dados sobre josé de alencar e til são comentados. A questão linguistica do TIL. A localização do romance, seus personagens. romantismo, folhetim, romance, campinas, vestibular unicamp e fuvest.
3. Til - José de Alencar
Iracema - Lagoa de Messejana
Verdes mares bravios de
minha terra natal,
(Iracema )
4. Til - José de Alencar
Romances urbanos do “Rio”
Cinco minutos (1856)
A viuvinha (1857)
Lucíola (1862)
Diva (1864)
A pata da Gazela (1870)
5. Til - José de Alencar
Romances urbanos do “Rio”
Cinco minutos (1856)
A viuvinha (1857)
Lucíola (1862)
Diva (1864)
A pata da Gazela (1870)
A Nação Brasil
O Guarani
(1857)
6. Til - José de Alencar
Romances urbanos do “Rio”
Cinco minutos (1856)
A viuvinha (1857)
Lucíola (1862)
Diva (1864)
A pata da Gazela (1870)
A Nação Brasil
O Guarani
(1857)
Brasil - Regiões
Iracema (1865)
O Gaúcho (1870)
Til (1871)
Teatro : 1857 - 1860 (Mãe) Política: 1861-1870 (-D. Pedro, Castilho)
8. Til - José de Alencar
● Publicado em Folhetim - A República (nov 1871- mar 1872)
● Local : Santa Barbara (do Oeste) - Piracicaba - Itu - Campinas
● Provável viagem de Alencar no ínicio de 1871 à região.
● Um esboço de um romance “paulista” depois de um “gaúcho”.
● Romance em folhetim (Seriado de TV) , não um romance folhetinesco
(uma novela de TV)
“Sinto que pouco tempo não permita destinar-lhe para
publicação outra coisa além do “ligeiro esboço de
costumes”, e cujo título (TIL) bem indica a folga da
fantasia, não apurada pelos estudos.” Carta de Alencar - A República
(3/11/1870)
9. Til - José de Alencar Espaço
Cerca de uma légua abaixo da confluência do Atibaia com o Piracicaba, ....
no seio de uma bela floresta virgem, e foram convertidas a ferro e fogo em
campos de cultura. Daquela que borda as margens do Piracicaba, e vai morrer
nos campos de Itu, ainda restam grandes matas, cortadas de roças e cafezais.
Mas dificilmente se encontram já aqueles gigantes da selva brasileira...Daí
partiam pelo caminho d’água as expedições que os arrojados paulistas
levavam às regiões desconhecidas do Cuiabá, rasgando as entranhas da terra
virgem, para arrancar-lhe as
fezes, que o mundo chama ouro e comunga como a verdadeira hóstia.
(Til - IV O Monjolo)
10. Til - José de Alencar Espaço
Cerca de uma légua abaixo
da confluência do Atibaia
com o Piracicaba, ....
(Til - IV O Monjolo)
11. Til - José de Alencar
Características do Romance.
1. Hábitos e costumes no Interior de São Paulo ao redor de 1870.
2. Sistema patriarcal - escravagista
3. Violência com ausência do Estado - “conceito de justiça”
4. Ambivalência nos caracteres ( Jão Fera por exemplo), o ser humano é
bom ou mau, depende das circunstâncias. (anti-romântico).
(no romantismo: o homem é bom como a Natureza, a sociedade o corrompe).
1. Ausência de um sistema escolar - dificuldade de aprendizagem
2. Uma questão linguística - o TIL. ñ, ã. N
12. Til - José de Alencar
Estilo e Narrativa
1. Tipo folhetim, capítulos curtos e suspense. (como uma novela de TV)
2. Linguagem : culta e misturada ao falar popular
“Recolhendo o passo, quedou-se um instante perplexo, absorto por uma luta
que se renhia dentro, procela a subverter o pélago insondável dessa
consciência ...
Quando o Bugre sai da furna, é mau sinal: vem ao faro do sangue como a
onça. Não foi debalde que lhe deram o nome que tem. E faz garbo disso!
.........
– É que anda farejando, ou senão deram-lhe no rasto e estão-lhe na cola.
– Coitado! Se o prendem!
– Ora qual. Dançará um bocadinho na corda!”
13. Til - José de Alencar
Estilo e Narrativa
1. Tipo folhetim, capítulos curtos e suspense. (como uma novela de TV)
2. Linguagem : culta e misturada ao falar popular
“Recolhendo o passo, quedou-se um instante perplexo, absorto por uma luta
que se renhia dentro, procela a subverter o pélago insondável dessa
consciência ...
Quando o Bugre sai da furna, é mau sinal: vem ao faro do sangue como a
onça. Não foi debalde que lhe deram o nome que tem. E faz garbo disso!
.........
– É que anda farejando, ou senão deram-lhe no rasto e estão-lhe na cola.
– Coitado! Se o prendem!
– Ora qual. Dançará um bocadinho na corda!”
14. Til - José de Alencar
Estilo e Narrativa
1. Tipo folhetim, capítulos curtos e suspense. (como uma novela de TV)
2. Linguagem : culta e misturada ao falar popular
“Recolhendo o passo, quedou-se um instante perplexo, absorto por uma luta
que se renhia dentro, procela a subverter o pélago insondável dessa
consciência ...
Quando o Bugre sai da furna, é mau sinal: vem ao faro do sangue como a
onça. Não foi debalde que lhe deram o nome que tem. E faz garbo disso!
.........
– É que anda farejando, ou senão deram-lhe no rasto e estão-lhe na cola.
– Coitado! Se o prendem!
– Ora qual. Dançará um bocadinho na corda!”
15. Til - José de Alencar
exemplo da época : Castro Alves (1847- 1871) protegido de Alencar.
- Navio Negreiro. (1869)
Homens do mar! ó rudes marinheiros,
Tostados pelo sol dos quatro mundos!
Crianças que a procela acalentara
No berço destes pélagos profundos!
16.
17. Til - José de Alencar
Jão Fera : um matador. (denúncia para um sertão sem justiça, o mais forte)
Nobreza: trabalhar nunca, isto é coisa de escravo. Matar de frente.
Uma onça, um bugre. Coração mole para (Berta).
Antes enfrentava a polícia, depois acaba preso.
“a enquanto vivesse Jão Fera, sabia ..que o nome deste havia
sempre de ser o mais falado e temido apesar do serviço, que lhe prestara o
Bugre (Jão Fera) havia anos, livrando-o de um recruta que o levava preso”
(22- O trato).
18. Til - José de Alencar
A alfabetização :
Como uma pátria , como escritores e livros e um país de analfabetos?
Para Alencar era um problema. - Antonio de Castilho, escritor Português, tinha
vindo ao Brasil em 1869 ensinar o Método de Alfabetização. Castilho e Alencar
se detestavam, para Castilho e D. Pedro II, Alencar estava acabando com a
língua Portuguêsa ao introduzir o “romance Brazileiro”. Enquanto Machado o
agrade por ter criado a “lingua portuguesa brasileira”.
“ Berta foi engenhosamente agrupando todas as letras, com os nomes das
pessoas cercavam. Pondo em jogo paixões do idiota,obteve ela afinal
transformar a carta do abecê em uma família, em um mundo, para a existência
enfezada dessa mísera criatura. Ao cabo de um mês, conhecia Brás todo o
abecedário” ( 26 - O abecê).
19. Til - José de Alencar
a linguagem oral popular e a língua escrita. (cantiga de ninar da negra Zana)
Cala a boca, anda, nhazinha,
Ai-huê, lê-lê!
Senão olha, canhambola,
Ai-huê, lê-lê!
Vem cá mesmo, Pai Zumbi,
Toma, papanha Bebê! (Zana 17)
Jão e não João
20. Til - José de Alencar
O Til Tilde. Qual deve ser a ortografia da língua escrita. ?
Como os sons se convertem em palavras ?
- Professora, posso pegar a vassora para barrer em vorta?
- Não é assim que se diz, diga: vassoura para varrer em volta!
- Brigado, Professoura, depois vou trabalhar na holta.
Espanhol : para diferenciar o som, tipógrafos adotaram um “N” deitado em
cima do “n” comum, ficando Español. (espanhol falado b=v)
Em Português : ñ -> nh .
Porém adotaram o “diacrítico ã “, para pão.
Português -> pão , espanhol -> pan. Francês -> pain.
diacrítico@gmail.com “@”
21. Til - José de Alencar
exemplo da época : Castro Alves (1847- 1871) protegido de Alencar.
- Navio Negreiro. (1869)
Existe um povo que a bandeira empresta
P'ra cobrir tanta infâmia e cobardia!...
E deixa-a transformar-se nessa festa
Em manto impuro de bacante fria!...
Meu Deus! meu Deus! mas que bandeira é esta,
Que impudente na gávea tripudia?
Silêncio. Musa... chora, e chora tanto
Que o pavilhão se lave no teu pranto! ...
22. Til - José de Alencar
exemplo da época : Castro Alves (1847- 1871) protegido de Alencar.
- Navio Negreiro. (1869)
Auriverde pendão de minha terra,
Que a brisa do Brasil beija e balança,
Estandarte que a luz do sol encerra
E as promessas divinas da esperança...
Tu que, da liberdade após a guerra,
Foste hasteado dos heróis na lança
Antes te houvessem roto na batalha,
Que servires a um povo de mortalha!...
23. – (...) Quando o Bugre sai da furna, é mau sinal: vem ao faro do sangue como
a onça. Não foi debalde que lhe deram o nome que tem. E faz garbo disso!
– Então você cuida que ele anda atrás de alguém?
– Sou capaz de apostar. É uma coisa que toda a gente sabe. Onde se
encontra Jão Fera, ou houve morte ou não tarda.
Estremeceu Inhá com um ligeiro arrepio, e volvendo em torno a vista inquieta,
aproximou-se do companheiro para falar-lhe em voz submissa:
– Mas eu tenho-o encontrado tantas vezes, aqui perto, quando vou à casa de
Zana, e não apareceu nenhuma desgraça.
– É que anda farejando, ou senão deram-lhe no rasto e estão-lhe na cola.
– Coitado! Se o prendem!
– Ora qual. Dançará um bocadinho na corda!
– Você não tem pena?
– De um malvado, Inhá!
24. Espera-se que o candidato identifique em Jão Fera uma personagem
ambivalente, que não pode ser classificada
puramente como vilão ou herói. Jão Fera tornou-se um assassino cruel por
conta das vicissitudes que lhe
marcaram a vida. Em sua juventude Jão Fera viu Besita, a moça por quem
estava apaixonado, e a cujo amor
renunciara por não se julgar digno dela, ser violada por Luís Galvão, seu
melhor amigo, e, posteriormente, ser
assassinada pelo marido. Esses fatos o levaram a trilhar o caminho do crime.
Mas a lembrança de seu amor por
Besita persiste em sua adoração pela filha dela, Berta, a quem se mantém fiel
e a quem protege de todos os
perigos ao longo de todo o romance.
Essa ambivalência da personagem pode ser exemplificada de várias maneiras.