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Artur César Rodrigues Página 1
Sistema de Climatização “Têxtil”
1 Introdução
Com a evolução histórica, desde o início da industrialização que o homem tem perseguido entre
outros, pelo menos três objetivos básicos: melhorar a qualidade, aumentar a produtividade e
reduzir os custos do produto. No caso da indústria têxtil esta procura tem trazido uma evolução
constante nas matérias-primas, processos e equipamentos. Os Sistemas de Climatização estão
inseridos neste contexto e tem acompanhado esta evolução tornando-se essenciais para o alcance
destes objetivos históricos.
2 Fundamentos
A Climatização é necessária porque as matérias-primas com por exemplo o algodão é um
elemento extremamente hidrófilo, absorve e liberta água com extrema facilidade e muda suas
características em função do conteúdo de água que possui. Esta característica exige condições de
humidade e temperatura sob controlo para o processo. Estes fenômenos são mais visíveis na
fiação, e estão presentes ou melhor, possuem as características em toda a fase do processo desde
as cardas até a tecelagem. Um outro problema a ser resolvido é o do empoeiramento do ambiente.
As matérias-primas ao serem processadas liberta poeira que juntamente com fibras
“desperdícios”, tende a permanecer em suspensão no ar tornando o ambiente impróprio para uma
produção com qualidade e boa produtividade. O sistema de climatização além de cumprir suas
funções básicas, de manter o ambiente sob condições termo higrométricas corretas e grau de
limpeza compatível com a qualidade do produto, deve ser ágil com reações instantâneas para a
manutenção do ambiente dentro das condições de processo. Como se não bastasse o aumento
significativo da temperatura, o nível de empoeiramento também aumenta a cada dia e a
climatização têxtil deixou de ser um luxo, é uma exigência do processo de fabrico.
2.1 Objetivos dos Sistemas de Climatização na Industria Têxtil
Os objetivos de um sistema de climatização do tipo “central de climatização existente na
Riopele” são basicamente os seguintes:
Controle da humidade relativa da sala;
Renovação do ar e redução da temperatura;
Limpeza do salão e eliminação de poeira e fibras “desperdícios”;
Artur César Rodrigues Página 2
Aumento da resistência da fibra;
Aumento da capacidade de tensão do fio.
2.2 Processos de Tratamento de Ar na Central de Climatização
Os principais processos de tratamento do ar utilizado neste tipo de central são do tipo
humidificação de ar com refrigeração adiabática. Isso significa dizer que lava e humidifica (trata)
o ar. Controla as condições de humidade, mas a temperatura é em função da variação da
temperatura do bolbo húmido externo (TBH). O princípio de funcionamento assenta basicamente
nos registos “dampers” de ar novo e de ar recirculado em percentagens proporcionais á
temperatura e humidade do interior do salão “set-points” sendo este ar “tratado” aspirado pelo
ventilador de insuflação e introduzido no salão através das condutas e difusores de insuflação de
ar.
3 Descrição de uma Central de Climatização das Existentes da Riopele
Nas instalações fabris da Riopele existem várias centrais de climatização, estes equipamentos
estão colocados na fiação B, fiação olifil, retorceduras, repassagem e tecelagem A/B. Desse modo
a conceção, componentes e funcionamento são semelhantes. Por outro lado, o que difere é o tipo
de ambiente a que a central vai estar sujeita, pois as condições ambientais “set-points” e o
processo de fabrico podem influenciar as operações de manutenção, como por exemplo a
diminuição do intervalo em função do tempo dos planos de manutenção preventiva “limpeza” dos
tanques de humificação ou canais de retoma.
3.1 Componentes de uma Central
Como já foi referenciado os componentes são basicamente os mesmos. Vale ressaltar que, as
diferenças encontradas estão relacionadas com o construtor que instalou o equipamento. Portanto,
os componentes são:
Tanque de água para humidificar (13);
Filtro de água do tanque (13);
Conjunto de filtração de ar (1, 2, 5,18);
Eliminador de gotas (12);
Bicos pulverizadores (12);
Bombas de água (14);
Persianas “dampers” de (ar saturado, entrada de ar novo e recirculação de ar) (7);
Moto-ventilador de (insuflação, retoma) (8,10);
Artur César Rodrigues Página 3
Canais de retoma (linha a castanho);
Grelhas de (difusão de ar e retorno de ar) (16, 15);
Condutas de condução do ar (17);
Radiadores vapor/ar;
Servomotor para controlo dos “dampers” (7);
Quadro elétrico, controlador e sensores de temperatura/humidade;
Gráfico registador temperatura/humidade.
Além destes componentes, a central de climatização assenta em estrutura de C. Civil contigua as
áreas a climatizar com espaços (m2
) dimensionados para a montagem destes e calculados com
base das condições de projeto Figura 2.
Figura 2 - Central de climatização da repassagem B
Figura 1 - Esquema de princípio de uma central de climatização
Artur César Rodrigues Página 4
Figura 3 - Foto esquerda – conduta de insuflação de ar; foto central – difusores de ar; foto direita – grelhas
de retorno de ar a central
Figura 4 - Foto esquerda – Filtração de ar “filtro rotativo”; foto central – canais de retoma de ar; foto
direita – aspirador de poeiras do filtro rotativo
Figura 5 - Foto esquerda – dampers de ar recirculado, radiador de aquecimento e servomotor; foto central
– moto-ventilador de insuflação de ar; foto direita – tanque humidificador com filtração de água
automática
3.2 Sistema de controlo
Como não vai ser dado esta parte, fica no entanto a noção de como este é feito, assim sendo, o
controlo de temperatura e humidade estão interligados, pois é necessário ter a noção que temos as
2 estações do ano verão/inverno em que existe maior necessidade da climatização. O
funcionamento deste processo está baseado no seguinte:
Artur César Rodrigues Página 5
O controlo de temperatura é feito por intermédio de sensores de temperatura ambiente,
controlador, registos de ar novo e ar recirculado, válvula de vapor e radiador vapor ar para
aquecimento.
O controlo de humidade é feito por intermédio de um sensor de humidade, controlador
universal, humidostato de humidade máxima e bomba de água.
Todos estes processos de controlo estão interligados e análise é feita no registador, pois é através
deste que se verifica os desvios aos valores que normalmente funciona a instalação. Mais
precisamente, se houver alteração muito significativa desses valores, neste caso, teremos que
procurar a origem dos mesmos e proceder às reparações necessárias.
Figura 6 - Foto esquerda – registador de temperatura/humidade; foto central – sensores
humidade/temperatura eletrónicos (F.B); foto direita – sensores humidade/temperatura pneumáticos (TB)
3.3 Manutenção das Centrais de Climatização
A Manutenção é definida como o conjunto de ações técnicas destinadas a manter em condições
aceitáveis as instalações e o equipamento fabril de forma a assegurar a regularidade, a qualidade e
a segurança na produção com o mínimo de custos totais. Para se obter um resultado positivo, as
centrais de climatização são das instalações que mais manutenção exige, ou seja, de modo a
assegurar as condições ambientais e operar em segurança. Com isso, as ações de limpeza e
lavagem dos canais e tanques de humidificação são a base. As outras ações de manutenção são
mais específicas, algumas de eletricidade, mas a maioria de mecânica. Entre elas estão: inspeções
aos filtros de ar e água, retirar os resíduos acumulados no ciclone do filtro de ar, tanque de
humidificação, registador de temperatura/humidade; painel de controlo, quadro elétrico,
“dampers” e entradas e saídas de ar. A partir destas ações de manutenção, são elaborados os
planos de manutenção diferenciados para cada tarefa.
Artur César Rodrigues Página 6
4 Conclusão
Este trabalho teve como finalidade um esclarecimento breve dos sistemas de climatização
instalados na Riopele. Assim, abordagem seguida foi a de tornar mais compreensível, num
trabalho tão específico como este, que os sistemas de climatização são em certa maneira um
auxiliar importante no processo de produção. Por isso se torna importante de entender, as suas
características, o seu comportamento, os seus componentes e funções. Julgo que muitos outros
temas ficaram por retratar, espero ter contribuído com a minha parte para o esclarecimento
técnico. E para finalizar, este trabalho serve como um complemento da ação de formação
“Workshop processo e desenvolvimento do produto” promovida pela Riopele.

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Centrais de ar condicionado Artur Rodrigues

  • 1. Artur César Rodrigues Página 1 Sistema de Climatização “Têxtil” 1 Introdução Com a evolução histórica, desde o início da industrialização que o homem tem perseguido entre outros, pelo menos três objetivos básicos: melhorar a qualidade, aumentar a produtividade e reduzir os custos do produto. No caso da indústria têxtil esta procura tem trazido uma evolução constante nas matérias-primas, processos e equipamentos. Os Sistemas de Climatização estão inseridos neste contexto e tem acompanhado esta evolução tornando-se essenciais para o alcance destes objetivos históricos. 2 Fundamentos A Climatização é necessária porque as matérias-primas com por exemplo o algodão é um elemento extremamente hidrófilo, absorve e liberta água com extrema facilidade e muda suas características em função do conteúdo de água que possui. Esta característica exige condições de humidade e temperatura sob controlo para o processo. Estes fenômenos são mais visíveis na fiação, e estão presentes ou melhor, possuem as características em toda a fase do processo desde as cardas até a tecelagem. Um outro problema a ser resolvido é o do empoeiramento do ambiente. As matérias-primas ao serem processadas liberta poeira que juntamente com fibras “desperdícios”, tende a permanecer em suspensão no ar tornando o ambiente impróprio para uma produção com qualidade e boa produtividade. O sistema de climatização além de cumprir suas funções básicas, de manter o ambiente sob condições termo higrométricas corretas e grau de limpeza compatível com a qualidade do produto, deve ser ágil com reações instantâneas para a manutenção do ambiente dentro das condições de processo. Como se não bastasse o aumento significativo da temperatura, o nível de empoeiramento também aumenta a cada dia e a climatização têxtil deixou de ser um luxo, é uma exigência do processo de fabrico. 2.1 Objetivos dos Sistemas de Climatização na Industria Têxtil Os objetivos de um sistema de climatização do tipo “central de climatização existente na Riopele” são basicamente os seguintes: Controle da humidade relativa da sala; Renovação do ar e redução da temperatura; Limpeza do salão e eliminação de poeira e fibras “desperdícios”;
  • 2. Artur César Rodrigues Página 2 Aumento da resistência da fibra; Aumento da capacidade de tensão do fio. 2.2 Processos de Tratamento de Ar na Central de Climatização Os principais processos de tratamento do ar utilizado neste tipo de central são do tipo humidificação de ar com refrigeração adiabática. Isso significa dizer que lava e humidifica (trata) o ar. Controla as condições de humidade, mas a temperatura é em função da variação da temperatura do bolbo húmido externo (TBH). O princípio de funcionamento assenta basicamente nos registos “dampers” de ar novo e de ar recirculado em percentagens proporcionais á temperatura e humidade do interior do salão “set-points” sendo este ar “tratado” aspirado pelo ventilador de insuflação e introduzido no salão através das condutas e difusores de insuflação de ar. 3 Descrição de uma Central de Climatização das Existentes da Riopele Nas instalações fabris da Riopele existem várias centrais de climatização, estes equipamentos estão colocados na fiação B, fiação olifil, retorceduras, repassagem e tecelagem A/B. Desse modo a conceção, componentes e funcionamento são semelhantes. Por outro lado, o que difere é o tipo de ambiente a que a central vai estar sujeita, pois as condições ambientais “set-points” e o processo de fabrico podem influenciar as operações de manutenção, como por exemplo a diminuição do intervalo em função do tempo dos planos de manutenção preventiva “limpeza” dos tanques de humificação ou canais de retoma. 3.1 Componentes de uma Central Como já foi referenciado os componentes são basicamente os mesmos. Vale ressaltar que, as diferenças encontradas estão relacionadas com o construtor que instalou o equipamento. Portanto, os componentes são: Tanque de água para humidificar (13); Filtro de água do tanque (13); Conjunto de filtração de ar (1, 2, 5,18); Eliminador de gotas (12); Bicos pulverizadores (12); Bombas de água (14); Persianas “dampers” de (ar saturado, entrada de ar novo e recirculação de ar) (7); Moto-ventilador de (insuflação, retoma) (8,10);
  • 3. Artur César Rodrigues Página 3 Canais de retoma (linha a castanho); Grelhas de (difusão de ar e retorno de ar) (16, 15); Condutas de condução do ar (17); Radiadores vapor/ar; Servomotor para controlo dos “dampers” (7); Quadro elétrico, controlador e sensores de temperatura/humidade; Gráfico registador temperatura/humidade. Além destes componentes, a central de climatização assenta em estrutura de C. Civil contigua as áreas a climatizar com espaços (m2 ) dimensionados para a montagem destes e calculados com base das condições de projeto Figura 2. Figura 2 - Central de climatização da repassagem B Figura 1 - Esquema de princípio de uma central de climatização
  • 4. Artur César Rodrigues Página 4 Figura 3 - Foto esquerda – conduta de insuflação de ar; foto central – difusores de ar; foto direita – grelhas de retorno de ar a central Figura 4 - Foto esquerda – Filtração de ar “filtro rotativo”; foto central – canais de retoma de ar; foto direita – aspirador de poeiras do filtro rotativo Figura 5 - Foto esquerda – dampers de ar recirculado, radiador de aquecimento e servomotor; foto central – moto-ventilador de insuflação de ar; foto direita – tanque humidificador com filtração de água automática 3.2 Sistema de controlo Como não vai ser dado esta parte, fica no entanto a noção de como este é feito, assim sendo, o controlo de temperatura e humidade estão interligados, pois é necessário ter a noção que temos as 2 estações do ano verão/inverno em que existe maior necessidade da climatização. O funcionamento deste processo está baseado no seguinte:
  • 5. Artur César Rodrigues Página 5 O controlo de temperatura é feito por intermédio de sensores de temperatura ambiente, controlador, registos de ar novo e ar recirculado, válvula de vapor e radiador vapor ar para aquecimento. O controlo de humidade é feito por intermédio de um sensor de humidade, controlador universal, humidostato de humidade máxima e bomba de água. Todos estes processos de controlo estão interligados e análise é feita no registador, pois é através deste que se verifica os desvios aos valores que normalmente funciona a instalação. Mais precisamente, se houver alteração muito significativa desses valores, neste caso, teremos que procurar a origem dos mesmos e proceder às reparações necessárias. Figura 6 - Foto esquerda – registador de temperatura/humidade; foto central – sensores humidade/temperatura eletrónicos (F.B); foto direita – sensores humidade/temperatura pneumáticos (TB) 3.3 Manutenção das Centrais de Climatização A Manutenção é definida como o conjunto de ações técnicas destinadas a manter em condições aceitáveis as instalações e o equipamento fabril de forma a assegurar a regularidade, a qualidade e a segurança na produção com o mínimo de custos totais. Para se obter um resultado positivo, as centrais de climatização são das instalações que mais manutenção exige, ou seja, de modo a assegurar as condições ambientais e operar em segurança. Com isso, as ações de limpeza e lavagem dos canais e tanques de humidificação são a base. As outras ações de manutenção são mais específicas, algumas de eletricidade, mas a maioria de mecânica. Entre elas estão: inspeções aos filtros de ar e água, retirar os resíduos acumulados no ciclone do filtro de ar, tanque de humidificação, registador de temperatura/humidade; painel de controlo, quadro elétrico, “dampers” e entradas e saídas de ar. A partir destas ações de manutenção, são elaborados os planos de manutenção diferenciados para cada tarefa.
  • 6. Artur César Rodrigues Página 6 4 Conclusão Este trabalho teve como finalidade um esclarecimento breve dos sistemas de climatização instalados na Riopele. Assim, abordagem seguida foi a de tornar mais compreensível, num trabalho tão específico como este, que os sistemas de climatização são em certa maneira um auxiliar importante no processo de produção. Por isso se torna importante de entender, as suas características, o seu comportamento, os seus componentes e funções. Julgo que muitos outros temas ficaram por retratar, espero ter contribuído com a minha parte para o esclarecimento técnico. E para finalizar, este trabalho serve como um complemento da ação de formação “Workshop processo e desenvolvimento do produto” promovida pela Riopele.