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“Como se explicam quadros a uma lebre morta”
Joseph Beuys
No dia 26 de novembro de 1965, um homem
vestido de um jeito sóbrio - camisa, calça
social e colete - entrou na galeria Schmela, na
cidade alemã de Düsseldorf, carregando uma
lebre morta. Lá dentro, trancado com o
animal por três horas e com o rosto coberto
de mel e pó de ouro, ele se pôs a andar pela
exibição em cartaz, parando diante de cada
obra na parede para sussurrar algo na orelha
do bicho. Do lado de fora, o público não
conseguia ouvir nada. Só acompanhava os
movimentos da inusitada dupla pela vitrine de
vidro e pelas janelas da galeria. Foi assim que
o artista alemão Joseph Beuys (1921-1986)
estreou sua primeira mostra individual em
uma instituição privada. E é essa a imagem
que vem hoje à cabeça de boa parte das
pessoas quando pensam em seu nome.
Depois de 1965, a arte que se convencionou
chamar de contemporânea perdeu muito da
conexão direta com seus espectadores. E a
ideia de Beuys foi ganhando cada vez mais
sentido para uma plateia que, à frente de
uma instalação, sente-se tão perdida quanto...
talvez, uma lebre.
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