses processos, usando seus resultados
para elaborar previsões e apoiar tomadas de decisões” (VANTI, 2002, ).
• Cientometria: “(...) estudo de aspectos quantitativos da ciência como uma
disciplina ou uma atividade econômica. Faz parte da sociologia da ciência
e tem sua aplicação nas decisões políticas sobre a ciência.”. Tague-Sutcliffe
(1992)
• Informetria: “(...) estudo dos aspectos quantitativos da informação em
qualquer formato, e não apenas registros catalográficos ou bibliografias,
referente a qualquer grupo social, e não apenas aos cientistas. A
informetria pode incorporar, utilizar e ampliar os muitos estudos de
avaliação da informação que estão fora dos limites da bibliometria e
cienciometria (MACIAS-CHAPULA, 1998,)”.
• Webometria: “(...) uso das técnicas bibliométricas para estudar as
relações entre diferentes sites em ambiente Web (ROBREDO, VILAN FILHO,
2010)”
ESTUDOS DE METRIAS NA CI
“técnicas quantitativas e estatísticas de medição
dos índices de produção e disseminação do
conhecimento científico”
(FONSECA, 1986 & ARAÚJO, 2006)
Evolução e desenvolvimento de setores em
Ciência e Tecnologia na URSS e Rússia (1920-1945)
ANOS 1920
- surgimento de universidades e centros de pesquisa
- criação de institutos ligados à área militar, econômica e a campos como medicina
e comunicação, favorecendo a descentralização das pesquisas produzidas no país
- reestruturação da Academia de Ciências russa
ANOS 1930-1940
- aumento do número de profissionais possuidores de um nível educacional elevado
: de 543 mil em 1928 para mais de 2 milhões e 500 mil em 1941
1936 – 1940 período de repressão Stalin
- centenas de cientistas expurgados de seus cargos, presos e executados
Segunda guerra mundial
- centros de pesquisa e institutos transferidos ou diminuíram atividade
- intelectuais e cientistas sofreram grandes provações
Evolução e desenvolvimento de setores em
Ciência e Tecnologia na URSS e Rússia (1945-1970)
1945-1953
- políticas repressivas do partido comunista
- rígido controle ideológico aos trabalhos científicos
- cientistas e pesquisadores afastados de suas atividades, presos ou executados
ANOS 1950 - 1960
- investimentos em física e cosmonáutica proporcionando maior prestígio
internacional à URSS
- primeira bomba atômica Soviética (1949), satélite Sputnik e o primeiro
homem no espaço, Yuri Gagarin
- desenvolvimento e consolidação do “sistema de informação científica” (VINITI
em 1952)
ANOS 1970
- ápice dos setores em Ciência e Tecnologia
- crescimento de institutos científicos na URSS (de 3.447, em 1950, para
5.327 em 1975 - aumento de mais de cinquenta por cento em 25 anos)
Evolução e desenvolvimento de setores
em Ciência e Tecnologia na URSS e Rússia (1980 em diante)
1980-1991
- descentralização de recursos e de investimentos
- diversificação da estrutura de dependência do complexo militar industrial e da
Academia de Ciências Soviética
1992-1996
- Mudanças na antiga estrutura científica soviética, com o fim ou adaptação de
projetos e investimentos para a nova realidade não comunista
1996-2000
- recuperação do campo científico e tecnológico (criação de “cidades tecnológicas”,
zonas econômicas especiais e de centros de inovação, criação de laços científicos
com o ocidente, instituição de prêmios para a criação de novos produtos)
a partir de 2000
- reestruturação do campo científico russo
- políticas de criação intelectual e produção científica
- reorganização das empresas de médio e grande porte
Cronologia dos estudos de Metrias
na URSS e Rússia (1893-1936)
• Origem no final do século 19 (a partir de 1893) com o surgimento das
disciplinas História e Filosofia da ciência, posteriormente Ciência da
Ciência ou Sociologia da Ciência
• 1921 constituição da Comissão da História do Conhecimento,
subordinada à Academia de Ciências da URSS) - primeiro instituto
internacional de estudos da História da Ciência e Tecnologia que
permitiu o surgimento, consolidação e publicação de estudos
estatísticos e quantitativos
• a partir de 1936 destruição desse campo de pesquisa na era Stalin
Cronologia dos estudos de Metrias
na URSS e Rússia(1956-1972)
APÓS 1956 abertura política por Nikita Kruschev
- a ciência da ciência é retomada
- os estudos quantitativos se consolidam
ANOS 1960
- realização de congressos com a apresentação dos primeiros resultados de
pesquisas quantitativas relacionadas à História/Sociologia da ciência produzidas
na União Soviética e em partes do leste europeu
- consolidação três centros de pesquisa (e seus líderes-V. V. Nalimov, G. M. Dobrov e A. I.
Mikhailov) que ajudaram a modelar os estudos métricos na URSS.
Mirsky (1972) dividiu os estudos quantitativos da década de 1960 na URSS em três grupos:
• analise metodológica de problemas ligados à pesquisa cientifica (teoria matemática do
experimento)
• estudo de metodologias que analisam matematicamente e quantitativamente o desenvolvimento
cientifico
• aplicação de métodos quantitativos e matemáticos para a descrição de fenômenos científicos e
definição de tendências do desenvolvimento científico
Cronologia dos estudos de Metrias
na URSS e Rússia (1973-2012)
• 1973-74 nova geração de pesquisadores e acadêmicos, formados ou
fizeram parte do VINITI, analisaram diferentes aspectos relacionados aos
estudos métricos e quantitativos no país.
• 1992 2012 pesquisas relacionadas aos seguintes temas:
- estado da arte da ciência russa pós-comunista
- comunicação entre cientistas dentro e fora da Rússia
- análises das universidades
- análises de campos de pesquisa específicos russos – em especial a
Nanotecnologia (a partir de 2008)
- estudos sobre a produção bibliográfica russa
PESQUISADORES ESTUDADOS
V. Nalimov
G. Dobrov
A. I. Mikhailov
V. Markusova
Vasily Nalimov
V. Nalimov
1959 artigo em coautoria com Vledutz e Styazhkin
- análise do crescimento exponencial da ciência, a partir do estudo
quantitativo da produção e avaliação de artigos
- análises estatísticas sobre o crescimento e produção de periódicos
- características da comunicação cientifica em cibernética,
documentação e química
“Emergência de uma nova disciplina científica a lidar com
questões de caráter quantitativo e exponencial na ciência, com
forte viés estatístico, cibernético e, em menor medida, da
química”. (NALIMOV, 1961)
Cientometria:
principais características apontadas por V. Nalimov
- controle sobre os processos de desenvolvimento científico podem ser
obtidos a partir da ampla utilização de medições quantitativas da ciência;
a ciência contemporânea pode e deve ser controlada por instituições
estatais; os métodos estatísticos nem sempre são necessários; comitês e
organismos ligados a Academia de Ciência Soviética preferem realizar
trabalhos de cunho qualitativo (NALIMOV, MULCHENKO, [1969] 1971)
- Cientometria: disciplina independente, que permite o estudo e avanço de
hipóteses sobre o desenvolvimento da ciência, podendo ser utilizada
também no “controle do desenvolvimento da sociedade, sua cultura e
forças produtivas” (NALIMON, MULCHENKO, [1969] 1971)
- processo de prognóstico cientifico deve ser apenas uma parte
(preparatória)do método de levantamento quantitativo da ciência
V. Nalimov
A cientometria e os índices de citação
• principal índice em atividade o norte-americano Science Citation Index
(SCI), publicado pelo Institute for Scientific Information, na Filadélfia (EUA)
• SCI instrumento satisfatório para a mensuração quantitativa e para a
análise estatística do fluxo de informação científica produzida
internacionalmente. SCI ferramenta que possibilita a construção de
gráficos que identificam a rede de citação entre autores
• análise de críticas e questionamentos sobre a real eficácia do SCI
(cobertura insuficiente, dados bibliográficos excessivamente resumidos,
ausência das iniciais dos autores, ambiguidades na hora do SCI apresentar
os nomes e iniciais de pesquisadores russos, etc.)
• princípios estatísticos de índices de citação estimularam uma nova
questão de pesquisa para a documentação
V. Nalimov
A cientometria e a comunicação da informação científica na União Soviética
• o impacto da ciência soviética em âmbito internacional
• análise das referências bibliográficas de periódicos soviéticos
e ocidentais em diferentes disciplinas e estudos comparativos
sobre o período de demora da publicação de artigos em
periódicos soviéticos e ocidentais
• ciência soviética, apesar de manter alta produção de artigos,
apresenta uma quantidade relativamente baixa se comparada
a alguns países ocidentais, não representando o potencial
científico da URSS, prejudicado pelo atraso e demora da troca
e disseminação de ideias entre os canais de comunicação
científica do país
V. Nalimov
“depois” da cientometria
• após 1970 análises relacionadas à Filosofia da Ciência
• a partir da década de 1980 análises relacionadas à Psicologia
• não rejeita a construção de um sistema automatizado (baseado em dados
quantitativos) ligado a prognósticos científicos
• afirma que aspectos relacionados diretamente aos pesquisadores que
produzem, organizam e trabalham com esses dados também devem ser
levados em consideração, ressaltando que a lógica humana segue por
caminhos diferenciados das produzidas por meios automatizados
• discutiu questões relacionadas a linguística sobre a forma em que a
informação científica é produzida, apresentada e disseminada, influindo
no fluxo da comunicação na ciência contemporânea
V. Nalimov
Crescimento exponencial da ciência
• Trabalhos nos anos 1950 e 1960: análise dos resultados
apresentados pelo físico e historiador da ciência Derek de Solla
Price, que identificaram o crescimento exponencial na ciência
contemporânea, corroborando com alguns dos resultados
apresentados pelo pesquisador inglês.
• Análise dos mecanismos que identificam o crescimento
exponencial da produção científica:
- Equações matemáticas e gráficos
- Leis bibliométricas de Zipf, Bradford e Lotka
• Estudos nos anos 1970 buscando identificar características
relacionadas ao crescimento exponencial da ciência na realidade
soviética (bibliotecas, periódicos, Academia de Ciências)
Gennady Dobrov
G. Dobrov
• Na então república soviética da Ucrânia apareceria o segundo campo em
Cientometria, centralizada no pesquisador Gennady Dobrov (1929-1989),
em atividade entre as décadas de 1960 e 1980
• Nasceu em 1929, em Artemovski, Ucrânia .Graduado em 1950 pela Escola
Politécnica de Kiev e pós-graduado em História da Tecnologia, em 1961
• Assumiu o cargo de chefia no Departamento de História e Tecnologia, do
Instituto de História da Academia de Ciências ucraniana, iniciando carreira
profissional e bibliográfica ligada à Ciência da Ciência
• Estudos dessa disciplina na Ucrânia :
– origens entre as décadas de 1880 e 1890
– considerável produção entre os anos 1910 e inicio dos 1920
– produção decaiu consideravelmente após 1925 (assim como na Rússia)
– retorno da produção após 1953, utilizando conceitos da cibernética
G. Dobrov
Análises das políticas científicas e tecnológicas
realizadas na União Soviética
• Estudos explicando as origens e desenvolvimento do campo científico e
tecnológico soviético, entre a revolução de 1917 às décadas de 1970 e
1980
• Apresentou (focando na República Socialista Soviética da Ucrânia) os
organismos que realizavam o gerenciamento científico de pesquisas e
projetos na URSS, sua organização e estrutura hierárquica
• Construção de políticas nacionais de cunho científico, em médio e longo
prazos
G. Dobrov
Da ciência da ciência à cientometria
• Anos 1960: análise sobre o desenvolvimento de “(...) métodos
matemáticos buscando generalizar a experiência histórica do
desenvolvimento da ciência e em realizar predições sobre o futuro”
• Importância de estudos estatísticos e matemáticos, além da disciplina
ciência da ciência, para a produção científica contemporânea
• Cientometria:
“(...) campo de estudo que realiza pesquisas de caráter estatístico buscando
apresentar informações sobre o desenvolvimento científico, produzindo
prognósticos sobre a ciência, em disciplinas específicas e aos setores em
Pesquisa e Desenvolvimento (DOBROV, KORENNOI, 1969, p.169)”
“ (...) desenvolvimento de trabalho visando representar os problemas da
organização da ciência sobre a forma de modelos
matemáticos”(DOBROV, 1973)
G. Dobrov
Prognósticos científicos para áreas de pesquisa ou disciplinas específicas
• Construção e utilização de metodologias ou cálculos que
permitem o prognóstico do desenvolvimento científico, a nível
macro ou em disciplinas específicas
• Análises sobre os fatores a serem considerados na constituição
desses tipos de estudo (críticas às práticas realizadas nos países
capitalistas e a autores como Derek de Solla Price)
• Discussão sobre as principais características que garantem o
desenvolvimento eficiente de pesquisas relacionadas aos
prognósticos nos setores em Ciência e Tecnologia
• Sistemas que organizam e produzem prognósticos científicos:
- Nível macro (Ucrânia)
- Campos específicos (educação)
G. Dobrov
A comunicação científica e as novas tecnologias
• Fatores para a organização e gerenciamento eficiente da tecnologia
automatizada:
- Equipamentos técnicos (hardware)
- uma equipe metodológica que produz e gerencia o conjunto de
conhecimentos e competências (software)
- Conjunto de medidas socioeconômicas, de organização e de gestão para
diferentes características desse sistema (orgware)
• Exemplos práticos de utilização das novas tecnologias pela ciência nos anos
1970:
- Sistema de Avaliação para as Novas Tecnologias (SANT)
- Sistema Integrado de Organização de Tecnologias(I-SOT)
- Sessões ou Painéis Assistidos por Computadores (CAPS)
- Grupos de Pesquisas Internacionais Assistidas por Computadores (CAITR)
Alexander Mikhailov
A. I. Mikhailov
• Diretor e coordenador do VINITI de 1956 a 1988
• Por duas vezes vice-diretor da Federação Internacional de
Documentação, ou FID (1969-1976 e 1981-1988)
• Mikhailov foi dos teóricos que mais contribuíram para a
discussão de questões referentes à produção e gestão da
informação científica, não só na então União Soviética, mas
de parte considerável do extinto bloco socialista
A. I. Mikhailov
Características dos setores em Ciência e Tecnologia após 1945
• Crescimento exponencial da produção científica e técnica e
o aparecimento de uma crise informacional nos setores em
C & T.
- Críticas de ideias propostas por autores “burgueses” como
Derek de Solla Price sobre esse fenômeno.
• Particularidades ligadas a consolidação da “ciência maior”,
e das barreiras comunicacionais (inter linguística,
intralinguística e semiológica) sofridas pelos campos
científico e tecnológico pós 1945.
A. I. Mikhailov
Comunicação científica
• Para que o campo cientifico adapte-se aos fenômenos do crescimento
exponencial de sua produção, mostra-se necessário o estudo de
aspectos relacionados a disseminação da informação científica na
sociedade, a partir da comunicação científica
• “processos de apresentação, distribuição e recebimento da informação
científica na sociedade humana. Esses processos formam o mecanismo
básico para o desenvolvimento da ciência (MIKHAILOV, CHERNYI,
GILYAREVISKYI, [1976] 1984).”
• análise sobre as leis, características de um sistema de comunicação
científica e os principais processos de troca informacional :
- Formal (documentos científicos)
- Informal (conversas, contatos pessoais)
- Colégios invisíveis .
A. I. Mikhailov
Tipos de literatura / publicação científica
• Segundo Mikhailov e colaboradores, a variedade de publicações científicas
existentes explicitam a complexidade dos canais onde a informação
científica é transmitida e comunicada
Definem três classes de publicações científicas :
- Primária (publicações que apresentam novas informações científicas ou
novas formulações para fatos ou ideias): livro científico, anais de
conferências, livros texto e manuais, publicações periódicas, publicações
técnicas (patentes) e catálogos técnicos
- Secundária (publicações que contém informações sobre os documentos
científicos primários): literatura de referência (enciclopédias, manuais,
dicionários, catálogos, guias...), índices bibliográficos, bibliografias, índice
de citação
- Não publicados: relatórios técnico-científicos, teses, manuscritos, pré
prints, fichas de informação
A. I. Mikhailov
Leis bibliométricas
• Objetivos da mensuração da produtividade científica
Efeito Mateus: proposto por Robert Merton em 1968, sobre um
número reduzido de pesquisadores que produzirem grande
quantidade de artigos e detém maior patrocínio a seus estudos
• Características, potencialidades e limitações sobre a obsolescência da literatura
cientifica
Vida média: “tempo durante o qual a metade de toda a literatura
publicada no campo até o presente momento passará ao desuso”.
• Leis de Bradford, Zipf e Bradford-Zipf:
Influência, eficácia e utilização dessas leis na distribuição e funcionamento
dos periódicos científicos e da informação científica
Análise de pesquisas feitas por autores ocidentais como por
exemplo, o inglês Bertham Brookes
Valentina Markusova
V. Markusova
• Atualmente diretora do Centro de Pesquisa em Serviço de
Informação, no VINITI, e professora do curso de
Biblioteconomia (Library Science) e Ciência da Informação na
Universidade do Alabama (EUA)
• Principal pesquisadora a realizar na Rússia pesquisas
quantitativas/ cientométricas após o fim da URSS.
• A partir de 1992 apresenta produção bibliográfica
considerável, realizando estudos sobre o campo de ensino e
pesquisa na Rússia pós-comunista
V. Markusova:
Comunicação e colaboração científica no campo de pesquisa russo
• A partir de meados dos anos 1990, levantamentos sobre os
fluxos de comunicação e disseminação da informação
científica na Rússia
• Trabalhos confirmaram a ampliação dos locais de troca de
informações científicas com os Estados Unidos, União
Européia e Ásia, e a manutenção da inter-relação científica
entre pesquisadores russos
V. Markusova:
Políticas de investimentos em ciência, tecnologia e inovação
• Discutiu o patrocínio e investimento, a nível governamental e de
forma privada, dado aos pesquisadores russos, nos anos 1990 e
2000
• Apesar de instável, houve ajuda da Fundação Internacional em
Ciência (ISF), liderada pelo bilhonário George Soros, durante os
anos 1990, e da Fundação Russa de Pesquisa Básica (RFBR)
• Inserção e adaptação de pesquisadores e centros de estudos
russos na nova realidade de patrocínio de pesquisas no país
V. Markusova:
Universidade/ centros de ensino e pesquisa na Rússia
• Levantamentos sobre os financiamentos, indicadores de
output e a colaboração científica entre as universidades
russas com outros centros de pesquisa no país e no exterior
• Análises comparativas dos métodos de medição quantitativos
e indicadores de produtividade dessas universidades com
outras metodologias existentes na Europa e Estados Unidos
• Institutos obtiveram benefícios de uma realidade mais
democrática, globalizada e menos centralizadora no país.
Entretanto,sofrem com a tumultuada transição para o
capitalismo na Rússia
V. Markusova
Análise da produtividade das pesquisas na Rússia
• análise dos resultados e produtos obtidos em pesquisas
desenvolvidas pelo campo científico russo.
Três categorias de análise:
- abordagens em nível macro: levantamento quantitativo da
produtividade científica russa no pós-comunismo
- análises em grupos de pesquisa específicos: produtividade
das pesquisadoras da Rússia, e em regiões especificas do país
(Novosibirsk)
- análises em disciplinas científicas específicas:
biossegurança, nanotecnologia e oncologia
Conclusão
• Nas cenas russa e ucraniana houve o desenvolvimento
consistente da comunicação científica e dos estudos de metrias,
derivando análises e contribuições que ocasionalmente foram
visualizadas e discutidas internacionalmente.
• Destaca-se o papel das ideias de Nalimov, Dobrov e Mikhailov no
desenvolvimento desses estudos na URSS que, de diferentes
maneiras, manteriam seu caráter precursor após o fim do
comunismo.
• As pesquisas de V. Markusova mostram consonância com
trabalhos paralelos realizados na Rússia após 1991, onde suas
análises quantitativas / cientométricas podem ser consideradas
importantes fontes de informação sobre a ciência russa pós-
comunista.
Conclusão (cont.)
• Os estudos métricos realizados na URSS e Rússia, mesmo com
todos os problemas advindos das políticas comunistas e da
instabilidade econômica no capitalismo, mostram que esse
campo de estudo, com pesquisadores e centros pesquisas
consistentes, incentivos governamentais e alguma atenção ao
que está sendo produzido e discutido em outros países ,
apresenta trabalhos de qualidade.
• A pesquisa realça também a importância e pertinência dos
estudos de metrias (e campos corelatos ligados à comunicação
científica e de políticas em Ciência e Tecnologia) para a Ciência
da Informação, onde foi percebido que a bibliometria e a
cientometria encontraram um leque diversificado de análise,
não somente no Brasil, EUA e Europa ocidental, mas até mesmo
em países pertencentes à antiga “cortina de ferro”.
Спасибо!

Weitere ähnliche Inhalte

Andere mochten auch

Oficina preservação digital bibliografia
Oficina preservação digital bibliografiaOficina preservação digital bibliografia
Oficina preservação digital bibliografiaRoberto Lopes
 
Analise da terminologia soviética "informatika" e da sua utilização nas décad...
Analise da terminologia soviética "informatika" e da sua utilização nas décad...Analise da terminologia soviética "informatika" e da sua utilização nas décad...
Analise da terminologia soviética "informatika" e da sua utilização nas décad...Roberto Lopes
 
Oficina preservação digital Módulo 2
Oficina preservação digital Módulo 2Oficina preservação digital Módulo 2
Oficina preservação digital Módulo 2Roberto Lopes
 
A contribuição teórica de Alexander Ivanovich Mikhailov para a Ciência da Inf...
A contribuição teórica de Alexander Ivanovich Mikhailov para a Ciência da Inf...A contribuição teórica de Alexander Ivanovich Mikhailov para a Ciência da Inf...
A contribuição teórica de Alexander Ivanovich Mikhailov para a Ciência da Inf...Roberto Lopes
 
Uma relação distante: análise sobre a utilização de métodos bibliométricos / ...
Uma relação distante: análise sobre a utilização de métodos bibliométricos / ...Uma relação distante: análise sobre a utilização de métodos bibliométricos / ...
Uma relação distante: análise sobre a utilização de métodos bibliométricos / ...Roberto Lopes
 
Oficina preservação digital Módulo 3
Oficina preservação digital Módulo 3Oficina preservação digital Módulo 3
Oficina preservação digital Módulo 3Roberto Lopes
 
Fator de Impacto e índice H : o antes e o agora da medição da produtividade c...
Fator de Impacto e índice H : o antes e o agora da medição da produtividade c...Fator de Impacto e índice H : o antes e o agora da medição da produtividade c...
Fator de Impacto e índice H : o antes e o agora da medição da produtividade c...Roberto Lopes
 
O início da guerra fria até corrida armamentista
O início da guerra fria até corrida armamentistaO início da guerra fria até corrida armamentista
O início da guerra fria até corrida armamentistaNelia Salles Nantes
 
Oficina preservação digital Módulo 1
Oficina preservação digital Módulo 1Oficina preservação digital Módulo 1
Oficina preservação digital Módulo 1Roberto Lopes
 
Oficina gestão eletrônica de documentos
Oficina gestão eletrônica de documentosOficina gestão eletrônica de documentos
Oficina gestão eletrônica de documentosRoberto Lopes
 
A filosofia de michel foucault e sua apropriação pela arquivística contempora...
A filosofia de michel foucault e sua apropriação pela arquivística contempora...A filosofia de michel foucault e sua apropriação pela arquivística contempora...
A filosofia de michel foucault e sua apropriação pela arquivística contempora...Roberto Lopes
 
A ConstruçãO Da UniãO SoviéTica
A ConstruçãO Da UniãO SoviéTicaA ConstruçãO Da UniãO SoviéTica
A ConstruçãO Da UniãO SoviéTicaSílvia Mendonça
 
A crise da União Soviética e o leste europeu
A crise da União Soviética e o leste europeuA crise da União Soviética e o leste europeu
A crise da União Soviética e o leste europeuProfessor Marcelo
 
A primeira guerra mundial e a revolução russa
A primeira guerra mundial e a revolução russaA primeira guerra mundial e a revolução russa
A primeira guerra mundial e a revolução russakarolayne souza
 
A RevoluçãO Russa Esquema
A RevoluçãO Russa EsquemaA RevoluçãO Russa Esquema
A RevoluçãO Russa Esquemaguest782599
 

Andere mochten auch (20)

Oficina preservação digital bibliografia
Oficina preservação digital bibliografiaOficina preservação digital bibliografia
Oficina preservação digital bibliografia
 
Analise da terminologia soviética "informatika" e da sua utilização nas décad...
Analise da terminologia soviética "informatika" e da sua utilização nas décad...Analise da terminologia soviética "informatika" e da sua utilização nas décad...
Analise da terminologia soviética "informatika" e da sua utilização nas décad...
 
Oficina preservação digital Módulo 2
Oficina preservação digital Módulo 2Oficina preservação digital Módulo 2
Oficina preservação digital Módulo 2
 
A contribuição teórica de Alexander Ivanovich Mikhailov para a Ciência da Inf...
A contribuição teórica de Alexander Ivanovich Mikhailov para a Ciência da Inf...A contribuição teórica de Alexander Ivanovich Mikhailov para a Ciência da Inf...
A contribuição teórica de Alexander Ivanovich Mikhailov para a Ciência da Inf...
 
Uma relação distante: análise sobre a utilização de métodos bibliométricos / ...
Uma relação distante: análise sobre a utilização de métodos bibliométricos / ...Uma relação distante: análise sobre a utilização de métodos bibliométricos / ...
Uma relação distante: análise sobre a utilização de métodos bibliométricos / ...
 
Oficina preservação digital Módulo 3
Oficina preservação digital Módulo 3Oficina preservação digital Módulo 3
Oficina preservação digital Módulo 3
 
Fator de Impacto e índice H : o antes e o agora da medição da produtividade c...
Fator de Impacto e índice H : o antes e o agora da medição da produtividade c...Fator de Impacto e índice H : o antes e o agora da medição da produtividade c...
Fator de Impacto e índice H : o antes e o agora da medição da produtividade c...
 
O início da guerra fria até corrida armamentista
O início da guerra fria até corrida armamentistaO início da guerra fria até corrida armamentista
O início da guerra fria até corrida armamentista
 
Oficina preservação digital Módulo 1
Oficina preservação digital Módulo 1Oficina preservação digital Módulo 1
Oficina preservação digital Módulo 1
 
URSS
URSSURSS
URSS
 
Oficina gestão eletrônica de documentos
Oficina gestão eletrônica de documentosOficina gestão eletrônica de documentos
Oficina gestão eletrônica de documentos
 
Bob Marley
Bob MarleyBob Marley
Bob Marley
 
A filosofia de michel foucault e sua apropriação pela arquivística contempora...
A filosofia de michel foucault e sua apropriação pela arquivística contempora...A filosofia de michel foucault e sua apropriação pela arquivística contempora...
A filosofia de michel foucault e sua apropriação pela arquivística contempora...
 
A ConstruçãO Da UniãO SoviéTica
A ConstruçãO Da UniãO SoviéTicaA ConstruçãO Da UniãO SoviéTica
A ConstruçãO Da UniãO SoviéTica
 
A crise da União Soviética e o leste europeu
A crise da União Soviética e o leste europeuA crise da União Soviética e o leste europeu
A crise da União Soviética e o leste europeu
 
URSS
URSSURSS
URSS
 
A primeira guerra mundial e a revolução russa
A primeira guerra mundial e a revolução russaA primeira guerra mundial e a revolução russa
A primeira guerra mundial e a revolução russa
 
Revolução Russa
Revolução RussaRevolução Russa
Revolução Russa
 
Revolução Russa de 1917
Revolução Russa de 1917Revolução Russa de 1917
Revolução Russa de 1917
 
A RevoluçãO Russa Esquema
A RevoluçãO Russa EsquemaA RevoluçãO Russa Esquema
A RevoluçãO Russa Esquema
 

Ähnlich wie Metrias da comunicação e informação científicas e a contribuição dos pesquisadores da União Soviética e Rússia

Ciência e Tecnologia na União Soviética: breve percurso histórico parte 1
Ciência e Tecnologia na União Soviética: breve percurso histórico parte 1Ciência e Tecnologia na União Soviética: breve percurso histórico parte 1
Ciência e Tecnologia na União Soviética: breve percurso histórico parte 1Roberto Lopes
 
Artigo museu_théo_brandao_ufal-enebd-2010
Artigo  museu_théo_brandao_ufal-enebd-2010Artigo  museu_théo_brandao_ufal-enebd-2010
Artigo museu_théo_brandao_ufal-enebd-2010Zayr Silva
 
Ciência da Informação no Brasil
Ciência da Informação no BrasilCiência da Informação no Brasil
Ciência da Informação no BrasilFernadmini
 
seminarioprofluciana
seminarioproflucianaseminarioprofluciana
seminarioproflucianaAlinebataglia
 
Plano de ensino.jornalismo_científico
Plano de ensino.jornalismo_científicoPlano de ensino.jornalismo_científico
Plano de ensino.jornalismo_científicoSenshi11
 
Plano de ensino.jornalismo_científico
Plano de ensino.jornalismo_científicoPlano de ensino.jornalismo_científico
Plano de ensino.jornalismo_científicoSenshi11
 
1ª apresentação pb g5
1ª apresentação pb g51ª apresentação pb g5
1ª apresentação pb g5pekenit5a1991
 
A Produção Discente: atual conjuntura do Curso de Biblioteconomia da Universi...
A Produção Discente: atual conjuntura do Curso de Biblioteconomia da Universi...A Produção Discente: atual conjuntura do Curso de Biblioteconomia da Universi...
A Produção Discente: atual conjuntura do Curso de Biblioteconomia da Universi...Zayr Silva
 
O papel do cientista na sociedade artigo de schwartzman
O papel do cientista na sociedade   artigo de schwartzmanO papel do cientista na sociedade   artigo de schwartzman
O papel do cientista na sociedade artigo de schwartzmanElias Brasilino
 
Genealogia Acadêmica e sua relação com a constituição e evolução do conhecime...
Genealogia Acadêmica e sua relação com a constituição e evolução do conhecime...Genealogia Acadêmica e sua relação com a constituição e evolução do conhecime...
Genealogia Acadêmica e sua relação com a constituição e evolução do conhecime...Simposio Internacional Network Science
 
Portal de Periódicos como estratégia de valorização da instituição
Portal de Periódicos como estratégia de valorização da instituiçãoPortal de Periódicos como estratégia de valorização da instituição
Portal de Periódicos como estratégia de valorização da instituiçãoPortal de Periódicos UFSC
 
Apresentacao geise silva_i_fórum_compet_inf_05maio2015
Apresentacao geise silva_i_fórum_compet_inf_05maio2015Apresentacao geise silva_i_fórum_compet_inf_05maio2015
Apresentacao geise silva_i_fórum_compet_inf_05maio2015Geise Ribeiro da Silva
 
Workshop de Producao Cientifica para Equipes do SIBiUSP
Workshop de Producao Cientifica para Equipes do SIBiUSPWorkshop de Producao Cientifica para Equipes do SIBiUSP
Workshop de Producao Cientifica para Equipes do SIBiUSPSIBiUSP
 
Panorama da comunicação e das telecomunicações no brasil
Panorama da comunicação e das telecomunicações no brasilPanorama da comunicação e das telecomunicações no brasil
Panorama da comunicação e das telecomunicações no brasilLorena Brondani
 
IEA - De ciências, comunicação e futebol a espiral da cultura científica
IEA - De ciências, comunicação e futebol a espiral da cultura científicaIEA - De ciências, comunicação e futebol a espiral da cultura científica
IEA - De ciências, comunicação e futebol a espiral da cultura científicaInstituto de Estudos Avançados - USP
 
Fonte primaria [modo de compatibilidade]
Fonte primaria [modo de compatibilidade]Fonte primaria [modo de compatibilidade]
Fonte primaria [modo de compatibilidade]jani_jpa2012
 
2a apresentação pb g5
2a apresentação pb g52a apresentação pb g5
2a apresentação pb g5pekenit5a1991
 

Ähnlich wie Metrias da comunicação e informação científicas e a contribuição dos pesquisadores da União Soviética e Rússia (20)

Ciência e Tecnologia na União Soviética: breve percurso histórico parte 1
Ciência e Tecnologia na União Soviética: breve percurso histórico parte 1Ciência e Tecnologia na União Soviética: breve percurso histórico parte 1
Ciência e Tecnologia na União Soviética: breve percurso histórico parte 1
 
Fluxo de citações inter-nacional: fontes de informação para avaliação de impa...
Fluxo de citações inter-nacional: fontes de informação para avaliação de impa...Fluxo de citações inter-nacional: fontes de informação para avaliação de impa...
Fluxo de citações inter-nacional: fontes de informação para avaliação de impa...
 
Artigo museu_théo_brandao_ufal-enebd-2010
Artigo  museu_théo_brandao_ufal-enebd-2010Artigo  museu_théo_brandao_ufal-enebd-2010
Artigo museu_théo_brandao_ufal-enebd-2010
 
Ciência da Informação no Brasil
Ciência da Informação no BrasilCiência da Informação no Brasil
Ciência da Informação no Brasil
 
seminarioprofluciana
seminarioproflucianaseminarioprofluciana
seminarioprofluciana
 
Plano de ensino.jornalismo_científico
Plano de ensino.jornalismo_científicoPlano de ensino.jornalismo_científico
Plano de ensino.jornalismo_científico
 
Plano de ensino.jornalismo_científico
Plano de ensino.jornalismo_científicoPlano de ensino.jornalismo_científico
Plano de ensino.jornalismo_científico
 
Ritmos da Informação/Comunicação de Ciência dos Centros de Investigação em Po...
Ritmos da Informação/Comunicação de Ciência dos Centros de Investigação em Po...Ritmos da Informação/Comunicação de Ciência dos Centros de Investigação em Po...
Ritmos da Informação/Comunicação de Ciência dos Centros de Investigação em Po...
 
1ª apresentação pb g5
1ª apresentação pb g51ª apresentação pb g5
1ª apresentação pb g5
 
A Produção Discente: atual conjuntura do Curso de Biblioteconomia da Universi...
A Produção Discente: atual conjuntura do Curso de Biblioteconomia da Universi...A Produção Discente: atual conjuntura do Curso de Biblioteconomia da Universi...
A Produção Discente: atual conjuntura do Curso de Biblioteconomia da Universi...
 
O papel do cientista na sociedade artigo de schwartzman
O papel do cientista na sociedade   artigo de schwartzmanO papel do cientista na sociedade   artigo de schwartzman
O papel do cientista na sociedade artigo de schwartzman
 
Genealogia Acadêmica e sua relação com a constituição e evolução do conhecime...
Genealogia Acadêmica e sua relação com a constituição e evolução do conhecime...Genealogia Acadêmica e sua relação com a constituição e evolução do conhecime...
Genealogia Acadêmica e sua relação com a constituição e evolução do conhecime...
 
Portal de Periódicos como estratégia de valorização da instituição
Portal de Periódicos como estratégia de valorização da instituiçãoPortal de Periódicos como estratégia de valorização da instituição
Portal de Periódicos como estratégia de valorização da instituição
 
Apresentacao geise silva_i_fórum_compet_inf_05maio2015
Apresentacao geise silva_i_fórum_compet_inf_05maio2015Apresentacao geise silva_i_fórum_compet_inf_05maio2015
Apresentacao geise silva_i_fórum_compet_inf_05maio2015
 
Workshop de Producao Cientifica para Equipes do SIBiUSP
Workshop de Producao Cientifica para Equipes do SIBiUSPWorkshop de Producao Cientifica para Equipes do SIBiUSP
Workshop de Producao Cientifica para Equipes do SIBiUSP
 
Panorama da comunicação e das telecomunicações no brasil
Panorama da comunicação e das telecomunicações no brasilPanorama da comunicação e das telecomunicações no brasil
Panorama da comunicação e das telecomunicações no brasil
 
Informações documentárias
Informações documentáriasInformações documentárias
Informações documentárias
 
IEA - De ciências, comunicação e futebol a espiral da cultura científica
IEA - De ciências, comunicação e futebol a espiral da cultura científicaIEA - De ciências, comunicação e futebol a espiral da cultura científica
IEA - De ciências, comunicação e futebol a espiral da cultura científica
 
Fonte primaria [modo de compatibilidade]
Fonte primaria [modo de compatibilidade]Fonte primaria [modo de compatibilidade]
Fonte primaria [modo de compatibilidade]
 
2a apresentação pb g5
2a apresentação pb g52a apresentação pb g5
2a apresentação pb g5
 

Kürzlich hochgeladen

REVISTA DE BIOLOGIA E CIÊNCIAS DA TERRA ISSN 1519-5228 - Artigo_Bioterra_V24_...
REVISTA DE BIOLOGIA E CIÊNCIAS DA TERRA ISSN 1519-5228 - Artigo_Bioterra_V24_...REVISTA DE BIOLOGIA E CIÊNCIAS DA TERRA ISSN 1519-5228 - Artigo_Bioterra_V24_...
REVISTA DE BIOLOGIA E CIÊNCIAS DA TERRA ISSN 1519-5228 - Artigo_Bioterra_V24_...Universidade Federal de Sergipe - UFS
 
Aula 1 Psico Social ensino superior xxxx
Aula 1 Psico Social ensino superior xxxxAula 1 Psico Social ensino superior xxxx
Aula 1 Psico Social ensino superior xxxxAnglica330270
 
Teorias da Evolução e slides sobre darwnismo e evoulao
Teorias da Evolução e slides sobre darwnismo e evoulaoTeorias da Evolução e slides sobre darwnismo e evoulao
Teorias da Evolução e slides sobre darwnismo e evoulaoEduardoBarreto262551
 
REVISTA DE BIOLOGIA E CIÊNCIAS DA TERRA ISSN 1519-5228 - Artigo_Bioterra_V25_...
REVISTA DE BIOLOGIA E CIÊNCIAS DA TERRA ISSN 1519-5228 - Artigo_Bioterra_V25_...REVISTA DE BIOLOGIA E CIÊNCIAS DA TERRA ISSN 1519-5228 - Artigo_Bioterra_V25_...
REVISTA DE BIOLOGIA E CIÊNCIAS DA TERRA ISSN 1519-5228 - Artigo_Bioterra_V25_...Universidade Federal de Sergipe - UFS
 
REVISTA DE BIOLOGIA E CIÊNCIAS DA TERRA ISSN 1519-5228 - Artigo_Bioterra_V24_...
REVISTA DE BIOLOGIA E CIÊNCIAS DA TERRA ISSN 1519-5228 - Artigo_Bioterra_V24_...REVISTA DE BIOLOGIA E CIÊNCIAS DA TERRA ISSN 1519-5228 - Artigo_Bioterra_V24_...
REVISTA DE BIOLOGIA E CIÊNCIAS DA TERRA ISSN 1519-5228 - Artigo_Bioterra_V24_...Universidade Federal de Sergipe - UFS
 
REVISTA DE BIOLOGIA E CIÊNCIAS DA TERRA ISSN 1519-5228 - Artigo_Bioterra_V25_...
REVISTA DE BIOLOGIA E CIÊNCIAS DA TERRA ISSN 1519-5228 - Artigo_Bioterra_V25_...REVISTA DE BIOLOGIA E CIÊNCIAS DA TERRA ISSN 1519-5228 - Artigo_Bioterra_V25_...
REVISTA DE BIOLOGIA E CIÊNCIAS DA TERRA ISSN 1519-5228 - Artigo_Bioterra_V25_...Universidade Federal de Sergipe - UFS
 
REVISTA DE BIOLOGIA E CIÊNCIAS DA TERRA ISSN 1519-5228 - Artigo_Bioterra_V24_...
REVISTA DE BIOLOGIA E CIÊNCIAS DA TERRA ISSN 1519-5228 - Artigo_Bioterra_V24_...REVISTA DE BIOLOGIA E CIÊNCIAS DA TERRA ISSN 1519-5228 - Artigo_Bioterra_V24_...
REVISTA DE BIOLOGIA E CIÊNCIAS DA TERRA ISSN 1519-5228 - Artigo_Bioterra_V24_...Universidade Federal de Sergipe - UFS
 
Slide As células: unidade da vida, e organelas celulares.pdf
Slide As células: unidade da vida, e organelas celulares.pdfSlide As células: unidade da vida, e organelas celulares.pdf
Slide As células: unidade da vida, e organelas celulares.pdfeupedrodecostas
 
REVISTA DE BIOLOGIA E CIÊNCIAS DA TERRA ISSN 1519-5228 - Artigo_Bioterra_V24_...
REVISTA DE BIOLOGIA E CIÊNCIAS DA TERRA ISSN 1519-5228 - Artigo_Bioterra_V24_...REVISTA DE BIOLOGIA E CIÊNCIAS DA TERRA ISSN 1519-5228 - Artigo_Bioterra_V24_...
REVISTA DE BIOLOGIA E CIÊNCIAS DA TERRA ISSN 1519-5228 - Artigo_Bioterra_V24_...Universidade Federal de Sergipe - UFS
 
REVISTA DE BIOLOGIA E CIÊNCIAS DA TERRA ISSN 1519-5228 - Artigo_Bioterra_V24_...
REVISTA DE BIOLOGIA E CIÊNCIAS DA TERRA ISSN 1519-5228 - Artigo_Bioterra_V24_...REVISTA DE BIOLOGIA E CIÊNCIAS DA TERRA ISSN 1519-5228 - Artigo_Bioterra_V24_...
REVISTA DE BIOLOGIA E CIÊNCIAS DA TERRA ISSN 1519-5228 - Artigo_Bioterra_V24_...Universidade Federal de Sergipe - UFS
 
REVISTA DE BIOLOGIA E CIÊNCIAS DA TERRA ISSN 1519-5228 - Artigo_Bioterra_V24_...
REVISTA DE BIOLOGIA E CIÊNCIAS DA TERRA ISSN 1519-5228 - Artigo_Bioterra_V24_...REVISTA DE BIOLOGIA E CIÊNCIAS DA TERRA ISSN 1519-5228 - Artigo_Bioterra_V24_...
REVISTA DE BIOLOGIA E CIÊNCIAS DA TERRA ISSN 1519-5228 - Artigo_Bioterra_V24_...Universidade Federal de Sergipe - UFS
 
Geologia Marinha - Variação do Nível do Mar
Geologia Marinha - Variação do Nível do MarGeologia Marinha - Variação do Nível do Mar
Geologia Marinha - Variação do Nível do MarGabbyCarvalhoAlves
 
Revisão ENEM ensino médio 2024 para o terceiro ano
Revisão ENEM ensino médio 2024 para o terceiro anoRevisão ENEM ensino médio 2024 para o terceiro ano
Revisão ENEM ensino médio 2024 para o terceiro anoAlessandraRaiolDasNe
 
REVISTA DE BIOLOGIA E CIÊNCIAS DA TERRA ISSN 1519-5228 - Artigo_Bioterra_V25_...
REVISTA DE BIOLOGIA E CIÊNCIAS DA TERRA ISSN 1519-5228 - Artigo_Bioterra_V25_...REVISTA DE BIOLOGIA E CIÊNCIAS DA TERRA ISSN 1519-5228 - Artigo_Bioterra_V25_...
REVISTA DE BIOLOGIA E CIÊNCIAS DA TERRA ISSN 1519-5228 - Artigo_Bioterra_V25_...Universidade Federal de Sergipe - UFS
 
REVISTA DE BIOLOGIA E CIÊNCIAS DA TERRA ISSN 1519-5228 - Artigo_Bioterra_V24_...
REVISTA DE BIOLOGIA E CIÊNCIAS DA TERRA ISSN 1519-5228 - Artigo_Bioterra_V24_...REVISTA DE BIOLOGIA E CIÊNCIAS DA TERRA ISSN 1519-5228 - Artigo_Bioterra_V24_...
REVISTA DE BIOLOGIA E CIÊNCIAS DA TERRA ISSN 1519-5228 - Artigo_Bioterra_V24_...Universidade Federal de Sergipe - UFS
 
REVISTA DE BIOLOGIA E CIÊNCIAS DA TERRA ISSN 1519-5228 - Artigo_Bioterra_V24_...
REVISTA DE BIOLOGIA E CIÊNCIAS DA TERRA ISSN 1519-5228 - Artigo_Bioterra_V24_...REVISTA DE BIOLOGIA E CIÊNCIAS DA TERRA ISSN 1519-5228 - Artigo_Bioterra_V24_...
REVISTA DE BIOLOGIA E CIÊNCIAS DA TERRA ISSN 1519-5228 - Artigo_Bioterra_V24_...Universidade Federal de Sergipe - UFS
 
REVISTA DE BIOLOGIA E CIÊNCIAS DA TERRA ISSN 1519-5228 - Artigo_Bioterra_V24_...
REVISTA DE BIOLOGIA E CIÊNCIAS DA TERRA ISSN 1519-5228 - Artigo_Bioterra_V24_...REVISTA DE BIOLOGIA E CIÊNCIAS DA TERRA ISSN 1519-5228 - Artigo_Bioterra_V24_...
REVISTA DE BIOLOGIA E CIÊNCIAS DA TERRA ISSN 1519-5228 - Artigo_Bioterra_V24_...Universidade Federal de Sergipe - UFS
 
O Modelo Atômico de Dalton - Carlos Vinicius
O Modelo Atômico de Dalton - Carlos ViniciusO Modelo Atômico de Dalton - Carlos Vinicius
O Modelo Atômico de Dalton - Carlos ViniciusVini Master
 

Kürzlich hochgeladen (18)

REVISTA DE BIOLOGIA E CIÊNCIAS DA TERRA ISSN 1519-5228 - Artigo_Bioterra_V24_...
REVISTA DE BIOLOGIA E CIÊNCIAS DA TERRA ISSN 1519-5228 - Artigo_Bioterra_V24_...REVISTA DE BIOLOGIA E CIÊNCIAS DA TERRA ISSN 1519-5228 - Artigo_Bioterra_V24_...
REVISTA DE BIOLOGIA E CIÊNCIAS DA TERRA ISSN 1519-5228 - Artigo_Bioterra_V24_...
 
Aula 1 Psico Social ensino superior xxxx
Aula 1 Psico Social ensino superior xxxxAula 1 Psico Social ensino superior xxxx
Aula 1 Psico Social ensino superior xxxx
 
Teorias da Evolução e slides sobre darwnismo e evoulao
Teorias da Evolução e slides sobre darwnismo e evoulaoTeorias da Evolução e slides sobre darwnismo e evoulao
Teorias da Evolução e slides sobre darwnismo e evoulao
 
REVISTA DE BIOLOGIA E CIÊNCIAS DA TERRA ISSN 1519-5228 - Artigo_Bioterra_V25_...
REVISTA DE BIOLOGIA E CIÊNCIAS DA TERRA ISSN 1519-5228 - Artigo_Bioterra_V25_...REVISTA DE BIOLOGIA E CIÊNCIAS DA TERRA ISSN 1519-5228 - Artigo_Bioterra_V25_...
REVISTA DE BIOLOGIA E CIÊNCIAS DA TERRA ISSN 1519-5228 - Artigo_Bioterra_V25_...
 
REVISTA DE BIOLOGIA E CIÊNCIAS DA TERRA ISSN 1519-5228 - Artigo_Bioterra_V24_...
REVISTA DE BIOLOGIA E CIÊNCIAS DA TERRA ISSN 1519-5228 - Artigo_Bioterra_V24_...REVISTA DE BIOLOGIA E CIÊNCIAS DA TERRA ISSN 1519-5228 - Artigo_Bioterra_V24_...
REVISTA DE BIOLOGIA E CIÊNCIAS DA TERRA ISSN 1519-5228 - Artigo_Bioterra_V24_...
 
REVISTA DE BIOLOGIA E CIÊNCIAS DA TERRA ISSN 1519-5228 - Artigo_Bioterra_V25_...
REVISTA DE BIOLOGIA E CIÊNCIAS DA TERRA ISSN 1519-5228 - Artigo_Bioterra_V25_...REVISTA DE BIOLOGIA E CIÊNCIAS DA TERRA ISSN 1519-5228 - Artigo_Bioterra_V25_...
REVISTA DE BIOLOGIA E CIÊNCIAS DA TERRA ISSN 1519-5228 - Artigo_Bioterra_V25_...
 
REVISTA DE BIOLOGIA E CIÊNCIAS DA TERRA ISSN 1519-5228 - Artigo_Bioterra_V24_...
REVISTA DE BIOLOGIA E CIÊNCIAS DA TERRA ISSN 1519-5228 - Artigo_Bioterra_V24_...REVISTA DE BIOLOGIA E CIÊNCIAS DA TERRA ISSN 1519-5228 - Artigo_Bioterra_V24_...
REVISTA DE BIOLOGIA E CIÊNCIAS DA TERRA ISSN 1519-5228 - Artigo_Bioterra_V24_...
 
Slide As células: unidade da vida, e organelas celulares.pdf
Slide As células: unidade da vida, e organelas celulares.pdfSlide As células: unidade da vida, e organelas celulares.pdf
Slide As células: unidade da vida, e organelas celulares.pdf
 
REVISTA DE BIOLOGIA E CIÊNCIAS DA TERRA ISSN 1519-5228 - Artigo_Bioterra_V24_...
REVISTA DE BIOLOGIA E CIÊNCIAS DA TERRA ISSN 1519-5228 - Artigo_Bioterra_V24_...REVISTA DE BIOLOGIA E CIÊNCIAS DA TERRA ISSN 1519-5228 - Artigo_Bioterra_V24_...
REVISTA DE BIOLOGIA E CIÊNCIAS DA TERRA ISSN 1519-5228 - Artigo_Bioterra_V24_...
 
REVISTA DE BIOLOGIA E CIÊNCIAS DA TERRA ISSN 1519-5228 - Artigo_Bioterra_V24_...
REVISTA DE BIOLOGIA E CIÊNCIAS DA TERRA ISSN 1519-5228 - Artigo_Bioterra_V24_...REVISTA DE BIOLOGIA E CIÊNCIAS DA TERRA ISSN 1519-5228 - Artigo_Bioterra_V24_...
REVISTA DE BIOLOGIA E CIÊNCIAS DA TERRA ISSN 1519-5228 - Artigo_Bioterra_V24_...
 
REVISTA DE BIOLOGIA E CIÊNCIAS DA TERRA ISSN 1519-5228 - Artigo_Bioterra_V24_...
REVISTA DE BIOLOGIA E CIÊNCIAS DA TERRA ISSN 1519-5228 - Artigo_Bioterra_V24_...REVISTA DE BIOLOGIA E CIÊNCIAS DA TERRA ISSN 1519-5228 - Artigo_Bioterra_V24_...
REVISTA DE BIOLOGIA E CIÊNCIAS DA TERRA ISSN 1519-5228 - Artigo_Bioterra_V24_...
 
Geologia Marinha - Variação do Nível do Mar
Geologia Marinha - Variação do Nível do MarGeologia Marinha - Variação do Nível do Mar
Geologia Marinha - Variação do Nível do Mar
 
Revisão ENEM ensino médio 2024 para o terceiro ano
Revisão ENEM ensino médio 2024 para o terceiro anoRevisão ENEM ensino médio 2024 para o terceiro ano
Revisão ENEM ensino médio 2024 para o terceiro ano
 
REVISTA DE BIOLOGIA E CIÊNCIAS DA TERRA ISSN 1519-5228 - Artigo_Bioterra_V25_...
REVISTA DE BIOLOGIA E CIÊNCIAS DA TERRA ISSN 1519-5228 - Artigo_Bioterra_V25_...REVISTA DE BIOLOGIA E CIÊNCIAS DA TERRA ISSN 1519-5228 - Artigo_Bioterra_V25_...
REVISTA DE BIOLOGIA E CIÊNCIAS DA TERRA ISSN 1519-5228 - Artigo_Bioterra_V25_...
 
REVISTA DE BIOLOGIA E CIÊNCIAS DA TERRA ISSN 1519-5228 - Artigo_Bioterra_V24_...
REVISTA DE BIOLOGIA E CIÊNCIAS DA TERRA ISSN 1519-5228 - Artigo_Bioterra_V24_...REVISTA DE BIOLOGIA E CIÊNCIAS DA TERRA ISSN 1519-5228 - Artigo_Bioterra_V24_...
REVISTA DE BIOLOGIA E CIÊNCIAS DA TERRA ISSN 1519-5228 - Artigo_Bioterra_V24_...
 
REVISTA DE BIOLOGIA E CIÊNCIAS DA TERRA ISSN 1519-5228 - Artigo_Bioterra_V24_...
REVISTA DE BIOLOGIA E CIÊNCIAS DA TERRA ISSN 1519-5228 - Artigo_Bioterra_V24_...REVISTA DE BIOLOGIA E CIÊNCIAS DA TERRA ISSN 1519-5228 - Artigo_Bioterra_V24_...
REVISTA DE BIOLOGIA E CIÊNCIAS DA TERRA ISSN 1519-5228 - Artigo_Bioterra_V24_...
 
REVISTA DE BIOLOGIA E CIÊNCIAS DA TERRA ISSN 1519-5228 - Artigo_Bioterra_V24_...
REVISTA DE BIOLOGIA E CIÊNCIAS DA TERRA ISSN 1519-5228 - Artigo_Bioterra_V24_...REVISTA DE BIOLOGIA E CIÊNCIAS DA TERRA ISSN 1519-5228 - Artigo_Bioterra_V24_...
REVISTA DE BIOLOGIA E CIÊNCIAS DA TERRA ISSN 1519-5228 - Artigo_Bioterra_V24_...
 
O Modelo Atômico de Dalton - Carlos Vinicius
O Modelo Atômico de Dalton - Carlos ViniciusO Modelo Atômico de Dalton - Carlos Vinicius
O Modelo Atômico de Dalton - Carlos Vinicius
 

Metrias da comunicação e informação científicas e a contribuição dos pesquisadores da União Soviética e Rússia

  • 1. PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM CIÊNCIA DA INFORMAÇÃO DOUTORADO EM CIÊNCIA DA INFORMAÇÃO (PPGCI-UFRJ-IBICT) METRIAS DA COMUNICAÇÃO E INFORMAÇÃO CIENTÍFICAS E A CONTRIBUIÇÃO DOS PESQUISADORES DA UNIÃO SOVIÉTICA E RÚSSIA ROBERTO LOPES DOS SANTOS JUNIOR Orientadoras : Rosali Fernandez de Souza Lena Vania Ribeiro Pinheiro
  • 2. Contextualização da pesquisa • País com status de influente potência internacional - grau de investimento em Ciência e Tecnologia - desenvolvimento de áreas de pesquisa e desenvolvimento; - formação de centros de pesquisa de qualidade ; - produção acadêmica (artigos científicos, comunicações em congressos, entre outros) e de patentes; e - fomento à inovação nas empresas e instituições públicas e privadas • Rússia ( antiga União Soviética) superpotência: - campo científico e tecnológico expressivo; - consolidação das áreas em ciência e tecnologia na URSS; - quantificação da produção científica e tecnológica ; - prognósticos do desenvolvimento de C&T ; e - desenvolvimento de estudos cientométricos.
  • 3. Definição da ambiência da pesquisa • Estudos métricos ou de caráter quantitativo na URSS - início : final do século XIX e início do século XX - consolidação: décadas de 1960 e 1970 - continuação das atividades na Rússia após a dissolução da URSS em 1991 (WOUTERS, 1999) • Contribuições de autores russos/ soviéticos para esse campo de estudo: - V. Nalimov 1910-1997 - G. Dobrov 1929-1989 (república soviética da Ucrânia) - A. I. Mikhailov 1905-1988 - V. Markusova após o fim da URSS
  • 4. Questões da pesquisa • De que forma ocorreu o desenvolvimento dos estudos de metrias na antiga URSS e na Rússia pós- soviética? • Quais as principais temáticas analisadas e discutidas pelos pesquisadores “líderes” em metrias, na URSS e Rússia?
  • 5. JUSTIFICATIVA • representatividade numérica e de conteúdo da produção bibliográfica soviética em estudos métricos • reconhecimento da contribuição da pesquisa russo/soviético para o desenvolvimento das metrias - especialmente bibliometria e cientometria - e o fato dessa produção ser pouco estudada no Brasil e no exterior • possibilidade de investigar produção científica publicada de Nalimov, Dobrov, Mikhailov e Markusova que se encontra em língua inglesa, francesa e espanhola.
  • 6. Hipótese • a contribuição de determinados autores oriundos da antiga URSS e da Rússia pós- comunista referente aos estudos teóricos relacionados à cientometria, bibliometria e informetria é consistente e o cenário russo- soviético é relevante para o desenvolvimento e evolução dessas disciplinas científicas.
  • 7. OBJETIVOS Objetivo Geral • analisar a produção científica em estudos de metrias da comunicação e informação científica na antiga União Soviética e Rússia, a fim de identificar autores e sua contribuição para o desenvolvimento dos estudos quantitativos Objetivos específicos • estudar o cenário histórico do campo científico e tecnológico da antiga URSS e Rússia, buscando contextualizar origem, trajetória e instituições onde os estudos métricos foram desenvolvidos • identificar os principais temas estudados pelas métricas em informação científica na antiga URSS/ Rússia - meados da década de 1960 até o início dos anos 2000 - e temas referentes à comunicação científica e políticas de investimentos nos setores em Ciência e Tecnologia, visando a conhecer a contribuição do russo/soviético nesse campo de estudo
  • 8. METODOLOGIA • Pesquisa de natureza documental-descritiva e exploratória, contemplando três etapas marcantes: Primeira parte: levantamento e discussão das origens, evolução e desenvolvimento dos estudos de metrias, destacando principais características e áreas interdisciplinares Segunda parte: identificação do estado da arte em Ciência, Tecnologia e Inovação na antiga União Soviética e Rússia, destacando informações sobre a evolução e consolidação dos estudos de metrias durante o século 20 e início do século 21 Terceira parte: estudo da produção dos autores Nalimov, Dobrov, Mikhailov e Markusova para identificar os principais conceitos e tópicos que nortearam as respectivas pesquisas em metrias na URSS/ Rússia
  • 9. Metodologia de Coleta de Dados • Revisão de literatura do desenvolvimento histórico e principais características dos estudos de metrias em geral • Fontes de naturezas diversas (livros, artigos de periódicos, comunicações em congressos) de áreas do conhecimento diferentes para embasar a investigação dos estudos métricos na antiga URSS e Rússia: - fontes das áreas da História da Ciência, Sociologia da Ciência, Filosofia da Ciência e Ciência da Ciência - fontes referentes ao desenvolvimento dos estudos métricos na URSS após 1956 • Revistas científicas onde Nalimov, Dobrov, Mikhailov e Markusova publicaram artigos, com destaque para as revistas Industrial Laboratory, Research Evaluation e Technological Forecasting and Social Change.
  • 10. Principais fontes consultadas dos autores analisados • MIKHAILOV: livros Fundamentos da Informatika (1968), Curso introdutório sobre informação / documentação (1971) e Comunicação Cientifica e Informatika (1976), em colaboração com A. Chernyi e R Gilyarevskyi • DOBROV e NALIMOV, produção em periódicos de diferentes áreas, livro Cientometria (1969), escrito por Nalimov e Mulchenko • MARKUSOVA, artigos e apresentações em congressos e simpósios realizados entre as décadas de 1990 e 2000; conferências realizadas pelo International Society for Scientometrics and Informetrics (ISSI)
  • 12. Estudos de Metrias • Bibliometria : “(...) estudo dos aspectos quantitativos da produção, disseminação e uso da informação registrada. (...) desenvolve padrões e modelos matemáticos para medir esses processos, usando seus resultados para elaborar previsões e apoiar tomadas de decisões” (VANTI, 2002, ). • Cientometria: “(...) estudo de aspectos quantitativos da ciência como uma disciplina ou uma atividade econômica. Faz parte da sociologia da ciência e tem sua aplicação nas decisões políticas sobre a ciência.”. Tague-Sutcliffe (1992) • Informetria: “(...) estudo dos aspectos quantitativos da informação em qualquer formato, e não apenas registros catalográficos ou bibliografias, referente a qualquer grupo social, e não apenas aos cientistas. A informetria pode incorporar, utilizar e ampliar os muitos estudos de avaliação da informação que estão fora dos limites da bibliometria e cienciometria (MACIAS-CHAPULA, 1998,)”. • Webometria: “(...) uso das técnicas bibliométricas para estudar as relações entre diferentes sites em ambiente Web (ROBREDO, VILAN FILHO, 2010)”
  • 13. ESTUDOS DE METRIAS NA CI “técnicas quantitativas e estatísticas de medição dos índices de produção e disseminação do conhecimento científico” (FONSECA, 1986 & ARAÚJO, 2006)
  • 14. Evolução e desenvolvimento de setores em Ciência e Tecnologia na URSS e Rússia (1920-1945) ANOS 1920 - surgimento de universidades e centros de pesquisa - criação de institutos ligados à área militar, econômica e a campos como medicina e comunicação, favorecendo a descentralização das pesquisas produzidas no país - reestruturação da Academia de Ciências russa ANOS 1930-1940 - aumento do número de profissionais possuidores de um nível educacional elevado : de 543 mil em 1928 para mais de 2 milhões e 500 mil em 1941 1936 – 1940 período de repressão Stalin - centenas de cientistas expurgados de seus cargos, presos e executados Segunda guerra mundial - centros de pesquisa e institutos transferidos ou diminuíram atividade - intelectuais e cientistas sofreram grandes provações
  • 15. Evolução e desenvolvimento de setores em Ciência e Tecnologia na URSS e Rússia (1945-1970) 1945-1953 - políticas repressivas do partido comunista - rígido controle ideológico aos trabalhos científicos - cientistas e pesquisadores afastados de suas atividades, presos ou executados ANOS 1950 - 1960 - investimentos em física e cosmonáutica proporcionando maior prestígio internacional à URSS - primeira bomba atômica Soviética (1949), satélite Sputnik e o primeiro homem no espaço, Yuri Gagarin - desenvolvimento e consolidação do “sistema de informação científica” (VINITI em 1952) ANOS 1970 - ápice dos setores em Ciência e Tecnologia - crescimento de institutos científicos na URSS (de 3.447, em 1950, para 5.327 em 1975 - aumento de mais de cinquenta por cento em 25 anos)
  • 16. Evolução e desenvolvimento de setores em Ciência e Tecnologia na URSS e Rússia (1980 em diante) 1980-1991 - descentralização de recursos e de investimentos - diversificação da estrutura de dependência do complexo militar industrial e da Academia de Ciências Soviética 1992-1996 - Mudanças na antiga estrutura científica soviética, com o fim ou adaptação de projetos e investimentos para a nova realidade não comunista 1996-2000 - recuperação do campo científico e tecnológico (criação de “cidades tecnológicas”, zonas econômicas especiais e de centros de inovação, criação de laços científicos com o ocidente, instituição de prêmios para a criação de novos produtos) a partir de 2000 - reestruturação do campo científico russo - políticas de criação intelectual e produção científica - reorganização das empresas de médio e grande porte
  • 17. Cronologia dos estudos de Metrias na URSS e Rússia (1893-1936) • Origem no final do século 19 (a partir de 1893) com o surgimento das disciplinas História e Filosofia da ciência, posteriormente Ciência da Ciência ou Sociologia da Ciência • 1921 constituição da Comissão da História do Conhecimento, subordinada à Academia de Ciências da URSS) - primeiro instituto internacional de estudos da História da Ciência e Tecnologia que permitiu o surgimento, consolidação e publicação de estudos estatísticos e quantitativos • a partir de 1936 destruição desse campo de pesquisa na era Stalin
  • 18. Cronologia dos estudos de Metrias na URSS e Rússia(1956-1972) APÓS 1956 abertura política por Nikita Kruschev - a ciência da ciência é retomada - os estudos quantitativos se consolidam ANOS 1960 - realização de congressos com a apresentação dos primeiros resultados de pesquisas quantitativas relacionadas à História/Sociologia da ciência produzidas na União Soviética e em partes do leste europeu - consolidação três centros de pesquisa (e seus líderes-V. V. Nalimov, G. M. Dobrov e A. I. Mikhailov) que ajudaram a modelar os estudos métricos na URSS. Mirsky (1972) dividiu os estudos quantitativos da década de 1960 na URSS em três grupos: • analise metodológica de problemas ligados à pesquisa cientifica (teoria matemática do experimento) • estudo de metodologias que analisam matematicamente e quantitativamente o desenvolvimento cientifico • aplicação de métodos quantitativos e matemáticos para a descrição de fenômenos científicos e definição de tendências do desenvolvimento científico
  • 19. Cronologia dos estudos de Metrias na URSS e Rússia (1973-2012) • 1973-74 nova geração de pesquisadores e acadêmicos, formados ou fizeram parte do VINITI, analisaram diferentes aspectos relacionados aos estudos métricos e quantitativos no país. • 1992 2012 pesquisas relacionadas aos seguintes temas: - estado da arte da ciência russa pós-comunista - comunicação entre cientistas dentro e fora da Rússia - análises das universidades - análises de campos de pesquisa específicos russos – em especial a Nanotecnologia (a partir de 2008) - estudos sobre a produção bibliográfica russa
  • 20. PESQUISADORES ESTUDADOS V. Nalimov G. Dobrov A. I. Mikhailov V. Markusova
  • 22. V. Nalimov 1959 artigo em coautoria com Vledutz e Styazhkin - análise do crescimento exponencial da ciência, a partir do estudo quantitativo da produção e avaliação de artigos - análises estatísticas sobre o crescimento e produção de periódicos - características da comunicação cientifica em cibernética, documentação e química “Emergência de uma nova disciplina científica a lidar com questões de caráter quantitativo e exponencial na ciência, com forte viés estatístico, cibernético e, em menor medida, da química”. (NALIMOV, 1961)
  • 23. Cientometria: principais características apontadas por V. Nalimov - controle sobre os processos de desenvolvimento científico podem ser obtidos a partir da ampla utilização de medições quantitativas da ciência; a ciência contemporânea pode e deve ser controlada por instituições estatais; os métodos estatísticos nem sempre são necessários; comitês e organismos ligados a Academia de Ciência Soviética preferem realizar trabalhos de cunho qualitativo (NALIMOV, MULCHENKO, [1969] 1971) - Cientometria: disciplina independente, que permite o estudo e avanço de hipóteses sobre o desenvolvimento da ciência, podendo ser utilizada também no “controle do desenvolvimento da sociedade, sua cultura e forças produtivas” (NALIMON, MULCHENKO, [1969] 1971) - processo de prognóstico cientifico deve ser apenas uma parte (preparatória)do método de levantamento quantitativo da ciência
  • 24. V. Nalimov A cientometria e os índices de citação • principal índice em atividade o norte-americano Science Citation Index (SCI), publicado pelo Institute for Scientific Information, na Filadélfia (EUA) • SCI instrumento satisfatório para a mensuração quantitativa e para a análise estatística do fluxo de informação científica produzida internacionalmente. SCI ferramenta que possibilita a construção de gráficos que identificam a rede de citação entre autores • análise de críticas e questionamentos sobre a real eficácia do SCI (cobertura insuficiente, dados bibliográficos excessivamente resumidos, ausência das iniciais dos autores, ambiguidades na hora do SCI apresentar os nomes e iniciais de pesquisadores russos, etc.) • princípios estatísticos de índices de citação estimularam uma nova questão de pesquisa para a documentação
  • 25. V. Nalimov A cientometria e a comunicação da informação científica na União Soviética • o impacto da ciência soviética em âmbito internacional • análise das referências bibliográficas de periódicos soviéticos e ocidentais em diferentes disciplinas e estudos comparativos sobre o período de demora da publicação de artigos em periódicos soviéticos e ocidentais • ciência soviética, apesar de manter alta produção de artigos, apresenta uma quantidade relativamente baixa se comparada a alguns países ocidentais, não representando o potencial científico da URSS, prejudicado pelo atraso e demora da troca e disseminação de ideias entre os canais de comunicação científica do país
  • 26. V. Nalimov “depois” da cientometria • após 1970 análises relacionadas à Filosofia da Ciência • a partir da década de 1980 análises relacionadas à Psicologia • não rejeita a construção de um sistema automatizado (baseado em dados quantitativos) ligado a prognósticos científicos • afirma que aspectos relacionados diretamente aos pesquisadores que produzem, organizam e trabalham com esses dados também devem ser levados em consideração, ressaltando que a lógica humana segue por caminhos diferenciados das produzidas por meios automatizados • discutiu questões relacionadas a linguística sobre a forma em que a informação científica é produzida, apresentada e disseminada, influindo no fluxo da comunicação na ciência contemporânea
  • 27. V. Nalimov Crescimento exponencial da ciência • Trabalhos nos anos 1950 e 1960: análise dos resultados apresentados pelo físico e historiador da ciência Derek de Solla Price, que identificaram o crescimento exponencial na ciência contemporânea, corroborando com alguns dos resultados apresentados pelo pesquisador inglês. • Análise dos mecanismos que identificam o crescimento exponencial da produção científica: - Equações matemáticas e gráficos - Leis bibliométricas de Zipf, Bradford e Lotka • Estudos nos anos 1970 buscando identificar características relacionadas ao crescimento exponencial da ciência na realidade soviética (bibliotecas, periódicos, Academia de Ciências)
  • 29. G. Dobrov • Na então república soviética da Ucrânia apareceria o segundo campo em Cientometria, centralizada no pesquisador Gennady Dobrov (1929-1989), em atividade entre as décadas de 1960 e 1980 • Nasceu em 1929, em Artemovski, Ucrânia .Graduado em 1950 pela Escola Politécnica de Kiev e pós-graduado em História da Tecnologia, em 1961 • Assumiu o cargo de chefia no Departamento de História e Tecnologia, do Instituto de História da Academia de Ciências ucraniana, iniciando carreira profissional e bibliográfica ligada à Ciência da Ciência • Estudos dessa disciplina na Ucrânia : – origens entre as décadas de 1880 e 1890 – considerável produção entre os anos 1910 e inicio dos 1920 – produção decaiu consideravelmente após 1925 (assim como na Rússia) – retorno da produção após 1953, utilizando conceitos da cibernética
  • 30. G. Dobrov Análises das políticas científicas e tecnológicas realizadas na União Soviética • Estudos explicando as origens e desenvolvimento do campo científico e tecnológico soviético, entre a revolução de 1917 às décadas de 1970 e 1980 • Apresentou (focando na República Socialista Soviética da Ucrânia) os organismos que realizavam o gerenciamento científico de pesquisas e projetos na URSS, sua organização e estrutura hierárquica • Construção de políticas nacionais de cunho científico, em médio e longo prazos
  • 31. G. Dobrov Da ciência da ciência à cientometria • Anos 1960: análise sobre o desenvolvimento de “(...) métodos matemáticos buscando generalizar a experiência histórica do desenvolvimento da ciência e em realizar predições sobre o futuro” • Importância de estudos estatísticos e matemáticos, além da disciplina ciência da ciência, para a produção científica contemporânea • Cientometria: “(...) campo de estudo que realiza pesquisas de caráter estatístico buscando apresentar informações sobre o desenvolvimento científico, produzindo prognósticos sobre a ciência, em disciplinas específicas e aos setores em Pesquisa e Desenvolvimento (DOBROV, KORENNOI, 1969, p.169)” “ (...) desenvolvimento de trabalho visando representar os problemas da organização da ciência sobre a forma de modelos matemáticos”(DOBROV, 1973)
  • 32. G. Dobrov Prognósticos científicos para áreas de pesquisa ou disciplinas específicas • Construção e utilização de metodologias ou cálculos que permitem o prognóstico do desenvolvimento científico, a nível macro ou em disciplinas específicas • Análises sobre os fatores a serem considerados na constituição desses tipos de estudo (críticas às práticas realizadas nos países capitalistas e a autores como Derek de Solla Price) • Discussão sobre as principais características que garantem o desenvolvimento eficiente de pesquisas relacionadas aos prognósticos nos setores em Ciência e Tecnologia • Sistemas que organizam e produzem prognósticos científicos: - Nível macro (Ucrânia) - Campos específicos (educação)
  • 33. G. Dobrov A comunicação científica e as novas tecnologias • Fatores para a organização e gerenciamento eficiente da tecnologia automatizada: - Equipamentos técnicos (hardware) - uma equipe metodológica que produz e gerencia o conjunto de conhecimentos e competências (software) - Conjunto de medidas socioeconômicas, de organização e de gestão para diferentes características desse sistema (orgware) • Exemplos práticos de utilização das novas tecnologias pela ciência nos anos 1970: - Sistema de Avaliação para as Novas Tecnologias (SANT) - Sistema Integrado de Organização de Tecnologias(I-SOT) - Sessões ou Painéis Assistidos por Computadores (CAPS) - Grupos de Pesquisas Internacionais Assistidas por Computadores (CAITR)
  • 35. A. I. Mikhailov • Diretor e coordenador do VINITI de 1956 a 1988 • Por duas vezes vice-diretor da Federação Internacional de Documentação, ou FID (1969-1976 e 1981-1988) • Mikhailov foi dos teóricos que mais contribuíram para a discussão de questões referentes à produção e gestão da informação científica, não só na então União Soviética, mas de parte considerável do extinto bloco socialista
  • 36. A. I. Mikhailov Características dos setores em Ciência e Tecnologia após 1945 • Crescimento exponencial da produção científica e técnica e o aparecimento de uma crise informacional nos setores em C & T. - Críticas de ideias propostas por autores “burgueses” como Derek de Solla Price sobre esse fenômeno. • Particularidades ligadas a consolidação da “ciência maior”, e das barreiras comunicacionais (inter linguística, intralinguística e semiológica) sofridas pelos campos científico e tecnológico pós 1945.
  • 37. A. I. Mikhailov Comunicação científica • Para que o campo cientifico adapte-se aos fenômenos do crescimento exponencial de sua produção, mostra-se necessário o estudo de aspectos relacionados a disseminação da informação científica na sociedade, a partir da comunicação científica • “processos de apresentação, distribuição e recebimento da informação científica na sociedade humana. Esses processos formam o mecanismo básico para o desenvolvimento da ciência (MIKHAILOV, CHERNYI, GILYAREVISKYI, [1976] 1984).” • análise sobre as leis, características de um sistema de comunicação científica e os principais processos de troca informacional : - Formal (documentos científicos) - Informal (conversas, contatos pessoais) - Colégios invisíveis .
  • 38. A. I. Mikhailov Tipos de literatura / publicação científica • Segundo Mikhailov e colaboradores, a variedade de publicações científicas existentes explicitam a complexidade dos canais onde a informação científica é transmitida e comunicada Definem três classes de publicações científicas : - Primária (publicações que apresentam novas informações científicas ou novas formulações para fatos ou ideias): livro científico, anais de conferências, livros texto e manuais, publicações periódicas, publicações técnicas (patentes) e catálogos técnicos - Secundária (publicações que contém informações sobre os documentos científicos primários): literatura de referência (enciclopédias, manuais, dicionários, catálogos, guias...), índices bibliográficos, bibliografias, índice de citação - Não publicados: relatórios técnico-científicos, teses, manuscritos, pré prints, fichas de informação
  • 39. A. I. Mikhailov Leis bibliométricas • Objetivos da mensuração da produtividade científica Efeito Mateus: proposto por Robert Merton em 1968, sobre um número reduzido de pesquisadores que produzirem grande quantidade de artigos e detém maior patrocínio a seus estudos • Características, potencialidades e limitações sobre a obsolescência da literatura cientifica Vida média: “tempo durante o qual a metade de toda a literatura publicada no campo até o presente momento passará ao desuso”. • Leis de Bradford, Zipf e Bradford-Zipf: Influência, eficácia e utilização dessas leis na distribuição e funcionamento dos periódicos científicos e da informação científica Análise de pesquisas feitas por autores ocidentais como por exemplo, o inglês Bertham Brookes
  • 41. V. Markusova • Atualmente diretora do Centro de Pesquisa em Serviço de Informação, no VINITI, e professora do curso de Biblioteconomia (Library Science) e Ciência da Informação na Universidade do Alabama (EUA) • Principal pesquisadora a realizar na Rússia pesquisas quantitativas/ cientométricas após o fim da URSS. • A partir de 1992 apresenta produção bibliográfica considerável, realizando estudos sobre o campo de ensino e pesquisa na Rússia pós-comunista
  • 42. V. Markusova: Comunicação e colaboração científica no campo de pesquisa russo • A partir de meados dos anos 1990, levantamentos sobre os fluxos de comunicação e disseminação da informação científica na Rússia • Trabalhos confirmaram a ampliação dos locais de troca de informações científicas com os Estados Unidos, União Européia e Ásia, e a manutenção da inter-relação científica entre pesquisadores russos
  • 43. V. Markusova: Políticas de investimentos em ciência, tecnologia e inovação • Discutiu o patrocínio e investimento, a nível governamental e de forma privada, dado aos pesquisadores russos, nos anos 1990 e 2000 • Apesar de instável, houve ajuda da Fundação Internacional em Ciência (ISF), liderada pelo bilhonário George Soros, durante os anos 1990, e da Fundação Russa de Pesquisa Básica (RFBR) • Inserção e adaptação de pesquisadores e centros de estudos russos na nova realidade de patrocínio de pesquisas no país
  • 44. V. Markusova: Universidade/ centros de ensino e pesquisa na Rússia • Levantamentos sobre os financiamentos, indicadores de output e a colaboração científica entre as universidades russas com outros centros de pesquisa no país e no exterior • Análises comparativas dos métodos de medição quantitativos e indicadores de produtividade dessas universidades com outras metodologias existentes na Europa e Estados Unidos • Institutos obtiveram benefícios de uma realidade mais democrática, globalizada e menos centralizadora no país. Entretanto,sofrem com a tumultuada transição para o capitalismo na Rússia
  • 45. V. Markusova Análise da produtividade das pesquisas na Rússia • análise dos resultados e produtos obtidos em pesquisas desenvolvidas pelo campo científico russo. Três categorias de análise: - abordagens em nível macro: levantamento quantitativo da produtividade científica russa no pós-comunismo - análises em grupos de pesquisa específicos: produtividade das pesquisadoras da Rússia, e em regiões especificas do país (Novosibirsk) - análises em disciplinas científicas específicas: biossegurança, nanotecnologia e oncologia
  • 46. Conclusão • Nas cenas russa e ucraniana houve o desenvolvimento consistente da comunicação científica e dos estudos de metrias, derivando análises e contribuições que ocasionalmente foram visualizadas e discutidas internacionalmente. • Destaca-se o papel das ideias de Nalimov, Dobrov e Mikhailov no desenvolvimento desses estudos na URSS que, de diferentes maneiras, manteriam seu caráter precursor após o fim do comunismo. • As pesquisas de V. Markusova mostram consonância com trabalhos paralelos realizados na Rússia após 1991, onde suas análises quantitativas / cientométricas podem ser consideradas importantes fontes de informação sobre a ciência russa pós- comunista.
  • 47. Conclusão (cont.) • Os estudos métricos realizados na URSS e Rússia, mesmo com todos os problemas advindos das políticas comunistas e da instabilidade econômica no capitalismo, mostram que esse campo de estudo, com pesquisadores e centros pesquisas consistentes, incentivos governamentais e alguma atenção ao que está sendo produzido e discutido em outros países , apresenta trabalhos de qualidade. • A pesquisa realça também a importância e pertinência dos estudos de metrias (e campos corelatos ligados à comunicação científica e de políticas em Ciência e Tecnologia) para a Ciência da Informação, onde foi percebido que a bibliometria e a cientometria encontraram um leque diversificado de análise, não somente no Brasil, EUA e Europa ocidental, mas até mesmo em países pertencentes à antiga “cortina de ferro”.

Hinweis der Redaktion

  1. “Introdução” fica melhor para o texto escrito e não falado !