O documento contém vários poemas curtos sobre temas como a primavera, poluição, amor e família. Os poemas celebram a natureza e enfatizam a importância de preservá-la.
4. Primavera linda
Hoje acordei
com as andorinhas a
cantar.
Abro a janela
Para as admirar.
Sinto o cheiro no ar
a terra e flores.
Os campos estão verdes
Juntamente com outras
cores.
Saio a correr
para ir brincar
Com o rio à minha
espera
Para mergulhar.
Bernardo Valente de Melo
POESIA NA CORDA 2012
5. Temos de deixar de poluir
Temos de deixar de poluir A terra está a ser destruída,
não deitar lixo para o chão A Natureza está a morrer,
não deitar lixo no mar. Sem ninguém para a proteger,
Alguma coisa temos de fazer.
Vamos preservar a Natureza,
Aprender a reciclar Para o nosso mundo salvar,
Só assim veremos, Vamos ter que nos juntar.
O mundo a melhorar. Para o ambiente salvar,
Vamos ter de renovar.
Maria João Chousa Santos
POESIA NA CORDA 2012
7. Amor
Quando perguntei à minha mãe Eu logo perguntei à mamã
O que é que era o amor se o amor é… enfim
Ela respondeu com alguma aquilo que tinha no peito
hesitação quando ela sorria para mim?
Que é um sentimento que vem do
coração. E ela ficou parada a olhar
Até que disse a tremer: João,
Mas logo a seguir continuou No teste sobre o amor
Que eu ainda era muito pequena Passaste com distinção.
Para entender o sentimento
Mais leve do que uma pena.
Maria João Santos
POESIA NA CORDA 2012
8. Amar em família
Amar é:
Dar abraços muito apertadinhos
dar beijinhos barulhentos
dormir no braço do pai
ouvir histórias da mãe
e brincar com o mano…
Amar é ser feliz!
Pedro Miguel Caldas Lobo
POESIA NA CORDA 2012
10. Ser poeta é…
Ser poeta
É olhar para um livro e sorrir Ser poeta
Ter ideias na cabeça sempre a surgir É escrever sem pensar
É de um livro não desistir Com a caneta deslizar
Num livro de brincar!
Ser poeta
É saber perceber Ser poeta
Perceber o que ele nos faz entender É amarrar as palavras a um cordel
É descobrir o prazer de viver! É pescá-las para o papel
Que está pendurado no painel
Maria Luís
POESIA NA CORDA 2012
11. Poema do Arco-Íris
Vermelho é quente como lã
Laranja é fresca pela manhã
Amarelo lembra o sol de verão
Verde é a relva quando brinco no chão
Azul está no céu e no mar
Índigo faz-me imaginar
Violetas a dançar!
Inês Silva Costa
POESIA NA CORDA 2012
13. A minha cidade
Na minha cidade,
Existe uma fábrica chamada Viarco.
Gasta madeira,
Que dava para construir um barco!
Essa cidade chama-se,
São João da Madeira
E ela é perto,
De Santa Maria da Feira
Diana Raquel Brandão Moreira
POESIA NA CORDA 2012
14. A minha cidade
A cidade de S. João
É a mais linda que eu conheço.
Tem lindos canteiros de flores
Que nos enchem de alegria.
Temos os museus e fábricas
Que nos dão empregos.
Para nos ajudarem a viver
Também temos parques de lazer.
Também temos rotundas
para o trânsito resolver.
Nelas algumas estátuas
que nos lembram que o passado não
devemos esquecer.
Mariana de Jesus Ferreira da Rocha
POESIA NA CORDA 2012
17. Sempre fingi, tanto, ao ponto de por
Tu prometeste.
instantes,
Me esquecer e pensar que era, contigo,
Tu prometeste! Tu prometeste!
sozinho, feliz.
Tu prometeste que não fugias,
Tão distante no entanto.
Que me davas o que nunca deste
Quando te dei mais do que pude.
Tão distante no entanto.
Nem sabes quantas vezes emudeci,
Tão próximo da solidão.
Para não te magoar,
Quantas vezes me esqueci de mim,
Ninguém pode amar por dois,
Só para me lembrar,
Ninguém pode ser assim tão altruísta.
Já que não me pensavas.
Devia ser egoísta, já que não sou nada.
Quantas vezes triste,
Há quem acorde de comas,
Sem que uma interrogação de paixão
Eu só tive de fechar os olhos.
existisse,
Deixa as minhas chaves,
Quantas vezes tentei fazer e fiz,
Sai! Deixa-me manchado,
De mim, nós.
Fico no quarto fechado,
Perdido para ser achado.
POESIA NA CORDA 2012 Fábio Miguel Santos Silva
18. Mentira
Cada vez que me recordo as palavras que dizias
As mentiras que deliciavam os meus ouvidos
Sinto que a verdade da vida é cruel
E que a verdade do meu corpo é apenas a pele
E a alma a mentira dos perdidos.
E analisando a mentira e a verdade
Daqueles que se encontram e se perdem
Prefiro andar perdida na verdade
Do que ser encontrada numa mentira
No entanto, se me disserem que a falsa verdade
Tem o sabor do beijo dessa tua boca
Não me importo de beijar a mentira
E dizer que te amo de verdade.
Cátia da Silva Freitas
POESIA NA CORDA 2012
20. Prazeroso amor pela escrita
Pego numa folha com certidão, objetividade e acima de tudo determinação.
Ah! É desta vez que vou nadar no mar…
Alcanço o mais fundo dos meus pensamentos até agora deixados de lado.
Rebolo na areia e apanho algumas conchinhas e búzios.
Começo com um peixe, apanho mais uma concha e começo a escrever.
Os meus pensamentos e ideias estão constante mudança.
Ordeno os peixinhos para que estes não sejam confundidos com tubarões.
Elimino cautelosamente os mais perigosos animais marinhos, para que estes não sejam o
centro das ideias.
Revejo algumas espécies em mim, como se elas, de alguma forma, me retratassem.
Olho para a folha.
Conjeturo que já estou num patamar altíssimo e tenho de finalizar.
Ir ao fundo do oceano é uma coisa que não devia ser deixada como segunda opção.
Apanho alguns corais. Volto acima. Respiro.
E dou um último mergulho.
Agora tenho uma maravilhosa paisagem. Deleito-me nela.
E com o meu mar azul, e tudo o que constitui o oceano: os peixes, as algas, a areia…
Posso finalmente nadar no meu oceano.
O meu legível oceano passado para o papel.
Renato Matos Barbosa
POESIA NA CORDA 2011
21. O sapo
Pincha
Pula,
Saltita... salta e
Cai!
Crazy Frog
Marisa Santos
POESIA NA CORDA 2012
24. Sentir
Sente-me Nessa estrada
Possui-me Que é só tua
Invade-me Sente-me nua
Guarda-me Leva-me
Luta Guarda-me
Grita Fica secretamente
Chora Na chuva
Devora-me Cativa-me
Questiona-me Inspira-me
Leva-me Suplica-me
Guarda em mim Desnuda-me
O melhor de ti Mas fica em mim
Vem Não arrastes o vento
Parte Não combatas o tempo
Não fiques parado Permanece
Liberta-me Sei que não será
Surpreende-me eternamente
Transforma-me Mas deixa o coração bater
Transporta-me E faz-me sentir MULHER!
Para além da lua
Guia-me POESIA NA CORDA 2012 Dina Silvério
25. Poesia
Com a caneta na mão Envolve-me o terno olhar
E um caderno vazio E o sorrir da minha neta
Falta-me inspiração Não preciso divagar
Para aceitar o desafio Por momentos sou poeta
Peço ajuda à minha lira Com fervor interiorizo
Para um poema singelo A sua pura alegria
Mas nem ela me inspira O seu olhar, o seu sorriso
Não escuta o meu apelo Isto sim, é poesia
Estando em devaneio Agarro toda a energia
Sem saber bem o que faço P’ra atalhar o meu dilema
A minha netinha veio Talvez na página vazia
Dar-me um beijo e um abraço Escreva agora um poema
Lizete Gomes
POESIA NA CORDA 2012
27. Árvore
A árvore fruto.
Alimento de todos. Da terra.
Insurge-se flor.
E de tudo o que a encerra.
A árvore flor.
Olho do solo. Do céu.
Insurge-se ave.
E ao corpo que a ela lhe deu.
A árvore ave.
Estrela da cor. Do dia.
Insurge-se vida.
E por lá, já amanhecia.
Helder Almeida
POESIA NA CORDA 2012
28. Mendigo
Triste, sorumbático, cabisbaixo, Pobre mendigo, roga à caridade
Lá vais o velhinho estrada fora Vogando sem destino, sem ter sorte,
Mendigar o pão que mitigue a fome, Pedindo, algumas vezes ao Destino
Não perde tempo; é chegada a hora. Que o acompanhe e lhe indique o norte.
Debruçado sobre o seu meão cajado, -Meu Deus, meu Senhor, já sinto o cansaço,
Cismando com os problemas da vida, De tanto, neste mundo, esmolar.
Percorre vilas, aldeias, cidades, Tu é que és nosso Pai e nosso amigo
Aqui esmola, além tem guarida. Dá-nos o pão, o amor p’ra nos saciar.
Manhã cedo, retomam a viagem -Vagueando vou até onde puder,
Divagando, triste, aqui e além, Crendo em Ti, sempre com esperança
Sempre na esperança de encontrar Que um dia chegará a casa, ao lar,
Quem, esmoler, possa dar-lhe um vintém. O amor, a paz, o pão e a bonança.
Vai o tempo passando, e a esperança No Céu vai surgindo a escuridão,
D’alguma coisa poder recolher A tarde vai morrer, vai acabar;
Para o sustento seu e da família; São horas, pensa o cansado mendigo,
Mas fará tudo aquilo que puder. É altura de poder regressar.
Carlos Alberto Pereira Dias
POESIA NA CORDA 2012