O documento discute alternativas protéicas para dietas de confinamento de bovinos. Apresenta informações sobre o custo crescente da proteína animal tradicional e discute 10 a 12 fontes protéicas alternativas mais comuns, incluindo farelo de amendoim, mazoferm e farelo de glúten de milho.
10. Introdução
2010 2011
Custos
Hora Máquina - Confinamento
R$/CB
1.75
R$/CB
1.27
operacionais
Despesas Administrativas - Confinamento 7.02 9.97
Depreciações de Maq. E Inst. 11.54 9.72
Salários e Encargos - Confinamento 13.84 14.66
Uniformes e EPI 0.67 0.83
Locação de Máquinas e Serviços de Terceiros 1.04 2.01
Energia Elétrica - Confinamento 3.23 0.54
Manutenção de Equipamentos 4.08 5.58
Fretes e Carretos 13.72 24.22
Rastreabilidade 1.93 2.50
Conservação de Bens 0.70 1.80
Sanidade - Serviço
Sanidade - Medicamentos
0.66
4.56
0.71
4.05
2010 – R$ 0,71
Comissão
Distribuição de Aguas
Refeitorio
5.67
1.10
2.68
7.05
0.20
3.07
2011 – R$ 0,93
SU B-TOTAL R$ 74.18
R $ 0 .7 1
R$ 88.18
R $ 0 .9 3 2012 – R$ 1,03
11. Introdução
Oliveira et al.
Millen et al. (2009)
(2011)
Journal of Animal Science
Dados não publicados
31 33
nutricionistas nutricionistas
Adaptado de Vasconcelos, 2011
12. Introdução
Vasconcelos (2011):
Em dois anos, o confinamento brasileiro:
• Aumentou o uso de milho.
• Adotou novos métodos de processamento.
• Aumentou a quantidade de grãos.
• Aumentou a quantidade de concentrados.
• Diminuiu a quantidade de forragem.
13. Introdução
Dra. Gabriela Varga, Penn State University
O sucesso da dieta é 80%
manejo e 20% do
computador que gerou essa
dieta.
Tudo igual, todo dia, sempre!
17. Manejo de cocho - sobras
Adaptado de Vasconcelos, 2011
2009 2011
63.6
48.4
25.8
18.2
19.4
15.2
6.5
3
Manejo do
cocho limpo 1 a 3% de
sobra 3 a 5% de
sobra 5 a 10% de
sobra
Millen et al. (2009)
Oliveira et al. (2011)
23. A proteína é o
macro nutriente
mais caro!
5 a 30% da dieta.
Valinote, 2012
24. Proteína: conceitos
Pesquisa nutricionistas BR (2009):
PB em dietas de terminação: 13,2%
Teor de uréia: 1,2% MS
85,7% consideram PDR na formulação
(9,0%)
Farelo de soja é o mais utilizado; far algodão e
caroço de algodão;
Millen et al, 2009
27. Proteína: conceitos
Como suprir o PDR
requerimento de
proteína metabolizável?
Maioria das dietas utilizadas em
confinamento (com mais de 70% de
concentrado):
25%
PM mic
PM alimento
75%
33. Fontes protéicas
“Convencionais” “Alternativas”
Farelo de soja Farelo de amendoim
Mazoferm
Farelo de algodão (38) Torta de algodão
Farelo de girassol
“Caroço de algodão” Farelo de gúten de
milho
Uréia Uréia protegida
38. Fontes protéicas
Farelo de amendoim
Elevado teor de PB (50%)
Maior teor PDR
Bom teor de energia
K – 1,3% MS R$ 850.00
R$ 907.00
Sem restrições de consumo
R$ 950.00
R$ 900.00
R$ 850.00
Aflatoxina
R$ 800.00
R$ 750.00
R$ 700.00
R$ 650.00
R$ 600.00
R$ 550.00
R$ 500.00
Farelo de soja Farelo de amendoim
39. Fontes protéicas
Farelo de amendoim
Dieta para garrotes e
bezerro pós desmama:
8 a 10% de f. amendoim
2011 X 2012
Melhoria de 15% na
eficiência
40. Fontes protéicas
Mazoferm – água de maceração
Origem do processamento do milho
55% de água
PB 42% na MS
Elevada PDR (80% da PB)!
Elevado teor de K (6%) e S (0,5%) R$ 850.00
Baixo teor de energia R$ 900.00
R$ 800.00
Fornecer máx 6% da MS (1,5 kg/cab)
R$ 700.00
R$ 600.00
R$ 397.00
R$ 500.00
R$ 400.00
R$ 300.00
R$ 200.00
Farelo de soja Mazoferm
45. Fontes protéicas
Farelo de glúten de milho
Origem do processamento do milho
PB 22% na MS
Bom teor de PDR (70% da PB)
Médio teor de energia (fibroso) R$ 850.00
Consumo até 20-25% da MS da dieta
R$ 900.00
R$ 800.00
R$ 700.00
R$ 600.00
R$ 397.00
R$ 500.00
R$ 400.00
R$ 300.00
R$ 200.00
Farelo de soja F Glúten de milho
46. Fontes protéicas
Torta de algodão
Baixa PB (26%)
Baixo teor PDR
Alta fibra (dietas com BIN)
Bom teor de K R$ 900.00
R$ 850.00
Médio teor de energia R$ 800.00
Presença do óleo
R$ 700.00
R$ 600.00
R$ 472.00
Sem restrição de consumo
R$ 500.00
R$ 400.00
R$ 300.00
R$ 200.00
Farelo de soja Tortad e algodão
50. Fontes protéicas
Função “secundária”
Torta de algodão
Farelo de glúten
Farelo de girassol
Farelo de algodão 28
Fontes de fibra
adicional
51. Fontes protéicas
Farelo de girassol/algodão 28
Substituir farelo de soja:
Dieta com 500g de farelo de soja = 225 g de PB
225 g de PB = 800g de f girassol
-300 g: o que retirar da dieta?
52. Fontes protéicas
Uréia protegida
Uréia de liberação lenta
Equivalente protéico (256% PB)
Fonte de PDR
Substitui farelos e manter uréia
Inclusão de 0,5 a 1% da MS da dieta
53. Fontes protéicas
Uréia protegida
Substituir farelos:
Dieta com 500g de farelo de soja = 225 g de PB
(R$ 0,47/d)
225 g de PB = 88g de UP
(R$ 0,26)
“Sobra” espaço na dieta: 412 g
54. Fontes protéicas
Uréia protegida
Substituir farelos:
“Sobra” espaço na dieta: 412 g
Ideal: milho, sorgo, polpa cítrica!
CHO fermentável + N = massa microbiana!
55.
56. Fontes protéicas
Importante
Cuidado com a estocagem!
Sempre faça análise do alimento!
Se a inclusão for pequena – pré-mistura;
60. Tomada de decisão
Deve ser avaliada no “conjunto”da
dieta! Outros nutrientes estão
envolvidos!
Quanto de energia?
Fibra e fibra efetiva?
Teor de gordura?
Qual categoria animal?
63. Fases de maior desafio
Situações críticas em requerimento
de proteína metabolizável:
Período inicial de confinamento;
Bezerros pós-desmama;
Garrotes (<360 kg);
Ganho compensatório;
64. Fases de maior desafio
Dados de 2011 e 2012
5 confinamentos, 227.220 machos inteiros:
46%
Abaixo de 360 kg
Acima de 360 kg
54%
PVI (kg) DDC GPD corr CA corr Custo @
Abaixo de 360 322.4 102.3 1.671 5.85 R$ 75.14
Acima de 360 404.2 89.3 1.753 6.59 R$ 74.03
81.8 -13.0 0.082 0.735 -R$ 1.11
65. Fases de maior desafio
Qualidade da fonte protéica
Farelo de soja
Farelo de amendoim
Farelo de algodão 38
66. Fases de maior desafio
Escore corporal X compensatório X requerimento proteína
550 531 522 513 504
500
450
400
PM Mant, g/d
350 PM ganho, g/d
300
250
200
2 3 4 5
67. Fases de maior desafio
Curva de consumo
1,91% do PV
1,32% do PV
72. Manejo alimentar
Fase final
Fase inicial – 10 a 40 dias
Maximizar consumo de
Maximizar consumo energia
Farelos (5 a 10% MS dieta) Ajustar por PDR
UP, uréia, etc..
Fermentação
73. Finalizando…
A avaliação de uma fonte protéica
deve ser feita no contexto da
dieta!
O começo de tudo é medir
(consumo!!!)
Custo mínimo pode não
representar maior lucro