A UTI é uma área hospitalar para pacientes críticos que precisam de cuidados complexos constantes. Seu objetivo é fornecer atendimento especializado 24 horas com equipamentos e profissionais qualificados. Uma UTI ideal tem estrutura física própria com quartos, equipamentos médicos avançados e uma equipe multidisciplinar.
2. Conceito A Unidade de Terapia Intensiva (UTI) é uma área hospitalar destinada a clientes em estado crítico, que necessitam de cuidados altamente complexos e controles estritos, com centralização de esforços e coordenação de atividades.
3. Objetivo Segundo a Portaria n.466 do Ministério da Saúde, os serviços de tratamento intensivo têm o objetivo de prestar atendimento a clientes graves e de risco que exijam assistência médica e de enfermagem ininterruptas, equipamentos e recursos humanos especializados, definindo a UTI como o local que reúne um conjunto de elementos destinados a este propósito.
4. ESTRUTURA FÍSICA Toda UTI deve ocupar área física própria, de acesso restrito, possuir acesso fácil às unidades correlacionadas (Centro Cirúrgico, Emergência, Unidade Semi-intensiva). Quanto ao ambiente, as UTIs devem possuir no mínimo: área coletiva de tratamento e/ou quartos; quarto de isolamento; posto de enfermagem; área de prescrição médica; sala de utilidades; copa; rouparia; sala de preparo de materiais e de equipamentos; depósito de equipamentos e de material de limpeza; banheiro para clientes; área administrativa; sala de estar para a equipe.
5. MATERIAIS E EQUIPAMENTOS Os materiais e equipamentos utilizados na UTI devem ser dimensionados e selecionados de acordo com o tipo de assistência prestada. Por exemplo a existência de carro de emergência com monitor/desfibrilador, ventilador mecânico, monitor de beira de leito, gerador de marca passo, bomba de infusão, entre outros.
7. Profissionais que atuam Um médico com título de especialista em Medicina Intensiva e dispor, no mínimo, da seguinte equipe básica: - Enfermeiro superior; - Médico diarista; - Médico plantonista; - Enfermeiro assistencial; - Técnico de enfermagem; - Fisioterapeuta; - Auxiliar de serviços/secretária
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9. FUNÇÃO DE ENFERMAGEM Enfermeiro com formação para o atendimento de pacientes de alta complexidade com grande dependência no leito. Supervisiona a ação do grupo de técnicos e auxiliares de enfermagem, como a higienização, controle das medicações e prescrições, tendo papel assistencial fundamental.
10. FUNÇÃO DO TÉCNICO DE ENFERMAGEM Prestar assistência segura, humanizada e individualizada aos clientes; Preparar clientes para consultas e exames, orientando-os sobre as condições de realização dos mesmos; Verificar os sinais vitais e as condições gerais dos clientes; Prepara e administrar medicações por via oral, tópica, intradérmica, subcutânea, intramuscular, endovenosa e retal s médicas ou de enfermagem;
11. Executar atividades de limpeza, desinfecção, esterilização de materiais e equipamentos, bem como seu armazenamento; Realizar atividades na promoção de campanhas do aleitamento materno bem como a coleta no domicílio; Propor a aquisição de novos instrumentos para a reposição daqueles que estão avariados Auxiliar na preparação do corpo após o óbito entre outras.
12. ROTINA DA UTI Manual de Normas e Rotinas Unidade: Todas as UTI e Semi-Intensiva. Data desta Revisão: 12/02/2007 R O T I N A: ADMISSÃO NA UTI * Equipe Médica Clínica de Origem - Solicitar a vaga e passar o caso por telefone ao plantonista da UTI; - Acompanhar o transporte do paciente até a unidade e passar o caso e possíveis intercorrências do transporte ao plantonista. * Equipe de Enfermagem da Clínica de Origem - Acomodar adequadamente o paciente na maca ou isolete de transporte; - Auxiliar o médico e enfermeiro no transporte; - Ajudar a transferir o paciente para o leito na UTI; - Passar o caso para a equipe de enfermagem da UTI;
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14. Enfermeiro da Clínica de Origem Passar o caso por telefone à enfermeira da UTI e confirmar o horário para transferência; Providenciar o transporte de suporte avançado para o paciente; Acompanhar o transporte do paciente até a unidade e passar o caso e possíveis intercorrências do transporte. Equipe de Enfermagem da Clínica de Origem Acomodar adequadamente o paciente na maca ou isolete de transporte; Auxiliar o médico e enfermeiro no transporte; Ajudar a transferir o paciente para o leito na UTI; Passar o caso para a equipe de enfermagem da UTI; Entregar o prontuário completo, medicamentos e pertences.
15. Equipe Médica da UTI Ceder a vaga na unidade e confirmar horário com enfermeiro da unidade; Checar o respirador mecânico; Enfermeiro da UTI deve estar presente Obrigatoriamente no momento da admissão e fazer a avaliação do paciente com o preenchimento do impresso de avaliação admissional do paciente na unidade (impresso de histórico e exame físico);
16. Verificar junto ao funcionário da clínica de origem, se a documentação de internação do paciente está completa: prescrição médica do dia e folha de controle de enfermagem, medicações e os pertences do paciente; Identificar (se houver) pertences e entregar para a família se estiver presente, ou obrigatoriamente no próximo horário de visitas - anotar no livro de ocorrências; Realizar anotação de admissão no livro de ocorrências e/ou admissão, onde deverão constar: data, horário, número do prontuário, nome completo, clínica de origem, diagnóstico e número do leito;
17. Equipe de Enfermagem da UTI Montar a unidade, receber o paciente e transferir da maca para o leito em segurança; Promover oxigenação adequada, monitorização, manutenção de acessos e infusões, proteção para evitar perda de tubos, sondas e drenos, checar drenos de tórax e sonda vesical quanto à permeabilidade (se aberto ou fechado); Observar nível de consciência, sinais vitais, presença de próteses, talas, próteses, integridade da pele; Identificar grau de dependência (deficiência visual, mobilidade, comunicação).
18. Proceder a rotina de controles e medicações conforme prescrições médicas e de enfermagem, priorizar as atividades conforme gravidade do paciente; Anotar todas as observações no prontuário devidamente assinado e carimbado; Orientar o paciente e os familiares sobre rotinas do setor: visitas, pertences, informações, lista de materiais de higiene.
19. DIVISÃO DA UTI A disposição dos leitos de UTI podem ser em área comum (tipo vigilância), quartos fechados ou mista; A área comum proporciona observação contínua do paciente, é indicada a separação dos leitos por divisórias laváveis que proporcionam uma relativa privacidade dos pacientes; As unidades com leitos dispostos em quartos fechados, devem ser dotados de painéis de vidro para facilitar a observação dos pacientes. Nesta forma de unidade é necessário uma central de monitorização no posto de enfermagem, com transmissão de onda eletrocardiógrafa e frequência cardíaca.
20. Unidades com quartos fechados proporcionam maior privacidade aos pacientes, redução do nível de ruído e possibilidade de isolamento dos pacientes infectados e imunossuprimidos. A unidade mista combina os dois tipos de forma e tem sido adotada com bons resultados. Salas de isolamento é recomendável e cada instalação de saúde deve considerar a necessidade de salas de isolamento compressão positiva e negativa nestas salas. Esta necessidade, vai depender, principalmente da população de pacientes e dos requisitos do Departamento de Saúde Pública.
21. DICA A SEGUIR: Devemos reforçar o respeito ao indivíduo sem discriminação de qualquer espécie, o segredo profissional e a execução de suas atividades de acordo com as competências estabelecidas.
22. OBSERVAÇÕES: Unidade de Queimados : as vagas são cedidas via SAMU e o primeiro atendimento ocorre na sala de admissão (ambulatório), sendo que a necessidade de UTI é definida pela equipe e obedece a fluxo interno (enfermaria – UTI ou vice –versa) Unidade Neonatal – recebe apenas pacientes oriundos do próprio serviço, ou seja, centro obstétrico do CHS. Assim, o médico pediatra que assiste o RN na sala de parto aciona o setor para necessidade de leito de UTI neonatal. Unidade de Terapia Intensiva Infantil – recebe encaminhamentos via SAMU e demanda interna, geral mente via pronto socorro. Unidade de terapia intensiva adulta – só recebe pacientes via pronto socorro e demanda interna.