[1] Ohno observou o funcionamento de um supermercado e teve a ideia de enxergar cada processo produtivo como uma loja que fornece peças para o próximo processo, produzindo apenas o necessário para atender a demanda. [2] Ele criou o sistema Kanban para controlar a produção e estoque com base nas necessidades dos clientes, evitando desperdícios. [3] Os adversários argumentavam que produzir em maior quantidade traria mais lucro, mas Ohno acreditava que só deve-se produzir o necessário para atender a demanda
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Trabalho de conclusão da disciplina de: Organização, Sistemas e
Métodos.
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Aluna: Andréia Cruz
Matrícula : 924144
Unifran – Administração de Empresas
Polo Bauhaus – Ribeirão Preto
Professora: Eva Susana Soares de Oliveira.
ESTUDO DE CASO
OHNO-SAN VAI AO SUPERMERCADO
Por volta de 1950, a economia japonesa estava debilitada. A Toyota tinha um programa de
produção de menos de 1.000 carros por mês. Se fabricasse mais, não conseguiria vendê-los.
Bem diferente da situação no final dos anos 80, quando a Toyota fabricava 1.000 carros em
poucos minutos.
Em 1956, Taiichi Ohno, criador do sistema Toyota de produção, foi aos Estados Unidos
visitar fábricas de automóvel. “Finalmente”, ele escreveu, “pude realizar o desejo de
conhecer um supermercado de perto”. Ohno conhecia o supermercado por referência e já
havia observado que é a loja onde, em geral, se compra de acordo com a necessidade.
Do supermercado, Ohno havia tirado a idéia de enxergar cada processo de uma linha de
produção como uma espécie de loja que fornece peças para o processo seguinte.
No entanto, a linha como um todo é administrada do fim para o começo. O processo
seguinte (cliente) vai ao processo anterior (supermercado) para obter as peças necessárias
(mercadorias) na hora certa e na quantidade necessária. O processo anterior imediatamente
produz a quantidade que acabou de sair (reposição de mercadoria nas prateleiras). Escreveu
ele mais tarde:
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- Nós esperávamos que essa idéia nos ajudasse a realizar o objetivo do just in time, de
fabricar apenas o necessário. Em 1953, nós de fato aplicamos o sistema em nossa oficina de
máquina da fábrica principal. Para fazer funcionar o sistema do supermercado, usamos
pedaços de papel em que escrevíamos informações sobre o trabalho a ser realizado. Nós
chamávamos isso de Kanban.
- O kanban, um cartão envelopado em plástico, tornou-se a ferramenta que faz funcionar o
sistema Toyota.
-Suponham que levássemos o kanban ao supermercado. Com funcionaria? As mercadorias
compradas pelos clientes passam pelo caixa. Cartões contendo informações sobre essas
mercadorias seriam então enviados ao departamento de compras. Com essa informação, as
mercadorias que saíam seriam imediatamente repostas. Esses cartões correspondem ao
kanban de retirada do sistema Toyota. No supermercado, as mercadorias expostas
correspondem ao estoque da fábrica. Se o supermercado tivesse sua fábrica de mercadorias,
enviaria para ela um kanban de produção. Com as informações deste kanban, a fábrica
produziria as mercadorias para repor as que tivessem sido vendidas.
Nos anos 80, quando funcionários da Daihatsu procuraram a Toyota para aprender seus
métodos de eficiência, Ohno recomendou-lhes que fabricassem apenas o necessário.
- mas não é melhor ideia continuar produzindo, enquanto houver tempo e materiais? –
perguntou um dos visitantes.
- Acho que não – respondeu Ohno. – Façam apenas o que for necessário. Pode ser que vocês
fiquem com materiais sobrando, mas a empresa não ganha nada se fizer 120 itens quando
precisa apenas de 100. Se você precisa de 100, faça apenas 100.
- Ohno também recomendou que o ritmo de trabalho fosse calibrado para que a produção
dos 100 itens ocupasse o dia todo.
- A fórmula básica da Toyota, de fazer o que for necessário, apenas na quantidade
necessária, no momento necessário, tem outro elemento: tão eficientemente quanto possível.
Ou seja, gastando o mínimo. Há muitas formas de gastar o mínimo para produzir. Uma delas
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é produzir apenas 100 se você precisa apenas de 100, mesmo que você possa produzir 110
antes do final do expediente.
Continuou Ohno:
- A parte mais difícil do sistema Toyota de produção é aprender a fazer os 100 itens
gastando o mínimo. Para isso, todos devem aprender o Just in time. Se a prioridade for dada
apenas para a minimização dos gastos, podem ser obtidos diversos resultados indesejáveis.
Porém, se esse objetivo for negligenciado, o produto poderá custar terrivelmente caro.
Essa ideia tem seus adversários. Eles dizem que não se deve restringir a produção. É melhor
tentar reduzir os preços por meio da produção em massa. Ou então, se você tiver cinco
trabalhadores disponíveis, é melhor fazer 200 itens ao invés de 100.
Objetivo do Trabalho:
Na matéria de Organização e Métodos de Sistema, conseguimos o entendimento da
importância das técnicas e do aperfeiçoamento do funcionamento nas organizações.
Conforme o estudo de caso apresentado e do material bibliográfico de pesquisa será
apresentado mediante as questões propostas, características relevantes do Sistema de
Produção Enxuta – Toyota, de Taiichi Ohno, e do Sistema de Clássica e Produção em
Massa/Grande escala, com base em Frederick Winslow Taylor.
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QUESTÕES
1. Qual a relação entre o funcionamento do supermercado e o sistema Toyota de
produção?
O Sr. Ohno, criador do sistema Toyota de produção, a partir de uma visita a um
Supermercado, em sua observação, analisou que as pessoas compravam por necessidade.
Relacionando a análise do Supermercado com Sistema Toyota de Produção, pode avaliar
que se tivesse em seu estoque de produção um número maior que a demanda, teria produtos
paradas em seu estoque. Assim, como em um Supermercado, se o estoque de produtos for
maior que o numero de consumidores, o estoque ficará parado, tendo assim, uma
maximização nos gatos. Ohno criou o Sistema Kaban, que controla as informações do
estoque, quantidade existente dos produtos e a quantidade necessária para a reposição de
acordo com pedido dos clientes. Desta forma, existe grande foco na minimização dos gastos
e do não desperdício do material produção.
2. Quais as diferenças entre o sistema Toyota de produção e o sistema tradicional?
O Sistema Tradicional de Produção, com referência na Racionalização do trabalho, em sua
eficiência tem foco o no maior volume de produção. Desta forma, os recursos humanos são
mais exigidos. O layout, relacionado ao processo de produção é organizado de acordo com
as habilidades das pessoas, operações do processo e equipamentos. Não utiliza-se de
padronização no fluxo de fabricação dos produtos de uma fase para outra.
Enquanto o Sistema Toyota, em sua característica, produz com economia e organização.
Utiliza-se de um menor numero de operários, ou seja, apoiam o tema de mão de obra enxuta,
não exigindo assim de um grande volume de pessoas no processo de produção. Tem um
volume de produção menor, variado e diversificado de produtos. Pratica a utilização de um
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layout bem elaborado, o permite uma sequencia padronizada no fluxo de fabricação pelos
operários, evitando assim desperdícios e tempo de espera nos processos.
3. Quais as vantagens de fabricar apenas o necessário? Há desvantagens?
A fabricação do volume necessário de acordo com a demanda, baseado no Sistema Toyota
de Produção, apresenta como vantagem a economia. A produção é de acordo com a
necessidade do mercado, conforme a aplicação do Just In Time. Desta forma, evita-se a
maximização dos custos, pois, não existirão gastos com desperdícios de material, o produto
não ficará parado no estoque à espera de clientes. Portanto, como desvantagem, a fabricação
poderá ficará a mercê de fornecedores, pois ocorrendo atraso entrega da mercadoria a linha
de produção poderá ficar paralisada. Como também, deverá ser realizado o controle e analise
de mercado para que não ocorra a perda nas vendas, visto que, fabricar apenas o necessário o
estoque será praticamente igual à zero.
4. Considere os argumentos dos adversários do sistema Toyota. Você concorda? Se
tivesse que escolher entre o sistema Toyota e seus adversários, qual escolheria? Por quê?
Os adversários do Sistema Toyota, acreditam que produzir em grande quantidade, aumenta o
lucro, usando ao máximo a eficiência de seus operários. Esse tipo de produção é altamente
vantajosa especialmente para maquinários e matrizes diferenciadas. Admiro o Sistema
Toyota de Produção, baseado em melhoria contínua, eficácia e organização. Porém,
considero válida a observação do tipo de segmento que adotará o Sistema, como as
indústrias de eletroeletrônicos e eletrodomésticos, as quais possuem um fluxo de produção
em massa devido a necessidade dos consumidores. Ou seja, existe a necessidade destas em
manter o estoque dos produtos, pois, existe o retorno financeiro e do mercado consumidor
para isso. Portanto, sempre é necessária a identificação e análise dos fatores internos, ou
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seja, organizacionais e externos que é a necessidade de mercado e a economia, que influem
muito na lei da Oferta e Demanda.
5. Você já viu o pátio de uma fábrica de veículos em períodos de recessão? Se o diretor
da fábrica lhe mostrasse o pátio cheio de veículos não vendidos e lhe pedisse uma solução, o
que você recomendaria?
Conforme matéria de estudo, recomendaria a utilização do Sistema Toyota de Produção,
com base nas ferramentas Just In Time e Jit, visto que, as mesmas são utilizadas para evitar
o desperdício, estoques já existentes e custos recorrentes.
Estoque parado é perda financeira, e para otimização desta perda é necessário à criação de
um plano de ações, mediante a tal problema. Recomendo o desenvolvimento de Estratégias
de Marketing, com o objetivo de atingir o publico com divulgações e promoções para os
respectivos veículos. Redução de Custos, avaliando a possibilidade em disponibilizar férias
coletivas para os colaboradores. Poderemos não ter lucro, mas, acredito que utilizando-se
destas medidas poderemos minimizar o prejuízo. Como aprendemos em Organização e
Métodos, o papel de Decisão desta situação é do Diretor, que deverá: identificar o
diagnosticar o problema, coletar dados, elaborar e avaliar as soluções alternativas, implantar
e acompanhar todo o processo.
6. Quais os resultados indesejáveis de não se pensar na minimização dos gastos?
Quando não existe o pensamento na minimização dos gastos, por consequência existirá o
prejuízo. A produção em longa escala, mesmo de produtos com qualidade e diversidade,
gera um gasto elevado e ainda poderá acarretar no resultado de um estoque paralisado por
um período, gerando queda na lucratividade. É de importância pensar na minimização dos
gastos, avaliar a demanda e a necessidade do mercado na escala de produção.
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7. Quais as diferenças e semelhanças entre as proposições de Taiichi Ohno e Frederick
Winslow Taylor?
Taylor desenhou um modelo de produção com a visão de quanto maior o volume de
produção, o uso dos recursos humanos e o volume no estoque, mais lucro obteria.
Enquanto Ohno desenvolveu um modelo de produção limitada, atentando-se ao desperdício
e a economia da matéria. Ohno acreditava que de acordo com as condições existentes o
estoque era necessário, mas, mantê-los seria um desperdício e que em algum momento a
empresa teria que ganhar dinheiro sem eles. É de entendimento a semelhança dos dois
sistemas, valorizam os recursos humanos, a preocupação na sequencia nos processos e com
o layout que auxilia o fluxo de produção.
Referencias Bibliográficas:
O Sistema Toyota de Producao Do Ponto - Por Shigeo Shingo
http://pt.wikipedia.org/wiki/Organiza%C3%A7%C3%A3o,_sistemas_e_m%C3%A9todos
http://books.google.com.br/books?id=dg4_3tlM8EYC&pg=PA33&lpg=PA33&dq=o+sistem
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Fonte: MAXIMIANO, Antônio Cesar Amaru. Teoria Geral da Administração. São Paulo: Atlas,
2006.