Apresentamos à comunidade acadêmica a primeira edição virtual da Revista na Real. O projeto era um sonho acalentado do então coordenador do Curso de Comunicação Social de Conselheiro Lafaiete, Geraldo Seabra.
2. Publicidade dos alunos do 3º período de Publicidade e Propaganda: Rúbia Carvalho, Melissa de Deus I Taynara Pinho e Ronilda Maria
3. sumário
sumário
Publicidade dos alunos do 3º período de Publicidade e Propaganda: Logan Nicolas, José Leonardo e Jaime Luciano
. Editorial 4 ........ .
. Sites do interior uma tendência crescente
5
........ .
. Comunidade se une e restaura patrimônio
histórico 6
........ .
. Unir passado e futuro - eis o desafio de um
circuito turístico 10
........ .
. Rio espera no turismo mineiro 14 ........ .
. Cidade turística sem turismo ? 18 ........ .
. Novas tecnologias ajudam na divulgação do
turismo regional 21
........ .
. Turismo movimenta setor econômico da
região 22
........ .
23
. Crônica de Erica Vieira ........ .
. Viagens movidas pela FÉ 24 ........ .
4. E dm tsonho real l
u
um
i oria
É com grande entusiasmo que apresentamos à comunidade de Conselheiro Lafaiete e região
a primeira edição de Na Real, uma revista de perfil acadêmico do curso de Comunicação Social
da Unipac Lafaiete. O projeto da revista era um sonho acalentado desde que assumi o cargo de
coordenador do curso, em fevereiro de 2006. A revista acadêmica atente às diretrizes previstas
no projeto pedagógico do curso, que é estruturado a partir de dois eixos centrais: especificidades
regionais e as demandas do mercado de trabalho. Além de permitir aos alunos vivenciarem a
prática do mercado, o projeto da revista privilegia a formação do imaginário em torno da cultura
local, cumprindo assim o objetivo de valorizar o nosso principal produto e abrir os olhos dos
céticos para o que temos de mais grandioso ao nosso redor: a Estrada Real.
Se antes a Estrada Real era uma mera trilha para escoar todo o ouro de Minas para
Portugal no século 18, hoje a mesma estrada pode ser encarada como fonte de emprego e renda,
devolvendo aos incrédulos a chance de valorizar o que é realmente nosso por direito. Contemplar
da janela um horizonte perdido, é como ver o bonde da história sair dos trilhos sem ao menos
tentar pegar carona na esteira da atividade que mais cresce no mundo: o turismo. Para se
ter uma dimensão exata dessa revolução, o Governo de Minas destina atualmente cerca de 16
milhões de investimentos em publicidade só para o turismo no Estado.
Não por acaso, na sua edição de estréia, a Revista Na Real aposta neste mercado promissor
com um conteúdo editorial totalmente voltado para as questões do turismo regional, que promete
grandes frutos em termo de valorização local e de novas frentes de trabalho para os futuros
comunicólogos forjados com a chancela e o know how da academia.
Com a maturidade dos audazes e corajosos, Na Real surge para o mundo editorial acadêmico
com o compromisso de resgatar a auto-estima de uma região carente de produção cultural e,
ao mesmo tempo, abrir novas perspectivas para os futuros profissionais de comunicação, tanto
para jornalistas quanto para publicitários. Afinal, nesta área, só serão abertos novos postos de
trabalho com o incentivo irrefutável à produção cultural inovadora.
Neste sentido, o curso de Comunicação Social da Unipac Lafaiete saiu na frente com a
parceria firmada com o Circuito Villas e Fazendas em novembro de 2006, na cidade de Senhora
de Oliveira (MG). Neste curto período de tempo foram produzidos vários vídeos institucionais
pelos alunos em diversas cidades que integram o circuito, minimizando assim a carência de um
produto institucional para divulgação turística dessas localidades.
A Revista Na Real é apenas mais uma realização dentre tantas do curso de Comunicação
Social da Unipac Lafaiete. Criado em 2003, o curso conta com duas habilitações: Jornalismo
(ênfase em Webjornalismo e Multimídia) e Publicidade e Propaganda (ênfase em Multimídia). Em
pouco mais de 4 anos, o curso virou manchete nacional. Em julho de 2006, o site Comunique-
se - maior portal brasileiro de conteúdo voltado para a área da comunicação - publicou uma
reportagem, na qual o Jornalismo da Unipac ganhou destaque por ser o 1º curso de graduação
do interior de todo país com ênfase em Webjornalismo e Multimídia. No Expocom Sudeste/2007,
o curso recebeu uma premiação inédita em todos os cursos de comunicação social da Unipac, ao
conquistar a 2ª colocação na categoria rádio - modalidade Radionovela.
Para finalizar, quero agradecer a colaboração de todo o nosso corpo docente que, com
profissionalismo indiscutível, soube conduzir com serenidade os trabalhos acadêmicos propostos
pela coordenação de curso. Quero ainda fazer um agradecimento especial aos alunos envolvidos
4
no trabalho de produção da revista. O trabalho realizado está aí. Esperamos que todos gostem e,
sinceramente, também esperamos que tenhamos acertado. Uma boa leitura!
Por Geraldo Seabra
Professor e coordenador do Curso de Comunicação Social da Unipac Lafaite
NA REAL nº 1 - dezembro 2007 - UNIPAC Lafaiete
5. O
jornalismo no interior sofre escassez de profissionais e
Sites do interior uma tendência crescente
de mídia eletrônica. Sob este ponto de vista, um fotógrafo
graduado em Computação criou um site para Jeceaba, uma
cidade situada há uns quarenta quilômetros de Conselheiro
Lafaiete. “Como bom mochileiro que sou sempre visitava
a cidade para fotografar suas paisagens naturais, sua zona
rural que é rica em cachoeiras e personalidades típicas”,
comenta Alessandro Bastos.
Bastos é natural de Belo Horizonte e sempre visita cidades do interior em
busca de trilhas e boas fotos. “Jeceaba me apresentou distritos bonitos e simples
onde sempre fotografei, assim como em outras cidades interioranas”, confessa
o fotógrafo. O Jeceaba.com iniciou suas atividades a partir de uma conversa
informal. “Sempre quis divulgar minha cidade e após conhecer Alessandro esta
vontade aumentou. Além de fotografias lindas ele também lidava com informática
e tinha boas idéias. Criamos então o perfil do site da minha cidade”, conta o
jeceabense Leandro Marra.
Outra conterrânea que se orgulha do desempenho do site é Julliane Chaves,
amiga de Bastos e Marra. “Alessandro vinha e se hospedava no hotel da minha
família, entre uma conversa e outra com moradores ele resolveu abraçar nossa
cidade e nos presentear com uma mídia com conteúdo local que divulga o
município e seus distritos de forma abrangente”, afirma Chaves que ainda
ressalta a função do site em aproximar moradores ausentes, “Nós que moramos
fora por motivos maiores, sabemos o que acontece na nossa terra, vemos fotos
das festas e ainda podemos nos corresponder por meio do caderno de recados
virtuais”, arremata.
O Jeceaba.com começou com poucos anunciantes e enfatizava publicar a
história e a beleza da cidade. Hoje ele é um sítio virtual em que há notícias e
cultura além do básico disponibilizado no seu início. Recentemente passou por
modificações estéticas e de usabilidade para ser mais fácil de navegar e para
chamar mais atenção.
Aqui em Conselheiro Lafaiete surgiu uma novidade no jornalismo digital. O
site Fato Real foi um projeto acadêmico que ganhou vida. “Fizemos um projeto
em uma disciplina de empreendedorismo, nossa nota foi tão boa que resolvemos
coloca-la em prática fora da faculdade”, relatou Alexsandra Gabriel, recém
formada do curso de jornalismo da Unipac.
O site lafaietense difere do Jeceaba.com por ser basicamente jornalístico.
“Formei em Comunicação Social e tanto eu quanto minha sócia, Gina Costa
pretendíamos e fizemos jornalismo on line”, ressalta a jornalista. Já o site
jeceabense enfatiza a divulgação da cidade por meio de textos e fotografias. “O
Jeceaba.com quer mostrar o potencial natural e turístico de Jeceaba, no site se
encontra onde hospedar-se, onde alimentar-se e informações importantes para
os visitantes”, pondera Bastos. Ele ainda afirma que por meio do sítio da web
muitas pessoas o procuram para saber mais sobre a cidade ou para contratá-lo
para fotografar ou ajudar a desenvolver sites. “O jornal congonhense Baruc de
Diarlhes Pider e informações do portal G1 se hospedam no Jeceaba.com e por
meio dele criei o lay out e publiquei o site Fato Real”, alega Bastos, referindo-se
ao trabalho técnico no site de Conselheiro Lafaiete.
“Procurei informação sobre Jeceaba na internet e achei o Jeceaba.com, fiquei
admirada com o site e procurei seu criador para ajudar-me em meu projeto e de
5
minha colega, foi então que conheci Alessandro Bastos. Nosso site está de vento
em polpa e com uma ótima qualidade”, aponta Alexsandra. Ela ainda conta que
apesar de o Jeceaba.com e Fato Real serem distintos em seu conteúdo, ambos
ajudam a divulgar sua respectiva cidade uma vez que apresenta informações a
respeito delas e está na web, onde todos podem ter acesso.
NA REAL nº 1 - dezembro 2007 - UNIPAC Lafaiete
6. Comunidade se une e
restaura patrimônio
histórico
U
ma das preciosidades da arquitetura e arte coloniais,
que ainda resta em Conselheiro Lafaiete, é a capela
da localidade de São Gonçalo do Brandão, na zona
rural do município. Após a demolição de sua nave, na
década de 50 do século XX, restou apenas a capela-mor
e a sacristia, recentemente restauradas por iniciaiva da
própria comunidade. A obra foi patrocinada pelo Banco
do Brasil S/A. No distrito de São Gonçalo, os moradores
identificaram a importância daquela que é uma das
mais antigas capelas da freguesia de Carijós e buscaram
recursos para recuperá-la e conservá-la.
A comunidade, junto com o padre João Batista Barbosa, à época
responsável pela igreja, buscou recursos para a obra. O trabalho foi
executado pelo Grupo Oficina de Restauro, de Belo Horizonte, tendo à
frente a restauradora Maria Regina Reis Ramos. A restauração foi orçada
em 60 mil reais.
A capela está localizada dentro do cemitério, nos fundos da
nova igreja. Mais ampla, após a demolição da nave do tempo, a porta
foi adaptada ao arco-do-cruzeiro, no qual é possível observar a pintura
marmorizada em seu interior. O altar foi todo confeccionado em madeira,
com camarim e dois nichos laterais. O retábulo, parte mais alta do altar,
é simples, mas sugere que os ornamentos eram mais trabalhados na
pintura, que se deteriorou nos anos em que a capela esteve abandonada,
chegando quase a cair. Há uma semelhança com o altar-mor da Igreja de
Nossa Senhora da Conceição de Passagem, fato que permite deduzir que,
possivelmente, sejam obras de um mesmo artista. Na sacristia existe um
lavabo completamente inacabado, encimado pela data “A. 1807”.
De acordo com o historiador Allex Milagre, um artífice daquela
localidade, Manoel Pereira Brandão (o neto), em 1790 foi contratado pela
Irmanda do Santíssimo, da Matriz de Nossa Senhora da Conceição, para
que “pusesse abaixo a taipa do frontispício velho, cobrisse e forrasse o
acrescentamento para as torres, mudasse o coro, pusessem as portas nas
ditas torres e que se continuasse a escada de madeira para a torre e se
6
pusesse os sinos em cima, que se mudasse a Pia e lhe pusesse porta
com fechadura e se tapassem as sineiras da torre em que está a Pia
Batismal, em razão do prejuízo que faria a água que por elas entrava; que
se mudasse as grades para baixo e se fizesse o lavatório para a sacristia da
NA REAL nº 1 - dezembro 2007 - UNIPAC Lafaiete
7. Fábrica”, Alex Milagre relata, reportando-se a documentos existentes
no Arquivo Eclesiástico da Arquidiocese, em Mariana. O historiador
comenta, ainda que o mesmo artista teria sido contratado, em 1825,
para outras obras na Matriz, como a construção de duas sacristias,
novos púlpitos, ladrilhar as sacristias de tijolo, entre outras outras.
“Talvez ele tenha trabalhado na capela de São Gonçalo, edificada
por seu avô, Manoel Pereira de Azevedo, tronco da família Pereira
Brandão em Carijós”, acrescenta.
“Nós lutamos pela conservação da capela, porque nós
nascemos aqui, fomos criados freqüentando o catecismo nela,
assistindo Missas, então não queríamos que se perdesse esse marco
para a vida de quase todo mundo aqui”, comentou Irací Elói, uma
das pessoas que trabalharam pela restauração da capela. O padre
-cruzeiro responsável pela igreja, Sérgio Antônio Tomaz, comentou que há uma
rco-do preocupação da Igreja em preservar o seu patrimônio, principalmente
no a
p tada o artístico. “Sempre nos deparamos, em casos semelhantes, com
a a da
or t alguns entraves, como o desinteresse de quem tem os recursos para
a preservação de monumentos históricos ou dificuldade para se
P
conseguir patrocínio. Aqui em São Gonçalo, felizmente, a comunidade
se mobilizou, procurou o pároco na época, padre João, e teve todo o
apoio dele e de dom Luciano. Hoje podemos contemplar essa beleza
do barroco mineiro que o povo de São Gonçalo conserva com tanta
devoção e carinho”, afirma.
O acesso a São Gonçalo se faz pela BR-040, antes do trevo
de acesso a Lafaiete (sentido BH/RJ), entrando à direita. Dali até o
povoado são 8km de estrada de chão. A localidade possui saneamento
básico, telefone, escola de ensino fundamental, postos de saúde e dos
Correios. O comércio é o necessário para subsistência e a lavoura é a
principal atividade econômica do local. O maior atrativo turístico da
localidade é a capela, que está aberta à visitação, desde que o turista
seja acompanhado pela pessoa responsável pela igreja. Os ônibus
partem todos os dias de Lafaiete nos horários de 9h, 13h30 e 17h.
Os fundadores da igreja
A família Pereira Brandão foi uma das primeiras que se
estabeleceu em Carijós, nos primórdios do século 18. Manoel
Pereira de Azevedo veio para o Brasil já com sua família constituída.
Seu filho Theodózio Pereira Brandão, em 1756, obteve sesmaria
7
(um pedaço de terra concedido pelo governo, na época da colônia,
para que fosse cultivado) junto à capela de São Gonçalo. A concessão
aparece nos livros paroquiais desde 1730. Nessa época, na capela já
se celebravam a Santa Missa e administravam-se sacramentos.
NA REAL nº 1 - dezembro 2007 - UNIPAC Lafaiete
8. Manoel Pereira de Azevedo era natural da freguesia de São
Miguel do Urró, Vila de Arouca, bispado de Lamego, filho de Lucas
Pereira e de Maria Brandoa. A genealogista Maria Efigênia da Paixão
localizou sua ascendência, tendo ele se casado em Aveiro, a 7 de maio
de 1704, com Jerônima do Pinho, filha de Estevão João e de Antônia
Tavares. Jerônima do Pinho foi batizada em São Miguel do Urro, a 10 de
dezembro de 1680. Na visita canônica feita, em 1733, pelo Comissário
da Santa Cruzada, vigário colado de Catas Altas do Mato Dentro e
Visitador Ordinário da comarca do Rio das Mortes, Dr. Domingos Luiz
da Silva, o tronco dos Brandão figura na devassa como “Manoel Pereira
Brandão, de São Miguel de Orror [sic], casado, 56 anos, morador em
São Gonçalo”, informa Allex Milagre.
É provável que a primitiva capela tenha pertencido à fazenda
de Manoel Pereira de Azevedo, até a construção de uma outra, já na
segunda metade do século 18, a qual se refere esta matéria. Atualmente,
São Gonçalo do Brandão pertence à paróquia de Nossa Senhora da Luz
de Conselheiro Lafaiete.
Allex Milagre
Beatriz Magalhães
Edmilson Penna
Fernando Roberto
Paula Karacy
6º período
Comunicação Social
Par
te ext
e r na
da
ant
iga
cap
ela
FOTOS: Edmilson Penna
8
NA REAL nº 1 - dezembro 2007 - UNIPAC Lafaiete
9. 9
Altar da capela de São
Gonçalo após a restauração
NA REAL nº 1 - dezembro 2007 - UNIPAC Lafaiete
10. Unir passado e futuro – eis
o desafio de um circuito
turístico
Minas não é só montanhas, tem também vilas e fazendas.
São várias cidades em um só circuito, todas com um
passado histórico em comum. Assim é a região do Alto
Paraopeba que reúne histórias que permaneceram
esquecidas por muito tempo.
13 cidades, entre elas Santana dos Montes, Conselheiro
Lafaiete e Carandaí, se uniram em busca do
desenvolvimento do turismo e criaram o Circuito Villas
e Fazendas de Minas. Em cada uma delas o turista
pode encontrar igrejas, casarões e fazendas antigas que
são testemunhas de fatos históricos e que hoje estão
preparadas para receber os visitantes com acomodações
confortáveis e a tradicional comida mineira.
O presidente do Circuito, José Geraldo Dutra, explica
que a cidade de Conselheiro Lafaiete é o pólo e passagem
obrigatória para muitos turistas que seguem para a
região de Ouro Preto. Por isso o município foi escolhido
como sede. “Dividir uma região geográfica em circuitos,
com cidades que tenham características em comum, já
é uma experiência de sucesso em países europeus. Não
é por acaso que estes 13 municípios estão reunidos.
Todos possuem o mesmo ideal e possuem características
históricas comuns. Esta união derivou de um estudo
sério e de um contrato de conduta assinado por todos.
A adesão de novos municípios passa, necessariamente,
pela votação em assembléia”, explica. O Circuito
também conta com a parceria de empresários. Segundo
José Geraldo, hoje já existem oito hotéis conveniados
e que têm uma filosofia de prestar um atendimento de
qualidade e personalizado ao turista.
10
O Circuito Villas e Fazendas tem ganhado destaque e
o seu nome já é bastante respeitado em todo o Estado.
Contudo, após seis anos de criação, a instituição ainda
NA REAL nº 1 - dezembro 2007 - UNIPAC Lafaiete
11. está em busca de resultados mais concretos. A
gestora, Elizângela Morais Amorim, afirma que
neste período foram firmadas diversas parcerias
com a Secretaria Estadual de Turismo e Instituto
Estrada Real, mas que é necessário buscar parcerias
mais intensas com o setor privado.
Elizângela explica que o trabalho do Circuito vai
muito além da divulgação das cidades em feiras
e eventos. Eles trabalham principalmente na
elaboração de um produto comercial e roteiros de
viagens que possam inserir a região no mercado
turístico.
Recentemente foi criado um Ponto de Informações
Turísticas, cujo objetivo é divulgar, através de
folders informativos, toda a região e suas principais
atrações. Durante todo o dia um funcionário
treinado está a disposição para prestar informações
ao turista.
11
NA REAL nº 1 - novembro 2007 - UNIPAC Lafaiete
12. Regina Cordeiro
Luíz Antônio Vital
Márcio Resende
12
NA REAL nº 1 - dezembro 2007 - UNIPAC Lafaiete
13. A sede está situada na Lanchonete Vaquinha da Nevada, que fica às
margens da BR 040, próximo ao trevo da cidade de Queluzito. Elizângela
Morais explica que o local foi escolhido após um estudo de viabilidade.
Lá o turista encontra uma boa infra-estrutura composta por restaurante,
lanchonete e uma área de lazer para as crianças.
“O ponto é bastante freqüentado e possui uma localização
privilegiada. Além de estarmos na principal rodovia do Estado, também
há uma grande proximidade com o Aeroporto das Bandeirinhas. A nossa
iniciativa tem tudo para ser bem sucedida. Construiremos uma sede em
estilo colonial com um toque típico da nossa região. Pela experiência que
já temos, podemos perceber que o turista fica surpreso ao conhecer a
nossa importância histórica e a beleza das nossas fazendas coloniais”,
destaca a gestora.
Devido à expansão industrial, a região do Alto Paraopeba tem aumentado
consideravelmente o seu turismo de negócios. A região já é conhecida
mundialmente pela produção de aço e extração de minério de ferro e
manganês. Em breve será a única na América Latina a produzir tubos
de aço sem costura para o mercado petrolífero, com a chegada da
multinacional Vallourec / Sumitomo.
Tanta modernidade e industrialização conviverá, lado a lado, com as
tradicionais fazendas mineiras. Locais onde ainda é possível ser acordado
pelo canto do sabiá, tirar leite da vaca e saborear-lo ainda quente com
aquela espuma que acaba virando um divertido bigode. No meio do dia
comer torresmo, ou mesmo o exclusivo sushi de ricota, e depois saborear,
sem nenhuma urgência, a fruta colhida do pé e tirar um cochilo à sombra
da árvore. À noite, para descansar, é hora de ouvir as histórias centenárias
repletas de lendas e heróis.
Estas são algumas particularidades encontradas nas fazendas que fazem
do Circuito uma trilha única que liga o passado ao futuro.
13
NA REAL nº 1 - dezembro 2007 - UNIPAC Lafaiete
14. Rio Espera no turismo
Devoção, fé, memória, cultura, belezas naturais. Tudo
mineiro
isso você encontra na cidade de Rio Espera, localizada a 60km
de Conselheiro Lafaiete, e que encanta a quem por ela passa.
Um município aconchegante e cheio de pontos turísticos.
São igrejas, imagens de artistas famosos, fazendas históricas,
cachoeiras, caminhos e estradas percorridos por escravos e
que fazem de Rio Espera uma boa opção de turismo e lazer.
Mas é na praça principal da cidade que está situada
a sua maior atração turística, de acordo com os moradores
e as centenas de visitantes: a Matriz de Nossa Senhora da
Piedade. Construída na década de 1960, a edificação possui
duas torres laterais e uma abóbada central, e em seu interior
encontra-se uma riqueza histórica: a imagem de Nossa
Senhora da Piedade.
Conhecida mundialmente como Pietá, a imagem é obra
do Mestre Aleijadinho, e foi construída com madeiras da
região. A obra teria sido construída no período de quatro anos
em que o artista supostamente viveu na cidade. Entretanto,
não existem documentos que comprovem a sua permanência
em Rio Espera.
Mestre do barroco mineiro, Aleijadinho lapidou da
riqueza natural, formas que marcaram a época colonial do
Brasil e passaram a ser o símbolo da fé cristã no país. A
imagem de Nossa Senhora, entre outras, foram esculpidas
com madeiras de árvores de terrenos pertencentes à cidade,
e delas aproveitada a sua madeira.
A igreja congrega a sua volta dezenas de moradores que
dedicam à Santa, sua fé e devoção. São pessoas que relatam o
processo de construção da igreja, a passagem de Aleijadinho
pela cidade, as festas em homenagem a padroeira, e as
bênçãos que ela traz para os moradores.
Em todos os relatos, nota-se o grande apreço pela santa.
Acredita-se que ela é a fonte de toda a paz e tranqüilidade da
cidade. Os moradores depositam nela suas dores e desejos,
e dizem ser atendidos. Mas não são apenas os moradores de
Rio Espera que se mostram devotos de Nossa Senhora da
Piedade. Durante as festividades em homenagem a padroeira,
ônibus e carros de cidades vizinhas e até mesmo de outras
14
partes do estado se dirigem à cidade para depositar suas
orações, transformando a cidade em um rota do turismo
religioso.
NA REAL nº 1 - dezembro 2007 - UNIPAC Lafaiete
15. 15
Praças arborizadas e bem conservadas conquistam
os turistas que visitam Rio Espera
NA REAL nº 1 - dezembro 2007 - UNIPAC Lafaiete
16. Paiol da Fazenda Monte Líbano ainda preserva os
traços da época de ouro do local
Circuito Vilas e Fazendas
Além de conhecer a imagem de Pietá, as pessoas que vão
a Rio Espera acabam descobrindo outras riquezas da cidade.
O município integra o Circuito Vilas e Fazendas e é
formado por várias localidades onde se podem conhecer um
pouco mais sobre a história mineira no interior, e como era a
16
vida das pessoas que por ali passavam.
Hoje, em cada canto do circuito, encontram-se as marcas
de personagens ilustres e fatos históricos: a arte colonial
NA REAL nº 1nº- 1dezembro 2007 - UNIPAC Lafaiete
NA REAL - dezembro 2007 - UNIPAC Lafaiete
17. mineira, Tiradentes e a Inconfidência Mineira, a Guerra dos
Emboabas e a Revolução Liberal, a Estrada Real e o Ciclo
do Ouro, as dezenas de igrejas, museus e fazendas, estas
últimas, preservadas e restauradas, recebem os visitantes
para tranqüilas estadias com um jeitinho bem mineiro. Além
de saborear a deliciosa comida preparada no fogão à lenha,
o turista pode comprar boas peças artesanais e conhecer a
arquitetura, a música, a religiosidade e as festas típicas desse
povo amigo e hospitaleiro.
Em Rio Espera estão as fazendas que abasteciam os
garimpos vizinhos no período da mineração. A cidade é
reconhecida também pela boa comida mineira. Uma das
principais fazendas do Circuito é a Monte Líbano, que fica em
Ponte Alta, distrito de Rio Espera, que ainda preserva as suas
características originais.
Cada roteiro esconde tesouros históricos, culturais e
de belezas naturais. Nessas fazendas, homens e mulheres
de variadas origens buscaram espaços de sobrevivência e de
produção de bens e na busca, construíram vida, memória e
história no local.
A Fazenda Monte Líbano aparece como uma exceção na
região, já que há um grande descaso dos moradores da cidade
e região com outras fazendas existentes e sua preservação.
Encontram-se várias fazendas praticamente abandonadas,
muitas vezes por causa de brigas de família.
Apesar disto, fazer turismo em Rio Espera e nas fazendas
vizinhas, significa desbravar e penetrar no interior em um
percurso de prazer e de fuga do cotidiano.
17
Francelle Marzano Resende
Marcela Aparecida P. de Sousa
Simone Angelina S. Santiago
NA REAL nº 1 - dezembro 2007 - UNIPAC Lafaiete
18. Mariana é uma cidade do interior de Minas Gerais, considerada
Monumento Histórico Nacional foi descoberta há 311 anos por Bandeirantes
em busca de metais preciosos. A cidade guarda em sua história de belas paisagens,
construções de época, artistas plásticos como Manoel da Costa Athayde (pintor de maior
expressão do Barroco brasileiro) e literários como Alphonsos de Guimarães (grande escritor
brasileiro). As igrejas construídas há séculos por escravos possuem são um verdadeiro tesouro,
seus altares esculpidos no estilo barroco, pelo grande mestre Aleijadinho, são cobertos de ouro fosco e
brunido. Apesar de todas essas características, Mariana hoje não tem o foco turístico voltado como grande
atividade econômica, tão pouco cultural.
Apesar de tudo contar pontos a favor do turismo na cidade, tal atividade está cada vez mais carente.
Recentemente foi reinaugurado o trecho de linha férrea entre Mariana e Ouro Preto com a Maria Fumaça, o
que criou uma expectativa de aumento do número de turistas na cidade. Porém, eles vão a cidade porque vem
do passeio de Maria Fumaça saindo de Ouro Preto e obrigatoriamente tem que ou esperar cerca de 2hs para a
volta do trem ou partirem de ônibus, o que acontece com maior freqüência.
Sequer tem a vontade de conhecerem o local. Isso com certeza
deve-se ao fato de Ouro Preto está muito mais na mídia do
Cidade
que Mariana.
A falta de divulgação da cidade com suas
peculiaridades históricas deixa turistas carentes de
informações cruciais dos vários aspectos turísticos
turística
como, por exemplo, passeios ecológicos, históricos,
presença forte do artesanato local, entre outros. Até
mesmo alguns moradores são mal informados da
história e do potencial local.
sem
O que dizer dessa situação? Uma cidade
turística, sem turistas. Nem mesmo os
acontecimentos locais são bem divulgados. O que
dizer do trabalho jornalístico nesse caso?
turismo?
Bom, o jornalista tem em suas mãos a chave
para abrir as portas da cidade para os turistas,
ou seria abrir os olhares dos turistas para a
cidade? É preciso que os profissionais da rede
hoteleira, bem como, os agentes de guia turístico
se relacionem com os jornalistas para que estes
produzam matérias que divulguem os potenciais
turísticos da cidade. É necessário também que
essas matérias tenham repercussão nacional, ou
seja, os jornalistas e as autoridades locais devem
ilva
convidar as empresas de comunicação de rede
da S
nacional para fazerem cobertura de acontecimentos
lves
na cidade, assim a cobertura vai atingir o alvo: o
A
turista que ainda está em dúvida de onde visitar.
ina
O trabalho jornalístico de interior tem
t
Cris
grande potencial, o fato de estar perto de suas
18
fonte, sabendo de fato o que acontece ali, facilita
ela
Izab
a produção, mostrando assim um retrato mais fiel
possível da realidade vivida ali.
NA REAL nº 1 - dezembro 2007 - UNIPAC Lafaiete
19. Igreja de Nossa Senhora da Piedade é um dos
locais mais visitados em Espera Feliz 19
NA REAL nº 1 - dezembro 2007 - UNIPAC Lafaiete
21. Novas Tecnologias ajudam
na divulgação do turismo
regional
Alunos do 7º período da Faculdade de Tecnologia e Ciências de
Conselheiro Lafaiete estão desenvolvendo um projeto visando narrar a
história do caminho que é referência para qualquer turista em busca de
aventuras e belas imagens de Minas, auxiliando assim o turismo na região
do Circuito Vilas e Fazendas composto por 13 cidades. O projeto alia o
perfil tecnológico do Curso de Comunicação da Unipac com a necessidade
de fortalecimento do turismo na região.
Em fase de implantação desde agosto de 2006, o Projeto Podcast
Estrada Real entrou em operação em Março de 2007. Um podcast é um
programa de rádio ou arquivo de áudio distribuído pela Web em um sistema
de transmissão on-line, que permite que o usuário cadastrado receba
sempre uma nova edição do programa ao se conectar à rede, sem que tenha
visitar a todo momento o site, onde o programa é produzido. “Os programas
são produzidos por nossos alunos do 7º período de Comunicação Social,
e faz parte do conteúdo da disciplina WebRádio, os alunos desenvolvem
todas as possibilidades da convergência de mídias, ampliando o universo
do rádio tradicional. Nossos programas são publicados no site da Unipac
On, exclusivos dos alunos do Curso de Comunicação”, conta o Coordenador
do Curso, Professor Geraldo Seabra.
Todos os programas são produzidos no laboratório de rádio da
própria faculdade durante o período de aulas. Tal produção vai desde a
gravação até a publicação dos arquivos no servidor do site Unipac On.
Além do apoio da faculdade o projeto conta com a colaboração
do Circuito Vilas e Fazendas, com quem o Curso tem um contrato de
parceria desde novembro de 2006. Apesar do empenho dos alunos as
dificuldades ainda são muitas, pois a produção de programas de podcast
requer um alto nível de conhecimento tecnológico, que acaba obrigando
os alunos ampliar a aplicação conceitual e prática das novas tecnologias
da Comunicação (NTC’S).
Atualmente o podcast é uma dessas febres de verão, tornou-se uma
ferramenta de edição de conteúdo em meio às várias outras presentes na
rede. Com o podcast o usuário, consumidor de informação, passa a ser
também um distribuidor de conteúdo na rede.
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NA REAL nº 1 - dezembro 2007 - UNIPAC Lafaiete
22. setor econômico da Região
turismo movimenta Boa parte dos municípios mineiros já descobriu e explora o seu potencial turístico
e vem ao logo dos anos aumentando a arrecadação municipal. Por outro lado, cidades
como Barbacena e Conselheiro Lafaiete apesar de integradas ao circuito turístico mais
importante do estado, ainda estão à margem do processo de exploração do turismo
regional. Apesar de geograficamente incorporadas ao circuito turístico que compreende
a Estrada Real, cidades históricas, circuito Vilas e Fazendas e afinidades culturais estes
municípios ainda não se articularam para criar ou divulgar atrativos culturais e turísticos
que contribuam para o crescimento do interesse do turista.
Barbacena e Conselheiro Lafaiete são duas cidades importantes cada uma sendo pólo de
microrregiões. Barbacena engloba os municípios de Alfredo Vasconcelos, Antônio Carlos,
Barroso, Capela Nova, Caranaíba, Carandaí, Desterro do Melo, Ibertioga, Ressaquinha,
Santa bárbara do Tugúrio e Senhora dos Remédios. Enquanto Lafaiete congrega
a microrregião com as cidades de Casa Grande, Catas Altas da Noruega, Congonhas,
Cristiano Otoni, Desterro de entre Rios, Entre Rios de Minas, Itaverava, Ouro Branco,
Queluzito, Santana dos Montes, São Brás do Suaçui. Algumas destas cidades, apesar
de uma população muito pequena, já se encontram registradas nos roteiros de Vilas e
Fazendas, oferecendo ao turista hospedagem e lazer em hotéis fazendas.
A promoção de eventos turísticos episódicos, tais como, Exposições Agropecuárias,
Festas de Produtos Agrícolas (Flores-Frutas), Feiras de Artesanato não são suficientes
para promover uma integração capaz de consolidar uma identidade regional geradora de
um turismo regular e sustentável. Um dos fatores pode ser a distinção de temas de cada
Geraldo Faria, Kátia Matos, Odair José, Marina Laviola, Emanuela Maria, Geórgia Saar
uma e a não integração de todos esses eventos em um produto publicitário que coloque
as microrregiões como um conjunto de eventos turísticos.
As duas microrregiões estão geograficamente próximas a cidades, que embora
menores, já fazem do turismo, principalmente rural, um grande e significativo gerador de
recursos para a receita municipal. As principais são Santana dos Montes, Cristiano Otoni,
Catas altas da Noruega, Carandaí, Queluzito, entre outras que oferecem ao turista hotéis
fazenda, pousadas, além de cachoeiras, trilhas, pescaria e outras atrações do gênero. O
turismo rural que vem despertando interesse turístico a cada ano poderia representar
um dos grandes potenciais e força econômica para Lafaiete, Barbacena e região. Com a
existência de muitas fazendas remanescentes do período colonial, com um investimento
não muito significativo, e ainda possuindo grandes campos, serras (como da Mantiqueira,
em Barbacena e a Serra de Ouro Branco), cachoeiras e lagoas a implantação desse setor
turístico representaria grande importância para a região.
Tanto Barbacena como Lafaiete estão localizadas em pontos privilegiados em uma das
principais rodovias brasileiras, a BR 040, que permite fácil acesso a turistas de qualquer
lugar do país, principalmente aqueles que partem de Belo Horizonte, Rio de Janeiro e
São Paulo. Para facilitar ainda mais este acesso, Lafaiete e Barbacena possuem aeroporto,
sendo o de Barbacena com nível internacional.
Para quem busca um clima mais ameno, a região é propícia. Barbacena é chamada de
suíça brasileira por possuir grande parte do ano clima bastante frio. O município, com
planejamento, poderia explorar turística e economicamente este fator. Seguindo exemplos
como Campos do Jordão e Monte Verde.
Como se vê estas cidades estão à margem do lucro com o turismo por não possuírem
políticas públicas de incentivo ao desenvolvimento turístico. Mas reúnem em si todas as
condições para uma mobilização entre poder público, iniciativa privada e comunidade
que promova uma integração capaz de transformar essa situação.
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Um ditado popular diz que “mineiro não perde o trem”. Do ponto de vista turístico,
Barbacena e Lafaiete estão perdendo este “trem”, que poderia e4fetivar a integração dos
municípios ao circuito turístico da região. Esta postura mudaria o quadro e tiraria os
municípios da apatia e da pouca mobilidade econômica.
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23. CRÔNICA
Prova, trabalho, seminário, gravação, redação, edição, monografia! Ai... São
tantos as tarefas que envolvem o curso que nos esquecemos, muitas vezes, de que o
aprendizado esta, também e principalmente, no que se aprende na vivência, no dia a
dia e no contato com as pessoas. São elas que nos ensinam, com suas experiências, os
ofícios maiores do jornalismo: a ética (sim, ela mesma), a nossa responsabilidade e o
nosso compromisso com o ser humano e com nós mesmos. E é pra falar do aprendizado
que se ganha nas experiências fora da sala de aula que aqui estou.
No inicio do ano pude participar da Expocom (Pesquisa Experimental em
Comunicação) que é um encontro regional que discute temas atuais de nossa
profissão. Este é o encontro que antecede o Intercom (Sociedade Brasileira de
Estudos Interdisciplinares da Comunicação), maior encontro de comunicação do país.
Na ocasião do Expocom apresentei um programete de rádio produzido no 5º período
por mim e pela Fabiana Gonçalves. Ficamos em 2º lugar na categoria radionovela.
Esta foi a primeira premiação conquistada pelo curso de Jornalismo da nossa Unipac
Lafaiete. Claro, o mérito não e só meu e da Fabiana, contamos com a ajuda de muitas
pessoas para que a edição fosse merecedora do prêmio. E foi! Agradeço, mais uma vez,
ao Rodrigo pela brilhante edição, a coordenação pelo empenho e aos professores pela
força. A aluna Kátia Matos também participou comigo do evento e sua companhia,
carinho e ajuda fizeram a diferença.
A Expocom reúne os melhores trabalhos das instituições de comunicação da região
sudeste e oferece cursos, palestras e grupos de trabalho para discussão. Durante o
encontro conversei com profissionais renomados na nossa área. Foram dezenas de
e-mails, telefones e endereços trocados. E eu enriquecendo meu “network”... Ate nos
papos mais descontraídos e informais se falava em comunicação. Pois é, são pessoas da
comunicação! Ah... Ela nos leva a tantos caminhos... Oferece-nos tantas possibilidades.
A diferença esta em como lançamos mão dela.
Depois veio o Intercom, em setembro na cidade de Santos - SP. Fomos, também,
eu e Kátia Matos. Foram dias mágicos onde os maiores expoentes da área se reuniam
para falar dos rumos que a comunicação esta seguindo, dos caminhos que surgem e
das peculiaridades da nossa profissão. E a cada segundo eu reafirmava que minha
escolha estava certa. Discutiam ali assuntos que nos induzem a reflexão de onde
estamos partindo e onde queremos chegar. Quem já não leu José Marques de Melo ou
Cicília Maria Krohling Peruzzo? Eram eles que lá estavam, com suas sabias palavras e,
também, com suas mensagens de otimismo para os estudantes da comunicação social.
E novamente meu “network” estava sendo enriquecido. Vale lembrar que foi uma
professora que conhecemos no Expocom que nos hospedou e nos guiou durante os
dias de congresso em Santos. Não posso deixar de citar as amizades que foram feitas,
afinal encontramos gente de todas as idades, de todos os lugares do país e que estão
ali por um debate e não pela unanimidade, mas pelo respeito à diferença.
Enfim, não se limitem aos ensinamentos da sala de aula. Eles são preciosos, mas
não podem ser motivo de nossa acomodação. Perdoem-me os professores, mas trocar
algumas aulas por encontros, congressos e afins onde se discute os meandros de SUA
profissão é mais do que preciso, é vital para que você esteja sempre atualizado e
antenado a este mundo de consumo e informações tão rápidos. Ele costuma relegar ao
desprezo aqueles que não o acompanham.
Fiquem ligados aos próximos encontros e participem. Uma coisa é fato: as
oportunidades somos nós mesmos que criamos ainda na universidade e o que
aprendemos nesta fase pode ser decisório para definir o tipo de profissional que
seremos e com o que contribuiremos para este mundo que é meu, é seu, é nosso.
ERICA VIEIRA 23
NA REAL nº 1 - dezembro 2007 - UNIPAC Lafaiete
24. Viagens movidas
pela FÉ
Em todo o mundo, as cidades religiosas atraem visitantes em busca de
experiências que despertem seus sentimentos de fé e esperança. No
Brasil não poderia ser diferente, além de ser o maior país católico do
planeta, têm-se inúmeras manifestações da religião que, misturadas à
nossa cultura se transformam em verdadeiros espetáculos de devoção,
conseguindo mobilizar milhares de peregrinos.
Segundo a Empresa Brasileira de Turismo – Embratur, um levantamento
realizado pelo Instituto de Pesquisas da Universidade de São Paulo mostra
que existem cerca de 15 milhões de brasileiros viajando anualmente em
busca de lugares e templos religiosos. No Brasil, as cidades de maior
destaque são Juazeiro do Norte, no Ceará, terra do Padre Cícero; Nova
Trento em Santa Catarina, onde se encontra o Santuário de Madre
Paulina; Belém do Pará, na festa do Círio de Nazaré e, a mais conhecida,
Aparecida do Norte, no estado de São Paulo, onde está o Santuário da
Padroeira Nossa Senhora Aparecida. Além desses roteiros já famosos, o
interior do país reserva inúmeras possibilidades para o turismo religioso,
com diversidade de lugares a serem visitados.
Mauro Rezende, morador de Conselheiro Lafaiete, organiza pequenas
excursões há 30 anos. O aposentado de 65 anos disse que entre os
participantes das excursões estão crianças, grupos de jovens e grupos de
terceira idade. Com seu ônibus já visitou lugares maravilhosos no Estado.
“É fantástico a imensidão de lugares que se tem em Minas Gerais, muitos
procuram belezas de outros estados sem saber o que há de belo aqui. No
caso do turismo religioso, há varias igrejas como em Ouro Preto e Mariana
que encantam o viajante”, afirmou.
Bernadete silva é uma nova turista do grupo de Mauro, por enquanto
visitou apenas os profetas na cidade de Congonhas, mas, já está preparada
para as próximas viagens. Segundo a novata, assim que houver outra
excursão ela estará presente. Confessou que a religiosidade não é o fator
principal para suas viagens, mas sim, a companhia e as amizades que
podem ser feitas em cada excursão. Ainda assim, disse que os roteiros
ligados à religião são excelentes quando se busca um pouco de paz.
Vicente Silva Ribeiro também relatou suas viagens, o aposentado de 75
anos falou de suas “idas” a Cidade de Aparecida que ele considera a maior
de suas experiências, sendo que, já visitou templos barrocos da cidade de
Ouro Preto e, também, os profetas de Congonhas.
24 Vale lembrar que existem modalidades diferentes de viagens com intuito
religioso. A Romaria, por exemplo, é a atividade turística feita por livre
NA REAL nº 1 - dezembro 2007 - UNIPAC Lafaiete
25. Fazenda Monte Líbano
disposição do viajante aos destinos sagrados, onde não há nenhum
tipo de compromisso a ser cumprido, a não ser conhecer a região. Já a
Peregrinação é quando o turista viaja para cumprir promessas ou votos
feitos a divindades. Neste caso, datas e prazos devem ser seguidos em
função dos votos feitos. Existem também as viagens feitas com intuito de se
redimir de alguma culpa ou pecado, de forma espontânea ou aconselhada
por algum líder religioso. Estas são chamadas de viagens de Penitência
ou de Reparação.
Maria Heloisa relatou sua experiência em Ouro Preto, quando Visitou a
igreja de Nossa Senhora da Conceição. Maria disse que ficou maravilhada
ao entrar no local. Desde então viaja em busca de outras igrejas que
a façam ter o mesmo sentimento de quando foi à Ouro Preto. “Após o
casamento de minha filha, me dediquei a conhecer todas as igrejas de
Minas e contemplar sua arte”. Agora, ela pretende passar por todas as
igrejas de Minas, mas disse que encontra alguma dificuldades em relação
à pacotes de viagem que lhe possibilite isto.
O que transforma uma cidade comum em um destino religioso são
fenômenos sem nenhuma explicação científica como aparições de imagens
celestiais refletidas em algum objeto, ou um religioso local que passa a
realizar milagres ou curas. O fato extraordinário se espalha, e muitas
vezes, toma âmbito nacional, fazendo com que a região passe a ser visitada
por turistas nacionais e internacionais, nesse ponto a participação do
jornalista é fundamental.
Mas as viagens não se limitam aos destinos ditos religiosos. Muitos turistas
fazem peregrinações em busca do estilo Barroco brasileiro, que como
característica principal mistura, de forma natural, a arte e a religião. As
opções espalhadas pelo país são diversas, desde cidades barrocas mineiras
como Ouro Preto, Congonhas do Campo e Mariana.
A prática do jornalismo de turismo consiste em trabalhar o imaginário do
turista na tomada decisão em relação aos destinos a serem explorados. O
jornalismo potencializa algum aspecto e, por meio da divulgação, o torna
publico, atraindo os fieis que praticam o turismo religioso. A atividade
jornalística é imprescindível para fomentar o turismo no interior e deve
ser realizada com o apoio dos setores envolvidos com a prática turística
de uma região.
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Hugo Valentim, Joice Helena, Karyne Rodrigues, Rafaela Patrícia
NA REAL nº 1 - dezembro 2007 - UNIPAC Lafaiete
26. Pu b Jean Amorim
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NA REAL nº 1 - dezembro 2007 - UNIPAC Lafaiete
26
27. NA REAL
Revista Laboratório do Curso de
Publicidade dos alunos do 3º período de Publicidade e Propaganda: Rodrigo Fernandes, Alexsandra Barbosa
Comunicação Social - UNIPAC Lafaiete
REITORIA - Reitor Licenciado da Unipac]
Prof. Bonifácio José Tamm de Andrada
Reitor em exercício] Lauro Lopes Pinheiro
Pró-Reitoria de Ensino e Assuntos
Acadêmicos III] Profª.Floripes de Souza
Veiga DIRETORIA - Diretor Geral] Karine
Azevedo Diretor Acadêmico] Prof. Marcelo
Alvim Jorge Diretor Administrativo] Dylan
Moreira Franco Coordenador do Curso
de Comunicação Social] Prof. Geraldo
Seabra Conselho Editorial] Prof. Geraldo
Seabra, Profª. Simone Melo e Prof. Anízio
Viana Editor de Fotografia] Prof. Hélio
Passos Editoração Eletrônica] Profª. Soraia
Nogueira Editora-chefe] Profª. Simone
Melo MG05301 JP Revisão] Prof. Geraldo
Seabra, Profª. Simone Melo e Prof. Anízio
Viana Impressão Gráfica] Fumarc – BH
tiragem 250 exemplares
Foto da Contracapa: Lívia Assis I Fachada
da Fazenda Monte Líbano - Rio Espera
Logomarca NA REAL: Rodrigo Fernandes,
Jean Amorim e Alexsandra Barbosa - 3º
período de publicidade.
SITE:
www.unipaclafaiete.edu.br/unipacon
E-MAIL:
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Universidade Presidente Antônio Carlos
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MG 482 km 03 - Bairro Gigantes/
Caixa Postal 51
Conselheiro Lafaite • MG
CEP. 36.400.000
Telefax: (031) 3769-4000
CNPJ: 17.080.078/0107-14
28. de Publicidade e Propaganda: Marivânia
Oliveira e
Ana Caro
lina Amo
dos alunos do 3º período
Publicidade
rim