1) O documento discute a importância da publicação científica para pesquisadores, incluindo avaliação profissional e desenvolvimento pessoal.
2) São apresentados critérios para avaliar a qualidade de publicações científicas e periódicos, como fator de impacto e classificação Qualis.
3) O texto fornece orientações sobre estrutura e normas para redação de artigos científicos.
1. Prof. Dr. Carlos Alberto Fortulan Rosana Alvarez Pachoalino - Bibliotecária PUBLICAR: OBRIGAÇÃO DO PESQUISADOR
2. Publicar: obrigação do pesquisador Prof. Dr. Carlos Alberto Fortulan – EESC/USP Rosana Alvarez Pachoalino - Bibliotecária Resumo É apresentada a importância da publicação para o pesquisador científico e tecnológico: como contribuição social, como desenvolvimento e reconhecimento pessoal ou como modo de avaliação pessoal e institucional. São apresentados aspectos conceituais dos mecanismos de avaliações e estratégias para melhoria do desempenho nestas avaliações. Inclui aspectos estruturais de uma publicação científica.
3. Porque publicar é uma obrigação do PESQUISADOR ?
4. “ A leitura faz o homem completo. A conversação o torna ágil. E o escrever o leva a ser preciso .” Francis Bacon (1561-1626) filósofo e ensaísta Inglês “ O que se escreve não se apaga” Alfredo Américo Hamar (1992)
20. COMO É AVALIADO UM PESQUISADOR CIENTÍFICO? Defina um bom pesquisador ! “ CIENTÍFICO ” Um bom pesquisador deve contribuir socialmente, uma maneira para isto é através da publicação e pelo seu aproveitamento (citações medida do Impacto ).
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22. Índice h Hirsch, J. E. ( 2005). índice para quantificar um pesquisador
23. .... Certo pesquisador ao fazer uma descoberta, mesmo que contrariando alguns aceitos consagrados da ciência, publicou em importante periódico e imediatamente recebeu inúmeras críticas. Questionado sobre a determinação e coragem e publicá-las, confidenciou: não se preocupe pois meu Índice h subiu nas alturas....
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25. PERIÓDICOS Há hoje mais de 40.000 periódicos Quantos são realmente lidos? 500 periódicos parecem responder por 50% do que é publicado e 70% do que é citado (1987 - 1994). Garfield, E. The Scientist 1996 Sept. 2nd, 13-16. “The Significant Scientific Literature Appears in a Small Core of Journals.”
26. FATOR DE IMPACTO (FI) Meia vida; Obsolescência; Tamanho do periódico; Número de autores por artigo; Data inicial de publicações; ..... Science Citation Index (SCI) – revistas indexadas
27. É uma medida relativa da curva de citação nos 2º e 3º anos. FATOR DE IMPACTO MAYUR AMIN , MICHAEL A. MABE (2003),
28. Posição no Ranking Título Fator de impacto 1 Cancer Journal for Clinicians 94,262 2 Acta Crystallographica Section A 54,333 3 New England Journal of Medicine 53,484 4 Reviews of Modern Physics 51,695 5 Annual Review of Immunology 49,271 6 Nature Reviews Molecular Cell Biology 38,650 7 Nature Reviews Cancer 37,178 8 Nature Genetics 36,377 9 Nature 36,101 10 Nature Reviews Immunology 35,196 Ranking FI em 2009
29. MÉDIA DO FATOR DE IMPACTO POR CATEGORIA (2003) http://www.tandf.co.uk/libsite/newsletter/issue9/Back_to_Basics.pdf
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31. O Science Citation Index ( SCI ) é um indexador de citações originalmente feita pelo Institute for Scientific ( ISI ) em 1960, de propriedade da Thomson Reuters Corporation (desde 1992). Na sua maior versão ( Science Citation Index Expanded ) cobre 6.400 das principais revistas de ciência e tecnologia.
32. OUTROS INDEXADORES SCOPUS (Elsevier) JCR SciELO (Brasileiro e acesso livre) ResearcherID SJR http://www.harzing.com/download/PoPSetup.exe Google
33. 103 periódicos Brasileiros estavam Indexadas na base Web of Science (em 2008) Em 2006 eram apenas 26....
36. NO BRASIL – QUALIS ( avaliação dos programas de pós-graduação) Classificação dos veículos utilizados pelos programas de pós graduação para a divulgação da produção intelectual. A classificação é feita por área e é atualizada anualmente. Os veículos de divulgação são enquadrados em categorias indicativas da qualidade: http://qualis.capes.gov.br/
37. O Qualis está composto de oito estratos A1, o mais elevado; A2; B1; B2; B3; B4; B5; C - com peso zero. http://qualis.capes.gov.br/webqualis/ Engenharia III Pesos A1 100% A2 85% B1 70% B2 50% B3 20% B4 10% B5 5% C 0%
38. Engenharia III – 1257 periódicos/2007 Materiais ISSN Periódico Estrato 0935-9648 Advanced Materials (Weinheim) A1 1438-1656 Advanced Engineering Materials A2 0957-4530 Journal of Materials Science. Materials in Medicine A2 0002-7812 American Ceramic Society Bulletin B1 1121-7588 Industrial Ceramics B1 0924-0136 Journal of Materials Processing Technology B1 0366-6913 Cerâmica B2 1516-1439 Materials Research B2 0020-5214 Interceram B3 1730-2439 Advances in Materials Science B4 1413-4608 Cerâmica Industrial B4 1748-5711 International Journal of machining and machinability of materials B4 1678-7722 Cerâmica Informação B5
39. Mecânica ISSN Periódico Estrato 0960-1317 Journal of Micromechanics and Microengineering A1 0020-7403 International Journal of Mechanical Sciences A2 0890-6955 International Journal of Machine Tools & Manufacture A2 0043-1648 Wear A2 0301-679X Tribology International A2 0261-3069 Materials and Design B1 0957-6509 Proceedings of the Institution of Mechanical Engineers. Part A, Journal of Power and Energy B1 0954-4062 Proceedings of the Institution of Mechanical Engineers. Part C, Journal of Mechanical Engineering Science B1 0094-114X Mechanism and Machine Theory B1 0014-4851 Experimental Mechanics B2 0100-7386 Revista Brasileira de Ciências Mecânicas B3 1741-2765 Experimental Mechanics (on line) B4 0025-2700 Máquinas e Metais B5 1808-6292 Revista Minerva B5
40. Engenharia III – 435 anais/2007 Anais Estrato International Conference on High Speed Machining A1 Congresso Brasileiro de Engenharia Mecânica (COBEM) A2 Congresso Brasileiro de Engenharia e Ciência de Materiais (CBECIMat) B2 Congresso Brasileiro de Cerâmica B2 Encontro Nacional de Coordenadores de Engenharia de Produção (ENEGEP) B5
52. .... Emérito professor pesquisador, aposentado das atividades docentes compulsoriamente, teve o desenvolvimento de uma patologia. Após susto inicial propor-se a estudar a anomalia, instalou grupo de pesquisa e poucos anos depois contabilizada orientações, co-orientações, artigos, palestras projetos e patentes, além de estabilizar seu quadro clínico..... ...... Sublime .... ...
55. Início: revisão da literatura, normas; Geração de idéias: idéias e fragmentos de idéias devem ser registrados imediatamente. Início da escrita: deve ser encontrado as condições individuais, (tempo, ambiente,...). CONCEITUAL ETAPAS Escreva, escreva, ...deixar fluir.... aproveitar o momento de inspiração... DESENV.
56. REVISÃO SUBMISSÃO Revisão do trabalho (parágrafos, inteligível); Correções ortográfica e gramatical; Checar: referências, citações, autores. Seleção do periódico, envio, avaliação dos pareceres. ETAPAS
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58. NBR - 14724: 2005 Informação e documentação — Trabalhos acadêmicos — Apresentação NBR 15287: 2005 Informação e documentação — Projeto de pesquisa — Apresentação NBR 6028: 1990 Resumos - Procedimento NBR 10520: 2002 Informação e documentação - Apresentação de citações em documentos Normas ABNT
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60. SUB LINHAS - AUTORIA As posições expressam diferenças de participação Primeiro autor... último autor Primeiro autor – principal participante Último autor - professor mais graduado A autoria deveria ser discutida no início do relacionamento. TODOS os autores são responsáveis pelo conteúdo técnico, interpretação e expressão das idéias contida nos artigos.
61. ..... Um reconhecido pesquisador na área de revestimento cerâmico publicou com seus alunos e colaboradores um artigo sobre um defeito que ocorria em pisos cerâmicos, pois assim era entendido em alguns países de referência na área. A normalização Brasileira vigente, no entanto, refere-se à esta ocorrência como um efeito . Em uma perícia técnica em um conjunto habitacional, a pedido de um Juiz e em função do “jogo de palavras”, o artigo do pesquisador foi anexado ao processo e naquele momento, o juiz entendeu que aquele artigo, merecia receber força de lei.....
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63. Escafoldes em alumina foram fabricados e em suas superfícies impregnou-se biovidro e hidroxiapatita; realizou-se análise das propriedades mecânica e de interação célula-escafolde in vitro . Estruturas porosas denominadas escafoldes são utilizadas como suportes para crescimento de tecidos, devem apresentar poros abertos interconectados, com morfologia, distribuição e quantidade de poros que confiram resistência mecânica e induzam o crescimento ósseo. Os escafoldes simulam a matriz extracelular e são a chave para a Engenharia de Tecidos que está conceituada na cultura prévia de células com proteínas morfogenéticas, oferecendo suporte para o crescimento celular na formação do tecido maduro. Desenvolveu-se técnica de manufatura onde foram conformados escafoldes como corpos de prova em alumina, em hidroxiapatita e em alumina infiltrada com biovidro e hidroxiapatita. Os escafoldes foram submetidos a ensaios mecânicos de compressão e sofreram análise de interação com células ósseas in vitro. A morfologia e a concentração da porosidade dos escafoldes foram analisados por Microscopia de Varredura Eletrônica e apresentaram porosidade volumétrica de ~70% e diâmetro médio dos poros de ~190µm. Observou-se interação das células mais vigorosas e com pronunciada mitose nos escafoldes infiltrados relativamente aos escafoldes de alumina e hidroxiapatita. Os resultados indicaram resistência mecânica para os corpos infiltrados de 43,27 MPa, valor inferior ao observados nos escafolde de alumina 52,27 MPa e muito superior aos de hidroxiapatita 0,28 MPa. Conclui-se que os escafoldes de alumina infiltrados com biovidro e hidroxiapatita apresentaram uma combinação promissora nas características mecânicas e biológicas in vitro com viabilidade econômica. Exemplo – revisado CAMILO, C.C. Escafoldes para implantes ósseos em alumina/hidroxiapatita/biovidro: análises mecânica e in vitro. 2006. 120 f – Dissertação (Mestrado) – Escola de Engenharia de São Carlos, Universidade de São Paulo, São Carlos, 2006.
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65. INÍCIO Imaginação do pesquisador Conjetura “ Conjeturar é intuir algo que, apesar de problemático, não era antes real. Trata-se de um momento de criatividade e depende da capacidade de imaginação criadora do pesquisador ” Fonte: Vargas, M.(1985) Metodologia da Pesquisa Científica Conjetura Estado de Hipótese
66. HIPÓTESES “ A partir dos fatos observados (e em geral quantificados) busca-se estabelecer generalizações. Essas generalizações são hipóteses que se propõe para explicar os fatos observados e todos os outros da mesma natureza que não estiveram incluídos na observação” Fonte: REY, L. (1993) Planejar e redigir trabalhos científicos. “ São proposições gerais, estabelecidas dentro de um quadro de referência teórico, baseadas no conhecimento claro do problema ou da questão pendente” Elas prefiguram uma solução provável
67. ““ Formulada uma hipótese é realizado um experimento ou uma observação científica, surge freqüentemente o problema de decidir se os dados coletados sustentam ou não essa hipótese” (REY, 1993) Fonte: REY, L. (1993) Planejar e redigir trabalhos científicos. TESTE DE HIPÓTESES
68. Se os experimentos provam que a hipótese é verdadeira, isto torna-se uma teoria ou lei da natureza. Se o experimento prova que a hipótese é falsa, a hipótese deve ser rejeitada ou modificada. O método científico usado deveria nos apresentar uma força para predizer (para entendimento do fenômeno o qual não tem sido testado). TESTE DE HIPÓTESES
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70. TEORIAS - o que são ? “ Escritas formais de regras no qual um assunto de estudo é baseado ou idéias que são sugeridas para explicar um fato ou evento” . (VARGAS, 1985) “ Teoria origina-se na capacidade humana de “ver”, através dos fenômenos, uma forma, ordem ou sistema de leis que os torna logicamente compreensíveis.” (VARGAS, 1985)
88. HABILIDADE Estágios 1º Inconsciência Inabilidade 2º Consciência Inabilidade O Monge e o executivo.
89. HABILIDADE Estágios 1º Inconsciência Inabilidade 2º Consciência Inabilidade 3º Consciência Habilidade O Monge e o executivo.
90. HABILIDADE Estágios 1º Inconsciência Inabilidade 2º Consciência Inabilidade 3º Consciência Habilidade 4º Inconsciência Habilidade O Monge e o executivo.
91. BIBLIOGRAFIA E LINKS CROSS, J. Impact factors: the basics. In: ANDERSON, R. The E-Resources management handbook . Park Square: Taylor & Francis, 2009. v.1 DAY, R.A. How to write a scientific paper. IEEE Transactions on Professional Communications , New York, v.PC-20, n.1, p.32-37, June 1977. GARFIELD, E. The Significant scientific literature appears in a small core of journals. The Scientist , New York, v.10, n.17, p.13-16, Sept. 1996. HIRSCH, J.E. An Index to quantify an individual’s scientific research output. Proceedings of the National Academy of Sciences of the united States of America , Washington, v.102, n.46, p.16569-16572, Nov. 2005. HUNTER, J.C. O Monge e o executivo . Tradução de Maria da Conceição F.de Magalhães. Rio de Janeiro: Sextante, 2004. ISI Web of Knowledge sm . Journal citation reports5® . Disponível em:<http://admin-apps.webofknowledge.com/JCR/JCR>. Acesso em: 8 set. 2011. AMIN, M.; MABE, M.A. Impact factors: use and abuse. Medicina , Buenos Aires, v.63, n.4, p.347-354. 2003 REY, L. Planejar e redigir trabalhos científicos . 2.ed. São Paulo: Blucher, 1993. STREHL , L. O Fator de impacto do ISI e a avaliação da produção científica: aspectos conceituais e metodológicos. Ciência da Informação , Brasília, v.34, n.1, p.19-27. Vargas, M. Metodologia da Pesquisa tecnológica. Rio de Janeiro: Globo, 1985. VIEIRA, S. Como escrever uma tese . São Paulo: Pioneira, 1991. WEISSBERG, R.; BUKER, S. Writing up research : experimental research report writing for students of English. New Jersey: prentice Hall, 1990.