O documento analisa as oportunidades e estratégias para ampliar a atuação brasileira no Oriente Médio, focando na Arábia Saudita e Emirados Árabes Unidos. Apresenta dados sobre o comércio exterior e perfis socioeconômicos destes países, destacando setores como construção civil, alimentos e serviços como promissores para exportações brasileiras.
4. Concentração das Exportações Brasileiras no Oriente Médio (2010)
Os três principais destinos das
exportações brasileiras no Oriente Médio
representaram quase 70% do valor
exportado na região:
• Arábia Saudita: 29,4%
• Irã: 20,2%
• Emirados Árabes: 17,6%
Fonte: UICC Apex-Brasil, a partir de dados do MDIC
5. Corrente de Comércio Brasil – Emirados Árabes
2.032
1.916 1.882
1.855
1.772
1.517
1.393
1.323
1.197
1.046
772 805
744
570 707 728 593
543
653
551
294 347 320
440
177
229 104 91 77 110
19 64
65
2000 2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010
Exp. Brasileiras - US$ milhões FOB Imp. Brasileiras - US$ milhões FOB Corrente de Comércio - US$ milhões
Fonte: UICC Apex-Brasil, a partir de dados do MDIC
6. Corrente de Comércio Brasil – Arábia Saudita
5.474
5.158
3.550
3.128 3.187
3.099
2.910
2.543
2.058 2.564 1.953
1.567 1.709
1.642 2.059
1.386 1.340
1.193 1.213 1.232 1.597
1.486 1.478
816 895
779 655 1.204
826
570 558 673
413
2000 2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010
Exp. Brasileiras - US$ milhões FOB Imp. Brasileiras - US$ milhões FOB Corrente de Comércio - US$ milhões
Fonte: UICC Apex-Brasil, a partir de dados do MDIC
7. Comércio exterior e PIB - Brasil, Arábia Saudita e Emirados
Árabes Unidos em US$ (2010)
Grau de Abertura Comercial
[(EXP+IMP)/PIB] *100
2 trilhões
Brasil: 23%
Arábia Saudita: 98%
Emirados Árabes: 160%
447 bilhões
253 bilhões 278 bilhões
174 bilhões 221 bilhões
Brasil Arábia Saudita Emirados Árabes
PIB Exportações (bens e serviços) Importações (bens e serviços)
Fonte: Euromonitor. Elaboração UICC/Apex-Brasil
8. Comparação entre países do Oriente Médio pelo PIB e
pelas importações da região (2009)
45%
Representatividade:
39,1% PIB: 86%
40%
Importações: 84%
35% 32,2%
30%
25% 23,6% 22,9%
20%
15,1%
15% 12,4%
10% 8,3%
7,2%
5,1% 6,0% 5,3% 4,5% 4,4% 5,2%
5%
0%
Irã Arábia Saudita Emirados Árabes Israel Catar Kuwait Iraque
Part. no PIB da Região Part. nas Importações da Região
Fonte: FMI
12. População e PIB per Capita – Brasil, Arábia Saudita e Emirados
Árabes Unidos (2010)
US$
200.000 50.000
Milhares de habitantes
47.439
180.000 45.000
160.000 40.000
140.000 35.000
120.000 30.000
100.000 25.000
22.607
80.000 20.000
60.000 15.000
40.000 10.000
11.273
20.000 5.000
- -
Brasil Arábia Saudita Emirados Árabes
População total (milhares) População urbana (milhares) PIB per capita (US$)
Fonte: FMI e Euromonitor. Elaboração UICC Apex-Brasil
13. Índice de Gini (concentração de renda, 2010)
60,0
51,8
50,0
40,5 39,3 38,0 38,8
40,0 36,3
30,0
20,0
10,0
0,0
Brasil Barein Kuwait Catar Arábia EAU
Saudita
Fonte: UICC Apex-Brasil, a partir de dados do Euromonitor
14. Classes A e B – número de domicílios e representatividade na
população total (2010)
2 100
Milhões
1,8 95,1
1,8 90
92,7
87,8
1,6 80
1,4 70
1,2 60
57
1 50
0,8 0,7 40
37,3
0,6 30
0,4 0,3 0,3 20
0,2 0,1 10
0 0
Arábia Saudita Barein Catar Kuwait EAU
Número de domicílios das classes A e B (renda anual acima de US$35 mil)
Porcentagem de domícilios das classes A e B na população total (em %)
Fonte: UICC Apex-Brasil, a partir de dados do Euromonitor
15. Arábia Saudita
PERSPECTIVA SOCIOECONÔMICA
2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014
PIB PPC (cresc.) 4,23 0,60 3,81 3,89 4,21 4,23 4,28
Consumo Privado (cresc.) 7,3 4,1 3,5 4,2 4,5 4,6 4,6
Taxa de Investimento
22,2 27,3 22,0 19,2 21,4 22,5 23,7
(FBKF/PIB)
20,4 e 20,5 e 21,7 e 23,1 e
Importações (cresc.) 27,6 -22,2 17,9
24,1 24,6 25,8 27,3
IED (US$ bilhões) 39,46 35,51 37,29 39,15 40,72 41,94 42,78
Fonte: UICC/Apex-Brasil, a partir de dados do The Economist e do Euromonitor
16. Arábia Saudita
DESTAQUES E TENDÊNCIAS 2011 - 2015
Despesas governamentais de US$ 129 bilhões.
US$ 67 bilhões para construção de 500 mil moradias.
Estímulo do governo saudita às parcerias com SABIC (petroquímica), Al Zamil (químicos
e manufatura), petrolíferas privadas (Petro Rabigh, SIPC e SPC)
Água: Grain Silos and Flour Mills Organization (redução de plantações) e Saline Water
Conversion Corporation
Apoio do governo para reforço dos blocos OPEP e CCG pelos acordos com Cingapura,
Nova Zelândia, EFTA e negociação com Mercosul.
Entre 2012-15, investimento estrangeiros externos devem propiciar reformas
industriais e de infraestrutura com IED. O setor de serviços deve ter forte crescimento.
Fontes: The Economist, Euromonitor e ONU
17. Arábia Saudita
PONTOS DE INTERESSE NO MERCADO
Finais de semana: quinta e sexta. No mês do Ramadã (agosto), trabalha-se 36 horas
por semana ou 6 horas-dia. Feriados: Eid Al-Fitr (fim do Ramadã 30/8/11) e Eid Al-Adha
(Festa do Sacrifício 6/11/11, 10° dia de peregrinação)
O dia nacional é 23 de setembro (dia em que o Reino foi constituído).
30% da população estão em Riad e Jedá.
Representa 20% da população total dos países selecionados do Oriente Médio. Cerca
de 46% da população compõe-se de estrangeiros (8 milhões).
População jovem (entre 25/26 anos)
O país no Índice de Desenvolvimento Humano (IDH) 2011: 56ª posição de 187 países
(Brasil 84º).
Fontes: The Economist, Euromonitor e ONU
18. Emirados Árabes
PERSPECTIVA SOCIOECONÔMICA
2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014
PIB PPC (cresc.) 7,42 -2,66 2,11 3,14 4,64 4,98 5,65
Consumo Privado (cresc.) 18,43 -1,19 4,75 5,88 7,16 7,57 7,75
Taxa de Investimento
21,2 22,3 23,8 20,5 19,9 19,8 19,5
(FBKF/PIB)
13 e 17,5 e 19,5 e 20,7 e
Importações (cresc.) 33,4 -14,9 6,0
16,1 22,1 24,5 26,3
IED (US$ bilhões) 13,70 4,00 6,20 8,50 11,50 12,20 13,50
Fonte: UICC/Apex-Brasil, a partir de dados do The Economist e do Euromonitor.
19. Emirados Árabes
DESTAQUES E TENDÊNCIAS 2011 - 2015
Principal setor da economia continuará sendo o de hidrocarbonetos. No entanto, há
projetos para a diversificação dos produtos através de grandes investimentos em infra-
estrutura, indústria e serviços.
Abu Dhabi é o principal produtor de petróleo dos Emirados e está investindo para a
ampliação em Fujairah. Dubai é o centro financeiro e turístico.
Crescimento de serviços para os setores de saúde e bem estar.
Segmento de alimentos saudáveis, naturais e orgânicos e a indústria de “fitness”.
Aspectos ligados à energia renovável, reciclagem e sustentabilidade chamam a atenção
com fortes investimentos, inclusive na criação de Masdar (localizada em Abu Dhabi),
primeira cidade neutra em emissão de gases de carbono
Fontes: The Economist, Euromonitor e ONU
20. Emirados Árabes Unidos
PONTOS DE INTERESSE NO MERCADO
São sete os emirados: Abu Dhabi (capital), Dubai , Sharjah , Ajman, Umm al-
Qaiwain, Ras al-Khaimah e Fujeirah .
Finais de semana: sextas e sábados
O dia nacional é 02 de Dezembro (constituição da federação).
Principais emirados são Abu Dhabi e Dubai
Cerca de 80% da população é estrangeira (50% sul Ásia/23% árabe)
O país no Índice de Desenvolvimento Humano (IDH) 2011: 30ª posição de
187 países (Brasil 84º).
Fontes: The Economist, Euromonitor e ONU
22. PERFIL DAS EXPORTAÇÕES BRASILEIRAS PARA A ARÁBIA SAUDITA (2010)
Carne e pescado
1,6% 0,7% 0,5%
Minério de ferro
0,4%
4,1% 2,2%
Açúcar
7,1% 34,2% Lavouras temporárias
18,5%
Aeronaves
Máquinas e equipamentos de uso
27,4% na extração mineral e construção
Óleos e gorduras vegetais e
animais
Siderurgia
Papel, papelão liso, cartolina e
cartão
Calçados
Fonte: UICC Apex-Brasil, a partir de dados do Comtrade
23. PERFIL DAS EXPORTAÇÕES BRASILEIRAS PARA OS EMIRADOS ÁRABES (2010)
Açúcar
1,6%
1,2%
1,4% Carne e pescado
1,0%
2,2% Metalurgia de metais não-ferrosos
7,6% Minério de ferro
34,4%
8,0% Aeronaves
8,1% Máquinas e equipamentos de uso
na extração mineral e construção
Produtos do fumo
23,2%
Produtos derivados do petróleo
Lavouras temporárias
Óleos e gorduras vegetais e
animais
Fonte: UICC Apex-Brasil, a partir de dados do Comtrade
24. CONSOLIDAÇÃO DAS OPORTUNIDADES NOS PAÍSES DO ORIENTE MÉDIO
SELECIONADOS
AGRONEGÓCIOS, ALIMENTOS E BEBIDAS
Principal Valor Total
Part. Brasil
Produtos Selecionados Concorrente do Importado US$
2009
Brasil (2009)
Cereais em grão e esmagados (arroz e milho) Índia 4,58 bilhões 9%
Café solúvel Alemanha 81 milhões 22%
Carne de boi “in natura’ Índia 1 bilhão 53%
Carne de boi industrializada Jordânia 89 milhões 45%
Carne de frango “in natura” França 1,6 bilhão 84%
Frutas e sucos Tailândia 107,3 milhões 12%
Leite e derivados Nova Zelândia 405,1 milhões 8%
Massas e preparações alimentícias EUA 1,3 bilhão 0,3%
Alimentação para animais domésticos EUA 60 milhões 2%
Fonte: UICC Apex-Brasil, a partir de dados do Comtrade
25. CONSOLIDAÇÃO DAS OPORTUNIDADES NOS PAÍSES DO ORIENTE MÉDIO
SELECIONADOS
CASA E CONSTRUÇÃO
Principal Valor Total
Part. Brasil
Produtos Selecionados Concorrente do Importado US$
2009
Brasil (2009)
Vidro e suas obras China 429 milhões 1,7%
Ferramentas e talheres China 331 milhões 2%
Produtos metalúrgicos China 1,87 bilhão 0,2%
Rochas ornamentais China 354 milhões 2%
Produtos de madeira (exceto portas) China 173,7 milhões 5%
Portas de madeira e seus complementos China 155 milhões 2,5%
Cerâmica China 852 milhões 1%
Plásticos e suas obras China 2,7 bilhões 0,4%
Móveis de madeira Turquia 30 milhões 0,5%
Fonte: UICC Apex-Brasil, a partir de dados do Comtrade
26. CONSOLIDAÇÃO DAS OPORTUNIDADES NOS PAÍSES DO ORIENTE MÉDIO
SELECIONADOS
MÁQ. E EQUIPAMENTOS
Principal Valor Total
Part. Brasil
Produtos Selecionados Concorrente do Importado US$
2009
Brasil (2009)
Geradores e transformadores elétricos Alemanha 4,42 bilhões 2,7%
Refrigeradores e congeladores Coreia do Sul 644 milhões 2,2%
Compressores e bombas Alemanha 4,12 bilhões 0,6%
Máquinas e aparelhos de terraplanagem
China 1 bilhão 4%
perfuração
Tratores Alemanha 839 milhões 2,2%
Instrumentos de precisão EUA 2,7 bilhões 0,3%
Fonte: UICC Apex-Brasil, a partir de dados do Comtrade
27. CONSOLIDAÇÃO DAS OPORTUNIDADES NOS PAÍSES DO ORIENTE MÉDIO
SELECIONADOS
MODA
Principal Concorrente Valor Total Importado
Produtos Selecionados Part. Brasil 2009
do Brasil US$ (2009)
Joalheria Índia 16 bilhões 0,8%
Calçados China 4,45 bilhões 2,2%
Fonte: UICC Apex-Brasil, a partir de dados do Comtrade
28. Aspectos comerciais – alguns pontos destacados
• Como resultado da informatização, a demora do desembaraço aduaneiro em Dubai é
conhecida como uma das mais curtas no mundo (alguns minutos).
• Licenças apropriadas são requeridas para fazer comércio nos EAU. A licença comercial é
válida apenas para o Emirado em que ela é liberada.
• Agentes de desembaraço, que devem ser nacionais dos países do CCG, podem
desembaraçar importados apenas em nome de importadores licenciados, e apenas
aqueles produtos mencionados na licença.
• É difícil distribuir produtos importados sem um agente local.
• Os EAU aplicam a Lei Aduaneira Comum do CCG. Sua tarifa é baseada na Tarifa Externa
Comum do CCG, que consiste de uma taxa de 5% (regra geral).
• Em princípio, os produtos de um membro do CCG circulam livres de impostos em toda a
União Aduaneira, incluindo os EAU.
• Há várias regulações na importação de álcool, tabaco, armas e produtos derivados de
porco, por razões de segurança ou de religião.
Fonte: OMC e Câmara de Comércio Árabe-Brasileira
29. Aspectos comerciais – alguns pontos destacados
• Empresas que desejam exportar alimentos para os EAU devem obter aprovação de
rotulagem da Seção de Controle de Alimentos de Dubai, e do Laboratório do Meio
Ambiente e de Produtos Alimentícios da Administração Geral de Dubai. Todo produto
deve ser acompanhado por um certificado sanitário do país de origem.
• Todas as carnes importadas devem ser acompanhadas de dois certificados: (a) um
certificado de saúde emitido pelo país de origem e (b) um certificado de abate Halal,
emitido por um centro islâmico autorizado no país de origem.
• Todos os documentos usados no processo devem ser autenticados pela Câmara de
Comércio Árabe Brasileira, e legalizados pela Embaixada dos EAU no Brasil.
• Documentos e rótulos devem estar em idioma árabe ou inglês (preferencialmente os
dois).
• Cada país do CCG determina a sua própria lista de produtos proibidos ou restritos,
embora os membros estejam atualmente desenvolvendo uma lista comum (ainda em
2010).
Fonte: OMC e Câmara de Comércio Árabe-Brasileira