O documento discute a Taxonomia de Bloom original e revisada. A taxonomia original de 1948 classificou os objetivos educacionais em domínios cognitivo, afetivo e psicomotor. A revisão de 2001 atualizou os termos para refletir novas compreensões sobre o processo cognitivo e propôs que os objetivos sejam descritos usando verbos observáveis para tornar a avaliação mais clara.
1. Apontamentos sobre a
Taxonomia de Bloom
Revisada
Material complementar da Unidade 3
Curso: A importância da elaboração de objetivos
educacionais no processo de ensino e aprendizagem no
Ensino Superior
PACC/CoDAP/SEaD/UFSCar – out 2013
Maria Angélica do Carmo Zanotto
2. A Taxonomia original...
Em 1948, a Associação Norte
Americana de Psicologia
(American Psycological
Association – APA) solicitou a
alguns de seus membros que
montassem uma “força tarefa”
para discutir, definir e criar uma
taxonomia de objetivos
educacionais.
3. • Embora todos tenham colaborado
significativamente no
desenvolvimento dessa
taxonomia, ela é conhecida como
“Taxonomia de Bloom”.
• Não é a única - outros estudiosos
propuseram taxonomias
(Marzano, 2003)
Bloom assumiu a
liderança desse
projeto junto com
seus
colaboradores:
Englehart, Furst,
Hill e Krathwohl.
O primeiro passo foi a divisão
do trabalho de acordo com o
domínio específico de
desenvolvimento:
cognitivo, afetivo e
psicomotor.
5. Bloom et al. (1956) viram a teoria de
taxonomia como uma ferramenta
que, dentre outros pontos:
• Padronizaria a linguagem sobre os objetivos
de aprendizagem para facilitar a comunicação
entre docentes e
coordenadores, conteúdos, competências e
grau de instrução desejado;
• Serviria como base para que determinados
cursos definissem, de forma clara e
particular, objetivos e currículos baseados nas
necessidades e diretrizes
contextuais, regionais, federais e individuais
(perfil do aluno)
6. • Determinaria a congruência dos
objetivos educacionais, atividade e
avaliação de uma unidade, curso
ou currículo; e
• Definiria um panorama para
outras oportunidades educacionais
(currículos, objetivos e cursos),
quando comparado às existentes
antes dela ter sido escrita.
7. EM SUMA:
Uma taxonomia propõe
um quadro
comparativo, por meio
do qual, é possível a
definição, denominação,
classificação, comparaçã
o e organização em um
determinado campo
conceitual.
8. O resultado é padronização
das discussões, análises
e/ou recuperação de
informação.
10. Como qualquer modelo teórico, a
Taxonomia de Bloom tem seus
pontos fortes e fracos.
Seu ponto mais forte foi ter pegado
um tópico muito importante e
desenvolvido uma estrutura em
torno dele que pode ser utilizada
pelos profissionais de ensino.
11. Os professores que
mantêm uma lista de
perguntas associadas aos
vários níveis da Taxonomia
de Bloom sem dúvida
alguma fazem um trabalho
melhor ao incentivar em
seus alunos a capacitação
cognitiva de mais alta
ordem, em comparação
com aqueles que não
usam essa ferramenta.
13. Por outro lado, há pouco consenso sobre o
significado de termos que parecem auto-
explicativos, como “análise” ou “avaliação”.
Além disso, há diversas atividades baseadas
em problemas e projetos (Metodologias
Problematizadoras), que não podem ser
associados à Taxonomia, e tentar fazê-lo
poderia reduzir seu potencial como
oportunidades de ensino.
15. • Esse grupo de especialistas
(psicólogos, educadores, especialistas
em currículos, testes, avaliação etc.)
foi supervisionado por David
Krathwohl, que participou do
desenvolvimento da Taxonomia
original no ano de 1956.
Em 1999, Lorin
Anderson publicou
um significativo
trabalho de
retrospectiva da
utilização da
taxonomia e liderou
um grupo de
especialistas para
discutir a
possibilidade de rever
os pressupostos
teóricos da
Taxonomia de Bloom.
16. Em 2001, o relatório da
revisão foi publicado
num livro intitulado A
taxonomy for
learning, teaching and
assessing: a revision of
Bloom’s taxonomy for
educational objectives
(Anderson et al, 2001)
17. Quais foram as alterações?
Esse grupo tentou buscar o equilíbrio
entre o que existia, a estruturação da
taxonomia original e os novos
desenvolvimentos incorporados à
educação nos quarenta e poucos anos
de existência.
Além de mudanças no entendimento
como o processo cognitivo
ocorre, houve mudanças na forma
como se propunha a redação dos
objetivos.
18. O que mudou?
“ao final dessa
unidade os alunos
deverão lembrar
(verbo no infinitivo)
as três leis de
Newton
(substantivo/
conteúdo)”
• PROBLEMA: não está claro
como será verificado se e
como os alunos lembram
esse novo conhecimento.
ANTES, a redação de
um objetivo era
expressa assim...
19. Ao término desta Unidade os alunos deverão
lembrar as três leis de Newton,
DESCREVENDO-AS verbo no gerúndio,
observável, relacionado ao processo de LEMBRAR
Além de mencionar o processo cognitivo
desejado, o acréscimo de um verbo no
gerúndio, esclarece como será verificado se os
alunos lembram esse novo conhecimento, ao
descrevê-lo.
NOVA
PROPOSIÇÃO...
20. Referências
• PALLOFF, R.M.e PRATT, K. Assessing the Online Learner -
resources and strategies for faculty. San Francisco, CA:
Jossey-Bass, 2009 (Guides to Online Teaching and Learning)
• Ferraz, A.P.C.M e Belhot, R.V. Taxonomia de Bloom: revisão
teórica e apresentação das adequações do instrumento
para definição de objetivos instrucionais. Gest. Prod., São
Carlos, v. 17, n. 2, p. 421-431, 2010 . Disponível em:
http://www.scielo.br/pdf/gp/v17n2/a15v17n2.pdf Acesso
em set/2013
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