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Arte do antigo Egito


“Passagem da vida terrena para
  uma vida eterna e suprema”.
Sumário

 1.    Arte Egípcia
 2.     Estilos e normas
 3.     Império Antigo
 4.     Escultura
 5.     Arquitetura
 6.     Arte Armana
 7.     Terceiro período Intermediário
Arte egípcia
• A arte egípcia refere-se à artee desenvolvida e aplicada
  pela civilização do antigo Egito localizada no vale do rio Nilo
  no Norte da África.

• Surgiu a mais de 3000 anos A.C., mas é entre 1560 e 1309
  A.C. que a pintura Egípcia se destaca em procurar refletir
  os movimentos dos corpos e por apresentar preocupação
  com a delicadeza das formas.
  O local a ser trabalhado primeiramente recebia um
  revestimento de gesso branco e em seguida se aplicava a
  tinta sobre gesso. Essa tinta era uma espécie de cola
  produzida com cores minerais.


 A arte do antigo Egito serve políticos e religiosos. Para
  compreender a que nível se expressam estes objetivos é
 Ele é dado como representante de Deus na Terra e
 é este seu aspecto divino. O faraó é imortal dos
 seus familiares e altos representantes
 da sociedade têm o privilégio de poder também ter
 acesso à outra vida.

 Deste modo a arte representa, exalta e
 homenageia constantemente o faraó e as diversas
 divindades da mitologia egípcia , sendo aplicada
 principalmente com o culto dos mortos, isto
 porque a transição da vida é vista, antecipada e
 preparada como um momento de passagem da
 vida terrena à vida eterna e suprema.
 Os túmulos são, por isto, dos marcos mais
 representativos da arte egípcia, lá são depositados
 as múmias ou estátuas e todos os bens físicos do
 cotidiano que lhe serão necessários à existência após
 a morte.
2.Estilos e normas
 Todas as representações artísticas estão repletas de
  significados que ajudam a caracterizar figuras, a estabelecer
  níveis hierárquicos e a descrever situações.



 A harmonia e o equilíbrio devem ser mantidos, qualquer
  perturbação neste sistema é, consequentemente, um distúrbio
  na vida após a morte. Para atingir este objetivo de harmonia
  são utilizadas linhas simples, formas estilizadas, níveis
  rectilíneos de estruturação de espaços, manchas
  de cores uniformes que transmitem limpidez e às quais se
  atribuem significados próprios.
Pintura na câmara tumular de Nefertari, mulher
de Ramses II.
Pintura de oferendas na câmara tumular de
Menna.
3.Império Antigo

 Pirâmides de Gizé

 A III dinastia é remetida por alguns autores já para o início do
  Império Antigo. Com a transição para a pedra surge também
  a arquitetura monumental e a vincada noção egípcia de eternidade
  vinculada ao faraó.

 A mastaba assume-se como o túmulo para particulares por
  excelência, inicialmente em formaquadrangular ou
  de pirâmide truncada (mais tarde a pirâmide de degraus). As
  proporções do corpo humano tornam-se
  mais equilibradas e harmoniosas.


 Com o Império Antigo estabelece-se a calma e a segurança, bases
  ao próspero e veloz desenvolvimento da sociedade onde se
  estabelecem hierarquias governamentais.
 Talha-se a Esfinge perto da pirâmide de Quefren em dimensões
  monumentais, assumindo-se e homenageando-se o poder
4.Escultura
 Uma tríade de Menkauré

 No que diz respeito à escultura podem ser estabelecidas diferenças
    de concepção entre a estatuária real e a estatuária de particulares.
    Na primeira verifica-se um desejo de imponência, enquanto que a
    segunda tende para um maior realismo, detectável em trabalhos
    como o grupo escultórico de Rahotep e Nofert(IV dinastia).

 Do tempo da V dinastia são escassas as estátuas de reis, mas em
    compensação abundam as estátuas de particulares. São desta
    época as várias estátuas de escribas que se encontram hoje em dia
    no Museu Egípcio do Cairo e no Museu do Louvre, que retratam
    estes funcionários na pose de pernas cruzadas, uma forma de
    representação que se manterá até à Época Greco-Romana.

 Os materiais utilizados na escultura deste período foram diorite,
    granito, xisto, basalto, calcário e alabastro.

   .
 Primeiro Período Intermediário


 Os tempos políticos conturbados reflectem-se também na
  arte tornando-a quase inexistente e com uma maior
  incidência nos textos literários, que expressam a revolução
  espiritual da época.
 Através das pilhagens de túmulos, a arte restrita dos faraós
  e figuras de maior importância passa para a mão do
  homem “mortal” que acredita ter o mesmo privilégio da vida
  eterna.
5.Arquitetura

 Templo de Hatchepsut

 No Império Novo dá-se de novo a unificação do Egipto e a arte
    volta ter mais uma das suas épocas de ouro, com um novo
    começo em que se vão reavivar as tradições do passado e em
    que as forças criadoras vão erguer vários edifícios de pedra de
    construção arrojada e que ainda hoje podem ser admirados.


 No Império Novo os reis abandonaram a tradição de serem
    sepultado em pirâmides, optando por mandar escavar os seus
    túmulos nos rochedos próximos, num local hoje são designado
    como Vale dos Reis. Nesta atitude são seguidos pelos altos
    dignitários.



 A principal razão para esta mudança estaria relacionada
  com uma tentativa de evitar os saques. Porém, a intenção
  revelou-se fracassada: dos túmulos desta era apenas
  chegaram intactos até à época contemporânea o de
  Tuntankhamon, o do casal Iuia e Tuia (genros do rei Amen-
  hotep III e pais da rainha Tié) e dos dignitários Sennedjem e
  Khai.



 Num local conhecido como Deir el-Bahari encontra-se o
  templo funerário da rainha Hatchepsut, mandando construir
  pelo seu arquitecto Senemut. O templo enquadra-se
  perfeitamente na falésia de calcário em que se encontra,
  situando-se junto ao vizinho templo de Mentuhotep II
  construído quinhentos anos antes.
6.A arte de Amarna


 Mas ainda na XVIII dinastia dá-se, com Amen-hotep IV (que
    mudou o nome para Akhenaton), uma revolução religiosa, em
    que o faraó proclama um "monoteísmo" com o culto de uma só
    divindade, o disco solar Aton.




 Nesta altura propaga-se o chamado “Estilo Ekhenaton” ou
    Estilo Amarniano (em função do nome moderno da cidade
    mandada construir por Akhenaton, Amarna), que se caracteriza
    por ser muito naturalista, em que se tenta quebrar com as
    regras anteriores da solidez e imobilidade.


 As obras deste período têm maior fluidez e flexibilidade.
  Principalmente na escultura assumem-se formas orgânicas e
  pouco geométricas, que atingem por vezes aspectos de
  caricatura. Os membros da família real são representados
  em cenas da vida familiar.

 O gosto pela representação do mundo animal e vegetal está
  igualmente presente. Os sucessores de Akhenaton devolvem
  a arte aos padrões anteriores e com Tutancámon está-se já,
  de novo, no politeísmo.
Busto de Akhenaton   Busto de Nefertiti
 A dinastia egípcia é de referir Ramsés II que impulsionou
  diversas construções. Neste momento dá-se o pico
  da pintura e do relevo e a literatura abandona o pessimismo
  voltando-se para o relato ligeiro de
  histórias mitológicas, fábulas, épicos de guerra e também
  para poesia romântica. Até ao final deste período vão-se
  impor estilos variados não representativos, que retomam
  antigas tradições, especialmente a nível da escultura
7.Terceiro Período Intermediário

 A época que se seguiu ao reinado de Ramsés III foi
  marcada pela progressiva desagregação do poder
  faraónico, sendo os últimos soberanos da XX dinastia
  meros reis fantoches.


 O Terceiro Período Intermediário, época que compreende
  cerca de trezentos e cinquenta anos e que corresponde à
  XXI até à XIV dinastias, vai continuar no essencial a arte
  desenvolvida no Império Novo.


 Deste período destaca-se a perfeição alcançada no
  trabalho dos metais, que se detecta em trabalhos como as
  máscaras funerárias dos reis Psusennes I e Chechonk II,
  no pendente em ouro de Osorkon II e na estátua em
  bronze da adoradora divina de Amon Karomama.
Época Baixa

 A XXVI dinastia conseguiu reunificar o Egito, dando início
  à Época Baixa que se desenrola até à XXX dinastia,
  embora a presença de povos estrangeiros, como líbios,
  núbios e persas, é constante neste período.

 Durante a Época Baixa o centro do poder real vai
  localizar-se na região do Delta, onde se encontram as
  capitais das várias dinastias, como Sais, Mendes e
  Sebenitos. São nestas cidades que se ordenam os
  grandes trabalhos arquitectónicos.

 Na escultura da Época Baixa verifica-se um arcaísmo,
  uma inspiração nos modelos da época do Império Antigo.
  Na XXVI dinastia nota-se igualmente o apuro na polidez
  da pedra, dando origem a trabalhos que alguns autores
  denominam como "arte lambida".
Anexos
Arte do Antigo Egito: Estilos e Significados
Arte do Antigo Egito: Estilos e Significados
Arte do Antigo Egito: Estilos e Significados

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Arte do Antigo Egito: Estilos e Significados

  • 1. Arte do antigo Egito “Passagem da vida terrena para uma vida eterna e suprema”.
  • 2. Sumário  1. Arte Egípcia  2. Estilos e normas  3. Império Antigo  4. Escultura  5. Arquitetura  6. Arte Armana  7. Terceiro período Intermediário
  • 3. Arte egípcia • A arte egípcia refere-se à artee desenvolvida e aplicada pela civilização do antigo Egito localizada no vale do rio Nilo no Norte da África. • Surgiu a mais de 3000 anos A.C., mas é entre 1560 e 1309 A.C. que a pintura Egípcia se destaca em procurar refletir os movimentos dos corpos e por apresentar preocupação com a delicadeza das formas. O local a ser trabalhado primeiramente recebia um revestimento de gesso branco e em seguida se aplicava a tinta sobre gesso. Essa tinta era uma espécie de cola produzida com cores minerais.  A arte do antigo Egito serve políticos e religiosos. Para compreender a que nível se expressam estes objetivos é
  • 4.  Ele é dado como representante de Deus na Terra e é este seu aspecto divino. O faraó é imortal dos seus familiares e altos representantes da sociedade têm o privilégio de poder também ter acesso à outra vida.  Deste modo a arte representa, exalta e homenageia constantemente o faraó e as diversas divindades da mitologia egípcia , sendo aplicada principalmente com o culto dos mortos, isto porque a transição da vida é vista, antecipada e preparada como um momento de passagem da vida terrena à vida eterna e suprema.
  • 5.  Os túmulos são, por isto, dos marcos mais representativos da arte egípcia, lá são depositados as múmias ou estátuas e todos os bens físicos do cotidiano que lhe serão necessários à existência após a morte.
  • 6. 2.Estilos e normas  Todas as representações artísticas estão repletas de significados que ajudam a caracterizar figuras, a estabelecer níveis hierárquicos e a descrever situações.  A harmonia e o equilíbrio devem ser mantidos, qualquer perturbação neste sistema é, consequentemente, um distúrbio na vida após a morte. Para atingir este objetivo de harmonia são utilizadas linhas simples, formas estilizadas, níveis rectilíneos de estruturação de espaços, manchas de cores uniformes que transmitem limpidez e às quais se atribuem significados próprios.
  • 7. Pintura na câmara tumular de Nefertari, mulher de Ramses II.
  • 8. Pintura de oferendas na câmara tumular de Menna.
  • 9. 3.Império Antigo  Pirâmides de Gizé  A III dinastia é remetida por alguns autores já para o início do Império Antigo. Com a transição para a pedra surge também a arquitetura monumental e a vincada noção egípcia de eternidade vinculada ao faraó.  A mastaba assume-se como o túmulo para particulares por excelência, inicialmente em formaquadrangular ou de pirâmide truncada (mais tarde a pirâmide de degraus). As proporções do corpo humano tornam-se mais equilibradas e harmoniosas.  Com o Império Antigo estabelece-se a calma e a segurança, bases ao próspero e veloz desenvolvimento da sociedade onde se estabelecem hierarquias governamentais.  Talha-se a Esfinge perto da pirâmide de Quefren em dimensões monumentais, assumindo-se e homenageando-se o poder
  • 10. 4.Escultura  Uma tríade de Menkauré  No que diz respeito à escultura podem ser estabelecidas diferenças de concepção entre a estatuária real e a estatuária de particulares. Na primeira verifica-se um desejo de imponência, enquanto que a segunda tende para um maior realismo, detectável em trabalhos como o grupo escultórico de Rahotep e Nofert(IV dinastia).  Do tempo da V dinastia são escassas as estátuas de reis, mas em compensação abundam as estátuas de particulares. São desta época as várias estátuas de escribas que se encontram hoje em dia no Museu Egípcio do Cairo e no Museu do Louvre, que retratam estes funcionários na pose de pernas cruzadas, uma forma de representação que se manterá até à Época Greco-Romana.  Os materiais utilizados na escultura deste período foram diorite, granito, xisto, basalto, calcário e alabastro.  .
  • 11.  Primeiro Período Intermediário  Os tempos políticos conturbados reflectem-se também na arte tornando-a quase inexistente e com uma maior incidência nos textos literários, que expressam a revolução espiritual da época.  Através das pilhagens de túmulos, a arte restrita dos faraós e figuras de maior importância passa para a mão do homem “mortal” que acredita ter o mesmo privilégio da vida eterna.
  • 12. 5.Arquitetura  Templo de Hatchepsut  No Império Novo dá-se de novo a unificação do Egipto e a arte volta ter mais uma das suas épocas de ouro, com um novo começo em que se vão reavivar as tradições do passado e em que as forças criadoras vão erguer vários edifícios de pedra de construção arrojada e que ainda hoje podem ser admirados.  No Império Novo os reis abandonaram a tradição de serem sepultado em pirâmides, optando por mandar escavar os seus túmulos nos rochedos próximos, num local hoje são designado como Vale dos Reis. Nesta atitude são seguidos pelos altos dignitários. 
  • 13.  A principal razão para esta mudança estaria relacionada com uma tentativa de evitar os saques. Porém, a intenção revelou-se fracassada: dos túmulos desta era apenas chegaram intactos até à época contemporânea o de Tuntankhamon, o do casal Iuia e Tuia (genros do rei Amen- hotep III e pais da rainha Tié) e dos dignitários Sennedjem e Khai.  Num local conhecido como Deir el-Bahari encontra-se o templo funerário da rainha Hatchepsut, mandando construir pelo seu arquitecto Senemut. O templo enquadra-se perfeitamente na falésia de calcário em que se encontra, situando-se junto ao vizinho templo de Mentuhotep II construído quinhentos anos antes.
  • 14. 6.A arte de Amarna  Mas ainda na XVIII dinastia dá-se, com Amen-hotep IV (que mudou o nome para Akhenaton), uma revolução religiosa, em que o faraó proclama um "monoteísmo" com o culto de uma só divindade, o disco solar Aton.  Nesta altura propaga-se o chamado “Estilo Ekhenaton” ou Estilo Amarniano (em função do nome moderno da cidade mandada construir por Akhenaton, Amarna), que se caracteriza por ser muito naturalista, em que se tenta quebrar com as regras anteriores da solidez e imobilidade. 
  • 15.  As obras deste período têm maior fluidez e flexibilidade. Principalmente na escultura assumem-se formas orgânicas e pouco geométricas, que atingem por vezes aspectos de caricatura. Os membros da família real são representados em cenas da vida familiar.  O gosto pela representação do mundo animal e vegetal está igualmente presente. Os sucessores de Akhenaton devolvem a arte aos padrões anteriores e com Tutancámon está-se já, de novo, no politeísmo.
  • 16. Busto de Akhenaton Busto de Nefertiti
  • 17.  A dinastia egípcia é de referir Ramsés II que impulsionou diversas construções. Neste momento dá-se o pico da pintura e do relevo e a literatura abandona o pessimismo voltando-se para o relato ligeiro de histórias mitológicas, fábulas, épicos de guerra e também para poesia romântica. Até ao final deste período vão-se impor estilos variados não representativos, que retomam antigas tradições, especialmente a nível da escultura
  • 18. 7.Terceiro Período Intermediário  A época que se seguiu ao reinado de Ramsés III foi marcada pela progressiva desagregação do poder faraónico, sendo os últimos soberanos da XX dinastia meros reis fantoches.  O Terceiro Período Intermediário, época que compreende cerca de trezentos e cinquenta anos e que corresponde à XXI até à XIV dinastias, vai continuar no essencial a arte desenvolvida no Império Novo.  Deste período destaca-se a perfeição alcançada no trabalho dos metais, que se detecta em trabalhos como as máscaras funerárias dos reis Psusennes I e Chechonk II, no pendente em ouro de Osorkon II e na estátua em bronze da adoradora divina de Amon Karomama.
  • 19. Época Baixa  A XXVI dinastia conseguiu reunificar o Egito, dando início à Época Baixa que se desenrola até à XXX dinastia, embora a presença de povos estrangeiros, como líbios, núbios e persas, é constante neste período.  Durante a Época Baixa o centro do poder real vai localizar-se na região do Delta, onde se encontram as capitais das várias dinastias, como Sais, Mendes e Sebenitos. São nestas cidades que se ordenam os grandes trabalhos arquitectónicos.  Na escultura da Época Baixa verifica-se um arcaísmo, uma inspiração nos modelos da época do Império Antigo. Na XXVI dinastia nota-se igualmente o apuro na polidez da pedra, dando origem a trabalhos que alguns autores denominam como "arte lambida".