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UNIVERSIDADE DO ESTADO DA BAHIA – UNEB
 DEPARTAMENTO DE EDUCAÇÃO – CAMPUS XIV
           COLEGIADO DE LETRAS




     GILVANDA DO NASCIMENTO SANTOS




 PLANEJAMENTO ESCOLAR: UM INSTRUMENTO
     FACILITADOR DO TRABALHO DOCENTE




             Conceição do Coité
                   2010
2




    GILVANDA DO NASCIMENTO SANTOS




PLANEJAMENTO ESCOLAR: UM INSTRUMENTO
    FACILITADOR DO TRABALHO DOCENTE




               Monografia apresentada ao Departamento de
               Educação da Universidade do Estado da Bahia
               (UNEB), curso de Letras Vernáculas, como parte
               do processo avaliativo para obtenção do grau de
               Licenciado em Letras.

               Orientador: Prof. Paulo de Tarso Vellanes




            Conceição do Coité
                  2010
3




Dedico este trabalho àqueles que contribuíram para sua
realização. Minhas colegas professoras que se
comprometeram      a    colaborar  conforme    minhas
necessidades de pesquisa, em especial Solange amiga
verdadeira para todas as horas.
4




Gosto de ser gente porque, inacabado, sei que
sou um ser condicionado, mas consciente do
inacabamento, sei que posso ir mais além
dele.
                                 Paulo Freire
5


                            Agradecimentos


      Agradeço a força superior que nos irradia luz e que nos faz fortes para
superar etapas difíceis, transformando-as em gratificantes, aos amigos que
acompanharam meus passos mesmo quando foi preciso correr para andarmos
juntos, entre eles: Solange, Lissandra, Mara e Sandrinha e ao meu colega
Luciano. Também para aqueles que esperaram minhas visitas que nunca
acontecia. A painho que mesmo na sua simplicidade me ensinou o melhor
caminho a seguir, os estudos. Aos amores da minha vida Na e Lu que
suportaram com paciência minhas queixas, minhas ausências e a falta dos
meus carinhos. Aos professores que, de coração, se dedicaram pelo melhor
desempenho dos seus alunos em especial meu professor e orientador Paulo de
Tarso Vellanes
      Enfim, a todos aqueles que participaram ao meu lado desta jornada às
vezes cansativa, mas necessária e prazerosa.
6

                                  RESUMO

Este trabalho monográfico apresenta uma análise crítica sobre a importância
do planejamento escolar como instrumento facilitador do trabalho docente. Se o
mesmo ajuda a resolver os problemas da escola. A pesquisa realizou-se na
Escola Municipal Áurea Nogueira no município de Serrinha - BA no intuito de
investigar o planejamento escolar enquanto instrumento do trabalho do corpo
docente, o papel do professor na elaboração do planejamento escolar e
identificar qual a participação da comunidade escolar na construção do
planejamento. Como referencial teórico que contribuiu para a pesquisa
encontra-se: Vasconcellos (2006), Luck (1995) entre outros. O percurso
metodológico se sustenta na abordagem qualitativa, na pesquisa de campo e
no estudo de caso. A pesquisa evidenciou a relevância deste instrumento
pedagógico, além de apresentar a insatisfação por parte de alguns educadores
na construção do mesmo.


Palavras chave: Professor, planejamento, comunidade escolar
7

                                   ABSTRACT

This monograph presents a critical analysis of the importance of school
planning as a facilitator of teaching. If it helps solve the problems of the school.
The research took place at the Municipal School Áurea Nogueira in the city of
Serrinha - BA in order to investigate the school planning as a tool of the work of
faculty, the teacher's role in preparing the school planning and to identify which
community participation in school construction planning. The theoretical
discussion that contributed to the research is: Vasconcellos (2006), Luck (1995)
among others. The methodological approach relies on a qualitative approach in
field research and case study. The research showed the importance of this
teaching tool, and shows the dissatisfaction of some teachers in the same
building.


Keywords: Educators, planning, community school
8


                                               SUMÁRIO



INTRODUÇÃO.....................................................................................................9




CAPÍTULO 1– PLANEJAMENTO EM FOCO...................................................11


1.1 Planejamento: conceitos e importância.......................................................12
1.2 Planejamento Escolar..................................................................................13
1.3 Planejamento Escolar na escola: o papel dos sujeitos ...............................18




CAPÍTULO 2 – METODOLOGIA .....................................................................20


2.1 Abordagem qualitativa ................................................................................21
2.2 Métodos e técnicas .....................................................................................21
2.3 Lócus da pesquisa ......................................................................................23




CAPÍTULO 3 – ANÁLISE DE DADOS .............................................................24


3.1 O conceito de planejar ................................................................................24
3.2 A ideia de planejamento escolar .................................................................25
3.3 Planejamento e plano de aula ....................................................................27
3.4 O papel do professor na elaboração do planejamento escolar ..................29




CONSIDERAÇÕES FINAIS..............................................................................32




REFERÊNCIAS.................................................................................................34
9

                                 INTRODUÇÃO


      A educação é importante para contribuir com o processo de
desenvolvimento do homem, seja ela informal que acontece no dia a dia
através da observação, da convivência com os grupos sociais, ou a educação
formal que se aprende na escola. Através da educação formal, o homem
adquire os conhecimentos essenciais para ser inserido no mercado de
trabalho. Passa a ser cidadão consciente dos seus deveres e direitos.
      Como a sociedade passa por constantes transformações e o indivíduo
tem que estar preparado para acompanhar essas mudanças, é na educação
que ele acredita encontrar o caminho seguro para enfrentar tais mudanças.
      Nesse contexto de transformações, de construções, observa-se a
importância do educador que precisa estar apto para acompanhar e tentar
satisfazer às exigências da sociedade perante o cidadão, ter a capacidade de
construir a própria vida, relacionar-se bem com todos viver num mundo
competitivo etc.
      O professor sozinho não conseguirá resolver estes e outros tantos
problemas existentes na escola. Ele precisa trabalhar em conjunto e fazer uso
de instrumento que o auxilie na sua jornada pedagógica, a exemplo do
planejamento escolar.
      Dentro desse contexto, surgiu o desejo de pesquisar sobre planejamento
escolar; como ele é visto pelo educador, o papel do educador na elaboração do
planejamento e a participação da comunidade escolar.
      A pesquisa vem traçar discussão acerca da postura de alguns
profissionais da educação da rede pública do município de Serrinha sobre o
planejamento.
      Nesse víeis, foram pensados objetivos como: analisar o planejamento
escolar enquanto instrumento facilitador do trabalho docente. Além disso,
procura-se refletir sobre a importância do planejamento enquanto objetivo
comum da escola, analisar o papel do professor na elaboração do
planejamento escolar e identificar qual a participação da comunidade escolar
na elaboração do planejamento.
      Para o desenvolvimento desta investigação, fez-se uso da abordagem
qualitativa, tendo como tipo de pesquisa a pesquisa de campo. As técnicas de
10

coletas de dados foram: o questionário, a observação participante e o estudo
de caso.
         O planejamento escolar um instrumento facilitador do trabalho docente.
A escolha dessa temática se deu pela inquietação da pesquisadora que atua
na área da educação e percebeu através de discussões que alguns colegas
reconhecem a importância do planejamento, mas não executa sua construção.
         Assim este trabalho monográfico está organizado em três capítulos. O
primeiro traz as discussões sobre o planejamento, conceitos e importância, a
necessidade dele no ambiente escolar e o papel dos sujeitos.
         O segundo capítulo apresenta a fundamentação metodológica da
pesquisa, o texto baseia-se em: CHAUÍ (2000), DEMO (2002), GIL (1999),
MARCONI e LAKATOS (2002). Esse capítulo, ainda apresenta métodos e
técnicas de coletas de dados, a observação, o questionário, os sujeitos e o
lócus.
         O terceiro capitulo refere-se à análise de dados com o objetivo de
analisar as falas dos professores, e está dividido em quatro categorias:
conceito de planejar, ideia de planejamento, planejamento escolar e plano de
aula e o papel do professor na elaboração do planejamento.
         Para finalizar o trabalho, traça-se as considerações finais a respeito do
que foi observado sobre o tema, para que a sociedade perceba a relevância
em se discutir e por em prática instrumentos que ajude e reconheça a prática
do educador.
         Espera-se que esta pesquisa possa colaborar com o educador na sua
prática pedagógica.
11

                                 CAPÍTULO 1




O PLANEJAMENTO EM FOCO




      O ser humano está sempre idealizando um futuro e para que este futuro
venha a se realizar de maneira mais precisa possível se faz necessário não só
a obstinação e a perseverança, mas planejar este futuro a médio e longo prazo;
pois ao planejar o indivíduo se vê comprometido com a ação.
      O processo de planejamento consiste em preparar, organizar, criar e
estruturar o objetivo por meio do pensamento do sujeito. Há quem acredite no
planejamento como uma obrigação enfadonha, mas não percebe que ao
acordar nosso pensamento já se projeta no que se vai fazer durante o dia e ao
mesmo tempo começa a se planejar.
      Todo planejamento precisa de uma elaboração e segundo Vasconcellos
(2006), essa elaboração se dá tendo como referência as três dimensões da
ação humana consciente: realidade, finalidade e mediação.
      I. Realidade – Tanto para que quanto o que estão referidos à situação, à
realidade. Ela é o ponto de partida e o de chegada (só que já transformada).
      Ao ser conhecida, a realidade pode trazer possibilidades não
exploradas, à medida que revela o que temos, portanto, os meios que dão
condições para nossas eventuais realizações.
      II. Finalidade – Diz respeito aos fins, ao estado futuro de coisas, à
direção para transformar, o que é naquilo que deve ser.
      Ao assumir finalidades, o homem nega a realidade presente e afirma
uma outra ainda não existente. A determinação da ação passa a vir não
simplesmente do passado ou do presente, mas também do futuro.
      III. Mediação – É a previsão das ações, do movimento, da seqüência de
operações a serem realizadas para a transformação da realidade.
      Em qualquer instituição o planejamento deve estar sempre em foco, ser
discutido, revisto, reelaborado, pois o planejamento é uma atividade de caráter
político e ideológico pois representa tomada de decisões e posicionamentos e
que vem provocar transformações.
12



1.1 Planejamento: conceitos e importância


   Em seu texto “Planejamento em Orientação Educacional”, Luck, (1991),
expõe alguns conceitos sobre planejamento, baseando-se em outros autores.
   1. “Processo permanente e metodológico de abordagem racional e
      científica de problemas” (BAPTISTA, 1981, p. 13).
   2. “Processo de tomada de decisão, execução e teste de decisões”
      (GOLDBER, 1973, p.64).
   3. “Processo de antecipação e antevisão de condições, estabelecidos ou
      situações futuras, desejadas, e a previsão de todos os aspectos
      necessários para a obtenção desses resultados” (CHRUDEN e
      SHERMAN, 1972, p.52).
   4. “Processo que consiste em preparar um conjunto de decisões tendo em
      vista agir, posteriormente, para atingir determinados objetivos”(TURRA
      et al. 1975, p.13).
   5. “Processo de direção e controle das ações de uma pessoa, em busca de
      um objetivo determinado (KAUFMAN, 1978).
   6. “Visão antecipada de estágios mais avançados de desenvolvimento e de
      qualidade de instituição e previsão dos passos necessários para atingi-
      los” (JULIATTO, 1991).
   7. “Processo que se inicia com a fixação de objetivos e define as
      estratégias, as políticas e os planos detalhados para os atingir”
      (HAMPTON, 1980, p. 120).


      Segundo uma descrição mais específica e analítica, o planejamento é
conceituado como sendo:
   8 Processo de estruturação e organização da ação internacional, realizado
      mediante:
      -análise de informações relevantes do presente e do passado,
      objetivando, principalmente, o estabelecimento de necessidades a
      serem atendidas;- estabelecimento de estados e situações futuros,
      desejados;
13

      -previsão de condições necessárias ao estabelecimento desses estados
      e situações;
      -escolha e determinação de uma linha de ação capaz de produzir os
      resultados desejados, de forma a maximizar os meios e recursos
      disponíveis para alcançá-los. (LUCK, 1991).


      Para Padilha (2001, p. 30), Planejamento é o processo de busca de
equilíbrio entre meios e fins, entre recursos e objetivos, visando ao melhor
funcionamento de empresas, instituições, setores de trabalho, organizações
grupais e outras atividades humanas. O ato de planejar é sempre processo de
reflexão, de tomada de decisão sobre a ação; processo de previsão de
necessidades e racionalização de emprego de meios (materiais) e recursos
(humanos) disponíveis, visando à concentração de objetivos, em prazos
determinados e etapas definidas, a partir dos resultados das avaliações.
      Ao planejar, antecipamos uma série de acontecimentos que podem
ocorrer na ação e nos preparamos para lidar com eles, diminuindo assim a
quantidade de imprevistos e tornando as nossas ações mais precisas e de
melhor qualidade. Além de aprendermos que o planejamento fornece a reflexão
sobre a prática educativa e, dessa forma funciona também como um
instrumento de aprendizagem. Quando planejamos tomamos uma série de
decisões e fazemos uma série de relações entre conhecimentos teóricos,
científicos e conhecimentos práticos de nossa experiência pessoal e
profissional. O planejamento é importante, pois ele ajuda a aprender coisas tão
importantes como à relação ensino-aprendizagem.


1.2. Planejamento Escolar


      O planejar é uma ação indispensável à vida pessoal e também
profissional seja na área da educação ou as demais áreas. Contudo a pesquisa
vem refletir a importância do professor fazer uso do planejamento na prática
das suas atividades profissionais já que o planejamento escolar é um
instrumento facilitador do trabalho docente ele conduz ao debate, a reflexão e a
melhoria da qualidade de ensino. É um instrumento importante em qualquer
setor da vida da sociedade, pois torna possível definir o que se deseja a curto,
14

médio e longo prazo e não pode ser encarado como ação puramente formal,
mas como uma ação viva e decisiva, pois é um ato político decisório, como
bem coloca Luckesi (1990):


                     O planejamento, entendido como ato político, será dinâmico e
                     constante, pois estará afeito a uma constante tomada de
                     decisão. Não necessariamente deverá ser registrado em
                     documento escrito. Poderá tão somente ser assumido como
                     uma decisão e permanecer na memória viva como guia de
                     ação. Aliás, só como memória viva ele faz sentido. Papéis e
                     formulários são simplesmente mecanismo de registro e fixação
                     gráfica do decidido.

      Diante desse contexto percebe-se que a escola atravessa um momento
de grande crise e não tem conseguido preparar o homem para vida social, nem
desenvolver sua visão de mundo, tampouco preparar-lhe para o exercício da
cidadania, da sua profissão e consequentemente para o exercício de sua
profissão. E nesses termos a formação profissional do educador se constitui
em um problema: fornece técnica de ensino – receitas, mas não conhecimento
que o embasa e conscientiza para sua prática do planejar. Portanto, pensar a
prática pedagógica se torna um reflexo da formação do educador para que a
mesma seja bem estruturada e bem planejada, pois enquanto parte integrante
do processo educativo, o planejamento deve ser alvo de constantes
indagações, quanto a sua validade, instrumento de melhoria qualitativa do
trabalho, do professor, uma vez que não é abordada a orientação teórica
subjacente ao planejamento.
      Além da importância do planejamento social, profissional e acadêmico o
planejar pessoal se constitui uma situação real que estabelece o que se quer
mudar, estruturar e organizar para que a mudança da sua realidade se
transforme, pois o individuo muitas vezes vê o planejamento como mais uma
tarefa a ser realizada, não como algo que venha a facilitar o seu trabalho. Por
conta desse pensamento a vida se torna uma caixa de surpresa, em que o
momento será sempre o presente, que as suas decisões não serão
conscientes, articuladas de acordo às suas necessidades, o que se pretende
alcançar, quais interesses reais da sua realidade e o resultado do que se
espera do futuro.
15

      O planejamento constitui-se a instrumento utilizado pelo educador para
direcionar a sua ação, deve partir do conhecimento da realidade concreta, deve
está em permanente processo de avaliação e reflexão e, principalmente, deve
ser construído coletivamente, atentando para a dimensão técnica, já que se
define a maneira como será estruturado e também política, pois, proporcionará
a mudança de atitude. Essa capacidade de planejar, segundo Marx, é própria
do ser humano, quando diz:


                     Uma aranha executa operações semelhantes ás do tecelão, e
                     a abelha supera mais de um arquiteto ao construir sua
                     colméia. Mas distingui o pior arquiteto da melhor abelha é que
                     ele figura na mente sua construção antes de transformá-la em
                     realidade. No fim do processo do trabalho aparece um
                     resultado que já existia antes idealmente na imaginação do
                     trabalhador. Ele não transforma apenas o material sobre o
                     qual opera; ele imprime ao material o projeto que já tinha
                     conscientemente em mira, o qual constitui a lei determinante
                     do seu modo de operar e ao qual tem de subordinar sua
                     vontade (1980, livro 1, v. 1, p.202).


      Nota se que a ação realizada, deve deixar a formalidade, ou obrigação
de ser executada, como ocorre na realidade escolar e passar a ter significância
e sentido, resgatando o seu potencial transformador.
      Fusari (1988), em seu texto O Planejamento do trabalho pedagógico:
Algumas Indagações e Tentativas de Resposta, aborda a superação do
planejamento   enquanto    instrumento    tecnicista   para   a   concepção     do
planejamento como expressão da práxis (ação/reflexão). Através de perguntas
e respostas procura demonstrar a problemática do planejamento e a visão
equivocada de que o mesmo serve apenas burocraticamente.
      Distingue o planejamento do plano:


                     Enquanto o planejamento do ensino é o processo que envolve
                     a atuação concreta dos educadores no cotidiano do seu
                     trabalho pedagógico, envolvendo todas as suas ações e
                     situações, o tempo todo, envolvendo a permanente interação
                     entre os educadores e entre os próprios educandos (FUSARI,
                     1989, p.10).

      O plano de ensino é um momento de documentação do processo
educacional escolar como um todo. Plano de ensino é, pois, um documento
16

elaborado pelo(s) docente(s), contendo a(s) sua(s) proposta(s) de trabalho,
numa área e/ou disciplina específica.
       A sua função como meio de capacitação dos professores fica explicito
quando diz:


                      A ausência de um processo de planejamento do ensino nas
                      escolas, aliadas às demais dificuldades enfrentadas pelos
                      docentes no exercício do seu trabalho, tem levado a uma
                      continua improvisação pedagógica nas aulas. Em outras
                      palavras, aquilo que deveria ser uma prática eventual acaba
                      sendo uma regra, prejudicando, assim, a aprendizagem dos
                      alunos e o próprio trabalho escolar como um todo”. (FUSARI
                      1989, p. 10)


       Além disso, toda a elaboração do planejamento deverá estar pautada na
realidade concreta do ambiente escolar e é imprescindível que aja a reflexão
das ações determinadas nos planos ou projetos com o intuito de avaliá-los. A
práxis deve estar presente a todo o momento, como forma de análise do
planejamento, significando, portanto, um olhar crítico do professor em ralação a
sua própria conduta, como também do desenrolar do processo.
       Sendo o planejamento um processo permanente e contínuo de um
processo que inclui a reflexão, a análise e a ação como componentes básicos e
indispensáveis Luck (1995), cita algumas qualidades interdependentes do
processo de planejamento, que comprovam a indispensável presença do
planejamento, no ambiente escolar, proporcionando um melhor andamento do
trabalho desenvolvido na escola, como:
       continuidade - a ininterrupção entre um objetivo e outro, um momento e
       outro, uma atividade e outra;
      flexibilidade – a capacidade do plano ou projeto de adaptar-se a
       situações novas surgidas durante a sua execução;
      inclusividade – assegurada na medida em que os objetivos, estratégias,
       atividades levam em consideração todos os aspectos essenciais dos
       problemas e são suficientes para resolvê-los;
      objetividade   –   resulta   de   observações,    anotações,    análises,
       interpretações precisas e pertinentes dos fatos como se apresentam o
       que permite a apresentação de propostas de solução ajustadas e
       adequadas ao mesmo;
17

      operacionalidade – diz respeito á sua capacidade de aplicação e de
       execução, isto é, corresponde a sua capacidade de ser viável factível e
       executável;
      orientação - condição de apresentar clara, precisa e objetivamente
       diretrizes de ação, de especificar os efeitos que pretende produzir, o que
       se pretende fazer e em que circunstância;
      responsabilização – perpassa pela capacidade de ser uma criação
       coletiva, definindo-se responsabilidades: quem fará o que, em que
       momento, com que objetivo, etc.


   A percepção da importância do planejamento enquanto resultado prático
deve estar presente, ou seja, por possuir uma dimensão política já que
envolverá interesses de indivíduos isoladamente ou de um grupo social, com
ação que afeta a vida das pessoas e da sociedade envolvidas, deverá haver a
reflexão constante daqueles que estão envolvidas no processo, com a
finalidade de possibilitar a mudança e proporcionar ações práticas. Pode-se
afirmar que é necessário o planejamento para nortear e garantir a coerência
frente a uma realidade concreta e dinâmica.
   Vasconcellos (1995, p.41) relata que:

                     Os autores mais progressistas, ao abordarem a problemática,
                     lembram que, antes de ser uma mera questão técnica, o
                     planejamento é uma questão política, na medida em que
                     envolve posicionamentos, opções, jogos de poder,
                     compromisso com a reprodução ou com a transformação, etc.
                     Isso é um avanço, mas ainda não da conta da sua significação.
                     Para ter sentido, o enfoque do planejamento, com a
                     reprodução, com efeito, necessita desse deslocamento.
                     Todavia não basta trabalhar numa nova abordagem; é preciso
                     trabalhar também a descrença que o professor traz, portanto, a
                     percepção, o conhecimento, as representações prévias que já
                     tem quanto ao planejamento. Há, então, esta questão mais
                     elementar hoje colocada, que é a valorização do planejamento,
                     o estar mobilizado para fazê-lo, entendê-lo realmente como
                     necessidade. Trata-se de um problema filosófico-axiológico, de
                     posicionamento valorativo, de ver sentido, acreditar. O
                     planejamento é político, é hora da tomada de decisões, de
                     resgate dos princípios que embasam a prática pedagógica.
                     Mas para chegar a isto, é preciso atribuir-lhe valor, acreditar
                     nele, sentir que planejar faz sentido. O primeiro passo,
                     portanto, é chegar ao ponto do: Planejamento ser necessidade
                     do professor!
18

      Com tantas possibilidades de reflexão, de construção de conhecimento
pode-se perceber a importância do planejamento na atuação do professor e
entender que o processo de planejamento tem como uns dos principais
objetivos evitar a rotina e a improvisação.


1.3 O planejamento escolar na escola: o papel dos sujeitos


      Como já foi citado anteriormente o planejamento escolar tem uma
importância relevante no processo de ensino aprendizagem, porém o
planejamento escolar para a grande maioria dos professores é apenas uma
atividade rotineira, elaborada isoladamente, que consiste em copiar algum
objetivo do livro didático, definir conteúdo, documentar e engavetar. Ele não é
discutindo, analisado pelo corpo docente, a comunidade escolar não participa,
não há uma reflexão a cerca da prática dos professores, das metodologias
utilizadas, ou mesmo a socialização das estratégias utilizadas em sala de aula,
que são bem sucedidas. Portanto, não define um ideal de grupo, não explicita o
desejo da comunidade escolar em torno de um desejo único de transformação
da realidade da instituição, enquanto ação e reflexão da prática docente e
avaliação do conjunto da instituição.
      A forma tecnicista de elaboração causa um desencontro, uma aversão
ao planejamento, os professores não percebem um sentido ao realizá-lo
apenas tem uma obrigação que deve ser mecanicamente comprida com a
finalidade de ser entregue à secretaria da escola, como uma exigência
burocrática.


                      O planejamento é um forte aliado contra o ativismo que
                      frequentimente toma conta do cotidiano escolar e que
                      transforma o professor em uma máquina de dar aulas e
                      executar tarefas, ás vezes sem consciência do significado das
                      mesmas. É um processo que envolve discussões de questões
                      básicas – e muitas vezes esquecidas – como a
                      responsabilidade da educação escolar, os princípios e objetivos
                      da escola e os compromissos dos professores com essas
                      definições (FUSARI, 1989).

      Contudo, por mais que se busque aclarar a necessidade de elaboração
e execução do planejamento escolar para que a decisão não seja meramente
um ato burocrático é preciso que explicite, discuta suas finalidades mais
19

específicas: facilitar o trabalho do professor e fornecer a reflexão sobre a
prática educativa.
      Toda a comunidade escolar deve estar voltada na realização das ações
do planejamento não só o professor; e esta deve reconhecer o planejamento
escolar como movimento contínuo que não se esgota no período previsto em
calendário escolar, mas antecede e ultrapassa esse limite.
20


                                 CAPITULO 2


METODOLOGIA


         O Ser humano durante sua existência se questiona com a realidade,
busca entendê-la e explicá-la. Primeiro ele usa o seu conhecimento pautado
nas suas próprias inferências, juntamente com suas hipóteses e informação,
ele tem o senso comum como única fonte do saber e informação adquirida.
         Com o passar do tempo e diante das necessidades de cada contexto
social, este ser a partir do seu conhecimento investigativo motiva-se a buscar
provas concretas que ultrapassam os limites do senso comum. A pesquisa
surge de uma vontade, de uma curiosidade de procurar provas concretas para
se ter conclusões a respeito de suas inferências. Logo diante de sua
curiosidade e da vontade de buscar sempre mais ele percebe que suas
opiniões por se só não basta para confirmar suas descobertas, é preciso
ultrapassar o senso comum, criar métodos para conhecer melhor tudo que o
cerca.
         Para Chauí (2000) O senso comum baseia-se em hábitos e tradições,
cristalizadas o que difere dos processos científicos de pesquisa que necessita
de instrumentos metódicos e sistemáticos que busca rigorosamente a verdade
das coisas. Desta forma, a racionalidade está à frente das questões subjetivas
do senso comum. Sobre a ciência Demo (2002, p.43) acrescenta que:


                      É possível alargar ainda mais a desmistificação do conceito
                      esteriotipado de pesquisa tendo em vista que aparece
                      naturalmente, porque necessariamente na formação histórica
                      do sujeito social competente. Essa competência deve ser
                      formal (domínio cientifico- tecnológico) e político ( construção e
                      cidadania), onde dialogar crítica e produtivamente com a
                      sociedade e com a realidade é própria demonstração da
                      competência e da cidadania.


Assim a pesquisa científica é indispensável como forma de investigação, pois a
mesma se utiliza de métodos, de técnicas seguras que vão desde a percepção,
formulação do problema até a apresentação dos resultados.
21

      O homem é um ser que constantemente esta em busca de mais, ele
procura superar seus desafios, suas descobertas. E a pesquisa cientifica é um
meio seguro pelo qual ele encontrará respostas.


2.1 Abordagem Qualitativa


      A opção pela pesquisa qualitativa se faz importante porque a mesma
compreende um conjunto de métodos e técnicas que visa descrever um
fenômeno no campo das ciências sociais.
      Por estas questões este trabalho monográfico tem caráter qualitativo,
pois ela estuda os sujeitos envolvidos no processo de ensino aprendizagem em
que o planejamento escolar caracteriza-se como fenômeno que deve ser
discutido e analisado, uma vez que ele pode ser considerado um entrave no
processo educativo. Neste sentido, a abordagem qualitativa será uma aliada
para a compreensão e explicação da dinâmica dos sujeitos envolvidos nesse
processo. De acordo com Bell (2008, p.15)


                     Os pesquisadores que adotam uma perspectiva qualitativa
                     estão mais preocupados em entender as preocupações que os
                     indivíduos tem do mundo. Eles põem em dúvida a existência
                     de “fatos” sociais e questionam se uma abordagem “cientifica”
                     pode ser utilizada ao lidarmos com seres humanos.

      Adotar a abordagem qualitativa de pesquisa foi necessário, já que este
trabalho está voltado para o ensino/aprendizagem, processo em que está
envolvida toda a comunidade escolar. Sendo, assim, essa abordagem se faz
ideal dentro de um contexto que não deve ser quantitativo, mas refletido,
analisado e compreendido.


2.2 Métodos e técnicas


   A técnica utilizada para coleta de dados foi o questionário, pela
necessidade de garantir o anonimato dos sujeitos envolvidos, já que estes são
colegas de trabalho do lócus da pesquisa, além de esta ser uma técnica que
ajuda o investigado responder no momento que julgar conveniente sem receber
influência do investigador. Outro fator que levou a opção pelo questionário foi
22

por estar próximo ao final do ano letivo e a possibilidade de os professores
saírem de férias. Com o questionário, as respostas poderiam ser enviadas por
e-mail.
    O questionário direcionado para professores teve 10 questões abertas
voltadas para a concepção que estes professores tem sobre o planejamento
escolar. Essas questões foram divididas em quatro categorias como: o conceito
de planejar; a ideia de planejamento escolar; planejamento e plano de aula e o
papel do professor na elaboração do planejamento escolar.
    A observação participante ou outra técnica de investigação desta pesquisa,
pois como professora do quadro do lócus estudado, estou envolvida
diretamente com a problemática em questão.
    Segundo Marconi e Lakatos (2002) na observação participante em sua
forma natural, o pesquisador está muito próximo à comunidade investigada,
participando de forma real das suas atividades.
    Descombe (1998 apud BELL 2008) ainda afirma que a observação
participante propicia aos pesquisadores o convívio com os indivíduos
pesquisados para que os primeiros enxerguem as coisas da mesma forma que
os segundos. De modo que compartilhem, as mesmas experiências.
    Assim, pertencer à mesma comunidade desses profissionais da educação
é a justificativa para a adoção dessa outra técnica de pesquisa.
    Como procedimento de investigação dos instrumentos para analise dos
dados foi utilizado o estudo de caso, que segundo Yin (apud GIL 1999, p. 73):
“É um estudo empírico que investiga um fenômeno atual dentro do seu
contexto de realidade, quando as fronteiras entre o fenômeno e o contexto não
são claramente definidos e no qual são utilizadas várias fontes de evidência.”
    Este método propicia um estudo mais detalhado sobre a temática abordada
e traz oportunidades para que um problema seja estudado com mais
profundidade dentro de um tempo limitado. O pesquisador pode se torna parte
no caso a partir de sua constante presença ou a permanência no campo da
pesquisa. O estudo de caso ainda ajuda a relacionar a teoria com a prática
23

2.3 Lócus da pesquisa


   O universo da pesquisa foi a Escola Municipal Áurea Nogueira, situada na
rua, Leovigildo Ribeiro, 434 na zona urbana do município de Serrinha- BA.
Esta escola funciona nos turnos matutino, vespertino e noturno com
aproximadamente 300 alunos distribuídos nos respectivos turnos.
   A escola possui uma boa estrutura física, com 07 salas de aulas, uma sala
de leitura com um pequeno acervo, almoxarifado, sala de professor que no
momento divide o mesmo espaço com a diretoria, 02 banheiros, uma cozinha e
um pequeno espaço de lazer para os alunos. Na área externa foi construída em
outubro de 2009 uma horta escolar e em novembro o início da construção de
uma quadra poliesportiva.
   O corpo discente é oriundo da periferia da cidade. Alguns são filhos de pais
analfabetos ou com um grau mínimo de escolaridade Muitos alunos são de
famílias carentes e, portanto, trabalham na feira livre aos sábados para ajudar
no sustento da família. Mesmo assim todos eles frequentam regularmente as
aulas.
   O corpo docente é composto por 12 professores, sendo que 10 são
concursados. Destes, 8 possuem graduação em Pedagogia e 2 em Letras
Vernáculas. Todos com jornada de trabalho superior ou igual a 40 horas
semanais.
   Como modalidade de ensino a escola oferece o ensino fundamental I
escolhido para a aplicação da pesquisa e EJA I.
24


                                 CAPÍTULO 3



ANÁLISE DE DADOS




       Com a finalização da pesquisa que teve como temática, planejamento
escolar um instrumento facilitador do trabalho docente realizado na escola
municipal Áurea Nogueira em Serrinha – Bahia e aplicada através de
questionário com 10 perguntas abertas e da observação participante, parte-se
para a análise de dados que:
       Segundo (GIL 1999) a análise tem o objetivo de organizar e sumariar os
dados de forma que estes possibilitem o fornecimento de respostas ao
problema proposto para investigação.
       A análise possibilitou respostas ao problema desta investigação,
planejamento escolar realmente colabora no trabalho do professor e se ajuda
a resolver os problemas da escola.
       A partir do questionário, da observação participante foi possível decidir
em quatro categorias, para obter respostas à problemática da pesquisa. Cada
categoria será analisada a partir das falas dos sujeitos investigados que serão
classificados como P1, P2, P3 e P4. Todas as discussões serão pautadas a luz
de teóricos como, Luck (1995), Vasconcellos (2006), entre outros.


3.1 O conceito de planejar


       Este ponto se faz relevante por fazer conhecer melhor que pensamento
o professor da escola Áurea Nogueira tem sobre a questão abordada e se ele a
utiliza na sua vida profissional e pessoal.
       Quanto a este questionamento a fala de P1 vem demonstrar que:
“Planejar significa traçar caminhos para se chegar a determinado objetivo,
significa prever uma ação futura”.
       Os demais professores parecem seguir o mesmo conceito de P1.
25

       P2: “Planejar é a tentativa de construir um caminho seguro para a
aprendizagem significativa é organizar estratégias a ser aplicada em sala de
aula, envolvendo questões diversas é o caminho que conduz a metas e
objetivos a serem alcançados “.
       P3: “Planejar significa traçar meios sobre ações que se deseja alcançar
no futuro.”
       P4: “É projetar o que desejamos desenvolver durante um curto e longo
prazo, é programar suas ações para que seu objetivo seja alcançado”.
       A partir das falas citadas pelos professores acima, observa-se que eles
comungam das mesmas ideias quanto ao conceito de planejar. Que para LUCK
(1995, p. 25) “Planejar vem levantar a situação presente para estabelecer o
que se quer, organizar a ação futura para se chegar a uma maior eficiência,
certeza, além de determinar melhores resultados dos esforços.”
       É notável que os depoimentos dos professores P1, P2, P3 e P4 apontam
o planejar como algo essencial para se obter certa segurança nos objetivos que
se deseja alcançar tanto na vida profissional como pessoal. Vasconcellos
(1995) diz que: “Planejar é antecipar uma interferência na realidade buscando
sua mudança.”
       Ao planejar o indivíduo antecede suas ações, traça os objetivos e
começa a estabelecer mudanças no ambiente familiar e profissional. Esta
concepção de planejar ficar clara nas falas dos professores do lócus da
pesquisa, porém foi observado que na prática os professores realizam com
freqüência suas ações na improvisação, isto no ambiente escolar.


3.2 A ideia de planejamento escolar


       Este ponto traz, mais uma vez, a discussão no âmbito educacional
sobre a elaboração e importância do planejamento escolar para o professor.
Temos na fala do P1 que: “Planejamento escolar é um instrumento que auxilia
na resolução de resultados de problemas que surgem na e da escola,
envolvendo todos que nela trabalham.”
       Nota-se na fala do professor 1 que ele entende que o planejamento
escolar é realmente um instrumento importante para auxiliá-lo nas suas
atividades educativas como também pode ajudar ou alcançar objetivos tanto
26

individual como coletivo. O que é percebido na fala de P2: “O planejamento
norteia e evita a improvisação, além de ajudar a intermediação dialógica entre
professor e aluno, como também colabora com toda a comunidade local..”
       Para estes educadores o planejamento é uma atividade que se faz
notória, pois envolve a comunidade na qual a escola encontra-se inserida
através de elaboração e execução de atividades diversas, demonstrando desta
forma que este instrumento não se restringe a aspecto teóricos, mas sim
enfatiza também a realidade vigente.
       O professor 3, ao se referir ao planejamento escolar, esclarece o
seguinte: “Não posso responder sobre algo que nunca fiz. Nas escolas em que
trabalhei não havia planejamento escolar. Sempre realizei o plano de aula, que
acredito ser o suficiente para ajudar nas minhas aulas.”
       Nota-se no depoimento deste professor que ele não vê tanta importância
no planejamento, já que ele acredita ser o plano de aula suficiente. Ele afirma
não conhecer o planejamento escolar, talvez por falta de interesse ou de
compromisso do próprio professor, pois é importante salientar que ele atua na
área a cerca de 10 anos, seis em sala de aula como educador.
       Às vezes fica difícil acreditar que ainda exista professor com formação
acadêmica na área da educação que diz desconhecer instrumentos
pedagógicos. Principalmente por que no município onde atua este educador
sempre é realizada a jornada pedagógica além de outros encontros de
educadores com temas que sempre englobam tais instrumentos.
       Até onde se sabe, é correto afirmar que no lócus da pesquisa até 2008
não havia documentos como matriz curricular, projeto político pedagógico e
planejamento escolar. Em março de 2009, a matriz curricular foi entregue a
escola pela Secretaria de Educação do município que diz pretender junto com
os funcionários da escola elaborar o PPP. O planejamento escolar, no período
da jornada pedagógica foi discutido com professores do ensino fundamental I.
Mas até o final do ano letivo de 2009 o que se pode constatar na escola foi:
matriz curricular guardada, PPP e planejamento em discussões raras e
superficiais.
       Pode se levar em conta também que a ação para construção do
planejamento envolve habilidades de trabalho em grupo, está ciente que nem
sempre sua opinião será acatada, saber articular com os outros, e o professor
27

3 muitas vezes se mostrou introspectivo, intolerante. Provavelmente problemas
como estes incentivem o professor a não ir além do que já conhece.
       Para P4 “É um guia para a realização de uma aula inovadora e
envolvente e que evita a rotina e a improvisação num ambiente tão dinâmico
como a escola.” Constata-se que, os professores 1,2 e 4 vê o planejamento
escolar como instrumento necessário, algo que visa objetivos, desejos e que irá
ajudar o educador a estar sempre inovando, não deixando que suas aulas
sejam repetitivas e monótonas. Sobre esta questão Luck (1995, p. 38) “afirma
que o planejamento feito com responsabilidade, serenidade e determinação de
aplicação, resulta uma série de contribuições que recompensa todo o esforço
do professor e o seu tempo gasto na função de organização.”
      A autora vem comprovar que o planejamento vai além de uma mera
atividade escolar, ele salienta um desejo, uma satisfação de torna algo real.
      Sobre a questão discutida anteriormente, os professores admitem que
pela complexidade     na elaboração do planejamento, por ter tantas outras
atividades escolares a cumprir além da falta de tempo já que todos trabalham
40 ou mais horas semanais o planejamento escolar se torna uma atividade a
não ser realizada. Vasconcellos (2006, p. 16) afirma que: “Há uma ambigüidade
na prática dos professores, Pois ao mesmo tempo em que não negam a
importância do planejamento, percebem sérias limitações em sua realização.”
      O que se percebe é que a construção do planejamento nesta unidade de
pesquisa demonstra ser uma atividade, uma situação não desempenha, nem
produzida pelos sujeitos entrevistados. O que vai confirmar na observação do
pesquisador na categoria 3.2 O conceito de planejar em que o professor na
prática não planeja, mas reconhece sua importância.


3.3 Planejamento e plano de aula


      Esta categoria vem tentar esclarecer se existe realmente diferença para
o educador entre planejamento escolar e plano de aula.
      Ao se pronunciar sobre esta questão o professor 1 cita: “Planejamento
escolar é mais global, prevê ações mais coletivas. Plano de aula é mais
específico, prevê ações mais direcionadas.”
28

      O professor 2 segue o mesmo raciocínio que o professor anterior
quando diz: “Planejamento escolar é mais amplo, mais global, suas ações são
coletivas e o plano de aula é mais específico com ações mais direcionadas.”
      Estes professores, tem a concepção que planejamento e plano de aula
são diferentes. Enquanto um é construído em conjunto, o outro é particular,
uma atividade elaborada quase que exclusivamente pelo professor.
      No depoimento do professor 3 ele acredita que: “O escolar é o
planejamento coletivo e o plano de aula é o individual, logo deixa o professor
mais livre para executar as atividades a sua maneira.”
      É possível identificar na fala de P3 a ideia que ele faz sobre plano de
aula, para ele parece ser algo que lhe dá liberdade para escolher quando fazer,
como fazer.
      É evidente que existe distinção entre estes dois instrumentos. Porém
para elaborá-los o sujeito envolvido deve reconhecer a realidade em que está e
que se deseja melhorar, fazendo em grupo uma leitura do contexto em que se
vive. O plano de aula como afirma P3 dá ao professor mais liberdade, mas isso
não implica fazê-lo a sua maneira, porque como o planejamento escolar, sua
construção está voltada para a prática do professor e para a aprendizagem do
corpo docente. Logo deve ser compartilhado, discutido. Fusari (1989) esclarece
que: ”Planejamento e plano são coisas diferentes se completam e interpretam
no cotidiano da prática dos professores.”
      Assim como os demais professores P4 também concorda que há
diferença entre plano e planejamento, pois ele acredita que: “Plano de aula é
mais restrito a objetivos referentes a determinados conteúdos e o planejamento
escolar é mais amplo que diz respeito à comunidade escolar.”
      Através dos depoimentos dos professores e da colaboração do autor
citado fica claro que planejamento escolar representa o processo, a ação
planejada a longo prazo, a rota que deve seguir o curso e o plano de aula a
atividade de curto prazo, o objeto diário. Portanto, instrumentos distintos.
29

3.4 O papel do professor na elaboração do planejamento escolar


       Em seu depoimento P1 aponta: “O professor juntamente com a
comunidade escolar representa o “conjunto” que deve planejar coletivamente.
Todos os envolvidos no processo, contribuem para a aprendizagem do aluno.”
       Para Vasconcellos (2006. p, 50) “Embora o professor entre só na sala de
aula, esta imbuído nele um projeto coletivo da sociedade no sentido da
formação das novas gerações. Tornando o exercício do professor de caráter
publico.”
       P2 assim como P1 mostra a importância do professor na elaboração do
planejamento e que o ato de construí-lo não é apenas responsabilidade do
corpo docente.

                      O papel do professor é o de possibilitar caminhos ao
                      conhecimento, às mudanças e as transformações que são os
                      objetivos da educação. O planejamento deve estar de acordo
                      com o nível dos estudantes. Relacionando os conteúdos, os
                      conhecimentos próprios e a realidade de forma a criar novos
                      conhecimentos que auxiliem na vida cotidiana do educando. E
                      que a construção do planejamento deve ser em conjunto


       Percebe-se, ainda na fala de P2, que o planejamento escolar precisa
está pautado na realidade do aluno, assim projetar novos conhecimentos que
os ajude no seu dia a dia a superar melhor seus desafios. P3 demonstra
também ter a mesma opinião que seus colegas, pois ele explica: “O professor
tem um papel importante na elaboração do planejamento, mas ele precisa da
colaboração dos demais funcionários: diretor, vice, coordenador e outros.”
       Acredita-se que o planejamento deva ser um ato coletivo construído a
partir de experiências individuais. Ele é considerado um ato político
pedagógico, necessita ser pensado, repensado, discutido e colocado em
prática com todos os atores sociais inseridos na escola.
       O planejamento escolar não deve seguir uma tendência descendente,
com posturas e ideologias determinadas e estáticas, mas sim de forma
ascendente e horizontal em que todos tenham a oportunidade de expressão e
que sejam respeitadas as experiências alheias. Seria vantajoso envolver na
elaboração, discussão, e execução alguns pais de alunos, gestores entre
30

outros funcionários, afinal cada um tem suas particularidades e ricas
contribuições. Talvez assim o planejamento tenha maior impacto na escola.
      Quando questionado sobre o papel do professor na elaboração do
planejamento P4 explicitou:


                      O professor constitui um integrante fundamental, pois conhece
                      a realidade da sala de aula e o comportamento dos alunos, já
                      que estão em contato direto com este ambiente. Assim,
                      quando o professor participa da discussão, da elaboração e
                      execução do planejamento escolar, ele se sente integrante
                      deste, fazendo o possível para que os objetivos sejam
                      alcançados. Trago uma metáfora que relaciono com este tema
                      é através do livro a Águia e a Galinha, Boff(1997), onde há o
                      confronto entre duas dimensões fundamentais da existência
                      humana: a dimensão do enraizamento, do cotidiano, do
                      limitado, que seria o símbolo da galinha e a dimensão da
                      abertura, do desejo, do ilimitado, o qual seja o símbolo da
                      águia. Ocorre o questionamento de como equilibrar essas
                      duas dimensões e          como impedir que a cultura da
                      homogeneização afogue a águia dentro de nós e nos impeça
                      de voar. A história da águia e a galinha evoca dimensões
                      profundas do espírito, indispensáveis para o processo de
                      realização humana: o sentimento da auto-estima, a
                      capacidade de dar a volta por cima nas dificuldades quase
                      insuperáveis, a criatividade diante de situações de opressão
                      coletiva que ameaçam o horizonte da esperança. Assim, o
                      professor se sente parte integrante do processo quando atua
                      em todas as fases da elaboração do planejamento escolar.

      Ao passar para o relato de P4, nota-se que há uma relação com os
depoimentos dos professores anteriores, porém P4 enfatiza que este agente é
uma peça muito importante porque ao notar que está de fato inserido no ato de
planejar ele se sente comprometido com o planejamento.
      Um indivíduo que se percebe parte significante de um processo que tem
por finalidade, como deixa cloro Vasconcellos (2006, p. 60):


                      Resgatar a intencionalidade da ação (marca essencialmente
                      humana), possibilitando a (re)significação do trabalho, o
                      resgate do sentido da ação educativa. Combater a alienação:
                      explicitar e criticar as pressões sociais e os compromissos
                      ideológicos; tomar consciência de que projeto está envolvido.
                      Dar coerência à ação da instituição, integrando e mobilizando
                      o coletivo em torno de consensos (provisórios); superar o
                      caráter fragmentário das práticas em educação, a mera
                      justaposição.
31

      Sente-se capaz de tomar decisões, de ter opiniões, de atuar melhor no
seu contexto educacional. Ele realiza passos que se complementam e se
interpenetram na ação didática pedagógica.
      Se o professor é um sujeito principal na construção do planejamento
escolar ele por está diretamente em contato com o aluno passa a conhecer
suas maiores necessidades de aprendizagem. Este contato leva o professor a
ser ou a se tornar mais dinâmico, original àquele que cria e inova a sua prática
em sala de aula, ou seja, um sujeito que acredita em si e junto com seus
alunos produzirá conhecimento.
      Este indivíduo irá produzir o planejamento escolar consciente e imbuído
na melhoria dos índices educacionais brasileiros.
      Nas falas dos educadores, identifica-se que ele é o elo principal na
construção do planejamento escolar, mas também é primordial a participação
de todos os funcionários, pois o corpo docente não é o único responsável pela
aprendizagem e o desenvolvimento do aluno. Ele é o sujeito que aprende e
media o objeto de aprendizagem e o estudante, portanto as atividades
pedagógicas devem ser construída coletivamente.
32

                          CONSIDERAÇÕES FINAIS




      Durante a pesquisa pode se observar que o planejamento escolar tem
sido constantemente discutido na área da educação. Principalmente no período
da jornada pedagógica, o que traz a idéia de que apesar deste instrumento às
vezes parecer para alguns professores apenas um atividade corriqueira que
não tem utilidade. Além do mais, não resolve os problemas da escola, pode vir
sim a atrapalhar já que a sua construção toma o pouco tempo que o professor
tem para resolver questões mais urgente como repetência e evasão escolar.


                      Com tantas queixas ou limitações, fica difícil mesmo o
                      envolvimento do professor com qualquer coisa que diz respeito
                      a planejar. Podemos perceber, pois, no discurso dos
                      professores uma série de eventos obstáculos epistemológicos
                      (cf.Bachelard,1884-1962) em relação ao planejamento, que
                      devem ser trabalhado.(VASCONCELLOS 2006,p.20)


      Mas a pesquisa também constatou que existem professores como os do
lócus pesquisado que veem no planejamento qualidades como as enumeradas
por   Luck (1995     ) que    são:   continuidade,   flexibilidade, inclusividade,
objetividade, responsabilização entre outras.
      Estas qualidades fazem do planejamento escolar um instrumento tão
importante quanto outros, que tem finalidades iguais ou semelhantes, como é o
caso do PPP, Projeto Político Pedagógico.
      Os professores acreditam que o planejamento evita as centralizações,
por que cada membro da comunidade escolar irá decidir de acordo a sua
especificidade, mas as iniciativas serão tomadas em conjunto.
      Infelizmente, a pesquisa constatou também que o comportamento dos
professores não condiz com suas falas, seus desejos em relação ao
planejamento escolar. Talvez por ser o instrumento de exigências burocráticas,
vertical e por tantos outros entraves, paralisa a ação do professor.
      Sendo assim parece correto afirmar que o planejamento facilita, porém,
não resolve todos os problemas da escola. De certa forma ameniza-os,
direciona a comunidade escolar a melhor maneira de solucioná-los.
33

      Basta ao educador ir além desta consciência e não ausentar-se deste
momento, nem tão pouco, estar nele de forma superficial. Não esperar para
quando instâncias superiores venham decidir o momento de por em ação
atividades que dever ser de praxe do educador.
34

                               REFERÊNCIAS



BAPTISTA, Myriam V. Planejamento: introdução              à   metodologia   do
planejamento social. São Paulo: Moraes, 1981, p. 13.

BELL, Judith. Projeto de pesquisa: guia para pesquisadores iniciantes em
educação, saúde e ciências sociais. 4. ed. Porto Alegre: Artmede, 2008.

CHAUÍ, Marilena. Convite à filosofia. 7 ed. São Paulo: Ática, 2000.

DEMO, Pedro. Metodologia do conhecimento científico. São Paulo: Atlas,
2002.

FUSARI, J.C. O papel do planejamento na formação do educador. São
Paulo: [s.n.], 1988.

_____. O planejamento da educação escolar: subsídios para ação-reflexão-
ação. São Paulo, SE/COGESP, 1989.

GANDIN, Danilo. A prática do planejamento participativo. 2 ed. Petrópolis:
Vozes, 1994.

_____. Planejamento como prática educativa. 7 ed. São Paulo. Loyola,
1994.

GIL. Antonio Carlos. Métodos e técnicas de pesquisa social. São Paulo:
Atlas, 1999.

LÜCK, Heloisa. Planejamento em orientação educacional. Petrópolis. Vozes,
1991.
_____._____.Petrópolis. Vozes, 1995.

LUCKESI, Cipriano Carlos. Avaliação da Aprendizagem escolar: estudos e
proposições. São Paulo: Cortez, 1990.

MARCONI. Marina de Andrade; LAKATOS. Eva Maria. Técnicas de pesquisa.
São Paulo: Atlas, 2002.

MARTINS, Gilberto de Andrade. Manual para elaboração de monografias e
dissertações. 3. ed. São Paulo: Atlas, 2002.

MARTINS, Jorge dos Santos. Guia para elaboração de Projetos de
Pesquisa. Salvador: [s.n], 1998.

MARX, Karl. O Capital: crítica da economia política. Rio de Janeiro:
Civilização Brasileira, 1980, livro 1, v, 1 e 2.
35

MENEGOLLA, Maximiliano; SANT’ANNA, Ilza Martins. Porque planejar?
Como planejar?: currículo área – aula. 4. ed. Rio de Janeiro: Vozes, 1996.

PADILHA, R. P. Planejamento dialógico: como construir o projeto político
pedagógico da escola. São Paulo: Cortez /Instituto Paulo Freire, 2001.

VASCONCELLOS, Celso dos Santos. Planejamento, plano de ensino-
aprendizagem e projeto educativo: elementos metodológicos para
elaboração e realização. São Paulo: Libertad, 1997.

______. Planejamento: Projeto de Ensino-Aprendizagem e Projeto
Político-Pedagógico – elementos metodológicos para elaboração e realização
São Paulo: Libertad, 1995.

______.______. 16 ed. São Paulo: Libertad, 2006.
36




ANEXO
37


                  Questionário para educadores


Tempo de trabalho:________________________________________________

Formação:_______________________________________________________



1 – O que significa planejar?
_______________________________________________________________
_______________________________________________________________
_______________________________________________________________
_______________________________________________________________


2 – Na sua vida profissional e pessoal é necessário planejar?
_______________________________________________________________
_______________________________________________________________
_______________________________________________________________
_______________________________________________________________


3 – A escola em que você atua possui planejamento escolar? Este instrumento
ajuda a resolver os problemas da escola?
_______________________________________________________________
_______________________________________________________________
_______________________________________________________________
_______________________________________________________________


4 – O planejamento escolar é um instrumento facilitador do trabalho docente?
_______________________________________________________________
_______________________________________________________________
_______________________________________________________________
_______________________________________________________________


5 – O planejamento escolar deve ser um ato coletivo ou individual?
_______________________________________________________________
_______________________________________________________________
_______________________________________________________________
_______________________________________________________________


6 – Há diferença entre planejamento escolar e plano de aula?
_______________________________________________________________
_______________________________________________________________
_______________________________________________________________
_______________________________________________________________
38



7 – O planejamento evita a rotina e a improvisação?
_______________________________________________________________
_______________________________________________________________
_______________________________________________________________
_______________________________________________________________


8 – O planejamento favorece a reflexão sobre a prática educativa?
_______________________________________________________________
_______________________________________________________________
_______________________________________________________________
_______________________________________________________________


9 – Qual o papel do professor na elaboração do planejamento escolar?
_______________________________________________________________
_______________________________________________________________
_______________________________________________________________
_______________________________________________________________


10 – Planejamento é uma atividade de caráter político e ideológico?
_______________________________________________________________
_______________________________________________________________
_______________________________________________________________
_______________________________________________________________

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Planejamento escolar um instrumento facilitador do trabalho docente

  • 1. UNIVERSIDADE DO ESTADO DA BAHIA – UNEB DEPARTAMENTO DE EDUCAÇÃO – CAMPUS XIV COLEGIADO DE LETRAS GILVANDA DO NASCIMENTO SANTOS PLANEJAMENTO ESCOLAR: UM INSTRUMENTO FACILITADOR DO TRABALHO DOCENTE Conceição do Coité 2010
  • 2. 2 GILVANDA DO NASCIMENTO SANTOS PLANEJAMENTO ESCOLAR: UM INSTRUMENTO FACILITADOR DO TRABALHO DOCENTE Monografia apresentada ao Departamento de Educação da Universidade do Estado da Bahia (UNEB), curso de Letras Vernáculas, como parte do processo avaliativo para obtenção do grau de Licenciado em Letras. Orientador: Prof. Paulo de Tarso Vellanes Conceição do Coité 2010
  • 3. 3 Dedico este trabalho àqueles que contribuíram para sua realização. Minhas colegas professoras que se comprometeram a colaborar conforme minhas necessidades de pesquisa, em especial Solange amiga verdadeira para todas as horas.
  • 4. 4 Gosto de ser gente porque, inacabado, sei que sou um ser condicionado, mas consciente do inacabamento, sei que posso ir mais além dele. Paulo Freire
  • 5. 5 Agradecimentos Agradeço a força superior que nos irradia luz e que nos faz fortes para superar etapas difíceis, transformando-as em gratificantes, aos amigos que acompanharam meus passos mesmo quando foi preciso correr para andarmos juntos, entre eles: Solange, Lissandra, Mara e Sandrinha e ao meu colega Luciano. Também para aqueles que esperaram minhas visitas que nunca acontecia. A painho que mesmo na sua simplicidade me ensinou o melhor caminho a seguir, os estudos. Aos amores da minha vida Na e Lu que suportaram com paciência minhas queixas, minhas ausências e a falta dos meus carinhos. Aos professores que, de coração, se dedicaram pelo melhor desempenho dos seus alunos em especial meu professor e orientador Paulo de Tarso Vellanes Enfim, a todos aqueles que participaram ao meu lado desta jornada às vezes cansativa, mas necessária e prazerosa.
  • 6. 6 RESUMO Este trabalho monográfico apresenta uma análise crítica sobre a importância do planejamento escolar como instrumento facilitador do trabalho docente. Se o mesmo ajuda a resolver os problemas da escola. A pesquisa realizou-se na Escola Municipal Áurea Nogueira no município de Serrinha - BA no intuito de investigar o planejamento escolar enquanto instrumento do trabalho do corpo docente, o papel do professor na elaboração do planejamento escolar e identificar qual a participação da comunidade escolar na construção do planejamento. Como referencial teórico que contribuiu para a pesquisa encontra-se: Vasconcellos (2006), Luck (1995) entre outros. O percurso metodológico se sustenta na abordagem qualitativa, na pesquisa de campo e no estudo de caso. A pesquisa evidenciou a relevância deste instrumento pedagógico, além de apresentar a insatisfação por parte de alguns educadores na construção do mesmo. Palavras chave: Professor, planejamento, comunidade escolar
  • 7. 7 ABSTRACT This monograph presents a critical analysis of the importance of school planning as a facilitator of teaching. If it helps solve the problems of the school. The research took place at the Municipal School Áurea Nogueira in the city of Serrinha - BA in order to investigate the school planning as a tool of the work of faculty, the teacher's role in preparing the school planning and to identify which community participation in school construction planning. The theoretical discussion that contributed to the research is: Vasconcellos (2006), Luck (1995) among others. The methodological approach relies on a qualitative approach in field research and case study. The research showed the importance of this teaching tool, and shows the dissatisfaction of some teachers in the same building. Keywords: Educators, planning, community school
  • 8. 8 SUMÁRIO INTRODUÇÃO.....................................................................................................9 CAPÍTULO 1– PLANEJAMENTO EM FOCO...................................................11 1.1 Planejamento: conceitos e importância.......................................................12 1.2 Planejamento Escolar..................................................................................13 1.3 Planejamento Escolar na escola: o papel dos sujeitos ...............................18 CAPÍTULO 2 – METODOLOGIA .....................................................................20 2.1 Abordagem qualitativa ................................................................................21 2.2 Métodos e técnicas .....................................................................................21 2.3 Lócus da pesquisa ......................................................................................23 CAPÍTULO 3 – ANÁLISE DE DADOS .............................................................24 3.1 O conceito de planejar ................................................................................24 3.2 A ideia de planejamento escolar .................................................................25 3.3 Planejamento e plano de aula ....................................................................27 3.4 O papel do professor na elaboração do planejamento escolar ..................29 CONSIDERAÇÕES FINAIS..............................................................................32 REFERÊNCIAS.................................................................................................34
  • 9. 9 INTRODUÇÃO A educação é importante para contribuir com o processo de desenvolvimento do homem, seja ela informal que acontece no dia a dia através da observação, da convivência com os grupos sociais, ou a educação formal que se aprende na escola. Através da educação formal, o homem adquire os conhecimentos essenciais para ser inserido no mercado de trabalho. Passa a ser cidadão consciente dos seus deveres e direitos. Como a sociedade passa por constantes transformações e o indivíduo tem que estar preparado para acompanhar essas mudanças, é na educação que ele acredita encontrar o caminho seguro para enfrentar tais mudanças. Nesse contexto de transformações, de construções, observa-se a importância do educador que precisa estar apto para acompanhar e tentar satisfazer às exigências da sociedade perante o cidadão, ter a capacidade de construir a própria vida, relacionar-se bem com todos viver num mundo competitivo etc. O professor sozinho não conseguirá resolver estes e outros tantos problemas existentes na escola. Ele precisa trabalhar em conjunto e fazer uso de instrumento que o auxilie na sua jornada pedagógica, a exemplo do planejamento escolar. Dentro desse contexto, surgiu o desejo de pesquisar sobre planejamento escolar; como ele é visto pelo educador, o papel do educador na elaboração do planejamento e a participação da comunidade escolar. A pesquisa vem traçar discussão acerca da postura de alguns profissionais da educação da rede pública do município de Serrinha sobre o planejamento. Nesse víeis, foram pensados objetivos como: analisar o planejamento escolar enquanto instrumento facilitador do trabalho docente. Além disso, procura-se refletir sobre a importância do planejamento enquanto objetivo comum da escola, analisar o papel do professor na elaboração do planejamento escolar e identificar qual a participação da comunidade escolar na elaboração do planejamento. Para o desenvolvimento desta investigação, fez-se uso da abordagem qualitativa, tendo como tipo de pesquisa a pesquisa de campo. As técnicas de
  • 10. 10 coletas de dados foram: o questionário, a observação participante e o estudo de caso. O planejamento escolar um instrumento facilitador do trabalho docente. A escolha dessa temática se deu pela inquietação da pesquisadora que atua na área da educação e percebeu através de discussões que alguns colegas reconhecem a importância do planejamento, mas não executa sua construção. Assim este trabalho monográfico está organizado em três capítulos. O primeiro traz as discussões sobre o planejamento, conceitos e importância, a necessidade dele no ambiente escolar e o papel dos sujeitos. O segundo capítulo apresenta a fundamentação metodológica da pesquisa, o texto baseia-se em: CHAUÍ (2000), DEMO (2002), GIL (1999), MARCONI e LAKATOS (2002). Esse capítulo, ainda apresenta métodos e técnicas de coletas de dados, a observação, o questionário, os sujeitos e o lócus. O terceiro capitulo refere-se à análise de dados com o objetivo de analisar as falas dos professores, e está dividido em quatro categorias: conceito de planejar, ideia de planejamento, planejamento escolar e plano de aula e o papel do professor na elaboração do planejamento. Para finalizar o trabalho, traça-se as considerações finais a respeito do que foi observado sobre o tema, para que a sociedade perceba a relevância em se discutir e por em prática instrumentos que ajude e reconheça a prática do educador. Espera-se que esta pesquisa possa colaborar com o educador na sua prática pedagógica.
  • 11. 11 CAPÍTULO 1 O PLANEJAMENTO EM FOCO O ser humano está sempre idealizando um futuro e para que este futuro venha a se realizar de maneira mais precisa possível se faz necessário não só a obstinação e a perseverança, mas planejar este futuro a médio e longo prazo; pois ao planejar o indivíduo se vê comprometido com a ação. O processo de planejamento consiste em preparar, organizar, criar e estruturar o objetivo por meio do pensamento do sujeito. Há quem acredite no planejamento como uma obrigação enfadonha, mas não percebe que ao acordar nosso pensamento já se projeta no que se vai fazer durante o dia e ao mesmo tempo começa a se planejar. Todo planejamento precisa de uma elaboração e segundo Vasconcellos (2006), essa elaboração se dá tendo como referência as três dimensões da ação humana consciente: realidade, finalidade e mediação. I. Realidade – Tanto para que quanto o que estão referidos à situação, à realidade. Ela é o ponto de partida e o de chegada (só que já transformada). Ao ser conhecida, a realidade pode trazer possibilidades não exploradas, à medida que revela o que temos, portanto, os meios que dão condições para nossas eventuais realizações. II. Finalidade – Diz respeito aos fins, ao estado futuro de coisas, à direção para transformar, o que é naquilo que deve ser. Ao assumir finalidades, o homem nega a realidade presente e afirma uma outra ainda não existente. A determinação da ação passa a vir não simplesmente do passado ou do presente, mas também do futuro. III. Mediação – É a previsão das ações, do movimento, da seqüência de operações a serem realizadas para a transformação da realidade. Em qualquer instituição o planejamento deve estar sempre em foco, ser discutido, revisto, reelaborado, pois o planejamento é uma atividade de caráter político e ideológico pois representa tomada de decisões e posicionamentos e que vem provocar transformações.
  • 12. 12 1.1 Planejamento: conceitos e importância Em seu texto “Planejamento em Orientação Educacional”, Luck, (1991), expõe alguns conceitos sobre planejamento, baseando-se em outros autores. 1. “Processo permanente e metodológico de abordagem racional e científica de problemas” (BAPTISTA, 1981, p. 13). 2. “Processo de tomada de decisão, execução e teste de decisões” (GOLDBER, 1973, p.64). 3. “Processo de antecipação e antevisão de condições, estabelecidos ou situações futuras, desejadas, e a previsão de todos os aspectos necessários para a obtenção desses resultados” (CHRUDEN e SHERMAN, 1972, p.52). 4. “Processo que consiste em preparar um conjunto de decisões tendo em vista agir, posteriormente, para atingir determinados objetivos”(TURRA et al. 1975, p.13). 5. “Processo de direção e controle das ações de uma pessoa, em busca de um objetivo determinado (KAUFMAN, 1978). 6. “Visão antecipada de estágios mais avançados de desenvolvimento e de qualidade de instituição e previsão dos passos necessários para atingi- los” (JULIATTO, 1991). 7. “Processo que se inicia com a fixação de objetivos e define as estratégias, as políticas e os planos detalhados para os atingir” (HAMPTON, 1980, p. 120). Segundo uma descrição mais específica e analítica, o planejamento é conceituado como sendo: 8 Processo de estruturação e organização da ação internacional, realizado mediante: -análise de informações relevantes do presente e do passado, objetivando, principalmente, o estabelecimento de necessidades a serem atendidas;- estabelecimento de estados e situações futuros, desejados;
  • 13. 13 -previsão de condições necessárias ao estabelecimento desses estados e situações; -escolha e determinação de uma linha de ação capaz de produzir os resultados desejados, de forma a maximizar os meios e recursos disponíveis para alcançá-los. (LUCK, 1991). Para Padilha (2001, p. 30), Planejamento é o processo de busca de equilíbrio entre meios e fins, entre recursos e objetivos, visando ao melhor funcionamento de empresas, instituições, setores de trabalho, organizações grupais e outras atividades humanas. O ato de planejar é sempre processo de reflexão, de tomada de decisão sobre a ação; processo de previsão de necessidades e racionalização de emprego de meios (materiais) e recursos (humanos) disponíveis, visando à concentração de objetivos, em prazos determinados e etapas definidas, a partir dos resultados das avaliações. Ao planejar, antecipamos uma série de acontecimentos que podem ocorrer na ação e nos preparamos para lidar com eles, diminuindo assim a quantidade de imprevistos e tornando as nossas ações mais precisas e de melhor qualidade. Além de aprendermos que o planejamento fornece a reflexão sobre a prática educativa e, dessa forma funciona também como um instrumento de aprendizagem. Quando planejamos tomamos uma série de decisões e fazemos uma série de relações entre conhecimentos teóricos, científicos e conhecimentos práticos de nossa experiência pessoal e profissional. O planejamento é importante, pois ele ajuda a aprender coisas tão importantes como à relação ensino-aprendizagem. 1.2. Planejamento Escolar O planejar é uma ação indispensável à vida pessoal e também profissional seja na área da educação ou as demais áreas. Contudo a pesquisa vem refletir a importância do professor fazer uso do planejamento na prática das suas atividades profissionais já que o planejamento escolar é um instrumento facilitador do trabalho docente ele conduz ao debate, a reflexão e a melhoria da qualidade de ensino. É um instrumento importante em qualquer setor da vida da sociedade, pois torna possível definir o que se deseja a curto,
  • 14. 14 médio e longo prazo e não pode ser encarado como ação puramente formal, mas como uma ação viva e decisiva, pois é um ato político decisório, como bem coloca Luckesi (1990): O planejamento, entendido como ato político, será dinâmico e constante, pois estará afeito a uma constante tomada de decisão. Não necessariamente deverá ser registrado em documento escrito. Poderá tão somente ser assumido como uma decisão e permanecer na memória viva como guia de ação. Aliás, só como memória viva ele faz sentido. Papéis e formulários são simplesmente mecanismo de registro e fixação gráfica do decidido. Diante desse contexto percebe-se que a escola atravessa um momento de grande crise e não tem conseguido preparar o homem para vida social, nem desenvolver sua visão de mundo, tampouco preparar-lhe para o exercício da cidadania, da sua profissão e consequentemente para o exercício de sua profissão. E nesses termos a formação profissional do educador se constitui em um problema: fornece técnica de ensino – receitas, mas não conhecimento que o embasa e conscientiza para sua prática do planejar. Portanto, pensar a prática pedagógica se torna um reflexo da formação do educador para que a mesma seja bem estruturada e bem planejada, pois enquanto parte integrante do processo educativo, o planejamento deve ser alvo de constantes indagações, quanto a sua validade, instrumento de melhoria qualitativa do trabalho, do professor, uma vez que não é abordada a orientação teórica subjacente ao planejamento. Além da importância do planejamento social, profissional e acadêmico o planejar pessoal se constitui uma situação real que estabelece o que se quer mudar, estruturar e organizar para que a mudança da sua realidade se transforme, pois o individuo muitas vezes vê o planejamento como mais uma tarefa a ser realizada, não como algo que venha a facilitar o seu trabalho. Por conta desse pensamento a vida se torna uma caixa de surpresa, em que o momento será sempre o presente, que as suas decisões não serão conscientes, articuladas de acordo às suas necessidades, o que se pretende alcançar, quais interesses reais da sua realidade e o resultado do que se espera do futuro.
  • 15. 15 O planejamento constitui-se a instrumento utilizado pelo educador para direcionar a sua ação, deve partir do conhecimento da realidade concreta, deve está em permanente processo de avaliação e reflexão e, principalmente, deve ser construído coletivamente, atentando para a dimensão técnica, já que se define a maneira como será estruturado e também política, pois, proporcionará a mudança de atitude. Essa capacidade de planejar, segundo Marx, é própria do ser humano, quando diz: Uma aranha executa operações semelhantes ás do tecelão, e a abelha supera mais de um arquiteto ao construir sua colméia. Mas distingui o pior arquiteto da melhor abelha é que ele figura na mente sua construção antes de transformá-la em realidade. No fim do processo do trabalho aparece um resultado que já existia antes idealmente na imaginação do trabalhador. Ele não transforma apenas o material sobre o qual opera; ele imprime ao material o projeto que já tinha conscientemente em mira, o qual constitui a lei determinante do seu modo de operar e ao qual tem de subordinar sua vontade (1980, livro 1, v. 1, p.202). Nota se que a ação realizada, deve deixar a formalidade, ou obrigação de ser executada, como ocorre na realidade escolar e passar a ter significância e sentido, resgatando o seu potencial transformador. Fusari (1988), em seu texto O Planejamento do trabalho pedagógico: Algumas Indagações e Tentativas de Resposta, aborda a superação do planejamento enquanto instrumento tecnicista para a concepção do planejamento como expressão da práxis (ação/reflexão). Através de perguntas e respostas procura demonstrar a problemática do planejamento e a visão equivocada de que o mesmo serve apenas burocraticamente. Distingue o planejamento do plano: Enquanto o planejamento do ensino é o processo que envolve a atuação concreta dos educadores no cotidiano do seu trabalho pedagógico, envolvendo todas as suas ações e situações, o tempo todo, envolvendo a permanente interação entre os educadores e entre os próprios educandos (FUSARI, 1989, p.10). O plano de ensino é um momento de documentação do processo educacional escolar como um todo. Plano de ensino é, pois, um documento
  • 16. 16 elaborado pelo(s) docente(s), contendo a(s) sua(s) proposta(s) de trabalho, numa área e/ou disciplina específica. A sua função como meio de capacitação dos professores fica explicito quando diz: A ausência de um processo de planejamento do ensino nas escolas, aliadas às demais dificuldades enfrentadas pelos docentes no exercício do seu trabalho, tem levado a uma continua improvisação pedagógica nas aulas. Em outras palavras, aquilo que deveria ser uma prática eventual acaba sendo uma regra, prejudicando, assim, a aprendizagem dos alunos e o próprio trabalho escolar como um todo”. (FUSARI 1989, p. 10) Além disso, toda a elaboração do planejamento deverá estar pautada na realidade concreta do ambiente escolar e é imprescindível que aja a reflexão das ações determinadas nos planos ou projetos com o intuito de avaliá-los. A práxis deve estar presente a todo o momento, como forma de análise do planejamento, significando, portanto, um olhar crítico do professor em ralação a sua própria conduta, como também do desenrolar do processo. Sendo o planejamento um processo permanente e contínuo de um processo que inclui a reflexão, a análise e a ação como componentes básicos e indispensáveis Luck (1995), cita algumas qualidades interdependentes do processo de planejamento, que comprovam a indispensável presença do planejamento, no ambiente escolar, proporcionando um melhor andamento do trabalho desenvolvido na escola, como: continuidade - a ininterrupção entre um objetivo e outro, um momento e outro, uma atividade e outra;  flexibilidade – a capacidade do plano ou projeto de adaptar-se a situações novas surgidas durante a sua execução;  inclusividade – assegurada na medida em que os objetivos, estratégias, atividades levam em consideração todos os aspectos essenciais dos problemas e são suficientes para resolvê-los;  objetividade – resulta de observações, anotações, análises, interpretações precisas e pertinentes dos fatos como se apresentam o que permite a apresentação de propostas de solução ajustadas e adequadas ao mesmo;
  • 17. 17  operacionalidade – diz respeito á sua capacidade de aplicação e de execução, isto é, corresponde a sua capacidade de ser viável factível e executável;  orientação - condição de apresentar clara, precisa e objetivamente diretrizes de ação, de especificar os efeitos que pretende produzir, o que se pretende fazer e em que circunstância;  responsabilização – perpassa pela capacidade de ser uma criação coletiva, definindo-se responsabilidades: quem fará o que, em que momento, com que objetivo, etc. A percepção da importância do planejamento enquanto resultado prático deve estar presente, ou seja, por possuir uma dimensão política já que envolverá interesses de indivíduos isoladamente ou de um grupo social, com ação que afeta a vida das pessoas e da sociedade envolvidas, deverá haver a reflexão constante daqueles que estão envolvidas no processo, com a finalidade de possibilitar a mudança e proporcionar ações práticas. Pode-se afirmar que é necessário o planejamento para nortear e garantir a coerência frente a uma realidade concreta e dinâmica. Vasconcellos (1995, p.41) relata que: Os autores mais progressistas, ao abordarem a problemática, lembram que, antes de ser uma mera questão técnica, o planejamento é uma questão política, na medida em que envolve posicionamentos, opções, jogos de poder, compromisso com a reprodução ou com a transformação, etc. Isso é um avanço, mas ainda não da conta da sua significação. Para ter sentido, o enfoque do planejamento, com a reprodução, com efeito, necessita desse deslocamento. Todavia não basta trabalhar numa nova abordagem; é preciso trabalhar também a descrença que o professor traz, portanto, a percepção, o conhecimento, as representações prévias que já tem quanto ao planejamento. Há, então, esta questão mais elementar hoje colocada, que é a valorização do planejamento, o estar mobilizado para fazê-lo, entendê-lo realmente como necessidade. Trata-se de um problema filosófico-axiológico, de posicionamento valorativo, de ver sentido, acreditar. O planejamento é político, é hora da tomada de decisões, de resgate dos princípios que embasam a prática pedagógica. Mas para chegar a isto, é preciso atribuir-lhe valor, acreditar nele, sentir que planejar faz sentido. O primeiro passo, portanto, é chegar ao ponto do: Planejamento ser necessidade do professor!
  • 18. 18 Com tantas possibilidades de reflexão, de construção de conhecimento pode-se perceber a importância do planejamento na atuação do professor e entender que o processo de planejamento tem como uns dos principais objetivos evitar a rotina e a improvisação. 1.3 O planejamento escolar na escola: o papel dos sujeitos Como já foi citado anteriormente o planejamento escolar tem uma importância relevante no processo de ensino aprendizagem, porém o planejamento escolar para a grande maioria dos professores é apenas uma atividade rotineira, elaborada isoladamente, que consiste em copiar algum objetivo do livro didático, definir conteúdo, documentar e engavetar. Ele não é discutindo, analisado pelo corpo docente, a comunidade escolar não participa, não há uma reflexão a cerca da prática dos professores, das metodologias utilizadas, ou mesmo a socialização das estratégias utilizadas em sala de aula, que são bem sucedidas. Portanto, não define um ideal de grupo, não explicita o desejo da comunidade escolar em torno de um desejo único de transformação da realidade da instituição, enquanto ação e reflexão da prática docente e avaliação do conjunto da instituição. A forma tecnicista de elaboração causa um desencontro, uma aversão ao planejamento, os professores não percebem um sentido ao realizá-lo apenas tem uma obrigação que deve ser mecanicamente comprida com a finalidade de ser entregue à secretaria da escola, como uma exigência burocrática. O planejamento é um forte aliado contra o ativismo que frequentimente toma conta do cotidiano escolar e que transforma o professor em uma máquina de dar aulas e executar tarefas, ás vezes sem consciência do significado das mesmas. É um processo que envolve discussões de questões básicas – e muitas vezes esquecidas – como a responsabilidade da educação escolar, os princípios e objetivos da escola e os compromissos dos professores com essas definições (FUSARI, 1989). Contudo, por mais que se busque aclarar a necessidade de elaboração e execução do planejamento escolar para que a decisão não seja meramente um ato burocrático é preciso que explicite, discuta suas finalidades mais
  • 19. 19 específicas: facilitar o trabalho do professor e fornecer a reflexão sobre a prática educativa. Toda a comunidade escolar deve estar voltada na realização das ações do planejamento não só o professor; e esta deve reconhecer o planejamento escolar como movimento contínuo que não se esgota no período previsto em calendário escolar, mas antecede e ultrapassa esse limite.
  • 20. 20 CAPITULO 2 METODOLOGIA O Ser humano durante sua existência se questiona com a realidade, busca entendê-la e explicá-la. Primeiro ele usa o seu conhecimento pautado nas suas próprias inferências, juntamente com suas hipóteses e informação, ele tem o senso comum como única fonte do saber e informação adquirida. Com o passar do tempo e diante das necessidades de cada contexto social, este ser a partir do seu conhecimento investigativo motiva-se a buscar provas concretas que ultrapassam os limites do senso comum. A pesquisa surge de uma vontade, de uma curiosidade de procurar provas concretas para se ter conclusões a respeito de suas inferências. Logo diante de sua curiosidade e da vontade de buscar sempre mais ele percebe que suas opiniões por se só não basta para confirmar suas descobertas, é preciso ultrapassar o senso comum, criar métodos para conhecer melhor tudo que o cerca. Para Chauí (2000) O senso comum baseia-se em hábitos e tradições, cristalizadas o que difere dos processos científicos de pesquisa que necessita de instrumentos metódicos e sistemáticos que busca rigorosamente a verdade das coisas. Desta forma, a racionalidade está à frente das questões subjetivas do senso comum. Sobre a ciência Demo (2002, p.43) acrescenta que: É possível alargar ainda mais a desmistificação do conceito esteriotipado de pesquisa tendo em vista que aparece naturalmente, porque necessariamente na formação histórica do sujeito social competente. Essa competência deve ser formal (domínio cientifico- tecnológico) e político ( construção e cidadania), onde dialogar crítica e produtivamente com a sociedade e com a realidade é própria demonstração da competência e da cidadania. Assim a pesquisa científica é indispensável como forma de investigação, pois a mesma se utiliza de métodos, de técnicas seguras que vão desde a percepção, formulação do problema até a apresentação dos resultados.
  • 21. 21 O homem é um ser que constantemente esta em busca de mais, ele procura superar seus desafios, suas descobertas. E a pesquisa cientifica é um meio seguro pelo qual ele encontrará respostas. 2.1 Abordagem Qualitativa A opção pela pesquisa qualitativa se faz importante porque a mesma compreende um conjunto de métodos e técnicas que visa descrever um fenômeno no campo das ciências sociais. Por estas questões este trabalho monográfico tem caráter qualitativo, pois ela estuda os sujeitos envolvidos no processo de ensino aprendizagem em que o planejamento escolar caracteriza-se como fenômeno que deve ser discutido e analisado, uma vez que ele pode ser considerado um entrave no processo educativo. Neste sentido, a abordagem qualitativa será uma aliada para a compreensão e explicação da dinâmica dos sujeitos envolvidos nesse processo. De acordo com Bell (2008, p.15) Os pesquisadores que adotam uma perspectiva qualitativa estão mais preocupados em entender as preocupações que os indivíduos tem do mundo. Eles põem em dúvida a existência de “fatos” sociais e questionam se uma abordagem “cientifica” pode ser utilizada ao lidarmos com seres humanos. Adotar a abordagem qualitativa de pesquisa foi necessário, já que este trabalho está voltado para o ensino/aprendizagem, processo em que está envolvida toda a comunidade escolar. Sendo, assim, essa abordagem se faz ideal dentro de um contexto que não deve ser quantitativo, mas refletido, analisado e compreendido. 2.2 Métodos e técnicas A técnica utilizada para coleta de dados foi o questionário, pela necessidade de garantir o anonimato dos sujeitos envolvidos, já que estes são colegas de trabalho do lócus da pesquisa, além de esta ser uma técnica que ajuda o investigado responder no momento que julgar conveniente sem receber influência do investigador. Outro fator que levou a opção pelo questionário foi
  • 22. 22 por estar próximo ao final do ano letivo e a possibilidade de os professores saírem de férias. Com o questionário, as respostas poderiam ser enviadas por e-mail. O questionário direcionado para professores teve 10 questões abertas voltadas para a concepção que estes professores tem sobre o planejamento escolar. Essas questões foram divididas em quatro categorias como: o conceito de planejar; a ideia de planejamento escolar; planejamento e plano de aula e o papel do professor na elaboração do planejamento escolar. A observação participante ou outra técnica de investigação desta pesquisa, pois como professora do quadro do lócus estudado, estou envolvida diretamente com a problemática em questão. Segundo Marconi e Lakatos (2002) na observação participante em sua forma natural, o pesquisador está muito próximo à comunidade investigada, participando de forma real das suas atividades. Descombe (1998 apud BELL 2008) ainda afirma que a observação participante propicia aos pesquisadores o convívio com os indivíduos pesquisados para que os primeiros enxerguem as coisas da mesma forma que os segundos. De modo que compartilhem, as mesmas experiências. Assim, pertencer à mesma comunidade desses profissionais da educação é a justificativa para a adoção dessa outra técnica de pesquisa. Como procedimento de investigação dos instrumentos para analise dos dados foi utilizado o estudo de caso, que segundo Yin (apud GIL 1999, p. 73): “É um estudo empírico que investiga um fenômeno atual dentro do seu contexto de realidade, quando as fronteiras entre o fenômeno e o contexto não são claramente definidos e no qual são utilizadas várias fontes de evidência.” Este método propicia um estudo mais detalhado sobre a temática abordada e traz oportunidades para que um problema seja estudado com mais profundidade dentro de um tempo limitado. O pesquisador pode se torna parte no caso a partir de sua constante presença ou a permanência no campo da pesquisa. O estudo de caso ainda ajuda a relacionar a teoria com a prática
  • 23. 23 2.3 Lócus da pesquisa O universo da pesquisa foi a Escola Municipal Áurea Nogueira, situada na rua, Leovigildo Ribeiro, 434 na zona urbana do município de Serrinha- BA. Esta escola funciona nos turnos matutino, vespertino e noturno com aproximadamente 300 alunos distribuídos nos respectivos turnos. A escola possui uma boa estrutura física, com 07 salas de aulas, uma sala de leitura com um pequeno acervo, almoxarifado, sala de professor que no momento divide o mesmo espaço com a diretoria, 02 banheiros, uma cozinha e um pequeno espaço de lazer para os alunos. Na área externa foi construída em outubro de 2009 uma horta escolar e em novembro o início da construção de uma quadra poliesportiva. O corpo discente é oriundo da periferia da cidade. Alguns são filhos de pais analfabetos ou com um grau mínimo de escolaridade Muitos alunos são de famílias carentes e, portanto, trabalham na feira livre aos sábados para ajudar no sustento da família. Mesmo assim todos eles frequentam regularmente as aulas. O corpo docente é composto por 12 professores, sendo que 10 são concursados. Destes, 8 possuem graduação em Pedagogia e 2 em Letras Vernáculas. Todos com jornada de trabalho superior ou igual a 40 horas semanais. Como modalidade de ensino a escola oferece o ensino fundamental I escolhido para a aplicação da pesquisa e EJA I.
  • 24. 24 CAPÍTULO 3 ANÁLISE DE DADOS Com a finalização da pesquisa que teve como temática, planejamento escolar um instrumento facilitador do trabalho docente realizado na escola municipal Áurea Nogueira em Serrinha – Bahia e aplicada através de questionário com 10 perguntas abertas e da observação participante, parte-se para a análise de dados que: Segundo (GIL 1999) a análise tem o objetivo de organizar e sumariar os dados de forma que estes possibilitem o fornecimento de respostas ao problema proposto para investigação. A análise possibilitou respostas ao problema desta investigação, planejamento escolar realmente colabora no trabalho do professor e se ajuda a resolver os problemas da escola. A partir do questionário, da observação participante foi possível decidir em quatro categorias, para obter respostas à problemática da pesquisa. Cada categoria será analisada a partir das falas dos sujeitos investigados que serão classificados como P1, P2, P3 e P4. Todas as discussões serão pautadas a luz de teóricos como, Luck (1995), Vasconcellos (2006), entre outros. 3.1 O conceito de planejar Este ponto se faz relevante por fazer conhecer melhor que pensamento o professor da escola Áurea Nogueira tem sobre a questão abordada e se ele a utiliza na sua vida profissional e pessoal. Quanto a este questionamento a fala de P1 vem demonstrar que: “Planejar significa traçar caminhos para se chegar a determinado objetivo, significa prever uma ação futura”. Os demais professores parecem seguir o mesmo conceito de P1.
  • 25. 25 P2: “Planejar é a tentativa de construir um caminho seguro para a aprendizagem significativa é organizar estratégias a ser aplicada em sala de aula, envolvendo questões diversas é o caminho que conduz a metas e objetivos a serem alcançados “. P3: “Planejar significa traçar meios sobre ações que se deseja alcançar no futuro.” P4: “É projetar o que desejamos desenvolver durante um curto e longo prazo, é programar suas ações para que seu objetivo seja alcançado”. A partir das falas citadas pelos professores acima, observa-se que eles comungam das mesmas ideias quanto ao conceito de planejar. Que para LUCK (1995, p. 25) “Planejar vem levantar a situação presente para estabelecer o que se quer, organizar a ação futura para se chegar a uma maior eficiência, certeza, além de determinar melhores resultados dos esforços.” É notável que os depoimentos dos professores P1, P2, P3 e P4 apontam o planejar como algo essencial para se obter certa segurança nos objetivos que se deseja alcançar tanto na vida profissional como pessoal. Vasconcellos (1995) diz que: “Planejar é antecipar uma interferência na realidade buscando sua mudança.” Ao planejar o indivíduo antecede suas ações, traça os objetivos e começa a estabelecer mudanças no ambiente familiar e profissional. Esta concepção de planejar ficar clara nas falas dos professores do lócus da pesquisa, porém foi observado que na prática os professores realizam com freqüência suas ações na improvisação, isto no ambiente escolar. 3.2 A ideia de planejamento escolar Este ponto traz, mais uma vez, a discussão no âmbito educacional sobre a elaboração e importância do planejamento escolar para o professor. Temos na fala do P1 que: “Planejamento escolar é um instrumento que auxilia na resolução de resultados de problemas que surgem na e da escola, envolvendo todos que nela trabalham.” Nota-se na fala do professor 1 que ele entende que o planejamento escolar é realmente um instrumento importante para auxiliá-lo nas suas atividades educativas como também pode ajudar ou alcançar objetivos tanto
  • 26. 26 individual como coletivo. O que é percebido na fala de P2: “O planejamento norteia e evita a improvisação, além de ajudar a intermediação dialógica entre professor e aluno, como também colabora com toda a comunidade local..” Para estes educadores o planejamento é uma atividade que se faz notória, pois envolve a comunidade na qual a escola encontra-se inserida através de elaboração e execução de atividades diversas, demonstrando desta forma que este instrumento não se restringe a aspecto teóricos, mas sim enfatiza também a realidade vigente. O professor 3, ao se referir ao planejamento escolar, esclarece o seguinte: “Não posso responder sobre algo que nunca fiz. Nas escolas em que trabalhei não havia planejamento escolar. Sempre realizei o plano de aula, que acredito ser o suficiente para ajudar nas minhas aulas.” Nota-se no depoimento deste professor que ele não vê tanta importância no planejamento, já que ele acredita ser o plano de aula suficiente. Ele afirma não conhecer o planejamento escolar, talvez por falta de interesse ou de compromisso do próprio professor, pois é importante salientar que ele atua na área a cerca de 10 anos, seis em sala de aula como educador. Às vezes fica difícil acreditar que ainda exista professor com formação acadêmica na área da educação que diz desconhecer instrumentos pedagógicos. Principalmente por que no município onde atua este educador sempre é realizada a jornada pedagógica além de outros encontros de educadores com temas que sempre englobam tais instrumentos. Até onde se sabe, é correto afirmar que no lócus da pesquisa até 2008 não havia documentos como matriz curricular, projeto político pedagógico e planejamento escolar. Em março de 2009, a matriz curricular foi entregue a escola pela Secretaria de Educação do município que diz pretender junto com os funcionários da escola elaborar o PPP. O planejamento escolar, no período da jornada pedagógica foi discutido com professores do ensino fundamental I. Mas até o final do ano letivo de 2009 o que se pode constatar na escola foi: matriz curricular guardada, PPP e planejamento em discussões raras e superficiais. Pode se levar em conta também que a ação para construção do planejamento envolve habilidades de trabalho em grupo, está ciente que nem sempre sua opinião será acatada, saber articular com os outros, e o professor
  • 27. 27 3 muitas vezes se mostrou introspectivo, intolerante. Provavelmente problemas como estes incentivem o professor a não ir além do que já conhece. Para P4 “É um guia para a realização de uma aula inovadora e envolvente e que evita a rotina e a improvisação num ambiente tão dinâmico como a escola.” Constata-se que, os professores 1,2 e 4 vê o planejamento escolar como instrumento necessário, algo que visa objetivos, desejos e que irá ajudar o educador a estar sempre inovando, não deixando que suas aulas sejam repetitivas e monótonas. Sobre esta questão Luck (1995, p. 38) “afirma que o planejamento feito com responsabilidade, serenidade e determinação de aplicação, resulta uma série de contribuições que recompensa todo o esforço do professor e o seu tempo gasto na função de organização.” A autora vem comprovar que o planejamento vai além de uma mera atividade escolar, ele salienta um desejo, uma satisfação de torna algo real. Sobre a questão discutida anteriormente, os professores admitem que pela complexidade na elaboração do planejamento, por ter tantas outras atividades escolares a cumprir além da falta de tempo já que todos trabalham 40 ou mais horas semanais o planejamento escolar se torna uma atividade a não ser realizada. Vasconcellos (2006, p. 16) afirma que: “Há uma ambigüidade na prática dos professores, Pois ao mesmo tempo em que não negam a importância do planejamento, percebem sérias limitações em sua realização.” O que se percebe é que a construção do planejamento nesta unidade de pesquisa demonstra ser uma atividade, uma situação não desempenha, nem produzida pelos sujeitos entrevistados. O que vai confirmar na observação do pesquisador na categoria 3.2 O conceito de planejar em que o professor na prática não planeja, mas reconhece sua importância. 3.3 Planejamento e plano de aula Esta categoria vem tentar esclarecer se existe realmente diferença para o educador entre planejamento escolar e plano de aula. Ao se pronunciar sobre esta questão o professor 1 cita: “Planejamento escolar é mais global, prevê ações mais coletivas. Plano de aula é mais específico, prevê ações mais direcionadas.”
  • 28. 28 O professor 2 segue o mesmo raciocínio que o professor anterior quando diz: “Planejamento escolar é mais amplo, mais global, suas ações são coletivas e o plano de aula é mais específico com ações mais direcionadas.” Estes professores, tem a concepção que planejamento e plano de aula são diferentes. Enquanto um é construído em conjunto, o outro é particular, uma atividade elaborada quase que exclusivamente pelo professor. No depoimento do professor 3 ele acredita que: “O escolar é o planejamento coletivo e o plano de aula é o individual, logo deixa o professor mais livre para executar as atividades a sua maneira.” É possível identificar na fala de P3 a ideia que ele faz sobre plano de aula, para ele parece ser algo que lhe dá liberdade para escolher quando fazer, como fazer. É evidente que existe distinção entre estes dois instrumentos. Porém para elaborá-los o sujeito envolvido deve reconhecer a realidade em que está e que se deseja melhorar, fazendo em grupo uma leitura do contexto em que se vive. O plano de aula como afirma P3 dá ao professor mais liberdade, mas isso não implica fazê-lo a sua maneira, porque como o planejamento escolar, sua construção está voltada para a prática do professor e para a aprendizagem do corpo docente. Logo deve ser compartilhado, discutido. Fusari (1989) esclarece que: ”Planejamento e plano são coisas diferentes se completam e interpretam no cotidiano da prática dos professores.” Assim como os demais professores P4 também concorda que há diferença entre plano e planejamento, pois ele acredita que: “Plano de aula é mais restrito a objetivos referentes a determinados conteúdos e o planejamento escolar é mais amplo que diz respeito à comunidade escolar.” Através dos depoimentos dos professores e da colaboração do autor citado fica claro que planejamento escolar representa o processo, a ação planejada a longo prazo, a rota que deve seguir o curso e o plano de aula a atividade de curto prazo, o objeto diário. Portanto, instrumentos distintos.
  • 29. 29 3.4 O papel do professor na elaboração do planejamento escolar Em seu depoimento P1 aponta: “O professor juntamente com a comunidade escolar representa o “conjunto” que deve planejar coletivamente. Todos os envolvidos no processo, contribuem para a aprendizagem do aluno.” Para Vasconcellos (2006. p, 50) “Embora o professor entre só na sala de aula, esta imbuído nele um projeto coletivo da sociedade no sentido da formação das novas gerações. Tornando o exercício do professor de caráter publico.” P2 assim como P1 mostra a importância do professor na elaboração do planejamento e que o ato de construí-lo não é apenas responsabilidade do corpo docente. O papel do professor é o de possibilitar caminhos ao conhecimento, às mudanças e as transformações que são os objetivos da educação. O planejamento deve estar de acordo com o nível dos estudantes. Relacionando os conteúdos, os conhecimentos próprios e a realidade de forma a criar novos conhecimentos que auxiliem na vida cotidiana do educando. E que a construção do planejamento deve ser em conjunto Percebe-se, ainda na fala de P2, que o planejamento escolar precisa está pautado na realidade do aluno, assim projetar novos conhecimentos que os ajude no seu dia a dia a superar melhor seus desafios. P3 demonstra também ter a mesma opinião que seus colegas, pois ele explica: “O professor tem um papel importante na elaboração do planejamento, mas ele precisa da colaboração dos demais funcionários: diretor, vice, coordenador e outros.” Acredita-se que o planejamento deva ser um ato coletivo construído a partir de experiências individuais. Ele é considerado um ato político pedagógico, necessita ser pensado, repensado, discutido e colocado em prática com todos os atores sociais inseridos na escola. O planejamento escolar não deve seguir uma tendência descendente, com posturas e ideologias determinadas e estáticas, mas sim de forma ascendente e horizontal em que todos tenham a oportunidade de expressão e que sejam respeitadas as experiências alheias. Seria vantajoso envolver na elaboração, discussão, e execução alguns pais de alunos, gestores entre
  • 30. 30 outros funcionários, afinal cada um tem suas particularidades e ricas contribuições. Talvez assim o planejamento tenha maior impacto na escola. Quando questionado sobre o papel do professor na elaboração do planejamento P4 explicitou: O professor constitui um integrante fundamental, pois conhece a realidade da sala de aula e o comportamento dos alunos, já que estão em contato direto com este ambiente. Assim, quando o professor participa da discussão, da elaboração e execução do planejamento escolar, ele se sente integrante deste, fazendo o possível para que os objetivos sejam alcançados. Trago uma metáfora que relaciono com este tema é através do livro a Águia e a Galinha, Boff(1997), onde há o confronto entre duas dimensões fundamentais da existência humana: a dimensão do enraizamento, do cotidiano, do limitado, que seria o símbolo da galinha e a dimensão da abertura, do desejo, do ilimitado, o qual seja o símbolo da águia. Ocorre o questionamento de como equilibrar essas duas dimensões e como impedir que a cultura da homogeneização afogue a águia dentro de nós e nos impeça de voar. A história da águia e a galinha evoca dimensões profundas do espírito, indispensáveis para o processo de realização humana: o sentimento da auto-estima, a capacidade de dar a volta por cima nas dificuldades quase insuperáveis, a criatividade diante de situações de opressão coletiva que ameaçam o horizonte da esperança. Assim, o professor se sente parte integrante do processo quando atua em todas as fases da elaboração do planejamento escolar. Ao passar para o relato de P4, nota-se que há uma relação com os depoimentos dos professores anteriores, porém P4 enfatiza que este agente é uma peça muito importante porque ao notar que está de fato inserido no ato de planejar ele se sente comprometido com o planejamento. Um indivíduo que se percebe parte significante de um processo que tem por finalidade, como deixa cloro Vasconcellos (2006, p. 60): Resgatar a intencionalidade da ação (marca essencialmente humana), possibilitando a (re)significação do trabalho, o resgate do sentido da ação educativa. Combater a alienação: explicitar e criticar as pressões sociais e os compromissos ideológicos; tomar consciência de que projeto está envolvido. Dar coerência à ação da instituição, integrando e mobilizando o coletivo em torno de consensos (provisórios); superar o caráter fragmentário das práticas em educação, a mera justaposição.
  • 31. 31 Sente-se capaz de tomar decisões, de ter opiniões, de atuar melhor no seu contexto educacional. Ele realiza passos que se complementam e se interpenetram na ação didática pedagógica. Se o professor é um sujeito principal na construção do planejamento escolar ele por está diretamente em contato com o aluno passa a conhecer suas maiores necessidades de aprendizagem. Este contato leva o professor a ser ou a se tornar mais dinâmico, original àquele que cria e inova a sua prática em sala de aula, ou seja, um sujeito que acredita em si e junto com seus alunos produzirá conhecimento. Este indivíduo irá produzir o planejamento escolar consciente e imbuído na melhoria dos índices educacionais brasileiros. Nas falas dos educadores, identifica-se que ele é o elo principal na construção do planejamento escolar, mas também é primordial a participação de todos os funcionários, pois o corpo docente não é o único responsável pela aprendizagem e o desenvolvimento do aluno. Ele é o sujeito que aprende e media o objeto de aprendizagem e o estudante, portanto as atividades pedagógicas devem ser construída coletivamente.
  • 32. 32 CONSIDERAÇÕES FINAIS Durante a pesquisa pode se observar que o planejamento escolar tem sido constantemente discutido na área da educação. Principalmente no período da jornada pedagógica, o que traz a idéia de que apesar deste instrumento às vezes parecer para alguns professores apenas um atividade corriqueira que não tem utilidade. Além do mais, não resolve os problemas da escola, pode vir sim a atrapalhar já que a sua construção toma o pouco tempo que o professor tem para resolver questões mais urgente como repetência e evasão escolar. Com tantas queixas ou limitações, fica difícil mesmo o envolvimento do professor com qualquer coisa que diz respeito a planejar. Podemos perceber, pois, no discurso dos professores uma série de eventos obstáculos epistemológicos (cf.Bachelard,1884-1962) em relação ao planejamento, que devem ser trabalhado.(VASCONCELLOS 2006,p.20) Mas a pesquisa também constatou que existem professores como os do lócus pesquisado que veem no planejamento qualidades como as enumeradas por Luck (1995 ) que são: continuidade, flexibilidade, inclusividade, objetividade, responsabilização entre outras. Estas qualidades fazem do planejamento escolar um instrumento tão importante quanto outros, que tem finalidades iguais ou semelhantes, como é o caso do PPP, Projeto Político Pedagógico. Os professores acreditam que o planejamento evita as centralizações, por que cada membro da comunidade escolar irá decidir de acordo a sua especificidade, mas as iniciativas serão tomadas em conjunto. Infelizmente, a pesquisa constatou também que o comportamento dos professores não condiz com suas falas, seus desejos em relação ao planejamento escolar. Talvez por ser o instrumento de exigências burocráticas, vertical e por tantos outros entraves, paralisa a ação do professor. Sendo assim parece correto afirmar que o planejamento facilita, porém, não resolve todos os problemas da escola. De certa forma ameniza-os, direciona a comunidade escolar a melhor maneira de solucioná-los.
  • 33. 33 Basta ao educador ir além desta consciência e não ausentar-se deste momento, nem tão pouco, estar nele de forma superficial. Não esperar para quando instâncias superiores venham decidir o momento de por em ação atividades que dever ser de praxe do educador.
  • 34. 34 REFERÊNCIAS BAPTISTA, Myriam V. Planejamento: introdução à metodologia do planejamento social. São Paulo: Moraes, 1981, p. 13. BELL, Judith. Projeto de pesquisa: guia para pesquisadores iniciantes em educação, saúde e ciências sociais. 4. ed. Porto Alegre: Artmede, 2008. CHAUÍ, Marilena. Convite à filosofia. 7 ed. São Paulo: Ática, 2000. DEMO, Pedro. Metodologia do conhecimento científico. São Paulo: Atlas, 2002. FUSARI, J.C. O papel do planejamento na formação do educador. São Paulo: [s.n.], 1988. _____. O planejamento da educação escolar: subsídios para ação-reflexão- ação. São Paulo, SE/COGESP, 1989. GANDIN, Danilo. A prática do planejamento participativo. 2 ed. Petrópolis: Vozes, 1994. _____. Planejamento como prática educativa. 7 ed. São Paulo. Loyola, 1994. GIL. Antonio Carlos. Métodos e técnicas de pesquisa social. São Paulo: Atlas, 1999. LÜCK, Heloisa. Planejamento em orientação educacional. Petrópolis. Vozes, 1991. _____._____.Petrópolis. Vozes, 1995. LUCKESI, Cipriano Carlos. Avaliação da Aprendizagem escolar: estudos e proposições. São Paulo: Cortez, 1990. MARCONI. Marina de Andrade; LAKATOS. Eva Maria. Técnicas de pesquisa. São Paulo: Atlas, 2002. MARTINS, Gilberto de Andrade. Manual para elaboração de monografias e dissertações. 3. ed. São Paulo: Atlas, 2002. MARTINS, Jorge dos Santos. Guia para elaboração de Projetos de Pesquisa. Salvador: [s.n], 1998. MARX, Karl. O Capital: crítica da economia política. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira, 1980, livro 1, v, 1 e 2.
  • 35. 35 MENEGOLLA, Maximiliano; SANT’ANNA, Ilza Martins. Porque planejar? Como planejar?: currículo área – aula. 4. ed. Rio de Janeiro: Vozes, 1996. PADILHA, R. P. Planejamento dialógico: como construir o projeto político pedagógico da escola. São Paulo: Cortez /Instituto Paulo Freire, 2001. VASCONCELLOS, Celso dos Santos. Planejamento, plano de ensino- aprendizagem e projeto educativo: elementos metodológicos para elaboração e realização. São Paulo: Libertad, 1997. ______. Planejamento: Projeto de Ensino-Aprendizagem e Projeto Político-Pedagógico – elementos metodológicos para elaboração e realização São Paulo: Libertad, 1995. ______.______. 16 ed. São Paulo: Libertad, 2006.
  • 37. 37 Questionário para educadores Tempo de trabalho:________________________________________________ Formação:_______________________________________________________ 1 – O que significa planejar? _______________________________________________________________ _______________________________________________________________ _______________________________________________________________ _______________________________________________________________ 2 – Na sua vida profissional e pessoal é necessário planejar? _______________________________________________________________ _______________________________________________________________ _______________________________________________________________ _______________________________________________________________ 3 – A escola em que você atua possui planejamento escolar? Este instrumento ajuda a resolver os problemas da escola? _______________________________________________________________ _______________________________________________________________ _______________________________________________________________ _______________________________________________________________ 4 – O planejamento escolar é um instrumento facilitador do trabalho docente? _______________________________________________________________ _______________________________________________________________ _______________________________________________________________ _______________________________________________________________ 5 – O planejamento escolar deve ser um ato coletivo ou individual? _______________________________________________________________ _______________________________________________________________ _______________________________________________________________ _______________________________________________________________ 6 – Há diferença entre planejamento escolar e plano de aula? _______________________________________________________________ _______________________________________________________________ _______________________________________________________________ _______________________________________________________________
  • 38. 38 7 – O planejamento evita a rotina e a improvisação? _______________________________________________________________ _______________________________________________________________ _______________________________________________________________ _______________________________________________________________ 8 – O planejamento favorece a reflexão sobre a prática educativa? _______________________________________________________________ _______________________________________________________________ _______________________________________________________________ _______________________________________________________________ 9 – Qual o papel do professor na elaboração do planejamento escolar? _______________________________________________________________ _______________________________________________________________ _______________________________________________________________ _______________________________________________________________ 10 – Planejamento é uma atividade de caráter político e ideológico? _______________________________________________________________ _______________________________________________________________ _______________________________________________________________ _______________________________________________________________