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TEMAS
PROPOSTAS
NÚMERO 1

BIOLOGIA

DE

PARA DESENVOLVER EM SALA DE AULA
JULHO

DE

1995

EDITORA MODERNA

IDENTIFICANDO PESSOAS PELO DNA: UMA SIMULAÇÃO
J. M. Amabis * e G. R. Martho

E

m maio de 1995, nos Estados Unidos, os promotores do
julgamento de O. J. Simpson, ex-astro do futebol americano
acusado de assassinar a esposa, pediram à bioquímica Robin
Cotton que desse aos jurados uma aula sobre DNA, o material
hereditário dos seres vivos. A análise do sangue encontrado no
local do crime havia revelado a presença de DNA supostamente
pertencente a Simpson.
O exemplo acima ilustra como conhecimentos antes restritos aos
especialistas tornam-se hoje acessíveis ao grande público. As
pessoas querem saber o que é DNA e por que ele é comparável a
uma impressão digital que identifica seu portador.
Desenvolver e aproveitar temas como esse pode tornar mais
interessante e produtivo o trabalho do professor em sala de aula. Neste
número apresentamos uma proposta de atividade cujo principal
objetivo é levar os estudantes a compreender a importância prática
da Engenharia Genética na identificação de pessoas.

As técnicas da Engenharia Genética permitem identificar
pessoas pela análise de suas moléculas de DNA (ácido desoxirribonucléico), a substância que constitui os genes. Com exceção dos gêmeos univitelinos, cada pessoa possui um conjunto
de genes, e portanto de moléculas de DNA, único e particular.
O processo mais simples para caracterizar um DNA
consiste em cortar as moléculas dessa substância com o auxílio
de "tesouras moleculares", as chamadas enzimas de restrição,
analisando em seguida o tamanho dos fragmentos que se formaram. Uma enzima de restrição corta a molécula de DNA
em pontos específicos, somente onde ocorre determinada
seqüência de bases nitrogenadas. Como cada pessoa tem
seqüências típicas de bases nitrogenadas, o número e os
tamanhos dos fragmentos obtidos pelo corte enzimático acaba
por caracterizar seu DNA.
O tamanho dos "fragmentos de restrição", como são chamados os fragmentos obtidos após o corte enzimático, é determinado através da técnica de eletroforese. A mistura de fragmentos de DNA é aplicada em uma camada de gelatina (gel)
e submetida a um campo elétrico. Nessas condições, os fragmentos se movem a velocidades inversamente proporcionais
ao seu tamanho, isto é, os fragmentos menores deslocam-se
mais rapidamente que os maiores.
Quando o campo elétrico é desligado, fragmentos de mesmo tamanho estacionam juntos em determinada posição do
gel, formando uma faixa. O padrão de faixas que surge é
característico para cada pessoa, e corresponde à sua
"impressão digital" genética.
*

1 a. identifi
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a o mesFonte: Fo
lha de São
Paulo 28/0
5/95

Neste número sugerimos a simulação de experimentos nos
quais amostras de DNA de diferentes pessoas são tratadas
com uma enzima de restrição hipotética, que corta as moléculas onde houver dois pares de bases C-G/C-G em seqüência.
O preenchimento dos gráficos, onde os fragmentos do
DNA cortado são dispostos por ordem de tamanho, simula a
separação eletroforética.
Apresentamos, ainda, um processo simples e prático para
extrair DNA de uma amostra, no caso, de células de cebola.

Foto de um gel de eletroforese iluminado com luz ultravioleta. Sob essa luz, o DNA previamente tratado fluoresce,
revelando um padrão de faixas típico do DNA analisado.

Professor do Departamento de Biologia do Instituto de Biociências da Universidade de SãoPROPOSTAS
Paulo

PARA DESENVOLVER EM SALA DE AULA

1
SUGESTÕES E PRÉ-REQUISITOS
Na página à direita apresentamos um modelo para a folha de
atividades dirigida ao estudante. Nela se encontram todas as
informações objetivas para resolver às duas questões formuladas:
"Quem é o criminoso? Quem é o pai da criança?". As respostas a
essas questões encontram-se no verso da folha de atividades.
Sugerimos que o professor oriente verbalmente o estudante
sobre a diferença de procedimentos entre a detecção do criminoso e a do pai da criança. No primeiro caso basta encontrar,
entre os suspeitos, um padrão eletroforético idêntico ao da
amostra de pele sob as unhas da vítima. Já no segundo caso é
preciso, inicialmente, identificar na criança as faixas eletroforéticas correspondentes à mãe, para em seguida procurar, nos
pretendentes a pai, aquele que possui as faixas que faltam.
Essas faixas devem estar necessariamente presentes no pai,
uma vez que a criança recebe um cromossomo materno e um
homólogo paterno.
No quadro abaixo fornecemos informações práticas
para executar, na própria sala de aula, um experimento simples
de extração de DNA. Apesar de simplificados, os procedimentos são muito parecidos aos utilizados nos laboratórios

bioquímicos, e permitem ao estudante visualizar, ainda que
macroscopicamente, o aspecto do material hereditário.
O tema será mais bem aproveitado se o estudante já
dominar os conceitos básicos relativos às estruturas do DNA
e dos cromossomos. Em nossas obras de Biologia esses
assuntos podem ser encontrados nos seguintes volumes:
AMABIS, J. M. & MARTHO, G. R. Fundamentos da Biologia moderna,
São Paulo, Ed. Moderna, 1997:
• Estrutura dos ácidos nucléicos (págs. 102-103);
• Genes: estrutura química e duplicação (págs. 152-153);
• Engenharia genética (págs. 540-545).

—·

Biologia das células (vol. 1), São Paulo, Ed. Moderna, 1994:
• A estrutura dos cromossomos (págs. 178-180);
• Cromossomos e genes (págs. 182-185);
• A estrutura do gene (págs. 311-313).

—·

Biologia das populações (vol. 3), São Paulo, Ed. Moderna, 1995:
• A base celular da hereditariedade (págs. 7-9).

ULA

EXTRAINDO

DE A
DNA EM SALA

INFORMAÇÕES TÉ

MATERIAL
g)
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 uma cebola gr
a
 faca de cozinh
ano
s tipo americ
 dois copo
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 sal de cozinha uças
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etílico 95%
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de –10ºC)
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 bastão fino de
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fé, de pape
coador de ca


 gelo moído

CNICAS

de três etapas:
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cario
omossomos
NA de células eu
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A extração de D
eos; b) desmem
demais
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em seus compo
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lulares.
células grande
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por apresentar
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cada.
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das células da ce
facilmente quan
os cromossomos
os e
sódio, desnatura
sintegra os núcle
lauril) sulfato de
O detergente de
e, o dodecil (ou
detergent
componentes do
mico.
o DNA. Um dos
DNA se
DNA cromossô
moléculas de
parando-as do
faz com que as
as proteínas, se
biente salino,
do, em am
a.
O álcool gela
e esbranquiçad
sa filamentosa
ando uma mas
aglutinem, form

PROCEDIMENTO

S

meio copo
de chá de sal em

d'água, mexendo

ver

bem até dissol

s de 0,5 cm.
lher das
bola em pedaço
rgente e uma co
1. Pique a ce
inutos.
de sopa de dete
r cerca de 15 m
quatro colheres
banho-maria po
.
2. Coloque
te e sal, e leve ao
a de 5 minutos
.
o de detergen
durante cerc
completamente
o copo no gelo
po com a soluçã
co
locando
cebola picada no
fases, a
rapidamente, co
3. Coloque a
limpo.
Formam-se duas
aria e resfrie-a
do em um copo
ura do banho-m
ente pela borda.
Retire a mist
rrer vagarosam
colhendo o filtra
4.
do-o esco
de café, re
os
gelado, deixan
ura no coador
e são aglomerad
copo de álcool
5. Coe a mist
cerca de meio
anquiçados, qu
am-se fios esbr
cione ao filtrado
6. Adi
fases. Form
r, aquosa.
ares, mistur e as
ica, e a inferio
imentos circul
superior, alcoól
po e, com mov
o bastão no co
7. Mergulhe
.
éculas de DNA
de mol
Técnica modificada de J. Schollar e D. Madden —
Centro de Educação Biotecnológica da Universidade de Reading — Inglaterra

2 PROPOSTAS PARA DESENVOLVER EM SALA DE AULA
ATIVIDADE:

I DENTIFICANDO PESSOAS PELO DNA

Nome:

Série:

P-5

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18

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Número de pares de bases por fragmento

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✃

CA

✃
✃

P-4

✃
✃

P-3

✃

P-2

✃

P-1

Nesta atividade você aplicará os princípios da identificação de pessoas pelo DNA na
solução de duas questões judiciais. Em uma
delas identificará um criminoso entre três suspeitos, e em outra descobrirá quem é o pai de
uma criança.
Ao lado estão representados segmentos
de DNA de cinco pessoas (P-1 a P-5). Cada
uma tem dois segmentos, correspondentes a
um par de cromossomos homólogos (CA e CB).
As seqüências de bases dos homólogos
podem ser ligeiramente diferentes em função
da diferença entre os genes alelos.
O primeiro passo para a análise do DNA
é cortá-lo com uma enzima de restrição hipotética que, neste exemplo, reconhece a seqüência de dois pares de bases C-G adjacentes (dois C em uma cadeia e dois G na
outra). Para facilitar, essas seqüências de
corte estão destacadas no DNA. Localize,
nos dois segmentos de DNA de cada pessoa,
todas as seqüências de corte. Marque-as à
lápis com um traço horizontal, de modo a separar um par C-G do par C-G adjacente.
O passo seguinte é organizar os fragmentos obtidos por ordem de tamanho. Para isso,
conte o número de pares de bases de cada
fragmento e complete o preenchimento do
gráfico localizado na parte inferior esquerda
da figura. Cada coluna do gráfico simula o
padrão eletroforético de uma pessoa, onde os
fragmentos de DNA se distribuem em faixas
por ordem de tamanho. A título de exemplo, a
coluna correspondente ao padrão da pessoa
P-5 já está preenchida.
A seguir, responda às questões abaixo.

1

P-5

Quem é o criminoso?
Restos de pele encontrados sob as unhas de uma pessoa assassinada foram
submetidos ao teste de DNA, revelando o padrão eletroforético P-5.
Três pessoas, P-1, P-2 e P-3, suspeitas do crime, também foram
submetidas ao teste de DNA. Qual delas é a provável culpada?

Quem é o pai da criança?
Dois homens, P-1 e P-2, disputam a paternidade de uma criança, P-4, filha
da mulher P-3. Com base no teste de DNA dos quatro implicados, quem é
o provável pai da criança?



PROPOSTAS PARA DESENVOLVER EM SALA DE AULA

3
Número de pares de bases por fragmento

P-1


'

%
$
#

!



'

%
$
#

!


P-2

P-3

P-4

P-5

RESPOSTAS
Quem é o criminoso?
P-2. O padrão eletroforético do DNA deste suspeito é idêntico ao da
amostra de pele encontrada sob as unhas da vítima (P-5).

Quem é o pai da criança?
P-1. A criança P-4 pode ter recebido da mãe (P-3) DNA relativo às
faixas de números 1, 4, 10, 12, 13, 18 e 19. As faixas 5, 8, 11 e 15 de P4 provêm necessariamente do pai. P-2, o outro postulante, não apresenta as faixas 5, 8 e 11.
A identificação positiva do DNA de um suspeito pela técnica mostrada na atividade, particularmente se forem utilizados diferentes tipos de enzimas de restrição, atinge a mais de 99% de acerto.
Há uma probabilidade ínfima de duas pessoas não-gêmeas idênticas apresentarem o mesmo padrão
eletroforético do DNA.

4 PROPOSTAS PARA DESENVOLVER EM SALA DE AULA

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Identificação criminal por DNA

  • 1. TEMAS PROPOSTAS NÚMERO 1 BIOLOGIA DE PARA DESENVOLVER EM SALA DE AULA JULHO DE 1995 EDITORA MODERNA IDENTIFICANDO PESSOAS PELO DNA: UMA SIMULAÇÃO J. M. Amabis * e G. R. Martho E m maio de 1995, nos Estados Unidos, os promotores do julgamento de O. J. Simpson, ex-astro do futebol americano acusado de assassinar a esposa, pediram à bioquímica Robin Cotton que desse aos jurados uma aula sobre DNA, o material hereditário dos seres vivos. A análise do sangue encontrado no local do crime havia revelado a presença de DNA supostamente pertencente a Simpson. O exemplo acima ilustra como conhecimentos antes restritos aos especialistas tornam-se hoje acessíveis ao grande público. As pessoas querem saber o que é DNA e por que ele é comparável a uma impressão digital que identifica seu portador. Desenvolver e aproveitar temas como esse pode tornar mais interessante e produtivo o trabalho do professor em sala de aula. Neste número apresentamos uma proposta de atividade cujo principal objetivo é levar os estudantes a compreender a importância prática da Engenharia Genética na identificação de pessoas. As técnicas da Engenharia Genética permitem identificar pessoas pela análise de suas moléculas de DNA (ácido desoxirribonucléico), a substância que constitui os genes. Com exceção dos gêmeos univitelinos, cada pessoa possui um conjunto de genes, e portanto de moléculas de DNA, único e particular. O processo mais simples para caracterizar um DNA consiste em cortar as moléculas dessa substância com o auxílio de "tesouras moleculares", as chamadas enzimas de restrição, analisando em seguida o tamanho dos fragmentos que se formaram. Uma enzima de restrição corta a molécula de DNA em pontos específicos, somente onde ocorre determinada seqüência de bases nitrogenadas. Como cada pessoa tem seqüências típicas de bases nitrogenadas, o número e os tamanhos dos fragmentos obtidos pelo corte enzimático acaba por caracterizar seu DNA. O tamanho dos "fragmentos de restrição", como são chamados os fragmentos obtidos após o corte enzimático, é determinado através da técnica de eletroforese. A mistura de fragmentos de DNA é aplicada em uma camada de gelatina (gel) e submetida a um campo elétrico. Nessas condições, os fragmentos se movem a velocidades inversamente proporcionais ao seu tamanho, isto é, os fragmentos menores deslocam-se mais rapidamente que os maiores. Quando o campo elétrico é desligado, fragmentos de mesmo tamanho estacionam juntos em determinada posição do gel, formando uma faixa. O padrão de faixas que surge é característico para cada pessoa, e corresponde à sua "impressão digital" genética. * 1 a. identifi caçã o foi na In O primeiro glater ra caso de id ames de D entificação NA ocorre criminal at u em 1985 condado, ravés , na Inglat rodeado de erra. Em um de ex montanhas acesso, um pequeno e com um a mulher fo a única es i estuprad trada de "Lá havia a e assass um genetic inada. ma encontra ista, Alec Jeffreys, qu do na vítim e colheu o a e fez o ex outro crim esperame de DN e similar. N A. Mais ta ovamente Je trado na ví rde houve ffreys anal tima. Era do isou o sêm mesmo ho crime", co en enconmem que nta José M cometera o aria Marle USP. primeiro t, professo r de medic ina legal da As autorida des locais de sangue forjaram um cuja finalid a campanh ade era id habitantes a de doaç entificar o fo ram doar ão ag ressor. T sangue, m igual ao do odos os as nenhum estuprador deles poss . uía DNA "A polícia prosseguiu havia um vi com as inve ajante no co stigações e ndado. Qua descobriu vidado a do ndo o suje que ar sangue. ito voltou, Feito o test Jeffreys co foi cone de DNA nc luiu que no sangue o código ge mo do estu colhido, nético do prador", co viajante er nta Marlet. a o mesFonte: Fo lha de São Paulo 28/0 5/95 Neste número sugerimos a simulação de experimentos nos quais amostras de DNA de diferentes pessoas são tratadas com uma enzima de restrição hipotética, que corta as moléculas onde houver dois pares de bases C-G/C-G em seqüência. O preenchimento dos gráficos, onde os fragmentos do DNA cortado são dispostos por ordem de tamanho, simula a separação eletroforética. Apresentamos, ainda, um processo simples e prático para extrair DNA de uma amostra, no caso, de células de cebola. Foto de um gel de eletroforese iluminado com luz ultravioleta. Sob essa luz, o DNA previamente tratado fluoresce, revelando um padrão de faixas típico do DNA analisado. Professor do Departamento de Biologia do Instituto de Biociências da Universidade de SãoPROPOSTAS Paulo PARA DESENVOLVER EM SALA DE AULA 1
  • 2. SUGESTÕES E PRÉ-REQUISITOS Na página à direita apresentamos um modelo para a folha de atividades dirigida ao estudante. Nela se encontram todas as informações objetivas para resolver às duas questões formuladas: "Quem é o criminoso? Quem é o pai da criança?". As respostas a essas questões encontram-se no verso da folha de atividades. Sugerimos que o professor oriente verbalmente o estudante sobre a diferença de procedimentos entre a detecção do criminoso e a do pai da criança. No primeiro caso basta encontrar, entre os suspeitos, um padrão eletroforético idêntico ao da amostra de pele sob as unhas da vítima. Já no segundo caso é preciso, inicialmente, identificar na criança as faixas eletroforéticas correspondentes à mãe, para em seguida procurar, nos pretendentes a pai, aquele que possui as faixas que faltam. Essas faixas devem estar necessariamente presentes no pai, uma vez que a criança recebe um cromossomo materno e um homólogo paterno. No quadro abaixo fornecemos informações práticas para executar, na própria sala de aula, um experimento simples de extração de DNA. Apesar de simplificados, os procedimentos são muito parecidos aos utilizados nos laboratórios bioquímicos, e permitem ao estudante visualizar, ainda que macroscopicamente, o aspecto do material hereditário. O tema será mais bem aproveitado se o estudante já dominar os conceitos básicos relativos às estruturas do DNA e dos cromossomos. Em nossas obras de Biologia esses assuntos podem ser encontrados nos seguintes volumes: AMABIS, J. M. & MARTHO, G. R. Fundamentos da Biologia moderna, São Paulo, Ed. Moderna, 1997: • Estrutura dos ácidos nucléicos (págs. 102-103); • Genes: estrutura química e duplicação (págs. 152-153); • Engenharia genética (págs. 540-545). —· Biologia das células (vol. 1), São Paulo, Ed. Moderna, 1994: • A estrutura dos cromossomos (págs. 178-180); • Cromossomos e genes (págs. 182-185); • A estrutura do gene (págs. 311-313). —· Biologia das populações (vol. 3), São Paulo, Ed. Moderna, 1995: • A base celular da hereditariedade (págs. 7-9). ULA EXTRAINDO DE A DNA EM SALA INFORMAÇÕES TÉ MATERIAL g) ande (± 200 uma cebola gr a faca de cozinh ano s tipo americ dois copo 60ºC) banho-mar ia (± trada água fil sal de cozinha uças lo detergente para gelado (a cerca etílico 95% álcool de –10ºC) eira vidro ou mad bastão fino de l fé, de pape coador de ca gelo moído CNICAS de três etapas: amentalmente ntes consta fund cario omossomos NA de células eu bramento dos cr A extração de D eos; b) desmem demais eração dos núcl o do DNA dos lulas para lib nas; c) separaçã a) ruptura das cé , DNA e proteí nentes básicos em seus compo pem s, que se rom lulares. células grande componentes ce por apresentar bola foi usado O bulbo de ce cada. bola, liberando do a cebola é pi das células da ce facilmente quan os cromossomos os e sódio, desnatura sintegra os núcle lauril) sulfato de O detergente de e, o dodecil (ou detergent componentes do mico. o DNA. Um dos DNA se DNA cromossô moléculas de parando-as do faz com que as as proteínas, se biente salino, do, em am a. O álcool gela e esbranquiçad sa filamentosa ando uma mas aglutinem, form PROCEDIMENTO S meio copo de chá de sal em d'água, mexendo ver bem até dissol s de 0,5 cm. lher das bola em pedaço rgente e uma co 1. Pique a ce inutos. de sopa de dete r cerca de 15 m quatro colheres banho-maria po . 2. Coloque te e sal, e leve ao a de 5 minutos . o de detergen durante cerc completamente o copo no gelo po com a soluçã co locando cebola picada no fases, a rapidamente, co 3. Coloque a limpo. Formam-se duas aria e resfrie-a do em um copo ura do banho-m ente pela borda. Retire a mist rrer vagarosam colhendo o filtra 4. do-o esco de café, re os gelado, deixan ura no coador e são aglomerad copo de álcool 5. Coe a mist cerca de meio anquiçados, qu am-se fios esbr cione ao filtrado 6. Adi fases. Form r, aquosa. ares, mistur e as ica, e a inferio imentos circul superior, alcoól po e, com mov o bastão no co 7. Mergulhe . éculas de DNA de mol Técnica modificada de J. Schollar e D. Madden — Centro de Educação Biotecnológica da Universidade de Reading — Inglaterra 2 PROPOSTAS PARA DESENVOLVER EM SALA DE AULA
  • 3. ATIVIDADE: I DENTIFICANDO PESSOAS PELO DNA Nome: Série: P-5 CA CB C-G C-G A-T T-A T-A A-T A-T A-T T-A C-G G-C C-G T-A A-T G-C T-A C-G A-T T-A C-G C-G T-A A-T G-C A-T G-C T-A A-T A-T G-C T-A C-G C-G A-T T-A G-C G-C A-T G-C A-T T-A C-G G-C A-T A-T T-A G-C A-T C-G C-G A-T T-A G-C C-G A-T T-A C-G T-A T-A A-T C-G T-A G-C C-G A-T T-A G-C G-C C-G C-G A-T T-A T-A A-T A-T A-T T-A C-G G-C C-G T-A A-T G-C C-G C-G A-T T-A C-G C-G T-A A-T G-C A-T A-T T-A A-T A-T G-C C-G C-G T-A A-T T-A G-C G-C A-T G-C A-T T-A C-G G-C A-T A-T T-A G-C A-T C-G C-G A-T T-A G-C C-G A-T T-A C-G C-G T-A A-T C-G T-A A-T C-G A-T T-A G-C G-C C-G C-G A-T T-A T-A A-T A-T A-T T-A C-G G-C C-G T-A A-T G-C T-A C-G A-T T-A C-G C-G T-A A-T G-C A-T A-T T-A A-T A-T G-C T-A C-G C-G A-T T-A G-C G-C A-T G-C A-T T-A C-G G-C A-T A-T T-A G-C A-T C-G C-G A-T T-A G-C C-G A-T T-A C-G T-A T-A A-T C-G T-A G-C C-G A-T T-A G-C G-C 1 19 12 17 ✃ CB C-G C-G A-T T-A T-A A-T A-T A-T T-A C-G G-C C-G T-A A-T G-C T-A C-G A-T T-A C-G C-G T-A A-T G-C A-T A-T T-A A-T G-C G-C T-A C-G T-A A-T T-A G-C G-C A-T G-C A-T T-A C-G G-C A-T A-T T-A G-C A-T T-A C-G A-T T-A G-C C-G A-T T-A C-G C-G T-A A-T C-G T-A G-C C-G A-T T-A G-C G-C 18 1 Número de pares de bases por fragmento P-1 ' % $ # ! ' % $ # ! P-2 P-3 P-4 CA CB C-G C-G A-T T-A T-A A-T A-T A-T T-A C-G G-C C-G T-A A-T G-C T-A C-G A-T T-A C-G C-G T-A A-T G-C A-T A-T T-A A-T A-T G-C T-A C-G C-G A-T T-A G-C A-T A-T G-C A-T T-A C-G G-C A-T A-T T-A G-C A-T C-G C-G A-T T-A G-C C-G A-T T-A C-G T-A T-A A-T C-G T-A G-C C-G A-T T-A G-C G-C C-G C-G A-T T-A T-A A-T A-T A-T T-A C-G G-C C-G T-A A-T G-C C-G C-G A-T T-A C-G C-G T-A A-T G-C A-T A-T T-A A-T A-T G-C T-A C-G C-G A-T T-A G-C G-C A-T G-C A-T T-A C-G G-C A-T A-T T-A G-C A-T T-A C-G A-T T-A G-C C-G A-T T-A C-G C-G T-A A-T C-G T-A G-C C-G A-T T-A G-C G-C 1 15 4 12 4 21 10 ✃ CA C-G C-G A-T T-A T-A A-T A-T A-T T-A C-G G-C C-G T-A A-T G-C T-A C-G A-T T-A C-G C-G T-A A-T G-C A-T G-C T-A A-T A-T G-C T-A C-G C-G A-T T-A G-C A-T A-T G-C A-T T-A C-G G-C A-T A-T T-A G-C A-T C-G C-G A-T T-A G-C C-G A-T T-A C-G T-A T-A A-T C-G T-A A-T C-G A-T T-A G-C G-C ✃ CB C-G C-G A-T T-A T-A A-T A-T A-T T-A C-G G-C C-G T-A A-T G-C C-G C-G A-T T-A C-G C-G T-A A-T G-C A-T A-T T-A A-T A-T G-C T-A C-G C-G A-T T-A G-C G-C A-T G-C A-T T-A C-G G-C A-T A-T T-A G-C A-T T-A C-G A-T T-A G-C C-G A-T T-A C-G C-G T-A A-T C-G T-A G-C C-G A-T T-A G-C G-C ✃ CA C-G C-G A-T T-A T-A A-T A-T A-T T-A C-G G-C C-G T-A A-T G-C C-G C-G A-T T-A C-G C-G T-A A-T G-C A-T A-T T-A A-T A-T G-C T-A C-G T-A A-T T-A G-C G-C A-T G-C A-T T-A C-G G-C A-T A-T T-A G-C A-T T-A C-G A-T T-A G-C C-G A-T T-A C-G C-G T-A A-T C-G T-A G-C C-G A-T T-A G-C G-C ✃ CB C-G C-G A-T T-A T-A A-T A-T A-T T-A C-G G-C C-G T-A A-T G-C C-G C-G A-T T-A C-G C-G T-A A-T G-C A-T G-C T-A A-T A-T G-C C-G C-G T-A A-T T-A G-C G-C A-T G-C A-T T-A C-G G-C A-T A-T T-A G-C A-T C-G C-G A-T T-A G-C C-G A-T T-A C-G C-G T-A A-T C-G T-A A-T C-G A-T T-A G-C G-C ✃ CA ✃ ✃ P-4 ✃ ✃ P-3 ✃ P-2 ✃ P-1 Nesta atividade você aplicará os princípios da identificação de pessoas pelo DNA na solução de duas questões judiciais. Em uma delas identificará um criminoso entre três suspeitos, e em outra descobrirá quem é o pai de uma criança. Ao lado estão representados segmentos de DNA de cinco pessoas (P-1 a P-5). Cada uma tem dois segmentos, correspondentes a um par de cromossomos homólogos (CA e CB). As seqüências de bases dos homólogos podem ser ligeiramente diferentes em função da diferença entre os genes alelos. O primeiro passo para a análise do DNA é cortá-lo com uma enzima de restrição hipotética que, neste exemplo, reconhece a seqüência de dois pares de bases C-G adjacentes (dois C em uma cadeia e dois G na outra). Para facilitar, essas seqüências de corte estão destacadas no DNA. Localize, nos dois segmentos de DNA de cada pessoa, todas as seqüências de corte. Marque-as à lápis com um traço horizontal, de modo a separar um par C-G do par C-G adjacente. O passo seguinte é organizar os fragmentos obtidos por ordem de tamanho. Para isso, conte o número de pares de bases de cada fragmento e complete o preenchimento do gráfico localizado na parte inferior esquerda da figura. Cada coluna do gráfico simula o padrão eletroforético de uma pessoa, onde os fragmentos de DNA se distribuem em faixas por ordem de tamanho. A título de exemplo, a coluna correspondente ao padrão da pessoa P-5 já está preenchida. A seguir, responda às questões abaixo. 1 P-5 Quem é o criminoso? Restos de pele encontrados sob as unhas de uma pessoa assassinada foram submetidos ao teste de DNA, revelando o padrão eletroforético P-5. Três pessoas, P-1, P-2 e P-3, suspeitas do crime, também foram submetidas ao teste de DNA. Qual delas é a provável culpada? Quem é o pai da criança? Dois homens, P-1 e P-2, disputam a paternidade de uma criança, P-4, filha da mulher P-3. Com base no teste de DNA dos quatro implicados, quem é o provável pai da criança? PROPOSTAS PARA DESENVOLVER EM SALA DE AULA 3
  • 4. Número de pares de bases por fragmento P-1 ' % $ # ! ' % $ # ! P-2 P-3 P-4 P-5 RESPOSTAS Quem é o criminoso? P-2. O padrão eletroforético do DNA deste suspeito é idêntico ao da amostra de pele encontrada sob as unhas da vítima (P-5). Quem é o pai da criança? P-1. A criança P-4 pode ter recebido da mãe (P-3) DNA relativo às faixas de números 1, 4, 10, 12, 13, 18 e 19. As faixas 5, 8, 11 e 15 de P4 provêm necessariamente do pai. P-2, o outro postulante, não apresenta as faixas 5, 8 e 11. A identificação positiva do DNA de um suspeito pela técnica mostrada na atividade, particularmente se forem utilizados diferentes tipos de enzimas de restrição, atinge a mais de 99% de acerto. Há uma probabilidade ínfima de duas pessoas não-gêmeas idênticas apresentarem o mesmo padrão eletroforético do DNA. 4 PROPOSTAS PARA DESENVOLVER EM SALA DE AULA