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       UNIVERSIDADE DO ESTADO DA BAHIA
         DEPARTAMENTO DE EDUCAÇÃO CAMPUS XIV
         LETRAS, LICENCIATURA EM LÍNGUA INGLESA




             DEISIANE DA SILVA SANTANA




A FORMAÇÃO DOCENTE EM LE PARA O USO DAS TIC EM
         SUAS PRÁTICAS PEDAGÓGICAS.




                 CONCEIÇÃO DO COITÉ

                         2012
1



            DEISIANE DA SILVA SANTANA




A FORMAÇÃO DOCENTE EM LE PARA O USO DAS TIC EM
         SUAS PRÁTICAS PEDAGÓGICAS.




                 Monografia apresentada à Universidade do Estado
                 da Bahia, Departamento de Educação, Campus XIV,
                 como requisito final à conclusão do Curso Letras,
                 Licenciatura em Língua Inglesa.

                 Orientador: Prof. MSc. Emanuel Nonato




               CONCEIÇÃO DO COITÉ
                      2012
2




                      DEISIANE DA SILVA SANTANA




A FORMAÇÃO DOCENTE EM LE PARA O USO DAS TIC EM
         SUAS PRÁTICAS PEDAGÓGICAS.



Monografia aprovada como requisito parcial para obtenção do grau de licenciado (a)
em Letras – Licenciatura em Língua Inglesa, Departamento de Educação – DEDC,
Campus XIV – Conceição do Coité, Universidade do Estado da Bahia – UNEB, pela
seguinte banca examinadora:

                    Conceição do Coité, 15 de março de 2012


Banca:

______________________________________________________
Prof. MSc. Emanuel Nonato
Universidade do Estado da Bahia - UNEB (Orientador)

______________________________________________________
Profª. Msc. Neila Santana
Universidade do Estado da Bahia – UNEB (Convidada)

______________________________________________________
Prof. Msc. Mary Sales
Universidade do Estado da Bahia – UNEB (Convidada)
3




Dedico este trabalho a minha família pelo estímulo,
colaboração e apoio, por compartilhar comigo os
momentos de tristeza e também de alegria, nesta
etapa, em que, com a graça de Deus, está sendo
vencida.
4



                                  AGRADECIMENTOS



Agradeço em primeiro lugar a Deus, pela força e coragem dada a mim para
enfrentar todos os obstáculos durante essa caminhada.


Aos meus pais, Joaquim e Irani que sempre mim deram apoio, contribuindo
ativamente para minha formação acadêmica.


Agradeço também ao meu noivo Anselmo Lima, que de forma especial, paciente e
carinhosa me deu apoio e força nos momentos difíceis.


O Prof. Emanuel Nonato, que aceitou me orientar e acreditou na minha capacidade
para realização deste trabalho.


A todos os nossos professores, pela dedicação e competência ao longo desse
curso, pois esses foram e sempre serão colaboradores essenciais para a construção
do meu conhecimento.


Aos funcionários do Campus XIV pela disposição em nos ajudar em todos os
momentos.


Aos amigos, pela amizade, por estender a mão, apoiar e nos confortar nos
momentos de angústias e dificuldades.


Aos colegas, pelos momentos de alegria, convívio e apoio.
5




 As novas tecnologias da informação não são simplesmente
ferramentas as serem aplicadas, mas um processo a serem
                                          desenvolvidos...

                                          Manuel Castells
6



                                    RESUMO

A área de Educação tem se beneficiado cada vez mais das Tecnologias da
Informação e Comunicação (TIC), visto que a utilização adequada contribui
significativamente para o ensino/aprendizagem, sendo de grande valia para o ensino
de uma Segunda Língua (L2). Assim sendo, o presente estudo tem como
problemática a seguinte questão: Como os discentes de Língua Inglesa (LI)
percebem o seu processo formativo para a apropriação das TIC em beneficio
ensino/aprendizagem de (LI). Este estudo apresenta a percepção estudantil sobre o
processo de formação de professores para o uso das TIC no ensino de Língua
Inglesa (LI), realizado na Universidade do Estado da Bahia (UNEB), Campus XIV,
tendo como base metodológica a pesquisa participante e levando em consideração
as teorias de João Thomaz Pereira (2005), Reinildes Dias (2009), Pedro Demo
(1998; 2002), Dulce Pazinato Casarin (2008/09) e Manuel Castells (1999). Objetiva-
se demonstrar a importância da formação docente para a manipulação das TIC no
ensino/aprendizagem de LE, assim como, instigar a auto-avaliação do corpo docente
e discente do campus XIV, quanto ao processo formativo de professores em LI para
a utilização das TIC em suas práticas educativas. Este estudo emergiu do
reconhecimento de que os profissionais de educação necessitam de capacitações
para a manipulação das TIC no ensino de LI, para que as mesmas possam ser
inseridas na Educação como construtoras de conhecimento e não simples aparatos
de sala de aula.




Palavras-chave: Formação de        professores.   Tecnologias   da Informação   e
Comunicação. Língua Inglesa.
7



                                    ABSTRACT


The new Information and Communication Technologies (ICT) has been benefiting the
education constantly. Their correct use is very important because they contribute
significantly to the learning/teaching process of a second language. The problematic
question is: how the students of EL see their process of formation to the
appropriation of the TIC in benefit of learning/teaching process? This work shows
the student’s perception about the teachers formation for their use in English classes
at Universidade do Estado da Bahia, Campus XIV, This study has as
methodology participant research based on João Thomaz Pereira (2005), Reinildes
Dias (2009), Pedro Demo (1998; 2002), Dulce Pazinato Casarin (2008/09) and
Manuel Castells (1999) theories. It aims to show the importance of teachers’
formation for the correct manipulation of Information and Communication
Technologies in learning and teaching English as foreign language, even as, to incite
themselves perception of students and teachers of Campus XIV about the teachers
formation about the usage of Information and Communication Technologies (ICT) in
English classes. This study is based on the admission that English professionals of
education need to be more prepared to manipulate the ICT as constructors of
knowledge and not only as simple tools in the classroom.



Keywords: Teacher’s formation. Information and Communication Technologies.
English Language.
8



                                      LISTA DE QUADROS




Quadro 1:    Procedimentos de seleção dos sujeitos da pesquisa participante..... 27


Quadro 2:    Procedimentos de coleta de dados.................................................... 28


Quadro 3:    Você e as TIC antes da universidade................................................            30


Quadro 4:    Carga horária da disciplina novas tecnologias..................................                32


Quadro 5:    Abordagem formativa na disciplina novas tecnologias......................                      32


Quadro 6:    Posicionamento do corpo docente para com as TIC.........................                       33


Quadro 7:    Orientações para o uso das TIC em estágios.................................... 33


Quadro 8:    Qualificação para o uso das TIC no ensino de LI..............................                  34


Quadro 9:    Acervo bibliotecário............................................................................ 34


Quadro 10:   Laboratório de informática.................................................................    35


Quadro 11:   Aparatos tecnológicos do campus XIV..............................................              35


Quadro 12:   Formação para a manipulação da TIC em sala de aula....................                         36
9



                                                      SUMÁRIO


Introdução.............................................................................................................. 10


CAPÍTULO 1 – Formação de professores e a importância das TIC no
ensino/aprendizagem de Língua Inglesa............................................................ 13
1.1 Impactos da TIC na educação..........................................................................               17
1.2 Tecnofobia em sala de aula..............................................................................            19


CAPÍTULO 2 – Conhecer e vivenciar a realidade para transformá-la..............                                          22
2.1 Do método........................................................................................................   23
2.2 Do problema.....................................................................................................    25
2.3 Questões norteadoras......................................................................................          25
2.4 Dos objetivos....................................................................................................   26
2.5 Do lócus e sujeitos da pesquisa.......................................................................              26
2.6 Dos instrumentos e procedimentos de coletas dos dados...............................                                27
2.7 Dos procedimentos de análises........................................................................ 29


CAPÍTULO 3 – O olhar discente sobre o seu processo formativo em LI para
o uso das TIC......................................................................................................... 30


Considerações finais............................................................................................ 38


Referências............................................................................................................ 39


Apêndice................................................................................................................ 41
10



                                      Introdução


         Vivemos na Sociedade da Informação1, que está cada vez mais interativa e
informatizada em função dos avanços nas Tecnologias da Informação e
Comunicação (TIC). Essas possibilitam um vasto campo de conhecimento e
interação entre todos os povos com rapidez, qualidade e autenticidade nunca vistos
antes.
         As TIC tem sido de grande relevância para muitas áreas sociais tais como
política, ciência e cultura, mas nenhuma dessas tem utilizado e desfrutado
amplamente dos novos recursos tecnológicos como a educação, que diante de tal
realidade procurou assumir uma nova postura educativa, voltada para a nova
geração ‘on-line’.
         Na contemporaneidade, os novos espaços de educação não se restringem
apenas às salas de aulas concretizadas e limitadas a quatro paredes, assim como, a
leitura e a escrita não são constituídas apenas em materiais sólidos e estáticos, que
em função do advento da internet surgem novos ambientes educacionais, dentre
esses estão os hiperleitores e hirperescritores presentes no ambiente virtual de
aprendizagem.
         A internet tem contribuído significativamente para a educação, pois, através
dela o ensino superior tornou-se mais acessível para aqueles que desejavam
ingressar em uma universidade, e não tinham condições de fazer um curso
presencial por diversos motivos, dentre estes, o deslocamento de sua cidade para
outra e horários incompatíveis com a disponibilidade do aprendiz, e graças à internet
foram contemplados pela Educação a Distancia (EAD).
         As novas TIC não foram introduzidas na educação com o objetivo de
substituir o professor ou banir o ensino presencial, e sim se integram ao ensino para
contribuírem e complementarem as carências que o ensino tradicional não
conseguiu superar, e diante de tal realidade social e tecnológica, as TIC não
poderiam esquivar-se da escola.



1
  O termo Sociedade da Informação neste estudo remete as idéias de Manuel Castells no
livro “A Sociedade em Rede”, no qual o autor evidencia que o processo de reestruturação do
capitalismo e a difusão do informacionalismo contribuíram para a formação da chamada
“Sociedade informacional” e conseqüentemente “sociedade da Informação”.
11



        A inserção das TIC na escola é de suma importância, já que seu intuito é
formar cidadãos ativos e capazes de conviver numa sociedade que está cada vez
mais interativa e a não qualificação de tais sujeitos para a utilização das tecnologias
no seu dia-dia, pode torná-lo excluído pelo analfabetismo digital.
        Assim sendo, o presente trabalho justifica-se pela necessidade de investigar
como a preparação profissional de futuros professores está sendo realizada no
contexto acadêmico, em prol do uso das ferramentas tecnológicas para o
ensino/aprendizagem de Língua Inglesa (LI). Visto que, a educação necessita
integrar as TIC no ensino/aprendizagem, para que seus aprendizes possam viver e
atuar na sociedade com igualdade, acompanhando o ritmo das mudanças e
interagindo com todas as tecnologias disponíveis para seu conforto e qualidade de
vida.
        As questões que se pretendem responder aqui envolvem a percepção
estudantil sobre o processo formativo realizado no curso de Letras, Licenciatura em
Língua Inglesa para o emprego das TIC em suas práticas pedagógicas no
ensino/aprendizagem de uma Segunda Língua (L2). O objetivo é apresentar a
importância da capacitação docente para a manipulação das TIC no ensino/
aprendizagem de Língua Estrangeira (LE), bem como, instigar a auto-avaliação dos
corpos docente e discente do campus XIV para o processo formativo realizado no
mesmo em função das TIC.
        Para tanto, serão utilizados os princípios teóricos de João Thomaz Pereira
(2005) que apresenta estudos sobre o analfabetismo digital na atualidade e seus
reflexos na educação, Reinildes Dias (2009), Ph.D. em Tecnologia Educacional,
Pedro Demo (1998; 2002) por ser um dos escritores mais expressivos da pesquisa
na educação e formação do sujeito em si, Dulce Pazinato Casarin (2008/09) que
apresenta um estudo sobre as Tecnologias da Informação e Comunicação(TIC) no
Ensino/Aprendizagem de Língua Inglesa e Manuel Castells (1999) que escreve
sobre o impacto das tecnologias na sociedade.
        A investigação desse trabalho se deu mediante a observação de que o
mercado de trabalho está cada vez mais competitivo e concorrido, por isso, aprender
uma segunda língua pode ser o diferencial na hora da conquista por um emprego,
desse modo, as TIC são uma grande aliada para a construção desse conhecimento
em L2, já que possibilita praticar as quatro habilidades lingüísticas.
12



      Esse trabalho será dividido em três capítulos. No primeiro capítulo, intitulado
“Formação de professores e a importância das TIC no ensino/aprendizagem de
Língua Inglesa” é feita uma abordagem sobre a importância da pesquisa na
formação de professores e o quanto a qualificação para o uso das TIC podem
beneficiar o ensino de LI, bem como, o impacto das TIC na educação e a tecnofobia
em sala de aula.
      O segundo capítulo, que traz como título “Conhecer e vivenciar a realidade
para transformá-la”, apresenta a metodologia desse estudo, que tem como
fundamento teórico a pesquisa participante, em função da natureza deste trabalho.
O terceiro e último capítulo denominado “O olhar discente sobre o seu processo
formativo em LI para o uso das TIC”, pretende mostrar as análises e os resultados
da percepção discente sobre seu processo de formação superior realizado no
Campus XIV para a manipulação das TIC no ensino de LI.
13



                                       CAPÍTULO 1

Formação de professores e a importância das TIC no ensino/aprendizagem de
                                      Língua Inglesa

          Diante da nova Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (LDB)
(BRASIL, 1996), as Línguas Estrangeiras Modernas recuperaram a importância que
há muito tempo lhe fora negada, pois eram vistas como disciplinas pouco relevantes
nos currículos escolares. Portanto, o ensino de uma segunda língua assume a
condição de indissociável do conjunto dos conhecimentos essenciais da educação,
por permitir ao aprendiz aproximar-se de várias culturas e conseqüentemente
integrar-se ao mundo globalizado.
          A revalorização das LE no Ensino Fundamental instigou olhares para o
processo formativo realizado em cursos de graduação em L2, visto que uma das
garantias para uma educação de qualidade recai sobre os profissionais que atuam
em sala de aula, de maneira que os mesmos merecem e necessitam de uma
formação qualificada e autêntica que suscite em um bom trabalho educativo no
futuro.
          O curso universitário de formação de professores em LI, principal responsável
por essa capacitação profissional, deve buscar desenvolver práticas educativas
reflexivas e investigativas, pois, a sociedade da informação e da nova geração “on-
line”, os futuros professores necessitarão tanto da pesquisa quanto do letramento
eletrônico no processo de ensino/aprendizagem de LI, para que os mesmos
conduzam um ensino significativo dentro da realidade a qual pertencem.


                         Formar o professor não é apenas qualificá-lo em uma “área
                         específica”, capacitá-lo teórica e metodologicamente para ensinar
                         determinado conteúdo, mas é também formá-lo para enfrentar e
                         construir ação educativa escolar em sua totalidade (SOARES, 2000,
                         p. 93).

          Embora o professor se forme para ensinar uma única disciplina, não significa
que o mesmo necessite conduzir um ensino metodológico limitado, que não
acompanha as mudanças sociais e os avanços tecnológicos, porque ensinar vai
muito além das orientações que ajudam a entender conteúdos e regras; educar é,
também, formar sujeitos capazes de conviver e compreender o mundo no qual está
inserido.
14



      A admissão da pesquisa como parceira da formação de professores tem se
mostrado cada vez mais presente, de maneira que, ao se fazer pesquisa o
profissional está aberto a novos horizontes para sua eficiência na prática educativa,
porém, é preciso levar em consideração como a pesquisa está sendo incluída no
processo formativo de professores, frente a sua importância na construção do
conhecimento e emancipação do educando.


                           Sabemos que a formação “teórica” do professor, com aulas de
                           metodologia, não é suficiente. Mas sabemos também que as
                           mini-pesquisas, cabíveis dentro dos limites dos cursos de
                           formação, em geral não passam de arremedos artificiais, que
                           não tem possibilidade de preencher de modo satisfatório quase
                           nenhum dos requisitos da formação do pesquisador (LUDKE,
                           2007, p. 49).


      A necessidade de políticas educativas voltada para a pesquisa é constante,
ainda mais dentro das academias, ambiente que tem como fundamento
metodológico o tripé ensino-pesquisa-extensão, o qual tem sido estimulado dentro
das possibilidades e limitações existentes em um curso de graduação.
      A formação do professor dentro de uma Universidade possui as suas
limitações e mesmo assim deve ser construída com base em um contexto
emancipatório, no qual os aprendizes são estimulados a desenvolver sua própria
autonomia para buscar novos conhecimentos e não apenas serem meras réplicas de
seus professores. Como afirma Demo (1996, p.17) “nada é mais degradante na
academia do que a cunhagem de discípulos, domesticados para ouvir, copiar, fazer
provas e sobretudo ‘colar’.”
      Ao    praticar   pesquisa   em      sala   de   aula,   o   professor   demonstra
comprometimento e responsabilidade com a profissão a qual exerce, pois isso
significa que ele deseja fazer algo diferente para melhorar o ensino dos seus alunos,
além de oferecer um bom exemplo para que o aprendiz se torne independente na
busca pelo seu crescimento intelectual.
      Em uma graduação adquirida em conjunto com a pesquisa e o letramento
digital, criam-se professores qualificados que sempre irão buscar novas fontes de
informação para oferecer a seus alunos, pois o professor/pesquisador é um sujeito
crítico e político que se preocupa com a qualidade educativa de seu país.
15



          A pesquisa impulsiona o aprendiz a construir e a reconstruir o conhecimento e
é durante esse estudo investigativo por novas idéias, teorias e resultados que o
graduando desenvolve qualidades e valores como responsabilidade, criatividade,
cidadania dentre outros, que são indispensáveis na educação, formando assim
professores diferenciados e qualificados para atuar tanto em sala de aula quanto
como orientadores e transformadores do saber.

                             A alma da vida acadêmica é constituída pela pesquisa2, como
                             princípio científico e educativo, ou seja, como estratégia de
                             geração de conhecimento e de promoção da cidadania. Isto lhe
                             é essencial, insubstituível (DEMO, 2002, p.127).

          O curso de formação em nível superior constituído pela pesquisa capacita o
discente a ampliar sua própria independência formativa, contribuindo para o
crescimento e desenvolvimento social em sua totalidade, pois o professor
pesquisador é realmente comprometido com a educação, capaz de ensinar sem
distinção de classe ou cor, promovendo sempre a cidadania e a igualdade, com
abordagens educativas contextualizadas com a realidade dos aprendizes.
          Dentro das TIC, um recurso de grande utilidade para os professores é a
internet, que possui um vasto e inesgotável campo de informações que, em muitos
casos, podem ser transmitidas em tempo real garantindo a autenticidade do material
escolhido pelo pesquisador. Porém esta acessibilidade de informações traz
problemas para com a qualidade e a escolha do material a ser usado, necessitando
assim, de preparação prévia para o manuseio de qualquer tecnologia que pertença
ao grupo das TIC.
          Um dos grandes problemas das escolas hoje é a utilização das TIC no
processo de ensino/aprendizagem, pois os professores não têm ou não tiveram a
capacitação adequada para o uso das TIC em sala de aula, ou até mesmo, a própria
escola não possui esses recursos tecnológicos à disposição de professores e
alunos.
                         O papel daqueles que conduzem o ensino não é impedir problemas
                         ou retardar o ritmo das mudanças. Em vez disso, deve-se focalizar e
                         acelerar suas habilidades e competências para reconhecer e
                         resolver problemas (PEREIRA, 2005, p.14).




2
    Grifo do autor.
16



       O ensino formativo de professores carece de letramento eletrônico para
utilizar as TIC em sala de aula, pois estas, quando bem aproveitadas proporcionam
um aprendizado dinâmico e significativo, possibilitando trabalhar as múltiplas
inteligências3, além de oferecer uma gama de informações ao aprendiz, que possui
um etilo de vida cada vez mais interativo. Como afirma Morgan (2004, apud
CASARIN, 2008, p.5), “com o advento da internet, das redes de comunicação em
tempo real, da TV digital e do celular, surgem novas possibilidades no processo de
ensino/aprendizagem que transformam e ampliam as práticas pedagógicas”.
       O sistema educativo possui o grande desafio de educar e formar cidadãos
suficientemente capacitados para atuar no mundo contemporâneo, no qual o mesmo
está cada vez mais informativo e interativo com a inclusão digital na chamada
sociedade da informação, por esta conter inúmeras ferramentas tecnológicas que
fazem parte da rotina de vida social de muitos cidadãos.


                       No contexto atual o grande desafio das escolas, dos educadores e
                       da sociedade civil é a exclusão digital ou o analfabetismo digital. Se
                       as pessoas que estão à frente desse processo não compreendem o
                       que é necessário e o que não é necessário fazer, podem inibir o
                       desenvolvimento de nossas instituições de ensino ou mergulhá-las
                       no envelhecimento prematuro (PEREIRA, 2005, p.13-14).


       No ensino de uma L2, a utilização dos recursos tecnológicos se torna ainda
mais relevante, pois esses, integrados ao processo de ensino/aprendizagem
contribuem significativamente para o desenvolvimento do conhecimento em LE. No
aprendizado de LI como L2, faz-se necessária à prática das habilidades reading
(ler), writing (escrever), listening (ouvir) e speaking (falar), o que torna indispensável
a utilização das TIC, por estas ampliarem o campo das informações sociais, políticas
e culturais, possibilitando ao aprendiz vivenciar situações reais diretamente com
nativos.
       Na formação de professores em LI é preciso construir a consciência crítica de
que as TIC não são meramente um aparato tecnológico em sala de aula, mas que
essas são formadoras e construtoras de conhecimento que devem ser utilizadas de
forma integrada ao ensino/aprendizagem de LI.


3
  A teoria das múltiplas inteligências foi criada pelo teórico Howard Gardner (2000), na qual
ele afirma que os seres humanos são dotados com as inteligências, naturalista, lingüística,
musical, lógica, sinestésica, espacial, existencial, interpessoal e intrapessoal.
17




                     Alguns educadores consideram que a simples utilização desses
                     meios é suficiente para garantir “avanço” na educação. Entretanto,
                     só o uso não basta; se as tecnologias educacionais não forem bem
                     utilizadas, garantem a novidade por algum tempo, mas não que
                     realmente aconteça uma melhoria significativa na educação. Dessa
                     forma, o simples uso das tecnologias educacionais não implica a
                     eficiência do processo ensino-aprendizagem nem uma “inovação” ou
                     “renovação”, principalmente se a forma desse uso se limitar a
                     tentativa de introdução da novidade, sem compromisso do professor
                     que utiliza e com a inteligência de quem aprende (BRITO;
                     PURIFICAÇÃO, 2006, p.31 apud CASARIN, 2009, p.8).


      A apropriação das TIC para o ensino aprendizagem de Língua Inglesa pode
ser extremamente útil. Porém é de fundamental importância a preparação
profissional de professores em LI para a aplicação das TIC em suas práticas
pedagógicas, pois de nada valerá os recursos tecnológicos na educação sem o
conhecimento de sua utilização. Como afirma Dias (2009), o uso das TIC na prática
educacional exige dos professores uma preparação prévia, planejamento e definição
de objetivos a serem atingidos em sala de aula.
      O profissional de LI, letrado e alfabetizado para o uso das TIC em sala de
aula, saberá como usufruir desses recursos tecnológicos com o objetivo de conduzir
um ensino verdadeiro, eficaz e prático em língua inglesa, oferecendo ao aprendiz a
oportunidade de ingressar no mercado de trabalho familiarizado e preparado para
“enfrentar” todas as novas tecnologias presentes na sociedade.
      A admissão das TIC na Educação tem contribuído plenamente com a melhora
do ensino/aprendizagem de LI, porém é necessário compreender que a mesma tem
aderido essas novas tecnologias em seu contexto educacional. Cujos conceitos
serão abordados na seção seguinte.


1.2 Impactos da TIC na educação


      As TIC foram e são criadas por diversas necessidades sociais, mas entre
essas não está especificamente o campo educacional, embora o mesmo desfrute
desses recursos tecnológicos com intuito de facilitar e colaborar com a
aprendizagem. Pereira (2005, p. 20) argumenta que “o impacto da tecnologia da
informação e comunicação está provocando mudanças graduais, porém muitas
18



vezes radicais, no trabalho, na educação e de maneira mais geral em nosso estilo
de vida”.
      Com a apropriação das TIC para educação é preciso compreender como as
escolas,    professores   e     estudantes    estão   absorvendo     essas    ferramentas
tecnológicas, de maneira que as mesmas não se tornem banais durante o
desenvolvimento educativo na instituição escolar. A forma como as TIC são
inseridas em sala de aula é que irá determinar o seu prestígio educacional ou não.
      A sociedade contemporânea procura novas maneiras de integrar as TIC no
ensino, embora, muitas vezes, esses projetos estejam mais no papel do que na
prática, tornando as possibilidades de aprendizagem qualificativas distantes de
serem reais. Pereira afirma que,


                              Antecipando algumas metas do projeto Sociedade da
                              Informação no Brasil, a Lei de Diretrizes e Bases da Educação
                              Nacional (LDB), em vigor desde 1996, já previa a necessidade
                              de “alfabetização digital” em todos os níveis de ensino, do
                              fundamental ao superior. No entanto o censo escolar do
                              Ministério de educação (MEC), realizado em 1999, revelou que
                              apenas 3,5% das escolas de ensino básico tinham acesso a
                              internet e cerca de 64 mil escolas do país não tinham se quer
                              energia elétrica (PEREIRA, 2005,p.21-22).


      A realidade brasileira quanto à desigualdade social, causa desmotivação para
a utilização das TIC na educação, pois, com tantas carências básicas, como espaço
físico, energia, lápis, caderno, livros e profissionais realmente capacitados, os
recursos tecnológicos audio/visuais são vistos como uma ostentação para o
ensino/aprendizagem.
      Porém, com a informatização e a interatividade na sociedade moderna,
esquivar as TIC da educação, compromete o conhecimento e o desempenho
satisfatório do aprendiz no meio social, visto que em tempos modernos saber
aproveitar as novas tecnologias é uma questão de “sobrevivência” e inclusão na
sociedade.
      Atualmente é quase inaceitável pensar nas TIC como algo complementar em
sala de aula, raciocinar desta forma é buscar a regressão no ensino, promovendo o
analfabetismo e exclusão digital e retardando o desenvolvimento do país, pois a
educação deve acompanhar o ritmo das mudanças sociais. Pereira (2005) afirma
19



que, a forma como o ensino foi conduzido antigamente, pode não ter vantagem
nenhuma no presente e nem no futuro.
      Esses fatores geram preocupações significativas para aqueles que acreditam
que o uso das TIC em sala de aula contribui para a construção do conhecimento, o
que de fato acontece quando usadas corretamente, de maneira que a mesma não
pode ser excluída da educação.


                          A sociedade tem que utilizar, da melhor maneira, as
                          tecnologias disponíveis. Esse novo ambiente tecnológico tem
                          importância fundamental para educação e para formação,
                          embora as escolas não sejam suficientemente equipadas de
                          computadores ligadas à internet. O pessoal docente, em
                          especial educador e professores, precisam melhorar sua
                          qualificação em termos de tecnologia. (PEREIRA, 2005, p.21).

      A qualificação tecnológica não deve se limitar apenas ao treinamento para o
manejo técnico dos equipamentos eletrônicos, pois, para utilizá-los na educação é
preciso uma boa formação pedagógica, que visualize as TIC como instrumento
indissociável do processo formativo de cidadãos modernos. A inclusão das TIC na
educação é de grande relevância para a sociedade, pois a mesma está cada vez
mais informatizada e globalizada; e é através da escola que surgem sujeitos
comprometidos com o desenvolvimento do seu país, para que seu povo não se torne
excluídos digitalmente.
      Mesmo havendo treinamento e preparação adequados para o uso das TIC em
sala de aula, é possível que outros fatores dificultem ou até mesmo impossibilitem a
utilização desses recursos, dentre eles, está a tecnofobia, cujos conceitos serão
abordados a seguir.


1.3 Tecnofobia em sala de aula


      O uso das TIC no campo educacional tem sido essencial para o
desenvolvimento de um ensino/aprendizagem de maneira construtiva, satisfatória e
inclusiva, porém a falta do letramento ou alfabetização eletrônica de grande parte
dos profissionais de educação tem contribuído para questionamentos sobre a real
qualidade desse ensino/aprendizagem, pois a carência de formação eletrônica
atinge negativamente os programas educacionais.
20



       Embora a sociedade esteja cada vez mais interativa, até mesmo para
atividades habituais e corriqueiras, muitos profissionais, dentre estes professores,
sofrem de tecnofobia4, ou seja, a dificuldade em adapta-se às novas tecnologias, o
que traz implicações para o ensino/aprendizagem.


                            Cada vez mais nossa sociedade vê-se dependente de
                            computadores e outros equipamentos tecnológico para
                            praticamente tudo, porém existe ainda um numero
                            significantemente grande de pessoas que sentem um grande
                            desconforto e chegam até mesmo a ter em determinados
                            níveis, aversão por essas máquinas. (VEIGA NETO, 1999).

       Dentre esses desconfortos está o sentimento de medo, que faz parte da
natureza humana e se apresenta com reações de inquietação diante de experiências
ou situações vivenciadas que venham ser consideradas ameaça, deixando-o com
receio ou temor. Porém quando esse medo ocorre de forma excessiva por certos
objetos, lugares ou situações tornam se algo mórbido, assumindo o nome de fobia.
       Existem três tipos básicos de fobias: a agorafobia, fobia social e fobias
específicas, seus sintomas são falta de ar, palpitações, dor ou desconforto no peito,
sensação de sufocamento ou afogamento, tontura ou vertigem, sensação de falta de
realidade, formigamento, ondas de calor ou de frio, sudorese, sensação de desmaio,
tremores ou sacudidelas, medo de morrer ou de enlouquecer ou de perder o
controle. Pessoas que possuem algum tipo de fobia necessitam de tratamento
profissional, pois a fobia pode aumentar e desenvolver outros tipos de doenças
psiquiátricas ou depressivas que levem ao uso de drogas.
       Dentre os tipos de fobias especificas está a tecnofobia, sofrida por muitos
professores, pois embora o uso das TIC seja relevante no ensino/aprendizagem de
uma L2, alguns educadores se mostram resistentes quanto à utilização dos recursos
tecnológica em sala de aula.
       Alguns educadores tradicionais e não familiarizados com as TIC sentem-se
inseguros e intimidados quanto ao uso das mesmas em suas aulas, pois o
sentimento de incapacidade quanto ao manuseio adequado dos recursos
tecnológicos provocam uma aversão aos mesmos, além desses educadores se
sentirem ameaçados profissionalmente.
4
 O termo tecnofobia está sendo utilizado no presente trabalho com o sentido metafórico.
Pois, o nosso objetivo não é apresentar um quadro clínico, mas sim uma atitude de rejeição
para com TIC em função do não letramento eletrônico por profissionais da educação.
21



      Esse comportamento dos professores compromete o ensino/aprendizagem
em LI, já que a mesma requer um trabalho voltado para as quatro habilidades
lingüísticas, podendo ser amplamente beneficiadas pelas TIC, que garantem ainda a
autenticidade do material utilizado.
      Muitos educadores acreditam que os computadores irão assumir sua função
de mediador do conhecimento; esse é um pensamento equivocado, pois o professor
não precisa sair da educação para que um computador ou qualquer outra tecnologia
faça parte dela, no mínimo, é preciso que o educador saiba como conduzir um
ensino integrado com as TIC, sem receio de usá-las para colaborar no processo
formativo em LI.
      No curso superior em LI é essencial a preparação de professores para o uso
adequado das TIC em suas aulas, além de desmistificar a idéia de que tecnologia é
“bicho de sete cabeças”, já que as mesmas surgiram em beneficio da humanidade e
colaboram significativamente com o aprendizado de LE.
      Ser tecnofóbico na atualidade é um fato preocupante, ainda mais sendo
profissional de educação, pois, com a globalização, o mundo se tornará ainda mais
interligado pelas invenções tecnológicas, e os futuros professores devem e precisam
estar preparados para capacitar seus alunos para conviver de forma crítica e
consciente nesse mundo informatizado e tecnológico.
      E é nesse sentido que os próximos capítulos buscam apresentar dados e
   informação sobre a formação de novos professores através de suas próprias
   percepções do processo formativo para o uso das TIC no ensino de LI.
22



                                     CAPÍTULO 2

              Conhecer e vivenciar a realidade para transformá-la


      Conhecer e vivenciar a realidade a ser pesquisada são os primeiros passos a
serem trilhados no desenvolvimento de um bom trabalho de investigação de
pesquisa. Pois “a realidade é um todo contínuo, complexo e dinâmico. Toda
pesquisa parte da observação da realidade e deve retornar a ela para aplicar e
testar seus resultados ou para delimitar novos fenômenos para o estudo (BARROS;
LEHFELD, 2000, p.68).
      A realidade mutável da sociedade globalizada colabora para múltiplas práticas
de pesquisas nas áreas educacionais, e a participação do pesquisador nos
ambientes de investigação proporciona um maior conhecimento dos fatos a serem
averiguados, de maneira que os mesmos devem buscar subsídios teóricos que se
harmonizem com a prática vivenciada em sala de aula.


                            Na formação permanente dos professores, o momento
                            fundamental é o da reflexão critica sobre a prática. É pensando
                            criticamente a prática de hoje ou de ontem que se pode
                            melhorar a próxima prática. O próprio discurso teórico,
                            necessário a reflexão critica tem de ser de tal modo concreto
                            que quase se confunda com a prática (FREIRE, 1996, p. 39).

      As transformações sociais induzem a Educação para novos paradigmas
educativos, de modo que a formação de professores deve ser constituída com base
nas exigências e carências apresentadas por esse novo quadro social, buscando
desenvolver competências e habilidades que venham contribuir amplamente para
sua prática de ensino/aprendizagem.
      Sendo assim, os cursos de formação de professores em LE precisam
desenvolver uma capacitação profissional que atenda às necessidades da educação
atual, para que os futuros professores possam atuar em sala de aula de forma
autêntica e consciente de que estão desenvolvendo uma abordagem educativa que
responda às demandas da sociedade.
      A   formação     de   professores    em    LI   precisa   propiciar   ao   aluno   o
desenvolvimento   da    suas     potencialidades      através   das   relações    com    o
conhecimento, com o outro e com o mundo, para que esses possam refletir sobre
sua própria língua e cultura através das diferenças culturais, os tornado sujeitos
23



capazes de conviverem pacificamente com as diversidades culturais, levando esses
valores para prática profissional.
      Por isso, a pesquisa como aliada no processo de formação de professores é
algo plausível, por esta criar no cidadão uma consciência crítica que faz surgir uma
atitude de aprender pela própria elaboração do conhecimento autônomo na busca
pelo aperfeiçoamento constante do princípio científico educativo.


                           A grande tendência da pesquisa em sala de aula de línguas
                           hoje esteja relacionada ao chamado movimento do professor-
                           pesquisador em que o professor deixa seu papel de
                           cliente/consumidor de pesquisa, realizada por pesquisadores
                           externos, para assumir o papel de pesquisador envolvido com a
                           investigação crítica de sua própria prática (MOITA, 1992, p.89).

      A pesquisa é um instrumento que guia a construção do conhecimento na
prática do educador, fazendo com que esse novo profissional não seja mais um
repassador de conteúdos, mas sim aquele que constrói novos caminhos para
transformar a sua realidade e não mais um alienado diante de tal.


2.1 Do método


      A escolha por uma metodologia de pesquisa científica não é uma decisão
isolada do que se objetiva (re)conhecer. O método se concebe a partir das
dificuldades que se procura investigar diante da realidade observada, com a
finalidade de obter dados e informações relevantes aos estudos desenvolvidos.


                           A competência em realizar pesquisas científicas não deve ser
                           medida e / ou considerada enquanto resultado da somatória de
                           trabalhos e estudos efetivados, mas deve estar relacionada ao
                           “como captar” e “como compreender” os fatos da realidade. O
                           método é importante para se atingir a realidade, porém não é
                           suficiente para garantir o êxito da pesquisa. (BARROS;
                           LEHFELD, 2000, p.69).

      A utilização do método escolhido aleatoriamente não proporciona qualidade e
resultados significativos, pois os mesmos devem estar coerentes com todas as
partes que compõem um estudo investigativo, já que apenas um método ou técnica
de pesquisa não é capaz de assegurar o sucesso da mesma.
24



          Na busca por uma metodologia que se enquadrasse aos propósitos e
objetivos deste trabalho, consideramos a pesquisa participante a mais pertinente
para este estudo, já que diante da necessidade de investigar como os discentes de
LI percebem o seu processo formativo para o uso das TIC no ensino/aprendizagem
de uma L2, e sendo o pesquisador ainda estudante de graduação, insere-se na
posição de pesquisador/pesquisado, em razão de a pesquisa participante ter como
característica, a possibilidade da convivência do pesquisador no contexto a ser
pesquisado.


                           Quando o outro se transforma em uma convivência, a relação
                           obriga a que o pesquisador participe de sua vida, de sua
                           cultura. Quando o outro me transforma em um compromisso, a
                           relação obriga a que o pesquisador participe de sua história.
                           Antes da relação pessoal da convivência e da relação
                           pessoalmente política do compromisso, era fácil e barato
                           mandar que “auxiliares de pesquisa” aplicassem centenas de
                           questionários apressados entre outros que, escolhidos através
                           de amostragens ao acaso “antes”, seriam reduzidos a
                           porcentagens sem sujeitos “depois”. Isto é bastante mais difícil
                           quando o pesquisador convive com pessoas reais e, através
                           delas, com culturas, grupos sociais e classes populares.
                           Quando comparte com elas momentos redutores da distância
                           do outro5 no interior do seu cotidiano. (BRANDÃO 1987, p.
                           12).


          A habitação do pesquisador na comunidade pesquisada intensifica a
responsabilidade do retorno dos resultados e conclusões que chagaram a pesquisa,
pois o investigador carrega consigo o compromisso da partilha das soluções,
informações e/ou até mesmo frustrações que venham a ser significativas para o seu
grupo social, essa convivência do pesquisador no lócus da pesquisa pode em alguns
casos tornar o seu trabalho um pouco mais difícil, visto que, existe a possibilidade do
mesmo exercer influencias sobre os outros e, por outro lado, o seu trabalho pode ser
ainda mais significativo, já que o mesmo conhece como nenhum outro a realidade
do ambiente da pesquisa.




5
    Grifos do autor.
25




2.2 Do problema


          É de grande relevância que os processos de formação médios ou superiores,
desenvolvam abordagens educativas-formativas condizentes com a realidade do
aprendiz, buscando sempre acompanhar o ritmo das mudanças sociais objetivando
a melhoria formativa de sujeitos que atuem na sociedade consciente de seu papel
social.
          Diante de uma sociedade contemporânea influenciada pela revolução
tecnológica, o campo educacional necessita de um aprimoramento dessas novas
fontes de conhecimento, visto que um dos seus objetivos é capacitar cidadãos para
o mundo moderno. Desta maneira, a Educação que sempre contou com ferramentas
tecnológicas tradicionais (o livro, o gravador, o projetor de imagens, o rádio, o
cinema, a televisão, etc.), tem agora a possibilidade de integrar as Tecnologias de
Informação e Comunicação (TIC) ao ensino/aprendizagem de uma Segunda Língua
(L2). A questão que este trabalho procura responder é: Como os discentes de
Língua Inglesa (LI) percebem o seu processo formativo para a apropriação das TIC
em benefício do ensino/aprendizagem (LI)?
          Esse problema emergiu a partir de reflexões sobre os benefícios que as TIC
podem proporcionar ao ensino/aprendizagem de LI mediante a capacitação
profissional para o uso dessas tecnologias em sala de aula.


2.3 Questões norteadoras


          As TIC têm sido incorporadas ao cenário educativo visando à inclusão do
aluno neste meio, permitindo o acesso à informação e ao conhecimento, além de
promover a melhoria da prática pedagógica do professor e estimular o aprendiz. O
ensino de línguas tem à disposição recursos tecnológicos que, utilizados de forma
integrada ao ensino, podem auxiliar o professor a promover aulas e atividades
produtivas que permitem inserir e adaptar o idioma estudado aos contextos,
possibilidades e necessidades que lhe forem apresentadas.
          Nesse sentido, a qualificação profissional para a utilização das TIC torna-se
imprescindível, um fator que nos conduziu para as seguintes indagações: Qual a
percepção estudantil do processo formativo para o uso das TIC em suas práticas
26



pedagógicas? Os discentes de LI estão realmente capacitados para utilizar as TIC
de forma significativa? Este estudo procura responder essas questões através do
olhar que os estudantes de graduação têm sobre seu processo formativo.


2.4 Dos objetivos


      As TIC se tornaram um fator relevante na formação do profissional de
Educação, por essas contribuírem para o desenvolvimento do aprendizado
significativo, proporcionando aulas motivadoras que favorecem aos aprendizes
conhecimentos críticos e o desenvolvimento de sua autonomia para buscar novas
fontes de informações nos ambientes virtuais que ampliam e intensificam o sua
aprendizagem.
      Sendo assim, este estudo tem como objetivo geral demonstrar a importância
da formação docente para a manipulação das TIC no ensino/ aprendizagem de LE,
buscando de forma mais específica, salientar os benefícios das TIC no
ensino/aprendizagem de LI, assim como, instigar a auto-avaliação do corpo docente
e discente do campus XIV, quanto ao processo formativo de professores em LI para
a utilização das TIC em suas práticas educativas.
      As instituições universitárias, que assumem a responsabilidade de formar
profissionais na área educacional necessitam estarem atentas as condições de
ensino/formação de seu Campus e prática docente, visto que será a Universidade o
ambiente de formação desses futuros professores, para que os mesmos possam
refletir sobre seu processo formativo, tornando-se profissionais conscientes e
independentes, que buscam renovações e inovações constantes para o seu
aprendizado e para suas práticas pedagógicas.


2.5 Do lócus e sujeitos da pesquisa


       A amostragem não-probabilística desta pesquisa foi escolhida de forma
intencional/racional, já que, este estudo tem como fundamentos metodológicos a
pesquisa participante, não poderia desvincular o lócus e os sujeitos da investigação
para aqueles com os quais não possuo uma convivência que partilha dificuldade e
realizações em função dos objetivos em comum.
27



                           A pesquisa participante se coloca a serviço dos grupos sociais
                           ou categorias de sociais mais desprovidos e explorados. Ela
                           busca não somente desencadear ações suscetíveis de
                           melhorar as suas condições de vida, mas também desenvolver
                           a capacidades de análise e resoluções dos problemas que
                           enfrentam ou convivem cotidianamente. Torna-se pois
                           importante que a pesquisa participante ou pesquisa ativa
                           esclareça “para quem” se trabalha (BOTERF,1987, p.72).


       Os dados desta pesquisa foram obtidos através da amostragem de quinze
alunos da turma do oitavo semestre do curso Letras, Licenciatura em Língua
Inglesa, Campus XIV (UNEB), município de Conceição de Coité – BA. Os sujeitos da
pesquisa estão na faixa etária dos 20-27 anos, sendo três do sexo masculino e doze
do sexo feminino, dos quinze graduandos treze exercem a profissão de professor e
dois são apenas estudantes.
       O Campus XIV foi escolhido para a efetivação desta pesquisa por ser o
ambiente no qual realizo curso de graduação. A escolha do público se deu mediante
a observação de que a disciplina Novas Tecnologias e Educação a Distancia no
Ensino de Línguas, cujos conceitos são condizentes com a proposta deste trabalho,
apenas é oferecida no sétimo semestre do curso de graduação, de maneira que
outros estudantes não poderiam oferecer dados com propriedade e segurança para
este estudo.


        Quadro 01: Procedimentos de seleção dos sujeitos da pesquisa participante
Tipo de amostra                                    Não probabilística intencional/racional
Quantidade de sujeitos                             Quinze (três do sexo masculinos e
                                                   doze do sexo femininos)
Razão da seleção dos sujeitos                      Efetivação da disciplina novas
                                                   tecnologias.
Escolha da área de conhecimento                    Letras, Licenciatura em Língua
                                                   Inglesa.
Profissão dos sujeitos                             13 professores e 2 estudantes



2.6 Dos instrumentos e procedimentos de coletas dos dados


       A pesquisa participante tem como instrumento de coleta um questionário com
perguntas de “estimação/ avaliação” (BARROS; LEHFELD, 2000, p. 208),
dicotômicas e abertas, com a finalidade de levantar dados que demonstrem como os
estudantes de LI compreendem o seu processo de formação para usufruir das TIC
28



nos ambientes de ensino/aprendizagem que lhe forem atribuídos durante o exercício
educativo de um profissional de educação.
      A coleta dos dados deste estudo se deu através da troca de e-mail, no qual, o
questionário foi enviado para os membros da turma do oitavo semestre, com uma
nota explicativa dos objetivos da pesquisa, tendo 75% de retorno dos mesmos, um
número significativamente bom, já que é sabido, que em muitas coletas de dados,
através de questionário adquire-se apenas 25% de retorno.
      O questionário foi dividido em duas categorias a primeira denominada “Você e
as TIC antes da universidade” essa etapa teve como objetivo obter informações
sobre o nível de conhecimento, utilização e experiências tecnológica dos
graduandos antes do curso superior. A segunda categoria do questionário de
investigação foi denominada “Você a as TIC na universidade”, nessa etapa se
concentrou ainda mais as expectativas a serem alcançadas neste estudo, de
maneira que, decidimos apresentá-los em quadros para que os mesmos fossem
visualizados e compreendidos de maneira mais clara.
      O questionário de perguntas fechadas e aberta foi de grande relevância para
a obtenção de dados qualitativos, que revelaram a visão estudantil acerca do seu
processo de formação em prol do ensino/aprendizagem de Língua Inglesa em
parceria das TIC e é através desse olhar que podemos buscar novas maneiras sócio
educacional para a formação de novos professores.


                        Quadro 02: Procedimentos de coleta de dados
Aplicação dos questionários              Cada sujeito responde o questionário de
                                         “estimação/avaliação” com perguntas
                                         dicotômicas e abertas.
Você e as TIC antes da universidade      Nível de conhecimento, utilização e
                                         experiências tecnológicas dos graduandos
                                         antes do curso superior.
Você e as TIC na universidade            Percepção discente do processo formativo
                                         para o uso das TIC no ensino/aprendizagem
                                         de LI.
Recolhimento    dos    instrumentos   de Os instrumentos foram devolvidos via e-mail
pesquisa.                                após preenchimento dos dados.
29



2.7 Dos procedimentos de análise


      Após a organização dos dados obtidos pelo questionário, os mesmos foram
transcritos de forma estática, procedendo-se então a análise qualitativa das
respostas dadas pelos sujeitos da amostra. Os dados foram apresentados em
quadros para que os mesmos fossem visualizados de forma clara, seguido assim, da
interpretação dos mesmos. Foram analisados os dados de cada sujeito e do
conjunto de sujeitos.
30



                                    CAPÍTULO 3

  O olhar discente sobre o seu processo formativo em LI para o uso das TIC


      Jean Paul Sartre (apud CARNEIRO, 1999) escreveu que o olhar do outro tem
influências sobre os nossos atos e decisões, e que a partir da existência de outro
ser, vão surgir sentimentos como vergonha, temor e orgulho, mas que antes de nos
atribuirmos quaisquer adjetivos somos consciências livres, porém muitas vezes
precisamos tomar decisões que sofrem influência de algo mais forte e limitador de
atitudes, essa é a presença e a visão do outro acerca da atitude tomada, é forma
como esse outro irá avaliar/condenar o ato, determinando/atrapalhando a
ação/decisão.
      Assim, o outro será o seu revelador, pois é o olhar dele que o revela que o
transforma em objeto. O olhar alheio, por uma tentativa de reduzir-me a um ser em
si, arrisca o meu ser e este perigo não pode ser visto como uma contingência, mas
como uma estrutura presente e definitiva no meu-para-outro.
      Sartre ainda deixa claro que “o juízo que um outro atribui ao meu ser, só é
verificável se assim eu permitir, pois não sofro passivamente os juízos alheios, mas
os assumo ou descarto-me deles” (SARTRE apud CARNEIRO, 1999, p. 43).
      Assim sendo, os olhares discentes pretendem revelar uma realidade
vivenciada pelos mesmos, na busca por uma possível melhora ou permanecia das
atividades formativas do Campus XIV em favor das TIC no ensino/aprendizagem de
Língua Inglesa.
                       Quadro 03: Você e as TIC antes da universidade.
                           QUESTÕES                                 SIM   NÃO
       1     Você já realizou algum tipo de curso na área das novas 56%   44%
             tecnologias? Qual?
       2     Você costumava utilizar o e-mail para troca de        94%    6%
             informações com colegas de escolas ou amigos?
       3     Durante a sua formação no Ensino Fundamental (EF) e   67%    33%
             Ensino Médio (EM) os seus professores utilizavam
             algum recurso que fizesse parte do grupo das TIC?
       4     Você já buscou alguma Tecnologia da Informação e      84%    14%
             Comunicação (TIC) para aprender uma segunda
             língua?
31



      Questão 1: Embora 56% dos estudantes tenham respondido que não
realizaram cursos que abrangessem ao grupo das TIC, resultados posteriores a
essa questão, levou-nos a deduzir que os estudantes mesmo sem treinamento para
manuseio das TIC já desfrutavam dos beneficio tecnológicos para suas atividades
cotidianas e os 44% que responderam sim, já realizou cursos de informática básica
em software livre, novas tecnologias à distância e oficinas oferecidas pela UNEB.


      Questão 2: Diante da afirmação de 94% dos estudantes de que antes da
Universidade já usavam o e-mail para troca de informações com colegas e amigos
esse resultado demonstra que as TIC já estavam presentes nas atividades de
interação e comunicações da população jovens, e alguns professores já tentavam
tornar isso favorável para a Educação, embora muitas vezes sem orientações,
recursos ou até mesmo formações tecnológica, como aponta os dados da questão
abaixo.


      Questão 3: Os dados revelaram que 67% dos estudantes tiveram professores
no nível básico que utilizavam alguns recursos tecnológicos em sala de aula, os
mesmos também revelaram que tais recursos eram limitados a aparelhos de som e
computadores sem internet, demonstrando o quanto é necessária a formação de
novos e a qualificação de velhos profissionais de educação para o exercício
constante da pesquisa em sala de aula, para que esses professores criem
estratégias de aprendizagem que motivem e assegurem um aprendizado de
qualidade que acompanhe as tendências da cada geração, pois a novas tecnologias
não se restringem apenas a computadores e aparelhos de som.


      Questão 4: 84% dos estudantes responderam que já buscou alguma
Tecnologia da Informação e Comunicação (TIC) para aprender uma Segunda
Língua. Esse dado revela que esse grupo de estudante de graduação apesar de
ainda inconscientes, compreendiam que as TIC faziam e fazem a diferença no
aprendizado de uma L2, mesmo por que, nos ensinos tradicionais, apenas as
habilidades ler e escrever eram exaustivamente trabalhadas em sala de aula, mas
essa questão merece ser discutida em outro momento, para que não fujamos dos
objetivos deste trabalho.
                             Você e as TIC na Universidade
32




      Para se adquirir uma boa formação tecnológica, tempo e dedicação é um fator
imprescindível, de maneira que os discentes consideraram carga horária da
disciplina de Novas Tecnologias e Educação à Distância no Ensino de Língua
insuficiente, como mostra os dados abaixo:
                   Quadro 4: Carga horária da disciplina novas tecnologias.
          Péssimo         Ruim        Regular          Bom          Ótimo
            13%            7%          60%             13%           7%

      Os resultados revelaram uma insatisfação dos graduandos para com a carga
horária da disciplina, ainda mais, por a mesma ser parcialmente à distância e
disponibilizada no sétimo semestre de curso, com uma carga horária de 60
horas/aulas apenas, o que não é suficiente para suprir os requisitos de uma boa
qualificação para o uso das TIC. Pondo em risco a capacitação discente para o uso
das novas tecnologias com prestígio educacional. É importante ressaltar Pereira
(2005, p.13), quando ela afirma que a cada período, as organizações (escolas,
universidades, dentre outras) enfrentam novos desafios, e é a forma como essas se
organizam que determinará o seu sucesso e objetivos.
       As abordagens formativas oferecidas na disciplina Novas Tecnologias e
Educação à Distância são de extrema relevância para formação do educando e os
resultados abaixo nos chama ainda mais atenção para esse fato.


            Quadro 5: Abordagem formativa na disciplina novas tecnologias.
          Péssimo         Ruim        Regular          Bom          Ótimo
            0%            13%          54%             26%           7%

      O fato dos estudantes considerarem as abordagens formativas na disciplina
Novas Tecnologias como regular, se deve ao fato de à mesma ter trilhado apenas o
caminho da hipertextualidade, área de estudo do orientador da disciplina e “nesse
processo, é importante que o professor propicie a interligação entre os saberes da
sua área de atuação com os demais saberes que são necessários para a formação
escolar e vida do aluno” (CASARIN, 2009, p. 5), o que contribuiu para a insegurança
no uso de outras tecnologias em sala de aula.
      O posicionamento do corpo docente durante as aulas para com as TIC no
ensino/aprendizagem de Língua Inglesa é outro fator relevante na formação dos
33



discentes, pois esses são exemplos “vivos” que exercessem influencias nas atitudes
e práticas educativas dos graduandos, e os resultados como podem ser vistos no
quadro abaixo, não foram nada animador.
                Quadro 6: Posicionamento do corpo docente para com as TIC.
         Péssimo      Ruim          Regular        Bom           Ótimo
            7%           20%          46%            20%            7%

      O resultado acima revela que os estudantes sentem a falta de uma postura
mais ativa do corpo docente para com as TIC em sala de aula, pois são eles os
principais formadores desses futuros professores e também necessitam usufruir
mais das TIC na capacitação profissional. Casarin (2009, p.5) salienta que o
educador precisa se inserir no mundo das tecnologias para desfrutar dos benefícios
que as TIC oferecem ao ensino/aprendizagem. Assim sendo, esses formadores
poderão oferecer orientações adequadas em sala de aula.
      Durante o curso de graduação desenvolvem-se estágios supervisionados em
sala de aula, as orientações teóricas e pedagógicas para a utilização das TIC
durante esse período são extremamente necessárias, e os dados abaixo evidenciam
uma ocorrência um pouco animadora.
                Quadro 7: Orientações para o uso das TIC em estágios.
          Péssimo        Ruim         Regular         Bom           Ótimo
            0%            0%           26%            67%            7%

      Durante os estágios supervisionados, tivemos orientações para a utilização
das TIC em nossas atividades em sala de aula, além de sugestões de atividades e
conteúdos com os quais as TIC poderiam ser úteis, mas ainda sim, houve a
necessidade de aulas práticas, nas quais, pudessem desenvolver e elaborar nossos
próprios exercícios de sala de aula, com embasamentos de utilização do radio,
celular, jornal, hipertexto, internet, dentre outros, e não apenas aparelhos de som,
TVs, data shows e computadores. Casarin (2009) em seus estudos evidencia a
importância do uso de todas as tecnologias no ensino aprendizagem de LI.
      Outro questionamento feito aos discentes foi: como você avalia a sua
qualificação para utilizar as TIC no ensino/aprendizagem de Língua Inglesa?
Vejamos os dados abaixo:


              Quadro 8: Qualificação para o uso das TIC no ensino de LI.
          Péssimo        Ruim         Regular         Bom           Ótimo
34



               0%         0%            20%           67%       13%

      Os dados revelam que os estudantes se consideram com uma boa
qualificação para utilizar as TIC no ensino de LI, mas estes resultados não estão
relacionados necessariamente à formação acadêmica dos mesmos, pois dados
anteriores e posteriores a esse nos conduziram as essa dedução, como havia dito,
essa nova geração de professores possuem autonomia para buscar fontes de
conhecimento para se próprios e para as suas atividades pedagógicas.
      Os dados quanto ao acervo bibliotecário no fornecimento de livros e teóricos
que argumentam sobre as TIC, não foram muito excitantes como mostra o quadro
abaixo.
                               Quadro 9: Acervo bibliotecário
          Péssimo        Ruim         Regular         Bom       Ótimo
            13%          40%           40%             7%        0%

      Na formação de professores o conhecimento teórico é de extrema relevância
para as boas práticas educativas e o quadro acima revelou dados preocupantes,
pois isso significa que o acervo bibliotecário da UNEB necessita de uma reposição
urgente de livros teóricos e práticos que argumentem sobre o uso das TIC na
educação, dentre outras áreas do conhecimento, para que os próximos graduandos
não enfrentem as mesmas dificuldades materiais que esses futuros formandos
enfrentaram.
      O laboratório de informática oferecido pelo Campus XIV, para a realização de
pesquisas e necessidades educativas, precisa de urgente atualização de hardware e
software, pois como mostram os dados abaixo esse espaço não está propiciando
bons resultados.


                       Quadro 10: Laboratório de informática.
          Péssimo        Ruim         Regular         Bom       Ótimo
            46%          40%           14%             0%        0%

      O laboratório de informática é um espaço de aprendizagem significativo em
uma Universidade, visto que, no mesmo os alunos podem realizar pesquisas e
atividades acadêmicas, Casarin (2008/09, p.4) ressalta que “diante dos avanços
tecnológicos, faz-se necessário que o(a) professor(a) utilize as TIC – especial o
computador – nas aulas de Língua Inglesa” , porém os dados revelaram uma grande
35



insatisfação dos graduandos, visto que o laboratório de informática possui um
número de computadores ultrapassados e uma conexão com a internet muito
precária, o que impulsiona a desmotivação dos alunos para a realização de
atividades no Campus, já que, o laboratório não garante a execução de atividades
produtivas.
      Porem, não é apenas o laboratório de informática que deixa a desejar no
Campus XIV, os aparelhos de sons e DVDs, TVs, data shows, dentre outros,
disponíveis      para    atividades   pedagógicas     também      necessitam   serem
avaliados/revistos pelos administradores do Campus. Vejamos o quadro abaixo:


                         Quadro 11: Aparatos tecnológicos do campus XIV
          Péssimo           Ruim        Regular        Bom          Ótimo
            0%              60%          20%           20%           0%

      Desenvolver uma boa formação para a manipulação das TIC em sala de aula
com equipamentos em condições precárias é quase impossível, ainda mais no
ensino de uma L2 que necessita praticar as quatro habilidades lingüísticas e os
resultados acima revelam que os estudantes de graduação estão se sentindo
prejudicados pela falta de equipamentos que funcionem com qualidade ainda que
estejam velhos. Porém essa realidade carente de equipamentos eletrônicos não é
característica exclusiva do Campus, mas uma realidade brasileira, Pereira (2005, p.
21) afirma “embora o Brasil esteja entre os 12 países mais bem-posicionado em
relação à inclusão digital, apenas 5% da população utilizam os serviços de rede,
havendo ainda grande déficit de meios físicos para acesso a internet.”
Demonstrando que a educação Brasileira deixa muito a desejar quando o assunto é
tecnologia.
      Diante da percepção formativa demonstrada acima, os discentes classificam o
seu aprendizado para a manipulação das TIC no ensino de Língua Inglesa nesse
período de formação profissional como 46% bom, os mesmo justificaram que essa
classificação não é necessariamente mérito da Universidade, mas sim, a prática em
sala de aula e outras experiências tecnológicas. como mostra o quadro abaixo:


              Quadro 12: Formação para a manipulação da TIC em sala de aula.
         Péssimo         Ruim          Regular      Bom           Ótimo
         0%              7%            40%          46%           7%
36




      A última questão deste estudo foi reservada para sugestões, críticas e elogios
quanto à formação para o uso das TIC no ensino/aprendizagem de LI na
Universidade. Vejamos algumas respostas:


                         Como abordei acima, a formação para o uso das Tics (SIC!)
                         deixa muito a desejar. Todos nós aprendemos que temos que
                         levar algo inovador para a sala de aula e até mesmo o uso das
                         tics, mas como afirmei não aprendemos na prática o seu uso.
                         Então como querem que haja o uso das tics se não
                         aprendemos na prática a conciliá-las com o ensino em si?
                         (aluno 01)

                         Na universidade, temos apenas noção dos conteúdos, pois não
                         existe espaço para praticar a uso de alguma tecnologia. Já na
                         disciplina que foi a distância permitiu que aprendêssemos a
                         usar o ambiente virtual e suas funções, espaço novo e atual
                         para a sociedade moderna. (aluno 02)

                         Os docentes deveriam se atualizar mais com relação ao uso
                         das TIC, sabendo que vários não as utilizam por falta de
                         conhecimento e o medo da modernidade, o que atrapalha
                         bastante nossa vida acadêmica. (aluno 03)

                         Sabemos que a universidade pode fazer muito mais para a
                         formação dos universitários quando se trata de novas
                         tecnologias, o descontentamento dos universitários dentro da
                         universidade é geral, máquinas quebradas, falta de
                         equipamento, máquinas velhas, má manutenção, falta de
                         assistência técnica; os problemas são muitos, mas falta mais
                         ainda à mobilização de quem mais precisa e mais utiliza estes
                         equipamentos que são os alunos e professores para mudar
                         esta realidade, enquanto isso quem poderia mudar está de
                         braços cruzados. (aluno 04)

                         Acredito que muitos professorem em formação ainda tenham
                         pouco conhecimento quanto à utilização desses recursos
                         tecnológicos, e a Universidade oferece mais a parte teórica.
                         Deveria haver o ensino de como manusear e como trazer
                         essas tecnologias para a sala de aula. (aluno 05).

      Diante dos dados e depoimentos apresentados neste estudo nota-se que os
estudantes percebem o processo formativo realizado no Campus XIV para a
utilização das TIC no ensino/aprendizagem de LI como L2, precário e insatisfatório,
visto que os mesmo têm consciência de que professor de Língua Estrangeira
necessita de uma qualificação para o uso das TIC em sala de aula, pois sua
utilização de forma inadequada pode não surtir efeito nenhum na aquisição da L2.
37



      A percepção estudantil acerca do seu curso de formação demosntra que o
curso de Letras, Licenciatura em Língua Inglesa, ainda não favorece uma
qualificação aceitável para a manipulação das TIC em sala de aula, pois com tantas
carências básicas como uma boa estruturação física e suportes apropriadas de
materiais formativos para a capacitação tecnológica no Campus XIV, a formação
profissional sofre interferências negativas em seu processo, gerando conseqüências
futuras para Educação.
38



                               Considerações Finais

      O   uso   das   TIC na    Educação    contribuir   significativamente   para   o
desenvolvimento intelectual do homem, por essas possibilitar variedade e rapidez no
acesso à informação, em função disso, os profissionais de educação necessitam
adquirir uma formação autentica, contextualizada e critica de que as TIC não são
equipamentos auxiliares de abordagens lúdicas em sala de aula, pois a sua
utilização de forma consciente e correta fornece ao aprendiz conhecimentos
necessários para viver na contemporaneidade de critica e autônoma.

      Os cursos de formação superior em LE necessitam desenvolver abordagens
formativas condizentes com as necessidades educativas da contemporaneidade,
usufruindo de todas as ferramentas de aprendizagem disponíveis na sociedade
incluindo as TIC que são extremamente úteis no aprendizado de uma L2, já que faz-
se necessária a prática de habilidades como ler, escrever, ouvir e falar no idioma
estudado, e as TIC se tornam uma grande aliada para o aprimoramento ou
aprendizagem dessas habilidades lingüísticas, além de ampliarem o campo das
informações sociais, políticas e culturais, e possibilitando ao estudante vivenciar
situações reais com nativos da L2.

      O bom desenvolvimento de formações superiores refletem positivamente nas
outras categorias de ensino/aprendizagem, de modo que formar professores para
atuar no mercado de trabalho é uma tarefa difícil e delicada que necessita de
destreza, responsabilidade e compromisso.

      Este estudo realizado através da percepção estudantil sobre o processo de
formação de professores realizado no Campus XIV para a manipulação e inclusão
das TIC no ensino/aprendizagem de Língua Inglesa foi de grande relevância para
nos elucidar o quanto a formação de professores em Língua Estrangeira necessitam
de uma qualificação mais eficaz para o uso das TIC em sala de aula, pois sua
utilização de forma inadequada não garante aquisição da L2, além de perderem seu
valor na construção do conhecimento.

      Os resultados apresentados pela pesquisa demonstraram que o Campus XIV
e o curso de formação superior em Língua Inglesa, na visão discente, ainda não
proporcionam uma legítima capacitação para o uso das novas tecnologias em sala
39



de aula, pois o Campus, ainda não oferece suportes de equipamentos eletrônicos
adequados e livros teóricos que atendam necessidades dos estudantes, além da
insuficiência de atitudes mais representativas do corpo docente para com as TIC e
não apenas a figura do orientador da disciplina novas tecnologias

      As discussões apresentadas neste estudo tiveram como fundamento teórico
concepções tecnologicas e formativas de Pereira (2005), Casarin (2008/09), Dias
(2009), Castells (1999) Demo (1998; 2002) dentre outros, que nos forneceram
subsídios para afirmar que a boa formação profissional para a utilização da TIC em
sala de aula, proporciona a formação de sujeitos críticos e autônomos capazes de
atuar na sociedade exercendo a sua cidadania e preparados para enfrentar o
mercado de trabalho em sua totalidade.

      Portanto, é necessário que o campus XIV se posiciona quanto ao processo
formativo desenvolvido no mesmo, já que, a percepção estudantil que são sujeitos
essências para existência do curso, demonstra que o mesmo deixa muito a desejar
quando o assunto é TIC no ensino de LI, pois esses sujeitos, diante dos dados,
apresentados não tiveram a formação desejada para a manipulação das TIC em
sala de aula e embora saibamos da existência de muitos outros fatores que
contribuíram de forma direta ou indireta para esses resultados, não se pode “fechar
os olhos” para essa situação que já foi identificada e vivenciada por todos do
Campus.

      Por tanto, refletir criticamente sobre a formação superior em função da
atuação dos egressos na Educação Básica é necessário para que se desenvolva
uma capacitação significativa. Mas, apenas refletir não basta, é preciso que a partir
das conclusões chegadas, haja modificações contínuas no exercício da docência, na
medida em que forem necessárias para a otimização das habilidades a serem
desenvolvidas pelos alunos, na busca por uma Educação formadora de sujeitos
críticos e autônomos capazes de interagir no mundo dentro das mudanças sociais
40



                                  Referências


BARROS, Adil de Jesus Paes de; LEHFELD, Neide Apreciada de Souza.
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BRANDÃO, Carlos Rodrigues (org.). Repensando a pesquisa participante. 3 ed.
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Argumento, n. 1, Salvador: UFBA, 1999.

CASARIN, Dulce Pazinato. As Tecnologias de informações e comunicação e o
ensino/aprendizagem de língua inglesa. PDE - 2008/09 - Artigo final. Disponível
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em: 07 jul. 2010.

CASTELLS, Manuel, A sociedade em rede – Tradução: Roneide Venâncio Majer. A
era da informação: economia sociedade e Cultura; V. a. São Paulo. Paz e Terra,
1999.

COSCARELLI, C. V.; RIBEIRO, A. E. (Org.). Letramento digital: aspectos sociais
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Ceale/Autêntica, 2005.

DEMO, Pedro. Pesquisa: O que é?. In: ______ Pesquisa: Princípio Cientifico e
Educativo. 9 ed. São Paulo: Cortez, 2002. p. 11-44.

DEMO, Pedro. Desafios Modernos da Educação. Petrópolis: Editora Vozes. 1998.

DIAS, Reinildes. Integração das TIC ao ensino e aprendizagem de língua.
(Faculdade     de      Letras     –     UFMG).      2009.   Disponível  em:
<http://www.macmillan.com.br/artigos/detalhe.php?ID=MTQ>. Acesso em: 30 abr.
2010.

FREIRE, Paulo. Pedagogia da autonomia. São Paulo: Paz e Terra, 1996.

GARDNER, Howard. Educando as inteligências. In: ______. Inteligências
múltiplas: a teoria na prática. Tradução de Maria Adriana Veríssimo Veronense.
Porto Alegre: Artmed, 2000. P. 66-137.

LUDKE, Menga. A complexa relação entre o professor e a pesquisa. In: ANDRÉ,
Marli (org.). O papel da pesquisa na formação e na prática dos professores. 6
ed. Campinas: Papirus, 2007, p. 27-54.

PEREIRA, João Tomaz. Educação e sociedade da informação. In: COSCARELLI,
Carla; RIBEIRO, Ana Elisa. Letramento digital e possibilidades pedagógicas.
Belo Horizonte: Autêntica, 2005, p.13-23.
41



SOARES, Magda. As pesquisas nas áreas específicas influenciando o curso de
formação de professores. In: ANDRÉ, Marli (org.). O papel da pesquisa na
formação e na prática dos professores. 8 ed. Campinas: Papirus, 2000, p. 91-105.

VEIGA NETO, Alípio Ramos. Atitudes de consumidores frente a novas
tecnologias. Dissertação de Mestrado. PUC-Campinas, Departamento de pós-
graduação em psicologia. Campinas: PUC, 1999. Disponivel em: <
http://www.veiga.net/tecnofobia/> Acesso em: 13 jun. 2011.
42



                                     Apêndice

          UNIVERSIDADE DO ESTADO DA BAHIA
          Departamento de Educação – Campus XIV
          Orientador: Prof. MSc. Emanuel Nonato
          Pesquisadora: Deisiane Santana


A formação docente de LE para o uso das TIC em suas práticas pedagógicas.

Caro (a) colega:

Estou realizando uma pesquisa cujo objetivo principal é contribuir para a formação
de futuros professores de Língua Inglesa. Por isso, peço a sua colaboração nesse
trabalho. Desde já, agradeço a sua participação.

Nome:__________________________________________________________

Idade:_______________ Sexo:_______________ Semestre:______________

Profissão:_______________________________________________________

Você e as TIC antes da universidade:

   1. Você já realizou algum tipo de curso na área das tecnologias da informação?
      (      ) sim
      (      ) não
      Qual?_____________________________________________________.
   2. Você costumava utilizar o e-mail para troca de informações com colegas ou
      amigos?
      (      ) sim
      (      ) não
   3. Durante a sua formação no Ensino Fundamental (EF) e Ensino Médio (EM) os
      seus professores utilizavam algum recurso que fizesse parte do grupo das
      TIC?
      (      ) sim
      (      ) não
      Quais?___________________________________________________.
43



4. Você já buscou alguma Tecnologia da Informação e Comunicação (TIC) para
   aprender uma segunda língua?
   (     ) sim
   (     ) não
   Qual?____________________________________________________.


   Você e as TIC na universidade:


5. Como você avalia a carga horária da disciplina de novas tecnologias e
   educação a distância no ensino de línguas e literatura estrangeira que faz
   parte da sua grade curricular?
         (   ) Péssima (    ) Ruim    ( )Regular   ( ) Bom    ( ) Ótima


6. Como você avalia a abordagem formativa oferecida na disciplina novas
   tecnologias e educação a distância no ensino de línguas e literatura?
         (   ) Péssima (    ) Ruim    ( )Regular   ( ) Bom    ( ) Ótima


7. Como você avalia o posicionamento do corpo docente durante as aulas para
   com as TIC no ensino/aprendizagem de Língua Inglesa?
         (   ) Péssima (    ) Ruim    ( )Regular   ( ) Bom    ( ) Ótima


8. Como você classifica as orientações teóricas e pedagógicas para a utilização
   das TIC durante os estágios supervisionados?
         (   ) Péssima (    ) Ruim    ( )Regular   ( ) Bom    ( ) Ótima


9. Como você avalia a sua qualificação para utilizar as TIC no ensino
   aprendizagem de Língua Inglesa?
         (   ) Péssima (    ) Ruim    ( )Regular   ( ) Bom    ( ) Ótima


10. Como você classifica o acervo bibliotecário quanto ao suporte de livros e
   teóricos que argumentam sobre as TIC?
         ( ) péssima       ( ) ruim   ( )Regular   ( ) bom    ( ) ótima
44



11. Como você avalia o laboratório de informática oferecido por essa
   universidade para a realização de pesquisas e necessidades educativas?
         (   ) Péssima (      ) Ruim   ( )Regular   ( ) Bom    ( ) Ótima


12. Como você classifica os aparatos tecnológicos como, aparelhos de sons e
   DVDs, TVs, data shows, dentre outros, disponíveis no campus XIV para
   atividades pedagógicas?
         (   ) Péssima (      ) Ruim   ( )Regular   ( ) Bom    ( ) Ótima


13. Como você classifica o seu aprendizado para a manipulação das TIC no
   ensino de Língua Inglesa, nesse período de formação profissional?
         (   ) Péssima (      ) Ruim   ( )Regular   ( ) Bom    ( ) Ótima


   Justifique sua resposta:
   ______________________________________________________________
   ______________________________________________________________
   ______________________________________________________________
   ___________________________________________________________


14. O que significa utilizar as TIC no ensino de Língua Inglesa para você?
   ______________________________________________________________
   ______________________________________________________________
   ______________________________________________________________
   __________________________________________________________


15. Observações: (espaço reservado para sugestões, críticas e elogios quanto à
   formação para o uso das TIC oferecido pela Universidade).
   ______________________________________________________________
   ______________________________________________________________
   ______________________________________________________________
   _____________________________________________________________

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A formação docente em le para o uso das tic em suas práticas pedagógicas

  • 1. 0 UNIVERSIDADE DO ESTADO DA BAHIA DEPARTAMENTO DE EDUCAÇÃO CAMPUS XIV LETRAS, LICENCIATURA EM LÍNGUA INGLESA DEISIANE DA SILVA SANTANA A FORMAÇÃO DOCENTE EM LE PARA O USO DAS TIC EM SUAS PRÁTICAS PEDAGÓGICAS. CONCEIÇÃO DO COITÉ 2012
  • 2. 1 DEISIANE DA SILVA SANTANA A FORMAÇÃO DOCENTE EM LE PARA O USO DAS TIC EM SUAS PRÁTICAS PEDAGÓGICAS. Monografia apresentada à Universidade do Estado da Bahia, Departamento de Educação, Campus XIV, como requisito final à conclusão do Curso Letras, Licenciatura em Língua Inglesa. Orientador: Prof. MSc. Emanuel Nonato CONCEIÇÃO DO COITÉ 2012
  • 3. 2 DEISIANE DA SILVA SANTANA A FORMAÇÃO DOCENTE EM LE PARA O USO DAS TIC EM SUAS PRÁTICAS PEDAGÓGICAS. Monografia aprovada como requisito parcial para obtenção do grau de licenciado (a) em Letras – Licenciatura em Língua Inglesa, Departamento de Educação – DEDC, Campus XIV – Conceição do Coité, Universidade do Estado da Bahia – UNEB, pela seguinte banca examinadora: Conceição do Coité, 15 de março de 2012 Banca: ______________________________________________________ Prof. MSc. Emanuel Nonato Universidade do Estado da Bahia - UNEB (Orientador) ______________________________________________________ Profª. Msc. Neila Santana Universidade do Estado da Bahia – UNEB (Convidada) ______________________________________________________ Prof. Msc. Mary Sales Universidade do Estado da Bahia – UNEB (Convidada)
  • 4. 3 Dedico este trabalho a minha família pelo estímulo, colaboração e apoio, por compartilhar comigo os momentos de tristeza e também de alegria, nesta etapa, em que, com a graça de Deus, está sendo vencida.
  • 5. 4 AGRADECIMENTOS Agradeço em primeiro lugar a Deus, pela força e coragem dada a mim para enfrentar todos os obstáculos durante essa caminhada. Aos meus pais, Joaquim e Irani que sempre mim deram apoio, contribuindo ativamente para minha formação acadêmica. Agradeço também ao meu noivo Anselmo Lima, que de forma especial, paciente e carinhosa me deu apoio e força nos momentos difíceis. O Prof. Emanuel Nonato, que aceitou me orientar e acreditou na minha capacidade para realização deste trabalho. A todos os nossos professores, pela dedicação e competência ao longo desse curso, pois esses foram e sempre serão colaboradores essenciais para a construção do meu conhecimento. Aos funcionários do Campus XIV pela disposição em nos ajudar em todos os momentos. Aos amigos, pela amizade, por estender a mão, apoiar e nos confortar nos momentos de angústias e dificuldades. Aos colegas, pelos momentos de alegria, convívio e apoio.
  • 6. 5 As novas tecnologias da informação não são simplesmente ferramentas as serem aplicadas, mas um processo a serem desenvolvidos... Manuel Castells
  • 7. 6 RESUMO A área de Educação tem se beneficiado cada vez mais das Tecnologias da Informação e Comunicação (TIC), visto que a utilização adequada contribui significativamente para o ensino/aprendizagem, sendo de grande valia para o ensino de uma Segunda Língua (L2). Assim sendo, o presente estudo tem como problemática a seguinte questão: Como os discentes de Língua Inglesa (LI) percebem o seu processo formativo para a apropriação das TIC em beneficio ensino/aprendizagem de (LI). Este estudo apresenta a percepção estudantil sobre o processo de formação de professores para o uso das TIC no ensino de Língua Inglesa (LI), realizado na Universidade do Estado da Bahia (UNEB), Campus XIV, tendo como base metodológica a pesquisa participante e levando em consideração as teorias de João Thomaz Pereira (2005), Reinildes Dias (2009), Pedro Demo (1998; 2002), Dulce Pazinato Casarin (2008/09) e Manuel Castells (1999). Objetiva- se demonstrar a importância da formação docente para a manipulação das TIC no ensino/aprendizagem de LE, assim como, instigar a auto-avaliação do corpo docente e discente do campus XIV, quanto ao processo formativo de professores em LI para a utilização das TIC em suas práticas educativas. Este estudo emergiu do reconhecimento de que os profissionais de educação necessitam de capacitações para a manipulação das TIC no ensino de LI, para que as mesmas possam ser inseridas na Educação como construtoras de conhecimento e não simples aparatos de sala de aula. Palavras-chave: Formação de professores. Tecnologias da Informação e Comunicação. Língua Inglesa.
  • 8. 7 ABSTRACT The new Information and Communication Technologies (ICT) has been benefiting the education constantly. Their correct use is very important because they contribute significantly to the learning/teaching process of a second language. The problematic question is: how the students of EL see their process of formation to the appropriation of the TIC in benefit of learning/teaching process? This work shows the student’s perception about the teachers formation for their use in English classes at Universidade do Estado da Bahia, Campus XIV, This study has as methodology participant research based on João Thomaz Pereira (2005), Reinildes Dias (2009), Pedro Demo (1998; 2002), Dulce Pazinato Casarin (2008/09) and Manuel Castells (1999) theories. It aims to show the importance of teachers’ formation for the correct manipulation of Information and Communication Technologies in learning and teaching English as foreign language, even as, to incite themselves perception of students and teachers of Campus XIV about the teachers formation about the usage of Information and Communication Technologies (ICT) in English classes. This study is based on the admission that English professionals of education need to be more prepared to manipulate the ICT as constructors of knowledge and not only as simple tools in the classroom. Keywords: Teacher’s formation. Information and Communication Technologies. English Language.
  • 9. 8 LISTA DE QUADROS Quadro 1: Procedimentos de seleção dos sujeitos da pesquisa participante..... 27 Quadro 2: Procedimentos de coleta de dados.................................................... 28 Quadro 3: Você e as TIC antes da universidade................................................ 30 Quadro 4: Carga horária da disciplina novas tecnologias.................................. 32 Quadro 5: Abordagem formativa na disciplina novas tecnologias...................... 32 Quadro 6: Posicionamento do corpo docente para com as TIC......................... 33 Quadro 7: Orientações para o uso das TIC em estágios.................................... 33 Quadro 8: Qualificação para o uso das TIC no ensino de LI.............................. 34 Quadro 9: Acervo bibliotecário............................................................................ 34 Quadro 10: Laboratório de informática................................................................. 35 Quadro 11: Aparatos tecnológicos do campus XIV.............................................. 35 Quadro 12: Formação para a manipulação da TIC em sala de aula.................... 36
  • 10. 9 SUMÁRIO Introdução.............................................................................................................. 10 CAPÍTULO 1 – Formação de professores e a importância das TIC no ensino/aprendizagem de Língua Inglesa............................................................ 13 1.1 Impactos da TIC na educação.......................................................................... 17 1.2 Tecnofobia em sala de aula.............................................................................. 19 CAPÍTULO 2 – Conhecer e vivenciar a realidade para transformá-la.............. 22 2.1 Do método........................................................................................................ 23 2.2 Do problema..................................................................................................... 25 2.3 Questões norteadoras...................................................................................... 25 2.4 Dos objetivos.................................................................................................... 26 2.5 Do lócus e sujeitos da pesquisa....................................................................... 26 2.6 Dos instrumentos e procedimentos de coletas dos dados............................... 27 2.7 Dos procedimentos de análises........................................................................ 29 CAPÍTULO 3 – O olhar discente sobre o seu processo formativo em LI para o uso das TIC......................................................................................................... 30 Considerações finais............................................................................................ 38 Referências............................................................................................................ 39 Apêndice................................................................................................................ 41
  • 11. 10 Introdução Vivemos na Sociedade da Informação1, que está cada vez mais interativa e informatizada em função dos avanços nas Tecnologias da Informação e Comunicação (TIC). Essas possibilitam um vasto campo de conhecimento e interação entre todos os povos com rapidez, qualidade e autenticidade nunca vistos antes. As TIC tem sido de grande relevância para muitas áreas sociais tais como política, ciência e cultura, mas nenhuma dessas tem utilizado e desfrutado amplamente dos novos recursos tecnológicos como a educação, que diante de tal realidade procurou assumir uma nova postura educativa, voltada para a nova geração ‘on-line’. Na contemporaneidade, os novos espaços de educação não se restringem apenas às salas de aulas concretizadas e limitadas a quatro paredes, assim como, a leitura e a escrita não são constituídas apenas em materiais sólidos e estáticos, que em função do advento da internet surgem novos ambientes educacionais, dentre esses estão os hiperleitores e hirperescritores presentes no ambiente virtual de aprendizagem. A internet tem contribuído significativamente para a educação, pois, através dela o ensino superior tornou-se mais acessível para aqueles que desejavam ingressar em uma universidade, e não tinham condições de fazer um curso presencial por diversos motivos, dentre estes, o deslocamento de sua cidade para outra e horários incompatíveis com a disponibilidade do aprendiz, e graças à internet foram contemplados pela Educação a Distancia (EAD). As novas TIC não foram introduzidas na educação com o objetivo de substituir o professor ou banir o ensino presencial, e sim se integram ao ensino para contribuírem e complementarem as carências que o ensino tradicional não conseguiu superar, e diante de tal realidade social e tecnológica, as TIC não poderiam esquivar-se da escola. 1 O termo Sociedade da Informação neste estudo remete as idéias de Manuel Castells no livro “A Sociedade em Rede”, no qual o autor evidencia que o processo de reestruturação do capitalismo e a difusão do informacionalismo contribuíram para a formação da chamada “Sociedade informacional” e conseqüentemente “sociedade da Informação”.
  • 12. 11 A inserção das TIC na escola é de suma importância, já que seu intuito é formar cidadãos ativos e capazes de conviver numa sociedade que está cada vez mais interativa e a não qualificação de tais sujeitos para a utilização das tecnologias no seu dia-dia, pode torná-lo excluído pelo analfabetismo digital. Assim sendo, o presente trabalho justifica-se pela necessidade de investigar como a preparação profissional de futuros professores está sendo realizada no contexto acadêmico, em prol do uso das ferramentas tecnológicas para o ensino/aprendizagem de Língua Inglesa (LI). Visto que, a educação necessita integrar as TIC no ensino/aprendizagem, para que seus aprendizes possam viver e atuar na sociedade com igualdade, acompanhando o ritmo das mudanças e interagindo com todas as tecnologias disponíveis para seu conforto e qualidade de vida. As questões que se pretendem responder aqui envolvem a percepção estudantil sobre o processo formativo realizado no curso de Letras, Licenciatura em Língua Inglesa para o emprego das TIC em suas práticas pedagógicas no ensino/aprendizagem de uma Segunda Língua (L2). O objetivo é apresentar a importância da capacitação docente para a manipulação das TIC no ensino/ aprendizagem de Língua Estrangeira (LE), bem como, instigar a auto-avaliação dos corpos docente e discente do campus XIV para o processo formativo realizado no mesmo em função das TIC. Para tanto, serão utilizados os princípios teóricos de João Thomaz Pereira (2005) que apresenta estudos sobre o analfabetismo digital na atualidade e seus reflexos na educação, Reinildes Dias (2009), Ph.D. em Tecnologia Educacional, Pedro Demo (1998; 2002) por ser um dos escritores mais expressivos da pesquisa na educação e formação do sujeito em si, Dulce Pazinato Casarin (2008/09) que apresenta um estudo sobre as Tecnologias da Informação e Comunicação(TIC) no Ensino/Aprendizagem de Língua Inglesa e Manuel Castells (1999) que escreve sobre o impacto das tecnologias na sociedade. A investigação desse trabalho se deu mediante a observação de que o mercado de trabalho está cada vez mais competitivo e concorrido, por isso, aprender uma segunda língua pode ser o diferencial na hora da conquista por um emprego, desse modo, as TIC são uma grande aliada para a construção desse conhecimento em L2, já que possibilita praticar as quatro habilidades lingüísticas.
  • 13. 12 Esse trabalho será dividido em três capítulos. No primeiro capítulo, intitulado “Formação de professores e a importância das TIC no ensino/aprendizagem de Língua Inglesa” é feita uma abordagem sobre a importância da pesquisa na formação de professores e o quanto a qualificação para o uso das TIC podem beneficiar o ensino de LI, bem como, o impacto das TIC na educação e a tecnofobia em sala de aula. O segundo capítulo, que traz como título “Conhecer e vivenciar a realidade para transformá-la”, apresenta a metodologia desse estudo, que tem como fundamento teórico a pesquisa participante, em função da natureza deste trabalho. O terceiro e último capítulo denominado “O olhar discente sobre o seu processo formativo em LI para o uso das TIC”, pretende mostrar as análises e os resultados da percepção discente sobre seu processo de formação superior realizado no Campus XIV para a manipulação das TIC no ensino de LI.
  • 14. 13 CAPÍTULO 1 Formação de professores e a importância das TIC no ensino/aprendizagem de Língua Inglesa Diante da nova Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (LDB) (BRASIL, 1996), as Línguas Estrangeiras Modernas recuperaram a importância que há muito tempo lhe fora negada, pois eram vistas como disciplinas pouco relevantes nos currículos escolares. Portanto, o ensino de uma segunda língua assume a condição de indissociável do conjunto dos conhecimentos essenciais da educação, por permitir ao aprendiz aproximar-se de várias culturas e conseqüentemente integrar-se ao mundo globalizado. A revalorização das LE no Ensino Fundamental instigou olhares para o processo formativo realizado em cursos de graduação em L2, visto que uma das garantias para uma educação de qualidade recai sobre os profissionais que atuam em sala de aula, de maneira que os mesmos merecem e necessitam de uma formação qualificada e autêntica que suscite em um bom trabalho educativo no futuro. O curso universitário de formação de professores em LI, principal responsável por essa capacitação profissional, deve buscar desenvolver práticas educativas reflexivas e investigativas, pois, a sociedade da informação e da nova geração “on- line”, os futuros professores necessitarão tanto da pesquisa quanto do letramento eletrônico no processo de ensino/aprendizagem de LI, para que os mesmos conduzam um ensino significativo dentro da realidade a qual pertencem. Formar o professor não é apenas qualificá-lo em uma “área específica”, capacitá-lo teórica e metodologicamente para ensinar determinado conteúdo, mas é também formá-lo para enfrentar e construir ação educativa escolar em sua totalidade (SOARES, 2000, p. 93). Embora o professor se forme para ensinar uma única disciplina, não significa que o mesmo necessite conduzir um ensino metodológico limitado, que não acompanha as mudanças sociais e os avanços tecnológicos, porque ensinar vai muito além das orientações que ajudam a entender conteúdos e regras; educar é, também, formar sujeitos capazes de conviver e compreender o mundo no qual está inserido.
  • 15. 14 A admissão da pesquisa como parceira da formação de professores tem se mostrado cada vez mais presente, de maneira que, ao se fazer pesquisa o profissional está aberto a novos horizontes para sua eficiência na prática educativa, porém, é preciso levar em consideração como a pesquisa está sendo incluída no processo formativo de professores, frente a sua importância na construção do conhecimento e emancipação do educando. Sabemos que a formação “teórica” do professor, com aulas de metodologia, não é suficiente. Mas sabemos também que as mini-pesquisas, cabíveis dentro dos limites dos cursos de formação, em geral não passam de arremedos artificiais, que não tem possibilidade de preencher de modo satisfatório quase nenhum dos requisitos da formação do pesquisador (LUDKE, 2007, p. 49). A necessidade de políticas educativas voltada para a pesquisa é constante, ainda mais dentro das academias, ambiente que tem como fundamento metodológico o tripé ensino-pesquisa-extensão, o qual tem sido estimulado dentro das possibilidades e limitações existentes em um curso de graduação. A formação do professor dentro de uma Universidade possui as suas limitações e mesmo assim deve ser construída com base em um contexto emancipatório, no qual os aprendizes são estimulados a desenvolver sua própria autonomia para buscar novos conhecimentos e não apenas serem meras réplicas de seus professores. Como afirma Demo (1996, p.17) “nada é mais degradante na academia do que a cunhagem de discípulos, domesticados para ouvir, copiar, fazer provas e sobretudo ‘colar’.” Ao praticar pesquisa em sala de aula, o professor demonstra comprometimento e responsabilidade com a profissão a qual exerce, pois isso significa que ele deseja fazer algo diferente para melhorar o ensino dos seus alunos, além de oferecer um bom exemplo para que o aprendiz se torne independente na busca pelo seu crescimento intelectual. Em uma graduação adquirida em conjunto com a pesquisa e o letramento digital, criam-se professores qualificados que sempre irão buscar novas fontes de informação para oferecer a seus alunos, pois o professor/pesquisador é um sujeito crítico e político que se preocupa com a qualidade educativa de seu país.
  • 16. 15 A pesquisa impulsiona o aprendiz a construir e a reconstruir o conhecimento e é durante esse estudo investigativo por novas idéias, teorias e resultados que o graduando desenvolve qualidades e valores como responsabilidade, criatividade, cidadania dentre outros, que são indispensáveis na educação, formando assim professores diferenciados e qualificados para atuar tanto em sala de aula quanto como orientadores e transformadores do saber. A alma da vida acadêmica é constituída pela pesquisa2, como princípio científico e educativo, ou seja, como estratégia de geração de conhecimento e de promoção da cidadania. Isto lhe é essencial, insubstituível (DEMO, 2002, p.127). O curso de formação em nível superior constituído pela pesquisa capacita o discente a ampliar sua própria independência formativa, contribuindo para o crescimento e desenvolvimento social em sua totalidade, pois o professor pesquisador é realmente comprometido com a educação, capaz de ensinar sem distinção de classe ou cor, promovendo sempre a cidadania e a igualdade, com abordagens educativas contextualizadas com a realidade dos aprendizes. Dentro das TIC, um recurso de grande utilidade para os professores é a internet, que possui um vasto e inesgotável campo de informações que, em muitos casos, podem ser transmitidas em tempo real garantindo a autenticidade do material escolhido pelo pesquisador. Porém esta acessibilidade de informações traz problemas para com a qualidade e a escolha do material a ser usado, necessitando assim, de preparação prévia para o manuseio de qualquer tecnologia que pertença ao grupo das TIC. Um dos grandes problemas das escolas hoje é a utilização das TIC no processo de ensino/aprendizagem, pois os professores não têm ou não tiveram a capacitação adequada para o uso das TIC em sala de aula, ou até mesmo, a própria escola não possui esses recursos tecnológicos à disposição de professores e alunos. O papel daqueles que conduzem o ensino não é impedir problemas ou retardar o ritmo das mudanças. Em vez disso, deve-se focalizar e acelerar suas habilidades e competências para reconhecer e resolver problemas (PEREIRA, 2005, p.14). 2 Grifo do autor.
  • 17. 16 O ensino formativo de professores carece de letramento eletrônico para utilizar as TIC em sala de aula, pois estas, quando bem aproveitadas proporcionam um aprendizado dinâmico e significativo, possibilitando trabalhar as múltiplas inteligências3, além de oferecer uma gama de informações ao aprendiz, que possui um etilo de vida cada vez mais interativo. Como afirma Morgan (2004, apud CASARIN, 2008, p.5), “com o advento da internet, das redes de comunicação em tempo real, da TV digital e do celular, surgem novas possibilidades no processo de ensino/aprendizagem que transformam e ampliam as práticas pedagógicas”. O sistema educativo possui o grande desafio de educar e formar cidadãos suficientemente capacitados para atuar no mundo contemporâneo, no qual o mesmo está cada vez mais informativo e interativo com a inclusão digital na chamada sociedade da informação, por esta conter inúmeras ferramentas tecnológicas que fazem parte da rotina de vida social de muitos cidadãos. No contexto atual o grande desafio das escolas, dos educadores e da sociedade civil é a exclusão digital ou o analfabetismo digital. Se as pessoas que estão à frente desse processo não compreendem o que é necessário e o que não é necessário fazer, podem inibir o desenvolvimento de nossas instituições de ensino ou mergulhá-las no envelhecimento prematuro (PEREIRA, 2005, p.13-14). No ensino de uma L2, a utilização dos recursos tecnológicos se torna ainda mais relevante, pois esses, integrados ao processo de ensino/aprendizagem contribuem significativamente para o desenvolvimento do conhecimento em LE. No aprendizado de LI como L2, faz-se necessária à prática das habilidades reading (ler), writing (escrever), listening (ouvir) e speaking (falar), o que torna indispensável a utilização das TIC, por estas ampliarem o campo das informações sociais, políticas e culturais, possibilitando ao aprendiz vivenciar situações reais diretamente com nativos. Na formação de professores em LI é preciso construir a consciência crítica de que as TIC não são meramente um aparato tecnológico em sala de aula, mas que essas são formadoras e construtoras de conhecimento que devem ser utilizadas de forma integrada ao ensino/aprendizagem de LI. 3 A teoria das múltiplas inteligências foi criada pelo teórico Howard Gardner (2000), na qual ele afirma que os seres humanos são dotados com as inteligências, naturalista, lingüística, musical, lógica, sinestésica, espacial, existencial, interpessoal e intrapessoal.
  • 18. 17 Alguns educadores consideram que a simples utilização desses meios é suficiente para garantir “avanço” na educação. Entretanto, só o uso não basta; se as tecnologias educacionais não forem bem utilizadas, garantem a novidade por algum tempo, mas não que realmente aconteça uma melhoria significativa na educação. Dessa forma, o simples uso das tecnologias educacionais não implica a eficiência do processo ensino-aprendizagem nem uma “inovação” ou “renovação”, principalmente se a forma desse uso se limitar a tentativa de introdução da novidade, sem compromisso do professor que utiliza e com a inteligência de quem aprende (BRITO; PURIFICAÇÃO, 2006, p.31 apud CASARIN, 2009, p.8). A apropriação das TIC para o ensino aprendizagem de Língua Inglesa pode ser extremamente útil. Porém é de fundamental importância a preparação profissional de professores em LI para a aplicação das TIC em suas práticas pedagógicas, pois de nada valerá os recursos tecnológicos na educação sem o conhecimento de sua utilização. Como afirma Dias (2009), o uso das TIC na prática educacional exige dos professores uma preparação prévia, planejamento e definição de objetivos a serem atingidos em sala de aula. O profissional de LI, letrado e alfabetizado para o uso das TIC em sala de aula, saberá como usufruir desses recursos tecnológicos com o objetivo de conduzir um ensino verdadeiro, eficaz e prático em língua inglesa, oferecendo ao aprendiz a oportunidade de ingressar no mercado de trabalho familiarizado e preparado para “enfrentar” todas as novas tecnologias presentes na sociedade. A admissão das TIC na Educação tem contribuído plenamente com a melhora do ensino/aprendizagem de LI, porém é necessário compreender que a mesma tem aderido essas novas tecnologias em seu contexto educacional. Cujos conceitos serão abordados na seção seguinte. 1.2 Impactos da TIC na educação As TIC foram e são criadas por diversas necessidades sociais, mas entre essas não está especificamente o campo educacional, embora o mesmo desfrute desses recursos tecnológicos com intuito de facilitar e colaborar com a aprendizagem. Pereira (2005, p. 20) argumenta que “o impacto da tecnologia da informação e comunicação está provocando mudanças graduais, porém muitas
  • 19. 18 vezes radicais, no trabalho, na educação e de maneira mais geral em nosso estilo de vida”. Com a apropriação das TIC para educação é preciso compreender como as escolas, professores e estudantes estão absorvendo essas ferramentas tecnológicas, de maneira que as mesmas não se tornem banais durante o desenvolvimento educativo na instituição escolar. A forma como as TIC são inseridas em sala de aula é que irá determinar o seu prestígio educacional ou não. A sociedade contemporânea procura novas maneiras de integrar as TIC no ensino, embora, muitas vezes, esses projetos estejam mais no papel do que na prática, tornando as possibilidades de aprendizagem qualificativas distantes de serem reais. Pereira afirma que, Antecipando algumas metas do projeto Sociedade da Informação no Brasil, a Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (LDB), em vigor desde 1996, já previa a necessidade de “alfabetização digital” em todos os níveis de ensino, do fundamental ao superior. No entanto o censo escolar do Ministério de educação (MEC), realizado em 1999, revelou que apenas 3,5% das escolas de ensino básico tinham acesso a internet e cerca de 64 mil escolas do país não tinham se quer energia elétrica (PEREIRA, 2005,p.21-22). A realidade brasileira quanto à desigualdade social, causa desmotivação para a utilização das TIC na educação, pois, com tantas carências básicas, como espaço físico, energia, lápis, caderno, livros e profissionais realmente capacitados, os recursos tecnológicos audio/visuais são vistos como uma ostentação para o ensino/aprendizagem. Porém, com a informatização e a interatividade na sociedade moderna, esquivar as TIC da educação, compromete o conhecimento e o desempenho satisfatório do aprendiz no meio social, visto que em tempos modernos saber aproveitar as novas tecnologias é uma questão de “sobrevivência” e inclusão na sociedade. Atualmente é quase inaceitável pensar nas TIC como algo complementar em sala de aula, raciocinar desta forma é buscar a regressão no ensino, promovendo o analfabetismo e exclusão digital e retardando o desenvolvimento do país, pois a educação deve acompanhar o ritmo das mudanças sociais. Pereira (2005) afirma
  • 20. 19 que, a forma como o ensino foi conduzido antigamente, pode não ter vantagem nenhuma no presente e nem no futuro. Esses fatores geram preocupações significativas para aqueles que acreditam que o uso das TIC em sala de aula contribui para a construção do conhecimento, o que de fato acontece quando usadas corretamente, de maneira que a mesma não pode ser excluída da educação. A sociedade tem que utilizar, da melhor maneira, as tecnologias disponíveis. Esse novo ambiente tecnológico tem importância fundamental para educação e para formação, embora as escolas não sejam suficientemente equipadas de computadores ligadas à internet. O pessoal docente, em especial educador e professores, precisam melhorar sua qualificação em termos de tecnologia. (PEREIRA, 2005, p.21). A qualificação tecnológica não deve se limitar apenas ao treinamento para o manejo técnico dos equipamentos eletrônicos, pois, para utilizá-los na educação é preciso uma boa formação pedagógica, que visualize as TIC como instrumento indissociável do processo formativo de cidadãos modernos. A inclusão das TIC na educação é de grande relevância para a sociedade, pois a mesma está cada vez mais informatizada e globalizada; e é através da escola que surgem sujeitos comprometidos com o desenvolvimento do seu país, para que seu povo não se torne excluídos digitalmente. Mesmo havendo treinamento e preparação adequados para o uso das TIC em sala de aula, é possível que outros fatores dificultem ou até mesmo impossibilitem a utilização desses recursos, dentre eles, está a tecnofobia, cujos conceitos serão abordados a seguir. 1.3 Tecnofobia em sala de aula O uso das TIC no campo educacional tem sido essencial para o desenvolvimento de um ensino/aprendizagem de maneira construtiva, satisfatória e inclusiva, porém a falta do letramento ou alfabetização eletrônica de grande parte dos profissionais de educação tem contribuído para questionamentos sobre a real qualidade desse ensino/aprendizagem, pois a carência de formação eletrônica atinge negativamente os programas educacionais.
  • 21. 20 Embora a sociedade esteja cada vez mais interativa, até mesmo para atividades habituais e corriqueiras, muitos profissionais, dentre estes professores, sofrem de tecnofobia4, ou seja, a dificuldade em adapta-se às novas tecnologias, o que traz implicações para o ensino/aprendizagem. Cada vez mais nossa sociedade vê-se dependente de computadores e outros equipamentos tecnológico para praticamente tudo, porém existe ainda um numero significantemente grande de pessoas que sentem um grande desconforto e chegam até mesmo a ter em determinados níveis, aversão por essas máquinas. (VEIGA NETO, 1999). Dentre esses desconfortos está o sentimento de medo, que faz parte da natureza humana e se apresenta com reações de inquietação diante de experiências ou situações vivenciadas que venham ser consideradas ameaça, deixando-o com receio ou temor. Porém quando esse medo ocorre de forma excessiva por certos objetos, lugares ou situações tornam se algo mórbido, assumindo o nome de fobia. Existem três tipos básicos de fobias: a agorafobia, fobia social e fobias específicas, seus sintomas são falta de ar, palpitações, dor ou desconforto no peito, sensação de sufocamento ou afogamento, tontura ou vertigem, sensação de falta de realidade, formigamento, ondas de calor ou de frio, sudorese, sensação de desmaio, tremores ou sacudidelas, medo de morrer ou de enlouquecer ou de perder o controle. Pessoas que possuem algum tipo de fobia necessitam de tratamento profissional, pois a fobia pode aumentar e desenvolver outros tipos de doenças psiquiátricas ou depressivas que levem ao uso de drogas. Dentre os tipos de fobias especificas está a tecnofobia, sofrida por muitos professores, pois embora o uso das TIC seja relevante no ensino/aprendizagem de uma L2, alguns educadores se mostram resistentes quanto à utilização dos recursos tecnológica em sala de aula. Alguns educadores tradicionais e não familiarizados com as TIC sentem-se inseguros e intimidados quanto ao uso das mesmas em suas aulas, pois o sentimento de incapacidade quanto ao manuseio adequado dos recursos tecnológicos provocam uma aversão aos mesmos, além desses educadores se sentirem ameaçados profissionalmente. 4 O termo tecnofobia está sendo utilizado no presente trabalho com o sentido metafórico. Pois, o nosso objetivo não é apresentar um quadro clínico, mas sim uma atitude de rejeição para com TIC em função do não letramento eletrônico por profissionais da educação.
  • 22. 21 Esse comportamento dos professores compromete o ensino/aprendizagem em LI, já que a mesma requer um trabalho voltado para as quatro habilidades lingüísticas, podendo ser amplamente beneficiadas pelas TIC, que garantem ainda a autenticidade do material utilizado. Muitos educadores acreditam que os computadores irão assumir sua função de mediador do conhecimento; esse é um pensamento equivocado, pois o professor não precisa sair da educação para que um computador ou qualquer outra tecnologia faça parte dela, no mínimo, é preciso que o educador saiba como conduzir um ensino integrado com as TIC, sem receio de usá-las para colaborar no processo formativo em LI. No curso superior em LI é essencial a preparação de professores para o uso adequado das TIC em suas aulas, além de desmistificar a idéia de que tecnologia é “bicho de sete cabeças”, já que as mesmas surgiram em beneficio da humanidade e colaboram significativamente com o aprendizado de LE. Ser tecnofóbico na atualidade é um fato preocupante, ainda mais sendo profissional de educação, pois, com a globalização, o mundo se tornará ainda mais interligado pelas invenções tecnológicas, e os futuros professores devem e precisam estar preparados para capacitar seus alunos para conviver de forma crítica e consciente nesse mundo informatizado e tecnológico. E é nesse sentido que os próximos capítulos buscam apresentar dados e informação sobre a formação de novos professores através de suas próprias percepções do processo formativo para o uso das TIC no ensino de LI.
  • 23. 22 CAPÍTULO 2 Conhecer e vivenciar a realidade para transformá-la Conhecer e vivenciar a realidade a ser pesquisada são os primeiros passos a serem trilhados no desenvolvimento de um bom trabalho de investigação de pesquisa. Pois “a realidade é um todo contínuo, complexo e dinâmico. Toda pesquisa parte da observação da realidade e deve retornar a ela para aplicar e testar seus resultados ou para delimitar novos fenômenos para o estudo (BARROS; LEHFELD, 2000, p.68). A realidade mutável da sociedade globalizada colabora para múltiplas práticas de pesquisas nas áreas educacionais, e a participação do pesquisador nos ambientes de investigação proporciona um maior conhecimento dos fatos a serem averiguados, de maneira que os mesmos devem buscar subsídios teóricos que se harmonizem com a prática vivenciada em sala de aula. Na formação permanente dos professores, o momento fundamental é o da reflexão critica sobre a prática. É pensando criticamente a prática de hoje ou de ontem que se pode melhorar a próxima prática. O próprio discurso teórico, necessário a reflexão critica tem de ser de tal modo concreto que quase se confunda com a prática (FREIRE, 1996, p. 39). As transformações sociais induzem a Educação para novos paradigmas educativos, de modo que a formação de professores deve ser constituída com base nas exigências e carências apresentadas por esse novo quadro social, buscando desenvolver competências e habilidades que venham contribuir amplamente para sua prática de ensino/aprendizagem. Sendo assim, os cursos de formação de professores em LE precisam desenvolver uma capacitação profissional que atenda às necessidades da educação atual, para que os futuros professores possam atuar em sala de aula de forma autêntica e consciente de que estão desenvolvendo uma abordagem educativa que responda às demandas da sociedade. A formação de professores em LI precisa propiciar ao aluno o desenvolvimento da suas potencialidades através das relações com o conhecimento, com o outro e com o mundo, para que esses possam refletir sobre sua própria língua e cultura através das diferenças culturais, os tornado sujeitos
  • 24. 23 capazes de conviverem pacificamente com as diversidades culturais, levando esses valores para prática profissional. Por isso, a pesquisa como aliada no processo de formação de professores é algo plausível, por esta criar no cidadão uma consciência crítica que faz surgir uma atitude de aprender pela própria elaboração do conhecimento autônomo na busca pelo aperfeiçoamento constante do princípio científico educativo. A grande tendência da pesquisa em sala de aula de línguas hoje esteja relacionada ao chamado movimento do professor- pesquisador em que o professor deixa seu papel de cliente/consumidor de pesquisa, realizada por pesquisadores externos, para assumir o papel de pesquisador envolvido com a investigação crítica de sua própria prática (MOITA, 1992, p.89). A pesquisa é um instrumento que guia a construção do conhecimento na prática do educador, fazendo com que esse novo profissional não seja mais um repassador de conteúdos, mas sim aquele que constrói novos caminhos para transformar a sua realidade e não mais um alienado diante de tal. 2.1 Do método A escolha por uma metodologia de pesquisa científica não é uma decisão isolada do que se objetiva (re)conhecer. O método se concebe a partir das dificuldades que se procura investigar diante da realidade observada, com a finalidade de obter dados e informações relevantes aos estudos desenvolvidos. A competência em realizar pesquisas científicas não deve ser medida e / ou considerada enquanto resultado da somatória de trabalhos e estudos efetivados, mas deve estar relacionada ao “como captar” e “como compreender” os fatos da realidade. O método é importante para se atingir a realidade, porém não é suficiente para garantir o êxito da pesquisa. (BARROS; LEHFELD, 2000, p.69). A utilização do método escolhido aleatoriamente não proporciona qualidade e resultados significativos, pois os mesmos devem estar coerentes com todas as partes que compõem um estudo investigativo, já que apenas um método ou técnica de pesquisa não é capaz de assegurar o sucesso da mesma.
  • 25. 24 Na busca por uma metodologia que se enquadrasse aos propósitos e objetivos deste trabalho, consideramos a pesquisa participante a mais pertinente para este estudo, já que diante da necessidade de investigar como os discentes de LI percebem o seu processo formativo para o uso das TIC no ensino/aprendizagem de uma L2, e sendo o pesquisador ainda estudante de graduação, insere-se na posição de pesquisador/pesquisado, em razão de a pesquisa participante ter como característica, a possibilidade da convivência do pesquisador no contexto a ser pesquisado. Quando o outro se transforma em uma convivência, a relação obriga a que o pesquisador participe de sua vida, de sua cultura. Quando o outro me transforma em um compromisso, a relação obriga a que o pesquisador participe de sua história. Antes da relação pessoal da convivência e da relação pessoalmente política do compromisso, era fácil e barato mandar que “auxiliares de pesquisa” aplicassem centenas de questionários apressados entre outros que, escolhidos através de amostragens ao acaso “antes”, seriam reduzidos a porcentagens sem sujeitos “depois”. Isto é bastante mais difícil quando o pesquisador convive com pessoas reais e, através delas, com culturas, grupos sociais e classes populares. Quando comparte com elas momentos redutores da distância do outro5 no interior do seu cotidiano. (BRANDÃO 1987, p. 12). A habitação do pesquisador na comunidade pesquisada intensifica a responsabilidade do retorno dos resultados e conclusões que chagaram a pesquisa, pois o investigador carrega consigo o compromisso da partilha das soluções, informações e/ou até mesmo frustrações que venham a ser significativas para o seu grupo social, essa convivência do pesquisador no lócus da pesquisa pode em alguns casos tornar o seu trabalho um pouco mais difícil, visto que, existe a possibilidade do mesmo exercer influencias sobre os outros e, por outro lado, o seu trabalho pode ser ainda mais significativo, já que o mesmo conhece como nenhum outro a realidade do ambiente da pesquisa. 5 Grifos do autor.
  • 26. 25 2.2 Do problema É de grande relevância que os processos de formação médios ou superiores, desenvolvam abordagens educativas-formativas condizentes com a realidade do aprendiz, buscando sempre acompanhar o ritmo das mudanças sociais objetivando a melhoria formativa de sujeitos que atuem na sociedade consciente de seu papel social. Diante de uma sociedade contemporânea influenciada pela revolução tecnológica, o campo educacional necessita de um aprimoramento dessas novas fontes de conhecimento, visto que um dos seus objetivos é capacitar cidadãos para o mundo moderno. Desta maneira, a Educação que sempre contou com ferramentas tecnológicas tradicionais (o livro, o gravador, o projetor de imagens, o rádio, o cinema, a televisão, etc.), tem agora a possibilidade de integrar as Tecnologias de Informação e Comunicação (TIC) ao ensino/aprendizagem de uma Segunda Língua (L2). A questão que este trabalho procura responder é: Como os discentes de Língua Inglesa (LI) percebem o seu processo formativo para a apropriação das TIC em benefício do ensino/aprendizagem (LI)? Esse problema emergiu a partir de reflexões sobre os benefícios que as TIC podem proporcionar ao ensino/aprendizagem de LI mediante a capacitação profissional para o uso dessas tecnologias em sala de aula. 2.3 Questões norteadoras As TIC têm sido incorporadas ao cenário educativo visando à inclusão do aluno neste meio, permitindo o acesso à informação e ao conhecimento, além de promover a melhoria da prática pedagógica do professor e estimular o aprendiz. O ensino de línguas tem à disposição recursos tecnológicos que, utilizados de forma integrada ao ensino, podem auxiliar o professor a promover aulas e atividades produtivas que permitem inserir e adaptar o idioma estudado aos contextos, possibilidades e necessidades que lhe forem apresentadas. Nesse sentido, a qualificação profissional para a utilização das TIC torna-se imprescindível, um fator que nos conduziu para as seguintes indagações: Qual a percepção estudantil do processo formativo para o uso das TIC em suas práticas
  • 27. 26 pedagógicas? Os discentes de LI estão realmente capacitados para utilizar as TIC de forma significativa? Este estudo procura responder essas questões através do olhar que os estudantes de graduação têm sobre seu processo formativo. 2.4 Dos objetivos As TIC se tornaram um fator relevante na formação do profissional de Educação, por essas contribuírem para o desenvolvimento do aprendizado significativo, proporcionando aulas motivadoras que favorecem aos aprendizes conhecimentos críticos e o desenvolvimento de sua autonomia para buscar novas fontes de informações nos ambientes virtuais que ampliam e intensificam o sua aprendizagem. Sendo assim, este estudo tem como objetivo geral demonstrar a importância da formação docente para a manipulação das TIC no ensino/ aprendizagem de LE, buscando de forma mais específica, salientar os benefícios das TIC no ensino/aprendizagem de LI, assim como, instigar a auto-avaliação do corpo docente e discente do campus XIV, quanto ao processo formativo de professores em LI para a utilização das TIC em suas práticas educativas. As instituições universitárias, que assumem a responsabilidade de formar profissionais na área educacional necessitam estarem atentas as condições de ensino/formação de seu Campus e prática docente, visto que será a Universidade o ambiente de formação desses futuros professores, para que os mesmos possam refletir sobre seu processo formativo, tornando-se profissionais conscientes e independentes, que buscam renovações e inovações constantes para o seu aprendizado e para suas práticas pedagógicas. 2.5 Do lócus e sujeitos da pesquisa A amostragem não-probabilística desta pesquisa foi escolhida de forma intencional/racional, já que, este estudo tem como fundamentos metodológicos a pesquisa participante, não poderia desvincular o lócus e os sujeitos da investigação para aqueles com os quais não possuo uma convivência que partilha dificuldade e realizações em função dos objetivos em comum.
  • 28. 27 A pesquisa participante se coloca a serviço dos grupos sociais ou categorias de sociais mais desprovidos e explorados. Ela busca não somente desencadear ações suscetíveis de melhorar as suas condições de vida, mas também desenvolver a capacidades de análise e resoluções dos problemas que enfrentam ou convivem cotidianamente. Torna-se pois importante que a pesquisa participante ou pesquisa ativa esclareça “para quem” se trabalha (BOTERF,1987, p.72). Os dados desta pesquisa foram obtidos através da amostragem de quinze alunos da turma do oitavo semestre do curso Letras, Licenciatura em Língua Inglesa, Campus XIV (UNEB), município de Conceição de Coité – BA. Os sujeitos da pesquisa estão na faixa etária dos 20-27 anos, sendo três do sexo masculino e doze do sexo feminino, dos quinze graduandos treze exercem a profissão de professor e dois são apenas estudantes. O Campus XIV foi escolhido para a efetivação desta pesquisa por ser o ambiente no qual realizo curso de graduação. A escolha do público se deu mediante a observação de que a disciplina Novas Tecnologias e Educação a Distancia no Ensino de Línguas, cujos conceitos são condizentes com a proposta deste trabalho, apenas é oferecida no sétimo semestre do curso de graduação, de maneira que outros estudantes não poderiam oferecer dados com propriedade e segurança para este estudo. Quadro 01: Procedimentos de seleção dos sujeitos da pesquisa participante Tipo de amostra Não probabilística intencional/racional Quantidade de sujeitos Quinze (três do sexo masculinos e doze do sexo femininos) Razão da seleção dos sujeitos Efetivação da disciplina novas tecnologias. Escolha da área de conhecimento Letras, Licenciatura em Língua Inglesa. Profissão dos sujeitos 13 professores e 2 estudantes 2.6 Dos instrumentos e procedimentos de coletas dos dados A pesquisa participante tem como instrumento de coleta um questionário com perguntas de “estimação/ avaliação” (BARROS; LEHFELD, 2000, p. 208), dicotômicas e abertas, com a finalidade de levantar dados que demonstrem como os estudantes de LI compreendem o seu processo de formação para usufruir das TIC
  • 29. 28 nos ambientes de ensino/aprendizagem que lhe forem atribuídos durante o exercício educativo de um profissional de educação. A coleta dos dados deste estudo se deu através da troca de e-mail, no qual, o questionário foi enviado para os membros da turma do oitavo semestre, com uma nota explicativa dos objetivos da pesquisa, tendo 75% de retorno dos mesmos, um número significativamente bom, já que é sabido, que em muitas coletas de dados, através de questionário adquire-se apenas 25% de retorno. O questionário foi dividido em duas categorias a primeira denominada “Você e as TIC antes da universidade” essa etapa teve como objetivo obter informações sobre o nível de conhecimento, utilização e experiências tecnológica dos graduandos antes do curso superior. A segunda categoria do questionário de investigação foi denominada “Você a as TIC na universidade”, nessa etapa se concentrou ainda mais as expectativas a serem alcançadas neste estudo, de maneira que, decidimos apresentá-los em quadros para que os mesmos fossem visualizados e compreendidos de maneira mais clara. O questionário de perguntas fechadas e aberta foi de grande relevância para a obtenção de dados qualitativos, que revelaram a visão estudantil acerca do seu processo de formação em prol do ensino/aprendizagem de Língua Inglesa em parceria das TIC e é através desse olhar que podemos buscar novas maneiras sócio educacional para a formação de novos professores. Quadro 02: Procedimentos de coleta de dados Aplicação dos questionários Cada sujeito responde o questionário de “estimação/avaliação” com perguntas dicotômicas e abertas. Você e as TIC antes da universidade Nível de conhecimento, utilização e experiências tecnológicas dos graduandos antes do curso superior. Você e as TIC na universidade Percepção discente do processo formativo para o uso das TIC no ensino/aprendizagem de LI. Recolhimento dos instrumentos de Os instrumentos foram devolvidos via e-mail pesquisa. após preenchimento dos dados.
  • 30. 29 2.7 Dos procedimentos de análise Após a organização dos dados obtidos pelo questionário, os mesmos foram transcritos de forma estática, procedendo-se então a análise qualitativa das respostas dadas pelos sujeitos da amostra. Os dados foram apresentados em quadros para que os mesmos fossem visualizados de forma clara, seguido assim, da interpretação dos mesmos. Foram analisados os dados de cada sujeito e do conjunto de sujeitos.
  • 31. 30 CAPÍTULO 3 O olhar discente sobre o seu processo formativo em LI para o uso das TIC Jean Paul Sartre (apud CARNEIRO, 1999) escreveu que o olhar do outro tem influências sobre os nossos atos e decisões, e que a partir da existência de outro ser, vão surgir sentimentos como vergonha, temor e orgulho, mas que antes de nos atribuirmos quaisquer adjetivos somos consciências livres, porém muitas vezes precisamos tomar decisões que sofrem influência de algo mais forte e limitador de atitudes, essa é a presença e a visão do outro acerca da atitude tomada, é forma como esse outro irá avaliar/condenar o ato, determinando/atrapalhando a ação/decisão. Assim, o outro será o seu revelador, pois é o olhar dele que o revela que o transforma em objeto. O olhar alheio, por uma tentativa de reduzir-me a um ser em si, arrisca o meu ser e este perigo não pode ser visto como uma contingência, mas como uma estrutura presente e definitiva no meu-para-outro. Sartre ainda deixa claro que “o juízo que um outro atribui ao meu ser, só é verificável se assim eu permitir, pois não sofro passivamente os juízos alheios, mas os assumo ou descarto-me deles” (SARTRE apud CARNEIRO, 1999, p. 43). Assim sendo, os olhares discentes pretendem revelar uma realidade vivenciada pelos mesmos, na busca por uma possível melhora ou permanecia das atividades formativas do Campus XIV em favor das TIC no ensino/aprendizagem de Língua Inglesa. Quadro 03: Você e as TIC antes da universidade. QUESTÕES SIM NÃO 1 Você já realizou algum tipo de curso na área das novas 56% 44% tecnologias? Qual? 2 Você costumava utilizar o e-mail para troca de 94% 6% informações com colegas de escolas ou amigos? 3 Durante a sua formação no Ensino Fundamental (EF) e 67% 33% Ensino Médio (EM) os seus professores utilizavam algum recurso que fizesse parte do grupo das TIC? 4 Você já buscou alguma Tecnologia da Informação e 84% 14% Comunicação (TIC) para aprender uma segunda língua?
  • 32. 31 Questão 1: Embora 56% dos estudantes tenham respondido que não realizaram cursos que abrangessem ao grupo das TIC, resultados posteriores a essa questão, levou-nos a deduzir que os estudantes mesmo sem treinamento para manuseio das TIC já desfrutavam dos beneficio tecnológicos para suas atividades cotidianas e os 44% que responderam sim, já realizou cursos de informática básica em software livre, novas tecnologias à distância e oficinas oferecidas pela UNEB. Questão 2: Diante da afirmação de 94% dos estudantes de que antes da Universidade já usavam o e-mail para troca de informações com colegas e amigos esse resultado demonstra que as TIC já estavam presentes nas atividades de interação e comunicações da população jovens, e alguns professores já tentavam tornar isso favorável para a Educação, embora muitas vezes sem orientações, recursos ou até mesmo formações tecnológica, como aponta os dados da questão abaixo. Questão 3: Os dados revelaram que 67% dos estudantes tiveram professores no nível básico que utilizavam alguns recursos tecnológicos em sala de aula, os mesmos também revelaram que tais recursos eram limitados a aparelhos de som e computadores sem internet, demonstrando o quanto é necessária a formação de novos e a qualificação de velhos profissionais de educação para o exercício constante da pesquisa em sala de aula, para que esses professores criem estratégias de aprendizagem que motivem e assegurem um aprendizado de qualidade que acompanhe as tendências da cada geração, pois a novas tecnologias não se restringem apenas a computadores e aparelhos de som. Questão 4: 84% dos estudantes responderam que já buscou alguma Tecnologia da Informação e Comunicação (TIC) para aprender uma Segunda Língua. Esse dado revela que esse grupo de estudante de graduação apesar de ainda inconscientes, compreendiam que as TIC faziam e fazem a diferença no aprendizado de uma L2, mesmo por que, nos ensinos tradicionais, apenas as habilidades ler e escrever eram exaustivamente trabalhadas em sala de aula, mas essa questão merece ser discutida em outro momento, para que não fujamos dos objetivos deste trabalho. Você e as TIC na Universidade
  • 33. 32 Para se adquirir uma boa formação tecnológica, tempo e dedicação é um fator imprescindível, de maneira que os discentes consideraram carga horária da disciplina de Novas Tecnologias e Educação à Distância no Ensino de Língua insuficiente, como mostra os dados abaixo: Quadro 4: Carga horária da disciplina novas tecnologias. Péssimo Ruim Regular Bom Ótimo 13% 7% 60% 13% 7% Os resultados revelaram uma insatisfação dos graduandos para com a carga horária da disciplina, ainda mais, por a mesma ser parcialmente à distância e disponibilizada no sétimo semestre de curso, com uma carga horária de 60 horas/aulas apenas, o que não é suficiente para suprir os requisitos de uma boa qualificação para o uso das TIC. Pondo em risco a capacitação discente para o uso das novas tecnologias com prestígio educacional. É importante ressaltar Pereira (2005, p.13), quando ela afirma que a cada período, as organizações (escolas, universidades, dentre outras) enfrentam novos desafios, e é a forma como essas se organizam que determinará o seu sucesso e objetivos. As abordagens formativas oferecidas na disciplina Novas Tecnologias e Educação à Distância são de extrema relevância para formação do educando e os resultados abaixo nos chama ainda mais atenção para esse fato. Quadro 5: Abordagem formativa na disciplina novas tecnologias. Péssimo Ruim Regular Bom Ótimo 0% 13% 54% 26% 7% O fato dos estudantes considerarem as abordagens formativas na disciplina Novas Tecnologias como regular, se deve ao fato de à mesma ter trilhado apenas o caminho da hipertextualidade, área de estudo do orientador da disciplina e “nesse processo, é importante que o professor propicie a interligação entre os saberes da sua área de atuação com os demais saberes que são necessários para a formação escolar e vida do aluno” (CASARIN, 2009, p. 5), o que contribuiu para a insegurança no uso de outras tecnologias em sala de aula. O posicionamento do corpo docente durante as aulas para com as TIC no ensino/aprendizagem de Língua Inglesa é outro fator relevante na formação dos
  • 34. 33 discentes, pois esses são exemplos “vivos” que exercessem influencias nas atitudes e práticas educativas dos graduandos, e os resultados como podem ser vistos no quadro abaixo, não foram nada animador. Quadro 6: Posicionamento do corpo docente para com as TIC. Péssimo Ruim Regular Bom Ótimo 7% 20% 46% 20% 7% O resultado acima revela que os estudantes sentem a falta de uma postura mais ativa do corpo docente para com as TIC em sala de aula, pois são eles os principais formadores desses futuros professores e também necessitam usufruir mais das TIC na capacitação profissional. Casarin (2009, p.5) salienta que o educador precisa se inserir no mundo das tecnologias para desfrutar dos benefícios que as TIC oferecem ao ensino/aprendizagem. Assim sendo, esses formadores poderão oferecer orientações adequadas em sala de aula. Durante o curso de graduação desenvolvem-se estágios supervisionados em sala de aula, as orientações teóricas e pedagógicas para a utilização das TIC durante esse período são extremamente necessárias, e os dados abaixo evidenciam uma ocorrência um pouco animadora. Quadro 7: Orientações para o uso das TIC em estágios. Péssimo Ruim Regular Bom Ótimo 0% 0% 26% 67% 7% Durante os estágios supervisionados, tivemos orientações para a utilização das TIC em nossas atividades em sala de aula, além de sugestões de atividades e conteúdos com os quais as TIC poderiam ser úteis, mas ainda sim, houve a necessidade de aulas práticas, nas quais, pudessem desenvolver e elaborar nossos próprios exercícios de sala de aula, com embasamentos de utilização do radio, celular, jornal, hipertexto, internet, dentre outros, e não apenas aparelhos de som, TVs, data shows e computadores. Casarin (2009) em seus estudos evidencia a importância do uso de todas as tecnologias no ensino aprendizagem de LI. Outro questionamento feito aos discentes foi: como você avalia a sua qualificação para utilizar as TIC no ensino/aprendizagem de Língua Inglesa? Vejamos os dados abaixo: Quadro 8: Qualificação para o uso das TIC no ensino de LI. Péssimo Ruim Regular Bom Ótimo
  • 35. 34 0% 0% 20% 67% 13% Os dados revelam que os estudantes se consideram com uma boa qualificação para utilizar as TIC no ensino de LI, mas estes resultados não estão relacionados necessariamente à formação acadêmica dos mesmos, pois dados anteriores e posteriores a esse nos conduziram as essa dedução, como havia dito, essa nova geração de professores possuem autonomia para buscar fontes de conhecimento para se próprios e para as suas atividades pedagógicas. Os dados quanto ao acervo bibliotecário no fornecimento de livros e teóricos que argumentam sobre as TIC, não foram muito excitantes como mostra o quadro abaixo. Quadro 9: Acervo bibliotecário Péssimo Ruim Regular Bom Ótimo 13% 40% 40% 7% 0% Na formação de professores o conhecimento teórico é de extrema relevância para as boas práticas educativas e o quadro acima revelou dados preocupantes, pois isso significa que o acervo bibliotecário da UNEB necessita de uma reposição urgente de livros teóricos e práticos que argumentem sobre o uso das TIC na educação, dentre outras áreas do conhecimento, para que os próximos graduandos não enfrentem as mesmas dificuldades materiais que esses futuros formandos enfrentaram. O laboratório de informática oferecido pelo Campus XIV, para a realização de pesquisas e necessidades educativas, precisa de urgente atualização de hardware e software, pois como mostram os dados abaixo esse espaço não está propiciando bons resultados. Quadro 10: Laboratório de informática. Péssimo Ruim Regular Bom Ótimo 46% 40% 14% 0% 0% O laboratório de informática é um espaço de aprendizagem significativo em uma Universidade, visto que, no mesmo os alunos podem realizar pesquisas e atividades acadêmicas, Casarin (2008/09, p.4) ressalta que “diante dos avanços tecnológicos, faz-se necessário que o(a) professor(a) utilize as TIC – especial o computador – nas aulas de Língua Inglesa” , porém os dados revelaram uma grande
  • 36. 35 insatisfação dos graduandos, visto que o laboratório de informática possui um número de computadores ultrapassados e uma conexão com a internet muito precária, o que impulsiona a desmotivação dos alunos para a realização de atividades no Campus, já que, o laboratório não garante a execução de atividades produtivas. Porem, não é apenas o laboratório de informática que deixa a desejar no Campus XIV, os aparelhos de sons e DVDs, TVs, data shows, dentre outros, disponíveis para atividades pedagógicas também necessitam serem avaliados/revistos pelos administradores do Campus. Vejamos o quadro abaixo: Quadro 11: Aparatos tecnológicos do campus XIV Péssimo Ruim Regular Bom Ótimo 0% 60% 20% 20% 0% Desenvolver uma boa formação para a manipulação das TIC em sala de aula com equipamentos em condições precárias é quase impossível, ainda mais no ensino de uma L2 que necessita praticar as quatro habilidades lingüísticas e os resultados acima revelam que os estudantes de graduação estão se sentindo prejudicados pela falta de equipamentos que funcionem com qualidade ainda que estejam velhos. Porém essa realidade carente de equipamentos eletrônicos não é característica exclusiva do Campus, mas uma realidade brasileira, Pereira (2005, p. 21) afirma “embora o Brasil esteja entre os 12 países mais bem-posicionado em relação à inclusão digital, apenas 5% da população utilizam os serviços de rede, havendo ainda grande déficit de meios físicos para acesso a internet.” Demonstrando que a educação Brasileira deixa muito a desejar quando o assunto é tecnologia. Diante da percepção formativa demonstrada acima, os discentes classificam o seu aprendizado para a manipulação das TIC no ensino de Língua Inglesa nesse período de formação profissional como 46% bom, os mesmo justificaram que essa classificação não é necessariamente mérito da Universidade, mas sim, a prática em sala de aula e outras experiências tecnológicas. como mostra o quadro abaixo: Quadro 12: Formação para a manipulação da TIC em sala de aula. Péssimo Ruim Regular Bom Ótimo 0% 7% 40% 46% 7%
  • 37. 36 A última questão deste estudo foi reservada para sugestões, críticas e elogios quanto à formação para o uso das TIC no ensino/aprendizagem de LI na Universidade. Vejamos algumas respostas: Como abordei acima, a formação para o uso das Tics (SIC!) deixa muito a desejar. Todos nós aprendemos que temos que levar algo inovador para a sala de aula e até mesmo o uso das tics, mas como afirmei não aprendemos na prática o seu uso. Então como querem que haja o uso das tics se não aprendemos na prática a conciliá-las com o ensino em si? (aluno 01) Na universidade, temos apenas noção dos conteúdos, pois não existe espaço para praticar a uso de alguma tecnologia. Já na disciplina que foi a distância permitiu que aprendêssemos a usar o ambiente virtual e suas funções, espaço novo e atual para a sociedade moderna. (aluno 02) Os docentes deveriam se atualizar mais com relação ao uso das TIC, sabendo que vários não as utilizam por falta de conhecimento e o medo da modernidade, o que atrapalha bastante nossa vida acadêmica. (aluno 03) Sabemos que a universidade pode fazer muito mais para a formação dos universitários quando se trata de novas tecnologias, o descontentamento dos universitários dentro da universidade é geral, máquinas quebradas, falta de equipamento, máquinas velhas, má manutenção, falta de assistência técnica; os problemas são muitos, mas falta mais ainda à mobilização de quem mais precisa e mais utiliza estes equipamentos que são os alunos e professores para mudar esta realidade, enquanto isso quem poderia mudar está de braços cruzados. (aluno 04) Acredito que muitos professorem em formação ainda tenham pouco conhecimento quanto à utilização desses recursos tecnológicos, e a Universidade oferece mais a parte teórica. Deveria haver o ensino de como manusear e como trazer essas tecnologias para a sala de aula. (aluno 05). Diante dos dados e depoimentos apresentados neste estudo nota-se que os estudantes percebem o processo formativo realizado no Campus XIV para a utilização das TIC no ensino/aprendizagem de LI como L2, precário e insatisfatório, visto que os mesmo têm consciência de que professor de Língua Estrangeira necessita de uma qualificação para o uso das TIC em sala de aula, pois sua utilização de forma inadequada pode não surtir efeito nenhum na aquisição da L2.
  • 38. 37 A percepção estudantil acerca do seu curso de formação demosntra que o curso de Letras, Licenciatura em Língua Inglesa, ainda não favorece uma qualificação aceitável para a manipulação das TIC em sala de aula, pois com tantas carências básicas como uma boa estruturação física e suportes apropriadas de materiais formativos para a capacitação tecnológica no Campus XIV, a formação profissional sofre interferências negativas em seu processo, gerando conseqüências futuras para Educação.
  • 39. 38 Considerações Finais O uso das TIC na Educação contribuir significativamente para o desenvolvimento intelectual do homem, por essas possibilitar variedade e rapidez no acesso à informação, em função disso, os profissionais de educação necessitam adquirir uma formação autentica, contextualizada e critica de que as TIC não são equipamentos auxiliares de abordagens lúdicas em sala de aula, pois a sua utilização de forma consciente e correta fornece ao aprendiz conhecimentos necessários para viver na contemporaneidade de critica e autônoma. Os cursos de formação superior em LE necessitam desenvolver abordagens formativas condizentes com as necessidades educativas da contemporaneidade, usufruindo de todas as ferramentas de aprendizagem disponíveis na sociedade incluindo as TIC que são extremamente úteis no aprendizado de uma L2, já que faz- se necessária a prática de habilidades como ler, escrever, ouvir e falar no idioma estudado, e as TIC se tornam uma grande aliada para o aprimoramento ou aprendizagem dessas habilidades lingüísticas, além de ampliarem o campo das informações sociais, políticas e culturais, e possibilitando ao estudante vivenciar situações reais com nativos da L2. O bom desenvolvimento de formações superiores refletem positivamente nas outras categorias de ensino/aprendizagem, de modo que formar professores para atuar no mercado de trabalho é uma tarefa difícil e delicada que necessita de destreza, responsabilidade e compromisso. Este estudo realizado através da percepção estudantil sobre o processo de formação de professores realizado no Campus XIV para a manipulação e inclusão das TIC no ensino/aprendizagem de Língua Inglesa foi de grande relevância para nos elucidar o quanto a formação de professores em Língua Estrangeira necessitam de uma qualificação mais eficaz para o uso das TIC em sala de aula, pois sua utilização de forma inadequada não garante aquisição da L2, além de perderem seu valor na construção do conhecimento. Os resultados apresentados pela pesquisa demonstraram que o Campus XIV e o curso de formação superior em Língua Inglesa, na visão discente, ainda não proporcionam uma legítima capacitação para o uso das novas tecnologias em sala
  • 40. 39 de aula, pois o Campus, ainda não oferece suportes de equipamentos eletrônicos adequados e livros teóricos que atendam necessidades dos estudantes, além da insuficiência de atitudes mais representativas do corpo docente para com as TIC e não apenas a figura do orientador da disciplina novas tecnologias As discussões apresentadas neste estudo tiveram como fundamento teórico concepções tecnologicas e formativas de Pereira (2005), Casarin (2008/09), Dias (2009), Castells (1999) Demo (1998; 2002) dentre outros, que nos forneceram subsídios para afirmar que a boa formação profissional para a utilização da TIC em sala de aula, proporciona a formação de sujeitos críticos e autônomos capazes de atuar na sociedade exercendo a sua cidadania e preparados para enfrentar o mercado de trabalho em sua totalidade. Portanto, é necessário que o campus XIV se posiciona quanto ao processo formativo desenvolvido no mesmo, já que, a percepção estudantil que são sujeitos essências para existência do curso, demonstra que o mesmo deixa muito a desejar quando o assunto é TIC no ensino de LI, pois esses sujeitos, diante dos dados, apresentados não tiveram a formação desejada para a manipulação das TIC em sala de aula e embora saibamos da existência de muitos outros fatores que contribuíram de forma direta ou indireta para esses resultados, não se pode “fechar os olhos” para essa situação que já foi identificada e vivenciada por todos do Campus. Por tanto, refletir criticamente sobre a formação superior em função da atuação dos egressos na Educação Básica é necessário para que se desenvolva uma capacitação significativa. Mas, apenas refletir não basta, é preciso que a partir das conclusões chegadas, haja modificações contínuas no exercício da docência, na medida em que forem necessárias para a otimização das habilidades a serem desenvolvidas pelos alunos, na busca por uma Educação formadora de sujeitos críticos e autônomos capazes de interagir no mundo dentro das mudanças sociais
  • 41. 40 Referências BARROS, Adil de Jesus Paes de; LEHFELD, Neide Apreciada de Souza. Fundamentos de metodologia científica. 2 ed. São Paulo: Makron books, 2000. BRANDÃO, Carlos Rodrigues (org.). Repensando a pesquisa participante. 3 ed. São Paulo: Brasiliense, 1987. CARNEIRO, Ivana Libertadoira B. O Olhar do Outro em Jean-Paul Sartre. Revista Argumento, n. 1, Salvador: UFBA, 1999. CASARIN, Dulce Pazinato. As Tecnologias de informações e comunicação e o ensino/aprendizagem de língua inglesa. PDE - 2008/09 - Artigo final. Disponível em:<http://www.diaadiaeducacao.pr.gov.br/portals/pde/arquivos/1742-8.pdf>. Acesso em: 07 jul. 2010. CASTELLS, Manuel, A sociedade em rede – Tradução: Roneide Venâncio Majer. A era da informação: economia sociedade e Cultura; V. a. São Paulo. Paz e Terra, 1999. COSCARELLI, C. V.; RIBEIRO, A. E. (Org.). Letramento digital: aspectos sociais e possibilidades pedagógicas. Coleção Linguagem e Educação. Belo Horizonte: Ceale/Autêntica, 2005. DEMO, Pedro. Pesquisa: O que é?. In: ______ Pesquisa: Princípio Cientifico e Educativo. 9 ed. São Paulo: Cortez, 2002. p. 11-44. DEMO, Pedro. Desafios Modernos da Educação. Petrópolis: Editora Vozes. 1998. DIAS, Reinildes. Integração das TIC ao ensino e aprendizagem de língua. (Faculdade de Letras – UFMG). 2009. Disponível em: <http://www.macmillan.com.br/artigos/detalhe.php?ID=MTQ>. Acesso em: 30 abr. 2010. FREIRE, Paulo. Pedagogia da autonomia. São Paulo: Paz e Terra, 1996. GARDNER, Howard. Educando as inteligências. In: ______. Inteligências múltiplas: a teoria na prática. Tradução de Maria Adriana Veríssimo Veronense. Porto Alegre: Artmed, 2000. P. 66-137. LUDKE, Menga. A complexa relação entre o professor e a pesquisa. In: ANDRÉ, Marli (org.). O papel da pesquisa na formação e na prática dos professores. 6 ed. Campinas: Papirus, 2007, p. 27-54. PEREIRA, João Tomaz. Educação e sociedade da informação. In: COSCARELLI, Carla; RIBEIRO, Ana Elisa. Letramento digital e possibilidades pedagógicas. Belo Horizonte: Autêntica, 2005, p.13-23.
  • 42. 41 SOARES, Magda. As pesquisas nas áreas específicas influenciando o curso de formação de professores. In: ANDRÉ, Marli (org.). O papel da pesquisa na formação e na prática dos professores. 8 ed. Campinas: Papirus, 2000, p. 91-105. VEIGA NETO, Alípio Ramos. Atitudes de consumidores frente a novas tecnologias. Dissertação de Mestrado. PUC-Campinas, Departamento de pós- graduação em psicologia. Campinas: PUC, 1999. Disponivel em: < http://www.veiga.net/tecnofobia/> Acesso em: 13 jun. 2011.
  • 43. 42 Apêndice UNIVERSIDADE DO ESTADO DA BAHIA Departamento de Educação – Campus XIV Orientador: Prof. MSc. Emanuel Nonato Pesquisadora: Deisiane Santana A formação docente de LE para o uso das TIC em suas práticas pedagógicas. Caro (a) colega: Estou realizando uma pesquisa cujo objetivo principal é contribuir para a formação de futuros professores de Língua Inglesa. Por isso, peço a sua colaboração nesse trabalho. Desde já, agradeço a sua participação. Nome:__________________________________________________________ Idade:_______________ Sexo:_______________ Semestre:______________ Profissão:_______________________________________________________ Você e as TIC antes da universidade: 1. Você já realizou algum tipo de curso na área das tecnologias da informação? ( ) sim ( ) não Qual?_____________________________________________________. 2. Você costumava utilizar o e-mail para troca de informações com colegas ou amigos? ( ) sim ( ) não 3. Durante a sua formação no Ensino Fundamental (EF) e Ensino Médio (EM) os seus professores utilizavam algum recurso que fizesse parte do grupo das TIC? ( ) sim ( ) não Quais?___________________________________________________.
  • 44. 43 4. Você já buscou alguma Tecnologia da Informação e Comunicação (TIC) para aprender uma segunda língua? ( ) sim ( ) não Qual?____________________________________________________. Você e as TIC na universidade: 5. Como você avalia a carga horária da disciplina de novas tecnologias e educação a distância no ensino de línguas e literatura estrangeira que faz parte da sua grade curricular? ( ) Péssima ( ) Ruim ( )Regular ( ) Bom ( ) Ótima 6. Como você avalia a abordagem formativa oferecida na disciplina novas tecnologias e educação a distância no ensino de línguas e literatura? ( ) Péssima ( ) Ruim ( )Regular ( ) Bom ( ) Ótima 7. Como você avalia o posicionamento do corpo docente durante as aulas para com as TIC no ensino/aprendizagem de Língua Inglesa? ( ) Péssima ( ) Ruim ( )Regular ( ) Bom ( ) Ótima 8. Como você classifica as orientações teóricas e pedagógicas para a utilização das TIC durante os estágios supervisionados? ( ) Péssima ( ) Ruim ( )Regular ( ) Bom ( ) Ótima 9. Como você avalia a sua qualificação para utilizar as TIC no ensino aprendizagem de Língua Inglesa? ( ) Péssima ( ) Ruim ( )Regular ( ) Bom ( ) Ótima 10. Como você classifica o acervo bibliotecário quanto ao suporte de livros e teóricos que argumentam sobre as TIC? ( ) péssima ( ) ruim ( )Regular ( ) bom ( ) ótima
  • 45. 44 11. Como você avalia o laboratório de informática oferecido por essa universidade para a realização de pesquisas e necessidades educativas? ( ) Péssima ( ) Ruim ( )Regular ( ) Bom ( ) Ótima 12. Como você classifica os aparatos tecnológicos como, aparelhos de sons e DVDs, TVs, data shows, dentre outros, disponíveis no campus XIV para atividades pedagógicas? ( ) Péssima ( ) Ruim ( )Regular ( ) Bom ( ) Ótima 13. Como você classifica o seu aprendizado para a manipulação das TIC no ensino de Língua Inglesa, nesse período de formação profissional? ( ) Péssima ( ) Ruim ( )Regular ( ) Bom ( ) Ótima Justifique sua resposta: ______________________________________________________________ ______________________________________________________________ ______________________________________________________________ ___________________________________________________________ 14. O que significa utilizar as TIC no ensino de Língua Inglesa para você? ______________________________________________________________ ______________________________________________________________ ______________________________________________________________ __________________________________________________________ 15. Observações: (espaço reservado para sugestões, críticas e elogios quanto à formação para o uso das TIC oferecido pela Universidade). ______________________________________________________________ ______________________________________________________________ ______________________________________________________________ _____________________________________________________________