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UNIVERSIDADE CATÓLICA DE PERNAMBUCO

CURSO DE COMUNICAÇÃO SOCIAL – PUBLICIDADE E

                   PROPAGANDA




ANDREZA MARCELLE CARNEIRO ROCHA DE BRITTO
               SALGUEIRO

          RAQUEL LIMA RAMOS FERRAZ




         PROJETO EXPERIMENTAL - PRODUTO
     PESQUISA DE MERCADO PARA O SPORT CLUB RECIFE




                 RECIFE - PERNAMBUCO

                         2011
                                                    2
ANDREZA MARCELLE CARNEIRO ROCHA DE BRITTO
               SALGUEIRO

         RAQUEL LIMA RAMOS FERRAZ




        PROJETO EXPERIMENTAL - PRODUTO
    PESQUISA DE MERCADO PARA O SPORT CLUB RECIFE




                        Projeto de Pesquisa apresentado à
                        Coordenação do Curso de Comunicação
                        Social com Habilitação em Publicidade e
                        Propaganda da Universidade Católica de
                        Pernambuco – Unicap, como um dos
                        requisitos exigidos para obtenção do grau de
                        graduado sob a orientação de Rodrigo
                        Duguay da Hora Pimenta




                      RECIFE
                       2011
                                                                  3
Dedicatórias




Aos nossos pais, por todos esses anos de apoio e
         aos torcedores do Sport Club do Recife.




                                              4
Agradecimentos


A Breno, pela presença constante em todo o projeto, pelas sugestões, indicações e
correção.

A Rodrigo Duguay, pela amizade, por direcionar os melhores caminhos, por ser um
orientar dedicado.

Aos nossos pais pelo amor, apoio e companheirismo.

Aos nossos chefes, Pedro Di Nardo, Daniel Uchoa, Andréia Cardozo, Thiago Rossi
e Rafael Amorim, pela compreensão, colaboração e dicas.

A Gabriel Freire e André Fontenelle, por abraçarem o trabalho, pela disponibilidade,
apesar da rotina, e pelas informações repassadas.

A Marcelo Cavalcante, por confiar na qualidade do projeto e ajudar na divulgação
dos questionários.

A Raphaella Borges, por ter feito os layouts da capa e contra capa do nosso trabalho
impresso.

A Paula Sabina, pela ajuda nas transações com o Survey Monkey e pelo apoio.

E a todos que contribuíram de forma direta ou indireta para que a realização desse
trabalho fosse possível.




                                                                                       5
SUMÁRIO

1. INTRODUÇÃO ........................................................................................................ 9

2. JUSTIFICATIVA .................................................................................................... 11

3. CLIENTE ............................................................................................................... 12
  3.1 HISTÓRICO ..................................................................................................... 12
  3.2 CONSIDERAÇÕES SOBRE A GESTÃO DE MARKETING ............................. 16

4. ANÁLISE DE MERCADO ...................................................................................... 18

5. FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA ............................................................................. 21

6. PROBLEMAS DE PESQUISA ............................................................................... 24

7. OBJETIVOS .......................................................................................................... 26
  7.1 PRINCIPAL ...................................................................................................... 26
  7.2 OBJETIVOS SECUNDÁRIOS .......................................................................... 26

8. METODOLOGIA .................................................................................................... 27
  8.1 TIPO DE AMOSTRAGEM ................................................................................ 27
  8.2 UNIVERSO AMOSTRAL .................................................................................. 27
  8.3 FERRAMENTAS .............................................................................................. 28
  8.4 MÉTODO E TÉCNICA DE COLETA DE DADOS ............................................. 28
  8.5 APLICAÇÃO DOS QUESTIONÁRIOS ............................................................. 29
  8.6 CRONOGRAMA ............................................................................................... 31

9. ANÁLISES ............................................................................................................. 32
  9.1 PERFIL GERAL ................................................................................................ 32
  9.1.2 Características Relacionais com o Clube ...................................................... 42
  9.2 PERFIL FEMININO .......................................................................................... 43
  9.3 PERFIL DO SÓCIO .......................................................................................... 47
  9.4 PERFIL DA TORCIDA ORGANIZADA ............................................................. 51
  9.5 PERFIL DO COLECIONADOR ........................................................................ 55
  9.6 PERFIL DOS CASADOS .................................................................................. 60
  9.7 DESCOBERTAS SOBRE O PÚBLICO RUBRO-NEGRO ................................ 63
  9.7.1 Renda x Envolvimento................................................................................... 63
  9.7.2 Pontos Relevantes ........................................................................................ 66

10. CONSIDERAÇÕES FINAIS ................................................................................ 68
                                                                                                                           6
REFERÊNCIAS ......................................................................................................... 74

APÊNDICES .............................................................................................................. 76
  APENDICE A - QUESTIONÁRIOS ......................................................................... 77
  APENDICE B – TABULAÇÃO – Perfil Geral .......................................................... 83
  APENDICE C – TABULAÇÃO – Perfil Feminino .................................................... 91
  APENDICE D – TABULAÇÃO – Perfil dos Sócios ............................................... 101
  APENDICE E – TABULAÇÃO – Perfil da Torcida Organizada............................. 111
  APENDICE F – TABULAÇÃO – Perfil dos Colecionadores.................................. 121
  APENDICE G – TABULAÇÃO – Perfil dos Casados............................................ 133

                                              LISTA DE FIGURAS

Figura 1: Modalidades e os meios de comunicação.................................................. 18
Figura 2: O tamanho das Torcidas Brasileiras .......................................................... 19
Figura 3: Dados da Torcida do Sport Club do Recife ................................................ 20
Figura 4: Dados da Torcida do Sport Club do Recife ................................................ 20
Figura 5 - Blog do Torcedor....................................................................................... 30
Figura 6 - Perfil do Twitter do Sport........................................................................... 30
Figura 7 - Perfil do Facebook do Sport...................................................................... 31


                                              LISTA DE TABELAS

Tabela 1 - Títulos Conquistados................................................................................ 13
Tabela 2 - Cronograma ............................................................................................. 31
Tabela 3 - Associados ............................................................................................... 63
Tabela 4 - Jogos na Ilha ............................................................................................ 64
Tabela 5 - Jogos na Ilha do Retiro ............................................................................ 64
Tabela 6 - Frequência de Compra ............................................................................. 65
Tabela 7 - Consumo de Mídias ................................................................................. 66


                                             LISTA DE GRÁFICOS

Gráfico 1 - PERFIL GERAL - Sexo ............................................................................ 33
Gráfico 2 - PERFIL GERAL - Faixa etária ................................................................. 33
Gráfico 3 - PERFIL GERAL - Estado Civil ................................................................. 34
Gráfico 4 - PERFIL GERAL - Escolaridade ............................................................... 34
Gráfico 5 - PERFIL GERAL - Onde mora .................................................................. 35
Gráfico 6 - PERFIL GERAL - Com quem mora ......................................................... 35
Gráfico 7 - PERFIL GERAL - Renda individual ......................................................... 36
Gráfico 8 - PERFIL GERAL - Com que frequência vai aos jogos .............................. 36
Gráfico 9 - PERFIL GERAL - Qual meio de transporte utiliza para ir aos jogos ........ 37
Gráfico 10 - PERFIL GERAL - Qual setor? ............................................................... 37
Gráfico 11 - PERFIL GERAL - Participa de algum grupo organizado........................ 38
Gráfico 12 - PERFIL GERAL - Com quem costuma ir aos jogos............................... 38
                                                                                                                         7
Gráfico 13 - Onde você costuma assistir aos jogos? ................................................ 39
Gráfico 14 - PERFIL GERAL - Onde procura informações sobre o time? ................. 39
Gráfico 15 - PERFIL GERAL - Com que frequência compra produtos do time? ....... 40
Gráfico 16 - PERFIL GERAL - O que lhe motiva na hora de comprar um produto do
Sport? ........................................................................................................................ 40
Gráfico 17 - PERFIL GERAL - Qual sua relação com o Sport................................... 41
Gráfico 18 - Como escolheu o time? ......................................................................... 41
Gráfico 19 - PERFIL FEMININO - Renda individual .................................................. 43
Gráfico 20 - PERFIL FEMININO - Com quem costuma ir aos jogos? ....................... 44
Gráfico 21 - PERFIL FEMININO - Onde você costuma assistir aos jogos? .............. 44
Gráfico 22 - PERFIL FEMININO - Com que frequência compra produtos do time? .. 45
Gráfico 23 - PERFIL FEMININO - O que lhe motiva na hora de comprar um produto
do Sport? ................................................................................................................... 45
Gráfico 24 - PERFIL FEMININO - Qual sua relação com o Sport? ........................... 46
Gráfico 25 - PERFIL DOS SÓCIOS - Escolaridade................................................... 47
Gráfico 26 - PERFIL DOS SÓCIOS - Com quem mora ............................................. 48
Gráfico 27 - PERFIL DOS SÓCIOS - Renda individual ............................................. 48
Gráfico 28 - PERFIL DOS SÓCIOS - Com quem costuma ir aos jogos? .................. 49
Gráfico 29 - PERFIL DOS SÓCIOS - Com que frequência compra produtos do time?
 .................................................................................................................................. 49
Gráfico 30 - PERFIL DOS SÓCIOS - O que lhe motiva na hora de comprar um
produto do Sport?...................................................................................................... 50
Gráfico 31 - TORCIDA ORGANIZADA - Faixa etária ................................................ 51
Gráfico 32 - TORCIDA ORGANIZADA - Escolaridade .............................................. 52
Gráfico 33 - TORCIDA ORGANIZADA - Renda Individual ........................................ 52
Gráfico 34 - TORCIDA ORGANIZADA - Com que frequência compra produtos do
time?.......................................................................................................................... 53
Gráfico 35 - TORCIDA ORGANIZADA - O que lhe motiva na hora de comprar um
produto do Sport?...................................................................................................... 53
Gráfico 36 - TORCIDA ORGANIZADA - Qual sua relação com o Sport?.................. 54
Gráfico 36 - PERFIL DO COLECIONADOR - Faixa etária ........................................ 56
Gráfico 37 - PERFIL DO COLECIONADOR - Escolaridade ...................................... 56
Gráfico 38 - PERFIL DO COLECIONADOR - Com quem mora ................................ 57
Gráfico 39 - PERFIL DO COLECIONADOR - Renda individual ................................ 57
Gráfico 40 - PERFIL DO COLECIONADOR - Com que frequência compra produtos
do time?..................................................................................................................... 58
Gráfico 41 - PERFIL DO COLECIONADOR - O que lhe motiva na hora de comprar
um produto do Sport?................................................................................................ 58
Gráfico 42 - PERFIL DO COLECIONADOR - Qual sua relação com o Sport? ......... 59
Gráfico 43 - DOS CASADOS - Qual setor? ............................................................... 60
Gráfico 44 - DOS CASADOS - Com quem costuma ir aos jogos? ............................ 61
Gráfico 45 - DOS CASADOS - Onde costuma assistir aos jogos?............................ 61
Gráfico 46 - DOS CASADOS - O que lhe motiva na hora de comprar um produto do
Sport? ........................................................................................................................ 62
Gráfico 47 - DOS CASADOS - Qual sua relação com o Sport? ................................ 62




                                                                                                                                    8
1. INTRODUÇÃO


      A paixão pelo futebol parece constante dos brasileiros. Alguns amam mais,
outros menos. Independente da intensidade, esse esporte ocupa um lugar
diferenciado na vida das pessoas. Uma das grandes evidências é a quantidade de
clubes atuando nos campeonatos profissionais no Brasil. Segundo dado da CBF, de
2009, há 7831 times, sem somar os amadores e os não registrados. Esses números
representam um mercado lucrativo, carente de recursos e atenção.

      As gestões imaturas ao redor do País, muitas vezes, são ofuscadas por títulos
e patrocínios milionários que, ao longo dos anos, foram prejudicando o
desenvolvimento de estruturas sólidas preocupadas com resultados em longo prazo.

      Diante dessa realidade, nos deparamos com o crescimento acelerado de
agências e empresas focadas em marketing esportivo, motivadas pela Copa do
Mundo de 2014 e pelas Olimpíadas de 2016, mas que não estão totalmente
preparadas para gerir          as transformações         causadas antes   e depois dos
megaeventos, pois, para isso, é necessário estudar o mercado ascendente e
conhecer as ferramentas que o circundam, como é o caso da pesquisa.

      Neste trabalho, escolhemos o Sport Club do Recife como objeto de estudo,
em virtude do seu destaque no cenário nordestino. O intuito é mostrar o quanto a
utilização da ferramenta de pesquisa ajuda a perceber tendências e oportunidades e
a conhecer, de fato, os vários perfis das pessoas que estão envolvidas direta ou
indiretamente com o clube.




1
http://esportes.terra.com.br/noticias/0,,OI4058736-EI1866,00-
Numeros+da+CBF+mostram+futebol+brasileiro+com+clubes.html

                                                                                     9
No primeiro momento, será mostrado o porquê da existência do projeto, a
história do time, sua situação diante do mercado pernambucano e do brasileiro.
Também serão apresentadas as teorias que fundamentaram todo o nosso trabalho.

      Após isso, descreveremos a metodologia utilizada na pesquisa e as formas de
aplicação dos questionários.

       Por fim, será apresentada uma análise de alguns perfis encontrados dentro
do universo dos rubro-negros, juntamente com suas peculiaridades. Além disso,
mostraremos curiosidades a respeito do torcedor.




                                                                               10
2. JUSTIFICATIVA



        O legado da gestão futebolística brasileira é caracterizado pelo amadorismo e
pela grande dependência dos resultados dentro das quatro linhas. Segundo Afif
(2000), o     marketing esportivo é a solução para o desenvolvimento do
profissionalismo no esporte e a fonte para maiores receitas. Dentro desse universo,
um dos braços que desempenha um papel crucial para determinar o norte de futuras
campanhas e ações é a pesquisa, a qual está ganhando relevância em virtude dos
megaeventos (Olimpíadas e Copa do Mundo) que o País irá sediar nos próximos
anos.
        Contudo, a ferramenta é escanteada por grande parte dos clubes brasileiros,
principalmente os que não são do eixo Sul-Sudeste. No caso do Nordeste, onde os
clubes tradicionais andam aparecendo cada vez mais no cenário nacional, eles
carecem, fortemente, de uma análise aprofundada acerca do seu torcedor.
        O Sport Club do Recife é um dos grandes nomes da região e sempre tem
espaço em âmbito nacional. Tem reconhecimento, tem títulos, tem história no futebol
e, de acordo com o instituto de pesquisa Plural, é o time de maior torcida do Estado
de Pernambuco. Outro fator importante é que, na Região Metropolitana do Recife, a
identificação com os times locais é enorme, e não existe influência significativa dos
times do Sul e Sudeste. Apesar desses diferenciais, há o desconhecimento a
respeito do seu principalmente incentivador: o torcedor rubro-negro.
        Este trabalho pega o gancho do desconhecimento, atrela à mudança que está
ocorrendo na gestão atual do clube e propõe uma pesquisa que englobará hábitos
de consumo, rituais, opiniões, desejos, necessidades e outros pontos que surgiram
ao longo do desenvolvimento do projeto.




                                                                                   11
3. CLIENTE


3.1 HISTÓRICO


      O Sport Club do Recife nasceu de um sonho que foi concretizado através de
um recifense, Guilherme de Aquino. Após passar uma temporada de estudos na
Inglaterra, ele se viu encantado pelo futebol e logo tratou de trazê-lo à sua realidade,
na sua cidade natal. Trouxe da viagem bolas, apitos, camisas nas cores vermelha e
preta – as quais permanecem até hoje –, botas especiais (antigos calçados para
jogar bola) e, em seguida, começou a encantar seus amigos com o esporte.

      O jovem chegou ao Recife exatamente em 1903, com uma ideia obstinada de
montar um clube de futebol. Recorreu ao Clube Náutico Capibaribe, fundado em
2001, em busca da concretização do seu sonho. O clube, que direcionava seus
esforços para o remo, rejeitou a ideia. Na visão dos dirigentes do Náutico, o futebol
não era um esporte nobre. A recusa não foi um obstáculo para Aquino, que utilizou o
sítio do seu pai, localizado na Ilha do Retiro, como palco para a nova agremiação e
motivou seus amigos a protagonizarem os primeiros bate-bolas, ensinando-lhes as
regras e o amor pelo esporte. Em apenas dois anos residindo na cidade, fundou, em
13 de maio de 1905, o Sport Club do Recife.

      A entrada nos gramados aconteceu pouco tempo depois, em de junho, no
bairro do Derby, contra o English Eleven. Como já se esperava, a maior parte da
torcida era inglesa, e os demais eram recifenses entusiasmados com a novidade.
Esse ponto de partida foi crucial para o desenvolvimento do esporte no Estado.
Contudo, apenas dez anos depois se iniciaria o Campeonato Pernambucano.

      As primeiras participações do clube no campeonato foram de grande êxito,
conquistando o bi-campeonato em 1916/1917. Dois anos depois, o Sport, já
considerado um time de força da capital, viajou a Belém, no Pará, para enfrentar um
combinado das equipes Remo e Paysandu, as mais tradicionais desse estado. A
vitória fora de casa garantiu a taça do “Leão do Norte”, que, em virtude do desgosto
causado aos torcedores adversários, teve a cauda quebrada. Tal episódio



                                                                                     12
influenciou de forma incisiva a formação da identidade do time, que terminou por
agregar o símbolo heráldico do leão ao seu escudo.

          Hoje, o terreno do clube, no bairro da Ilha do Retiro, no Recife, tem 140.000
m², que comportam a sede social, o estádio, com capacidade para 35 mil pessoas, o
campo auxiliar, um apart-hotel com 12 apartamentos para concentração dos
profissionais, alojamento para concentração das categorias de base, tribunas de
honra, sala de imprensa, vestiários, parque aquático, parque de tênis, quadras de
basquete, handebol, hóquei, futsal, vôlei, entre outros esportes. 2 Além disso, o clube
possui um centro de treinamento no município de Paulista, Zona Metropolitana do
Recife, no bairro de Paratibe, e uma garagem de remo.




                                         Tabela 1 - Títulos Conquistados




2
    pt.wikipedia.org/wiki/Sport_Club_do_Recife Acessado em 14/09/2011 às 20h
                                                                                    13
No futebol, coleciona diversos títulos estaduais, regionais e nacionais. Os
principais são o Campeonato Brasileiro de 1987 e a Copa do Brasil de 2008. No
âmbito regional, venceu quatro vezes o Campeonato do Nordeste e é o maior
vencedor do Campeonato Pernambucano, com 39 títulos.



             O clube, também, possui tradição no futebol de categorias de base, no futebol
feminino, e em outras modalidades de esporte, como remo, natação, hóquei,
basquete, futsal, vôlei, tênis de mesa, taekwondo, judô, atletismo, entre outras.
Acumula conquistas regionais, nacionais e internacionais.3 No remo, foi campeão
brasileiro duas vezes, na categoria peso leve; na natação, dez vezes campeão
brasileiro; no hóquei, 19 vezes campeão brasileiro, em diversas categorias; no
taekwondo, foi campeão brasileiro duas vezes. Essas são apenas algumas das
conquistas, em algumas modalidades. Há outros títulos em mais esportes.

             O Leão cresceu, vendeu taças conquistadas nos primeiros anos de fundação
e aceitou doações para ampliar seu espaço. Fez história, consagrou jogadores. O
atacante Ademir de Menezes, o Queixada, foi uma revelação do Sport, conquistou
um Campeonato Pernambucano, sendo artilheiro. Pouco depois, foi para o Vasco,
no Rio de Janeiro, e brilhou tanto no clube como na seleção brasileira. Foi o
artilheiro da Copa do Mundo de 1950. O atacante Vavá também começou no Sport e
brilhou no Vasco e na Seleção Brasileira, sagrando-se bicampeão mundial, na Copa
do Mundo da Suécia, em 1958, e na do Chile, em 1962. Outro nome sempre de
destaque é Dadá Maravilha. Embora tenha passado pouco tempo na Ilha do Retiro,
é lembrado pelos dez gols que marcou em uma única partida com a camisa do
Sport. Robertinho é mais um jogador que fez parte de conquistas importantes para o
rubro-negro, foi uma das peças fundamentais na conquista do Campeonato
Brasileiro de 1987 e do Campeonato Pernambucano de 1988. Roberto Coração de
Leão somou mais títulos para o Sport. Foi bicampeão em 1980 e 1981, também
jogou na seleção brasileira. Entre todos os nomes que fizeram do Sport um grande
time, José Roque Paes, o Traçaia, é o maior artilheiro da história. Atuou entre 1955
e 1963, sendo campeão estadual cinco vezes. Emplacou 201 gols. Quatro outros
grandes nomes que as novas gerações rubro-negras tiveram a oportunidade de ver


3
    Ibidem
                                                                                       14
recentemente são o atacante Leonardo, que participou da conquista do
pentacampeonato Estadual entre 1996 e 2000; o volante Juninho Pernambucano,
que atuou no Sport, Vasco, seleção brasileira e Lyon, da França; o zagueiro Durval,
capitão na conquista da Copa do Brasil em 2008; e o goleiro Magrão, maior ídolo na
atualidade.

        No fim de 1941, o time de futebol do Sport se destacou no cenário brasileiro
em virtude de uma excursão realizada nas regiões Sul e Sudeste com o intuito de
gerar reconhecimento do futebol nordestino. O clube obteve grandes resultados,
tendo como estrela o ainda garoto Ademir de Menezes, com apenas 19 anos, que o
Vasco insistiu para contratar após ver uma de suas atuações. No âmbito
internacional, o Leão participou da Taça Libertadores da América em 1988 e em
2009. O Sport é bem-visto nacionalmente, suas conquistas o levaram ao 16º lugar
no ranking da CBF4 e ao 59º no ranking da CONMEBOL 5, o que o qualifica como
clube nordestino mais bem colocado no País.

        Em busca de um maior crescimento, o Sport Club do Recife aprovou em 2011
a reforma completa do terreno da Ilha do Retiro, com demolição de todas as
estruturas para a construção de um complexo esportivo, empresarial e comercial,
com uma arena multiuso moderna, através de um consórcio liderado pela empresa
Plurisports. A nova arena do Sport – orçada inicialmente em R$400 milhões, mas
que, no final de junho, já se reconhecia poder chegar a R$500 milhões 6 – terá
capacidade para 45 mil pessoas, nos padrões da Fifa. A nova sede, como um todo,
terá um centro de convenções, torres comerciais, parque aquático, ginásio para
esportes olímpicos, um hotel e um estacionamento para 1.500 carros. O diferencial
dessa obra é que o estádio será construído no teto do estacionamento. A previsão
para o início das obras é novembro de 2012, pois ainda não há a validação do
contrato e aprovação da Prefeitura do Recife.

        No ano de 2012, o Sport fará parte, mais uma vez, da Série A do Campeonato
Brasileiro. Depois de uma campanha irregular, onde esteve a maior parte do tempo
distante de obter o acesso, o time conseguiu a classificação como quarto colocado

4
  CBF – Confederação Brasileira de Futebol – Dado de 2011 – Disponível em
http://www.cbf.com.br/media/30704/ranking.pdf - Acessado em 29/11/2011, às 10h50
5
  CONMEBOL - Confederação Sul-Americana de Futebol
6
  http://jc3.uol.com.br/blogs/blogdotorcedor/canais/noticias/2011/06/12/arena_do_sport_nem_tao_cedo_10
3496.php . Acessado em 10/10/2011, às 15h40.
                                                                                                     15
da Série B em 2011, garantindo a vaga com uma vitória na última rodada, contra a
equipe do Vila Nova, no estádio Serra Dourada, em Goiânia. Esse retorno
proporcionará ao clube uma receita bastante maior do que a de 2011, com um
grande aumento na cota de direitos de transmissão dos jogos pela televisão. Além
disso, o clube pode atrair patrocínios mais fortes, já que terá maior evidência no
cenário esportivo nacional.



3.2 CONSIDERAÇÕES SOBRE A GESTÃO DE MARKETING


       Ao lado do histórico esportivo a equipe teve contato com o Gabriel Freire,
diretor de marketing do Sport, e André Fontenelle, diretor de tecnologia do Sport.
Como é ainda muito comum no País, o departamento não possui arquivos precisos
sobre a área de comunicação, os dados estatísticos do sócio do clube ou sequer um
perfil dos investimentos que foram feitos neste setor nos últimos anos. Longe de ser
uma estratégia de ocultar dados frente à concorrência, o clube demonstra falta de
continuidade nas ações e um olhar descompromissado com a questão,
particularmente para um time que pretende estar sempre na elite do futebol
brasileiro.

       Inicialmente o trabalho pensava em explorar questões de branding e
planejamento sobre o clube, só que a falta de informações básicas tornaram
necessária a busca pelo conhecimento mais básico, uma questão premente para um
trabalho organizado em comunicação envolvendo o Rubro-negro da Ilha do Retiro.

       Neste contexto não é possível fazer um cenário preciso dos resultados
obtidos com comunicação, nem tão pouco da evolução da percepção da marca do
Sport Club do Recife nas últimas décadas, em particular do final do século XX aos
dias atuais. Este cenário seria interessante para construirmos uma pesquisa
comparativa, o que não se apresentou viável.

       Por fim, decidimos traçar um perfil exploratório capaz de se desdobrar em
diversos cruzamentos amostrais, capazes de revelar particularidades do torcedor do
clube a partir de um cenário mais amplo e complexo. É com a ideia de traçar o perfil



                                                                                 16
e os subtipos de clientes da marca esportiva do clube que lançamos nosso trabalho
e tentamos construir, a partir daqui, as bases de um histórico para a marca Sport.




                                                                                     17
4. ANÁLISE DE MERCADO


        A relação dos brasileiros com os esportes foi revigorada em virtude da
escolha do Brasil para sediar a Copa do Mundo de 2014 e as Olimpíadas de 2016.
Não bastasse ser um grande passo e carregar fortemente o fator visibilidade, a
escolha, também, atingiu de maneira positiva o mercado esportivo nacional. De
acordo com Frederico Mandelli 7, até 1999 havia apenas 34 agências de marketing
esportivo em todo o País. Em 2007, ano em que o Brasil foi escolhido como sede da
Copa, havia 117, e, em 2010, o número saltou para 199. Das atuantes, 51% focam
no futebol; 11%, no running; 7%, no automobilismo; e 4%, no vôlei.

        O novo comportamento esportivo do brasileiro incentivou as empresas a
procurarem entender as novas formas de consumo e a representação do torcedor
dentro da massa. O Ibope, recentemente, realizou uma pesquisa que relaciona o
consumo de esportes aos meios de comunicação. A pesquisa, nomeada de Esporte
Clube IBOPE Media8, mostra que a televisão é o meio preferido para se informar
sobre esportes por 72% dos brasileiros, seguida por rádio (21%) e internet (16%). O
futebol se apresenta como o esporte mais acompanhado no País, independente da
plataforma, e como a principal opção de atividade esportiva.




                         Figura 1: Modalidades e os meios de comunicação




7
  http://www.slideshare.net/SPORTTARGET/sport-target-o-mercado-de-agncias-de-marketing-esportivo-no-
brasil-2010 Acessado em 15/11/2011 às 21h
8
  http://www.ibope.com.br/calandraWeb/servlet/CalandraRedirect?temp=5&proj=PortalIBOPE&pub=T&db=cal
db&comp=Not%EDcias&docid=E78E47A368E52BE98325791F004AB524 Acessado em 01/11/2011 às 22h15
                                                                                                     18
Em Pernambuco, na região metropolitana do Recife, a modalidade possui um
diferencial perante o resto do País. O Sport, Náutico e Santa Cruz, os clubes locais,
dominam absolutamente a preferência dos recifenses. Não há espaço para times de
fora. Segundo estudo da Plural Pesquisa9, 80% dos entrevistados torcem por times
de Pernambuco, contra 2% de outros estados e 1% para seleção Brasileira. 17%
não torcem por time algum ou não têm preferência.

        O Sport é a agremiação de maior destaque. De acordo com o seu site
oficial 10, o total de torcedores rubro-negros é de 3,3 milhões. A entidade tem, em
média, 13.500 sócios (titulares) e, segundo pesquisa realizada pelo Lance!-Ibope
(2010), o clube possui a 11ª maior torcida do Brasil, à frente de times como
Botafogo, Fluminense, Atlético-PR e todos os grandes times do Nordeste. A
pesquisa mostra que, nos próximos 10 a 15 anos, o Sport subirá para 8° no ranking.
Outra pesquisa realizada pelo Instituto Maurício de Nassau11 aponta o Sport com a
maior torcida do estado de Pernambuco (26%), contra 16% do Santa Cruz; 8% do
Náutico; 22% de times de outros estados; 5% de outros times e 19% nenhum time. A
renda e a distribuição da torcida no Estado também são aspectos que reforçam a
característica de time de massa.




                           Figura 2: O tamanho das Torcidas Brasileiras

9
  http://www.slideshare.net/JCOnLine/relatrio-recife-time-de-futebol-agosto-2011?from=ss_embed Acessado
em 06/07/2011 às 10h30
10
   http://www.sportrecife.com.br/clube/torcida.cfm Acessado em 14/11/2011 às 14h40
11
   Ibidem
                                                                                                      19
Figura 3: Dados da Torcida do Sport Club do Recife




                         Figura 4: Dados da Torcida do Sport Club do Recife




      Na internet, o time leonino, novamente, sai na frente em número de
seguidores no Twitter, comparando aos times concorrentes no âmbito estadual,
(41.240, em 12 de novembro) contra 10.755 do Santa Cruz e 9.764 do Náutico.
Entre os clubes brasileiros, é o 9° colocado, e, entre os internacionais, é o 34°.

      No último campeonato nacional disputado pelo Sport, o Campeonato
Brasileiro da Série B, em 2011, a média de público pagante foi de 16.943 torcedores.
O preço dos ingressos varia durante as temporadas; contudo, o ingresso padrão de
arquibancada custa R$ 30,00; e a meia-entrada, R$ 15,00. Ainda existem lugares
com preços maiores, e outros com preços menores.




                                                                                     20
5. FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA


        O futebol é um dos maiores mobilizadores de investimentos e de emoções.
Em 2007, o Brasil foi o país que mais exportou jogadores. Em 2006, o Campeonato
Brasileiro foi considerado o 5° melhor campeonato nacional de futebol do mundo
pela Federação Internacional de História e Estatística do Futebol – IFFHS. Como
forte exemplo de laço afetivo com esse esporte, temos nosso calendário marcado
por eventos futebolísticos: campeonatos estaduais, Campeonato Brasileiro, Copa do
Brasil, Copa Libertadores da América, Copa Sul-Americana e Mundial de Clubes da
Fifa.

        O reflexo dessa paixão nacional é percebido através da grande importância
que a mídia concede a esse esporte. Frederico Mandelli 12 afirma que a mídia
difunde e promove modalidades e eventos esportivos, contribuindo para o
surgimento de ídolos. Consequentemente, pode favorecer anunciantes. Segundo o
IBOPE, 64% da população assistem a esportes na TV e 38% praticam alguma
atividade física. Futebol e automobilismo são as modalidades mais assistidas; a
primeira é a mais praticada.

        De acordo com pesquisa realizada por Fernando Mandelli 13, a indústria
esportiva verde e amarela movimentou, em 2008, R$ 35,2 bilhões (3,73% do PIB
nacional). Levando para o âmbito mundial, esse montante equivale ao que as
principais ligas americanas arrecadam e a um pouco menos que as receitas das
competições europeias (R$ 25,7 bilhões).

        Segundo Neumann (1998), o futebol mostra ir além dos limites do campo.
Num país que tem tradição neste esporte, investir em patrocínio cria uma imagem
ativa, dinâmica e rende bons lucros às agências de publicidade que utilizam disso
como forma de atrair investimentos para os vários meios de comunicação.

        Apesar de a mídia voltar sua atenção para o futebol, os próprios clubes
pecam quando o assunto é gestão e, principalmente, quando se trata de conhecer, a
fundo, o seu torcedor. De acordo com Underhill (1999), a grande ignorância de um


12
   http://www.slideshare.net/fremanguar/marketing-esportivo-no-brasil-um-panorama-geral-2548577
Acessado: 01/06/2011, às 19h15
13
   ibidem
                                                                                                  21
homem de negócios é não conhecer com quem está lidando. Nesse caso, os
“homens de negócios” seriam os clubes que negligenciam o comportamento dos
seus torcedores. Kotler e Keller (2006) reforçam a ideia, ao afirmar que o
monitoramento dos clientes (torcedores) deve ser constante. Além disso, o
comportamento reflete diretamente na renda do clube, sendo necessário o
conhecimento das diversas variáveis que circundam o universo futebolístico e as
peculiaridades de cada clube.

          O lento amadurecimento na gestão do futebol brasileiro levou ao
desenvolvimento de uma cultura baseada no achismo e, apenas, nos bons
resultados dentro de campo. Segundo Brunoro14, o baixo grau de profissionalismo
na gestão do futebol no Brasil é o principal fator da crise financeira e estrutural dos
clubes, e, caso fosse resolvido, melhoraria significativamente o desempenho deles
fora de campo. Afif (2000) complementa: o marketing esportivo é a solução para o
desenvolvimento do profissionalismo no esporte e a fonte para maiores receitas.
Pitts e Stollar (2002) definem o marketing esportivo como:

                          O processo de elaborar e implementar atividades de produção, formação de
                          preço, promoção e distribuição de produto esportivo para satisfazer as
                          necessidades ou desejos de consumidores e realizar os objetivos da
                          empresa.



          Essa vertente ganhou espaço em virtude do crescimento da indústria do
esporte. Ainda de acordo com Pitts e Stollar (2002), a indústria esportiva representa
o mercado no qual os produtos oferecidos aos compradores relacionam-se a
esporte, fitness, recreação ou lazer e podem incluir atividades, bens, serviços,
pessoas, lugares ou ideias.
          A carência e a novidade que representam esse novo mercado abrem
oportunidades para novas empresas e produtos, acirram a concorrência e
despertam a necessidade de melhoria na gestão. Afif (2000) afirma que:




14
     www.scielo.br/pdf/rae/v46n3/v46n3a08.pdf Acessado: 02/06/2011 às 20h45
                                                                                               22
Ninguém pode ignorar a força que o marketing esportivo representa entre as
                    várias possibilidades que uma empresa desfruta para trabalhar sua imagem
                    ou mesmo popularizar seu produto. Com o crescimento das atividades
                    econômicas relacionadas ao lazer, em que o esporte será o carro-chefe no
                    Brasil, as companhias deverão, de alguma forma, estar ligadas ao
                    marketing esportivo, patrocinando equipes, atletas ou promovendo eventos.



      Para complementar, o mesmo autor considera a pesquisa uma ferramenta
imprescindível para ter o conhecimento de como o esporte está posicionado no
mercado e quem é seu consumidor. Ela vai permear todo o planejamento de
marketing, pois é uma base sólida para o desenvolvimento das ações. Pitts e Stollar
(2002) ressaltam:
                    A empresa esportiva precisa de informações. Informar-se é necessário para
                    tomarem decisões concernentes a aspectos financeiros da empresa
                    esportiva, desenvolvimento do produto, estratégias de preços, de
                    distribuição e promocionais e a todas as demais funções e operações
                    dentro da empresa.



      O esforço para compreender as reais necessidades, satisfações e
insatisfações do público ajuda a detectar futuras ameaças, a conhecer as
oportunidades, confirmar e/ou melhorar fraquezas e forças – além de saber o
momento certo para iniciar uma nova ideia ou produto, realizar reformas ou
construções e atingir um novo target. Pitts e Stollar (2002) acrescentam que se deve
analisar e compreender a empresa esportiva, sua indústria e sua concorrência.




                                                                                           23
6. PROBLEMAS DE PESQUISA


        O futebol sempre conviveu lado a lado com o amadorismo. Segundo Afif
(2000), dificilmente um clube destina sua verba para trabalhar a própria imagem ou
promover jogos: em primeiro lugar, vem a folha de pagamento. Contudo, nas últimas
décadas, o amadurecimento vem sendo notado em virtude da profissionalização. O
autor complementa afirmando que, através do desenvolvimento do exercício do
futebol em moldes empresariais, as agremiações, também, deverão desfrutar os
benefícios das várias formas de comunicação.

        As primeiras evidências do cuidado com o futuro estão na tentativa de
construção da marca como um ativo de valor e na busca pela estruturação de um
departamento capaz de desenvolver pensamentos estratégicos a fim de aumentar a
renda do clube e a satisfação de quem torce. Hoje, temos a supervalorização das
campanhas de sócio-torcedor, canais de televisão específicos, diversas plataformas
na internet, ações diferenciadas, como foi o caso da República Popular do
              15
Corinthians , que procuram aproximar mais pessoas aos clubes.

        Por outro lado, a relação clube–torcida é realizada sem muito conhecimento
acerca do seu público, apenas é circundada pela paixão. De acordo com Afif (2000),
o que diferencia os torcedores de consumidores normais é que eles não precisam
ser conquistados, eles são fiéis. Além disso, a disputa pela atenção está ganhando
importância devido ao crescimento dos demais esportes (vôlei, UFC, futebol
americano, esportes radicais), da violência e do avanço tecnológico. Estes últimos
pontos citados retêm o torcedor em casa. Rein, Kotler, Shields (2008) afirmam que o
elemento fundamental da relação entre o torcedor e o esporte está na satisfação das
expectativas e que a experiência nos locais dos jogos é de suma importância.




15
  http://www.brainstorm9.com.br/22146/advertising/republica-popular-do-corinthians-video-case/ Acessado
em 20/09/2011
                                                                                                      24
Ao trazer tais aspectos para a realidade do objeto de pesquisa, o Sport Club
do Recife, nota-se forte carência. Existe uma demanda com sede de experiências,
consumo e informação, mas a instituição esportiva ainda não consegue
corresponder a todos os pontos. Nós últimos anos, houve uma melhoria evidente no
envolvimento com o torcedor rubro-negro na comunicação para o grande grupo,
embora não haja o conhecimento do tipo de adepto com que estão interagindo.

      A informação, em certos momentos, precisa ser nivelada. Em outros,
direcionada para amenizar os fatores do afastamento e manter uma relação cada
vez mais sólida fora das quatro linhas. Cada tipo de torcedor é capaz de transmitir
envolvimentos diferentes que podem ser aproveitados em prol do clube. Por
exemplo, aumentar o leque de oportunidades dos patrocinadores para que
desempenhem trabalhos focados em cada tipo de torcedor, o que tem reflexo direto
nos gastos com o clube, ou seja, o aumento do ticket médio.

       Todas as informações que existem, hoje, sobre os torcedores do Sport são
genéricas (baseadas em pesquisas sobre dimensão da torcida, enquetes de opinião
sobre o andamento do time, por exemplo) e fruto da experiência e da observação.
Não existe, hoje, nenhum estudo qualitativo ou que se dedique a entender este
público específico e suas nuances.




                                                                                25
7. OBJETIVOS


7.1 PRINCIPAL


      Dado o atual estado de desconhecimento, o objetivo deste trabalho é realizar
uma pesquisa exploratória para descobrir quem é o target padrão do clube. Contudo,
a natureza desse trabalho não é espelhar literalmente o público-objeto e sim analisar
as variações de comportamento que criem perfis e revelem tendências.



7.2 OBJETIVOS SECUNDÁRIOS


   • Localizar e analisar variações de comportamento: Encontrar as diferenças
      entre a massa. Através do cruzamento das respostas dos questionários,
      achar disparidades que diferenciem os indivíduos;


   • Construir    perfis:   Unir   os   indivíduos   semelhantes.   Ao   agrupar   os
      questionários com respostas aproximadas, obter grupos de indivíduos que
      possuam comportamentos similares, mesmo tendo origens diferentes;


   • Identificar tendências de comportamento: Localizar movimentos. Produzir
      uma análise dos perfis encontrados detectando gostos, necessidades,
      preferências e hábitos dos torcedores do Sport.




                                                                                   26
8. METODOLOGIA

      Todos os dados que conseguimos de pesquisas realizadas sobre os
torcedores pernambucanos eram de natureza quantitativa, relacionadas ao tamanho
das torcidas. Não existiam informações específicas sobre o torcedor do Sport e
muito menos dados sobre sua relação com o time ou consumo. Percebemos então
uma carência em estudos que se dedicassem à análise deste grupo e decidimos
direcionar nosso trabalho para esta lacuna encontrada.
      Dado o status de desconhecimento sobre o nosso público-alvo, optamos por
realizar uma pesquisa exploratória, já que esta tem sua utilização necessária
“quando se busca um entendimento sobre a natureza geral de um problema, as
possíveis hipóteses alternativas e as variáveis relevantes que precisam ser
consideradas” (AAKER; KUMAR; DAY, 2004).


8.1 TIPO DE AMOSTRAGEM


      Como o objetivo do trabalho era analisar partes desta população e não sua
generalidade, escolhemos uma amostragem não probabilística, já que não
precisaríamos utilizar métodos estatísticos que garantissem a fidelidade do universo
amostral ao seu público-alvo. Optamos também por uma amostragem por
conveniência, que, para Aaker, Kumar e Day (2004), se mostra uma forma rápida e
barata para obter informações.



8.2 UNIVERSO AMOSTRAL

      Uma vez que estamos trabalhando com uma pesquisa não probabilística, não
existe um universo amostral, já que não estruturamos nossa amostra. Destacamos,
inclusive, a impossibilidade de definir um universo amostral, já que não temos um
perfil definido do torcedor do Sport para usar como espelho, nem um número
confiável de variáveis capazes de traçar o perfil padrão para o desvio amostral.




                                                                                   27
8.3 FERRAMENTAS

       Como o nosso questionário foi publicado na internet, tivemos que escolher um
site ou ferramenta que o hospedasse e gerasse também seus gráficos e relatórios.
Ficamos em dúvida entre o Google Docs16 e o SurveyMonkey 17. Apesar de ser um
recurso pago, optamos pela segunda opção pela facilidade e rapidez.



8.4 MÉTODO E TÉCNICA DE COLETA DE DADOS

       Os dados coletados pela pesquisa vieram de fontes primárias, onde todas as
informações são obtidas “especialmente para determinada pesquisa” (AKKER;
KUMAR; DAY, 2004), o que se aplica diretamente ao que foi realizado neste
trabalho, no caso, os dados coletados pelos questionários. Também utilizamos
fontes secundárias, estas se caracterizam por serem “coletadas por pessoas ou
agências para outros propósitos que não a resolução do problema específico”, como
foram os casos das pesquisas diversas que utilizamos em nosso trabalho – por
exemplo, sobre o tamanho das torcidas em Pernambuco ou sobre o marketing
esportivo em geral. Estas informações foram muito importantes, tanto para embasar
e justificar o nosso trabalho, quanto para tomadas de decisão. Um dos maiores
motivos para a escolha do clube como objeto de pesquisa deste trabalho foi a
constatação, através de pesquisas consultadas, de que o Sport possui a maior
torcida de Pernambuco.
       A Internet foi o meio onde conseguimos a maioria dos dados objetivos que
embasaram o nosso trabalho. Desde pesquisas disponibilizadas em sites
especializados até mesmo a divulgação do nosso questionário. A preferência por
este meio se deve à facilidade e à rapidez na obtenção de informações. Não
dispúnhamos de tempo e recursos financeiros para realizar uma pesquisa com o
número de respostas encontradas nesta se tivéssemos optado por entrevistas
presenciais.


16
   O Google Docs, é um pacote de aplicativos do Google baseado em AJAX. Funciona totalmente on-
line diretamente no browser. Os aplicativos são compatíveis com
o OpenOffice.org/BrOffice.org, KOffice e Microsoft Office, e atualmente compõe-se de um
processador de texto, um editor de apresentações, um editor de planilhas e um editor de formulários.
(WIKIPEDIA, 2011)
17
   O Survey Monkey é um site que oferece o serviço de autogerenciamento de pesquisas.
                                                                                                  28
Apesar de a escolha possuir limitações, já que exclui os torcedores que não
possuem acesso à internet, vemos um crescimento significativo de usuários do meio.
Segundo o Mídia Dados (2011), a penetração da Internet no mercado brasileiro, em
2000, era de 15%; já em 2010, este dado cresceu para 48%. Percebemos, através
deste dado, que triplicaram os usuários do País. No Grande Recife, o salto é ainda
maior. A penetração saiu de 9% para atingir a marca de 41%, um crescimento que
só confirma a relevância do meio.



8.5 APLICAÇÃO DOS QUESTIONÁRIOS

       Pela natureza do ambiente onde foram aplicados os questionários e pelo fato
de não estarmos presentes durante o momento de resposta, optamos por um
questionário estruturado e não disfarçado. O respondente seria guiado de forma
transparente por questões de múltipla escolha. Para o questionário elaboramos
perguntas que identificassem:
           1. Quem eram os indivíduos. Seu sexo, renda, grau de instrução e local
              onde moravam;
           2. Seus hábitos em relação aos eventos do clube. No caso específico, os
              jogos;
           3. Seus hábitos de consumo e seu envolvimento com o time.

       A aplicação dos questionários foi realizada nos dias 17 e 18 de novembro de
2011. Foram coletados 1203 questionários respondidos.
       Para a sua divulgação escolhemos ambientes onde poderíamos facilmente
encontrar o nosso público-alvo: sites sobre o futebol pernambucano. Foram
utilizados dois locais: o Blog do Torcedor (especializado em futebol, pertencente ao
Portal NE10, empresa do Sistema Jornal do Comércio de Comunicação) e o site
oficial do próprio Sport Club do Recife, incluindo também seus perfis nas redes
sociais.




                                                                                 29
Figura 5 - Blog do Torcedor




Figura 6 - Perfil do Twitter do Sport




                                        30
Figura 7 - Perfil do Facebook do Sport




8.6 CRONOGRAMA




                        Tabela 2 - Cronograma


                                                          31
9. ANÁLISES


9.1 PERFIL GERAL

      A maioria do público respondente é masculino (86%), entre 18 e 40 anos, com
maior adesão entre os jovens adultos de 21 a 30 anos. São solteiros (64%), ainda
cursam a faculdade e moram com os pais.
      Residem na Região Metropolitana do Recife (91,4%). A maioria vai para os
jogos partindo do bairro de Boa Viagem (15,8%) e o restante se divide em bairros
como Aflitos, Casa Amarela, Casa forte, Espinheiro, Tamarineira, Torre, Várzea,
Cordeiro, Madalena e Iputinga. A sua renda é de 1 a 3 salários mínimos (30,8%), o
que confirma serem estudantes universitários ainda entrando no mercado de
trabalho. Esta concentração na RMR termina por consolidar a tendência de
encontrar um público típico, e era esperada pela equipe para permitir a busca de um
quantitativo maior de subperfis de público.
      Vemos também um público que ganha de 4 a 8 salários mínimos (24,1%). O
aumento da renda se reflete na faixa etária e no grau de escolaridade. Este grupo
possui ensino superior completo e são mais velhos (26 - 30 anos). Por morarem com
os pais (61%), seu potencial de compra cresce, já que não possuem maiores
despesas com moradia.




                                                                                32
Gráfico 1 - PERFIL GERAL - Sexo




Gráfico 2 - PERFIL GERAL - Faixa etária




                                          33
Gráfico 3 - PERFIL GERAL - Estado Civil




Gráfico 4 - PERFIL GERAL - Escolaridade




                                          34
Gráfico 5 - PERFIL GERAL - Onde mora




Gráfico 6 - PERFIL GERAL - Com quem mora




                                           35
Gráfico 7 - PERFIL GERAL - Renda individual




Gráfico 8 - PERFIL GERAL - Com que frequência vai aos jogos




                                                              36
Gráfico 9 - PERFIL GERAL - Qual meio de transporte utiliza para ir aos jogos




                 Gráfico 10 - PERFIL GERAL - Qual setor?




                                                                               37
Gráfico 11 - PERFIL GERAL - Participa de algum grupo organizado




  Gráfico 12 - PERFIL GERAL - Com quem costuma ir aos jogos




                                                                  38
Gráfico 13 - Onde você costuma assistir aos jogos?




Gráfico 14 - PERFIL GERAL - Onde procura informações sobre o time?




                                                                     39
Gráfico 15 - PERFIL GERAL - Com que frequência compra produtos do time?




Gráfico 16 - PERFIL GERAL - O que lhe motiva na hora de comprar um produto do Sport?




                                                                                       40
Gráfico 17 - PERFIL GERAL - Qual sua relação com o Sport




          Gráfico 18 - Como escolheu o time?




                                                           41
9.1.2 Características Relacionais com o Clube

      O grande grupo frequenta praticamente todos os jogos na Ilha do Retiro
(32,7%), mas raramente vai a jogos fora do clube. Recorre ao carro particular para ir
ao estádio (60,9%) e prefere assistir da arquibancada frontal (36,9%) com os amigos
(53,1 %). Apesar de não participar de grupos organizados (80,1%), notamos que há
uma valorização das saídas com os amigos e programas de lazer em grupo.
      São muito receptivos a todos os meios de comunicação sobre os quais foram
questionados, contudo percebemos maior preferência por internet e televisão (87,2%
e 62,1% respectivamente). Rádio teve 48%, e jornal, 43,4%.
      Preferem comprar anualmente itens do time, mas esse comportamento possui
variações de acordo com a renda. Quem possui maior poder aquisitivo compra com
mais regularidade. Não são sócios e escolheram o Sport por influência familiar.
      Dentro deste perfil geral foi possível encontrar subgrupos mais homogêneos
dentro do universo heterogêneo que compõem uma torcida de um grande clube
esportivo. A ideia era confirmar se estes grupos apresentavam desvios em relação
ao grupo maior e quais as características iriam se destacar a partir das
microfiltragens realizadas na tabulação. Com uma massa quantitativa superior a mil
questionários, foi possível fazer estes desdobramentos sem ter indivíduos que
desviassem a rota amostral para distorcê-la em alguma direção.
       É importante destacar: mais que encontrar um perfil geral, nosso objetivo era
lidar com as diferenças entre os diversos níveis de comprometimento da torcida, ou
mesmo de filtros demográficos mais genéricos, para, a partir destas, encontrar
também os pontos de congruência. Inicialmente destacaremos nossos subgrupos
amostrais para, a partir deste confronto, traçar nosso relatório final.




                                                                                  42
9.2 PERFIL FEMININO

TÓPICOS-CHAVE
Perfil: jovens de 21 a 25 anos (37,9%), ensino superior incompleto (30,8%), até 03
salários mínimos (37,3%).
Relação com o Sport: não sócias (74,8%), raramente vão aos jogos na Ilha do
Retiro (28,1%), arquibancada frontal (33,1%), acompanhadas por familiares (39,6%).

      Apesar de numericamente não tão representativo quanto o masculino, o
público feminino (14%) é um grupo bastante interessante pelo seu potencial de
crescimento. Mesmo não sendo muito estimulado, se informam bastante acerca do
assunto e compram com frequência trimestral artigos do time (tendo como motivação
maior contribuir com o Sport). O perfil dado pela pesquisa nos mostra que a maioria
é formada por jovens cursando a faculdade, ganhando até três salários mínimos e
morando com os pais. O que indica que são mulheres ainda entrando no mercado
de trabalho e que possuem um ritmo de vida puxado.
      A sua relação com o clube, desde sua escolha pelo time até a forma como
acompanham os jogos, é muito ligada à cultura familiar. Preferem, inclusive, assistir
aos jogos em casa a ir ao estádio.
      O seu contato com os meios de comunicação é intenso. Internet, jornal e
televisão são suas fontes diárias de informação sobre o Sport preferidas.




                      Gráfico 19 - PERFIL FEMININO - Renda individual




                                                                                  43
Gráfico 20 - PERFIL FEMININO - Com quem costuma ir aos jogos?




Gráfico 21 - PERFIL FEMININO - Onde você costuma assistir aos jogos?




                                                                       44
Gráfico 22 - PERFIL FEMININO - Com que frequência compra produtos do time?




Gráfico 23 - PERFIL FEMININO - O que lhe motiva na hora de comprar um produto do Sport?




                                                                                          45
Gráfico 24 - PERFIL FEMININO - Qual sua relação com o Sport?




                                                               46
9.3 PERFIL DO SÓCIO

TÓPICOS-CHAVE
Perfil: homens (90,7%), de 26 a 30 anos (23,7%), ensino superior completo (32,6%),
até 08 salários mínimos (27%).
Relação com o Sport: praticamente vão a todos os jogos na Ilha do Retiro (36,6%),
sociais (41,6%), acompanhados por amigos (46,4%).

      O   sócio   rubro-negro    é    predominantemente         masculino,   estabilizado
financeiramente, ganha até oito salários mínimos e reside com os pais. Essa
convivência implica diretamente na sua forma de consumo, pois certos custos são
reduzidos e o poder compra é aumentado. Seu envolvimento com o Sport é grande,
está presente em praticamente todos os jogos na Ilha do Retiro, utiliza o espaço
exclusivo para associados e prefere ir com os amigos, mas raramente viaja para ver
o time jogar. Adquire de um a dois produtos por ano e é motivado pela colaboração
ao time. Ele é propício ao consumo de novos produtos, produtos exclusivos e
pacotes (de viagens e de ingressos, por exemplo), devido ao grau intenso de
relacionamento.
       A internet, a televisão e o rádio são os canais de informação mais utilizados
                  para obterem informações sobre o rubro-negro.




                      Gráfico 25 - PERFIL DOS SÓCIOS - Escolaridade




                                                                                      47
Gráfico 26 - PERFIL DOS SÓCIOS - Com quem mora




Gráfico 27 - PERFIL DOS SÓCIOS - Renda individual




                                                    48
Gráfico 28 - PERFIL DOS SÓCIOS - Com quem costuma ir aos jogos?




Gráfico 29 - PERFIL DOS SÓCIOS - Com que frequência compra produtos do time?




                                                                               49
Gráfico 30 - PERFIL DOS SÓCIOS - O que lhe motiva na hora de comprar um produto do Sport?




                                                                                            50
9.4 PERFIL DA TORCIDA ORGANIZADA

TÓPICOS-CHAVE
Perfil: homens (86,3%), até 17 anos (28,4%), 18 a 20 anos (28,4%), ensino
fundamental incompleto (45,1%), até 01 salário mínimo (63,7%).
Relação com o Sport: não sócio (90%), praticamente vão a todos os jogos na Ilha
do Retiro (44,6%), arquibancada lateral (59,8%), acompanhados por amigos
(61,5%).

      A torcida organizada é composta por um público muito jovem, masculino, com
baixo nível de instrução, instável financeiramente, ganha até um salário mínimo e
mora com os pais. O poder de consumo é mínimo. Não possui o hábito de comprar
produtos do time e, quando tem a oportunidade, pensa primeiramente em contribuir
com o clube. Sua segunda motivação é a qualidade dos artigos, seguida de modelos
diferentes. É um target que valoriza as compras, pois não pode fazê-las com
frequência.
      Está presente em praticamente todos os jogos, na arquibancada lateral,
comparece com os amigos e nunca assiste a jogos fora de casa. Demonstram que,
mesmo dispondo de poucos recursos financeiros, comparecem as partidas
religiosamente.
      Recorre à internet e à televisão para se manter informado das notícias diárias
do Sport. Raramente lê jornal. A maioria escuta rádio apenas em dias de jogos.




                      Gráfico 31 - TORCIDA ORGANIZADA - Faixa etária




                                                                                 51
Gráfico 32 - TORCIDA ORGANIZADA - Escolaridade




Gráfico 33 - TORCIDA ORGANIZADA - Renda Individual




                                                     52
Gráfico 34 - TORCIDA ORGANIZADA - Com que frequência compra produtos do time?




Gráfico 35 - TORCIDA ORGANIZADA - O que lhe motiva na hora de comprar um produto do Sport?




                                                                                             53
Gráfico 36 - TORCIDA ORGANIZADA - Qual sua relação com o Sport?




                                                                  54
9.5 PERFIL DO COLECIONADOR

TÓPICOS-CHAVE
Perfil: homens (84,6%), 21 a 25 anos (28,9%) e 26 a 30 anos (23,5%), ensino
superior incompleto (29,5%) e ensino superior completo (28,9%), até 01 salário
mínimo (24,2%), de 01 a 03 salários mínimos (31,5%), de 04 a 08 salários mínimos
(21,5%).
Relação com o Sport: não sócios (51%), sócios (44,9%), vão a praticamente todos
os jogos na Ilha do Retiro (43%), arquibancada frontal (36,1%), vão aos jogos com
amigos (52,7%).

       O colecionador rubro-negro é caracterizado pela junção de várias idades,
rendas individuais distintas, sócios e não sócios. É um grupo heterogêneo, que
independente de quanto ganha, se é jovem ou velho tem sua coleção particular. A
maioria compra de um a dois itens por ano (45,6%), contudo 39,6% compram um
item a cada três meses, ou seja, são consumidores antenados que buscam
novidade. Por morar com a família (69,8%), o colecionador tem um gasto maior com
artigos para uso pessoal. Está presente na Ilha do Retiro em praticamente todos os
jogos e prefere ir com os amigos.
       A internet é meio mais acessado para se informar sobre o time, em seguida
vêm a televisão e o rádio, por último, o jornal.
       Sua principal preocupação ao adquirir um produto do Sport é ajudar o clube,
mas também exige que seja oficial. Procura novos modelos e qualidade.
      Um ponto intrigante sobre este perfil é que, mesmo sua maioria sendo
homens com renda individual de até três salários mínimos (uma das menores), eles
possui a melhor frequência de compra entre os grupos detectados nesta pesquisa.




                                                                                  55
Gráfico 37 - PERFIL DO COLECIONADOR - Faixa etária




Gráfico 38 - PERFIL DO COLECIONADOR - Escolaridade




                                                     56
Gráfico 39 - PERFIL DO COLECIONADOR - Com quem mora




Gráfico 40 - PERFIL DO COLECIONADOR - Renda individual




                                                         57
Gráfico 41 - PERFIL DO COLECIONADOR - Com que frequência compra produtos do time?




Gráfico 42 - PERFIL DO COLECIONADOR - O que lhe motiva na hora de comprar um produto do Sport?




                                                                                            58
Gráfico 43 - PERFIL DO COLECIONADOR - Qual sua relação com o Sport?




                                                                      59
9.6 PERFIL DOS CASADOS

TÓPICOS-CHAVE
Perfil: homens (93%), 31 a 40 anos (38,8%), ensino superior completo (31,7%), pós-
graduado (25%), de 04 a 08 salários mínimos (32,3%), de 09 a 15 salários mínimos
(21,1%).
Relação com o Sport: não sócios (48,7%), sócios (47,6%), vão a praticamente
todos os jogos na Ilha do Retiro (30,4%), cerca de metade dos jogos na Ilha do
Retiro (29,8%), cadeiras (25,8%), vão aos jogos com amigos (46,4%) e família
(35,2%).

      O público casado é mais velho, tem formação acadêmica superior aos demais
perfis e é bem estabilizado no ponto de vista financeiro. É um target balanceado,
visto que quase metade é de sócios e a outra metade não, e uma parcela vai a
praticamente todos os jogos, enquanto outra vai a cerca da metade. Optam pelo
conforto das cadeiras, e a companhia oscila entre amigos e familiares. Também
assistem a muitos jogos em sua própria residência (42,4%) e consomem de 1 a 2
itens por ano (62%). Este último dados sugere que o consumo é pequeno. Levando
em consideração que moram com a esposa e filhos, a frequência de compra poderia
ser maior.
      Também elegem a internet como canal mais relevante; em segundo, a
televisão; em terceiro, o rádio; e o jornal assume a última posição.
      Quando estão comprando produtos, pensam em contribuir com o clube,
querem artigos oficiais, qualidade e novos modelos.




                          Gráfico 44 - DOS CASADOS - Qual setor?
                                                                                60
Gráfico 45 - DOS CASADOS - Com quem costuma ir aos jogos?




Gráfico 46 - DOS CASADOS - Onde costuma assistir aos jogos?




                                                              61
Gráfico 47 - DOS CASADOS - O que lhe motiva na hora de comprar um produto do Sport?




             Gráfico 48 - DOS CASADOS - Qual sua relação com o Sport?




                                                                                      62
9.7 DESCOBERTAS SOBRE O PÚBLICO RUBRO-NEGRO

      Além dos perfis encontrados, também surgiram outros pontos interessantes
sobre o comportamento do público. Essas observações surgiram da observação de
diferentes comportamentos em determinadas respostas. Fizemos então
cruzamentos específicos e chegamos às seguintes constatações.


9.7.1 Renda x Envolvimento

      A maioria do público que respondeu ao questionário não era sócia do clube e
ganhava de um a três salários mínimos. Contudo, quando o salário desse torcedor
aumenta, cresce também o número de sócios e sobe a frequência de ida aos jogos,
o que indica que o poder aquisitivo influencia diretamente o grau de envolvimento
com o time.
      Se levarmos em consideração que a classe C desempenha um papel
fundamental na economia brasileira, seu potencial de consumo é equivalente ao PIB
somado da Argentina e Colômbia. Segundo o Data Popular (2011), a previsão é que
esse grupo gaste R$ 1,03 trilhão em 2011. Podemos ver uma oportunidade de
crescimento deste público Associado.




                               Tabela 3 - Associados



      Hoje, são mais 105,4 milhões de pessoas (55,05% da população) que
buscam novos produtos, exigem qualidade e diferenciação. Essa realidade é
                                                                                 63
favorável ao Sport, pois a maioria dos torcedores pertence à classe C e o aumento
da renda torna esse torcedor um sócio em potencial.




                                Tabela 4 - Jogos na Ilha



      Nos jogos fora da Ilha do Retiro, temos um número alto de torcedores que
raramente comparecem à casa do adversário, e são baixos os números que
participam de decisões. Isso pode representar uma oportunidade de parcerias com
agências de viagem para estimular a presença dos rubro-negros e promoções.




                            Tabela 5 - Jogos na Ilha do Retiro




                                                                               64
Tabela 6 - Frequência de Compra



       Com exceção dos respondentes que possuem renda de até um salário
mínimo, a maioria do público compra pelo menos dois itens por ano, tendo como
maior motivação contribuir com o time. Contudo, dentro deste público, 55,4% não
são sócios e 42,5% são. Nas análises de comparação das rendas individuais,
percebemos que o número de sócios aumenta de forma pro aos seus salários.
Apesar de não poder fazer uma relação de causalidade direta, com essa informação,
notamos que o comportamento normal do torcedor é de que, se ganhasse mais,
seria sócio. Vêem então a compra como algo maior do que a simples aquisição de
um produto do time: como uma forma de contribuição ao time.
       O consumo diário dos meios apresenta pouca variação quando utilizamos a
renda como referência. A internet e a televisão ganham na preferência dos públicos,
seguido do rádio. Um caso à parte são os torcedores que recebem mais de quinze
salários mínimos. Eles recorrem a todos os meios para se manterem informados, o
que significa que são atingidos pela propaganda mais facilmente e podem
representar um grupo de influência.
       O jornal é a opção menos escolhida para se informar. No caso das pessoas
que recebem até 01 salário mínimo, o rádio e o jornal se equiparam no quesito
pouca relevância, e para quem recebe de 4 a 8 salários, o rádio ainda se sobressai
diante do jornal.



                                                                                65
Tabela 7 - Consumo de Mídias




9.7.2 Pontos Relevantes

        • A internet se apresentou como o meio de maior identificação entre os
           rubro-negros independentemente de faixa etária, sexo e renda. O
           percentual de respondentes que acessam a rede apenas em dias de
           jogos foi irrisório (4,9%). Ou seja, os torcedores recorrem à rede todos
           os dias.


        • O rádio foi a fonte de informação que recebeu maior quantidade de
           seleções no quesito “apenas em dias de jogos”, com 26,3%. Televisão
           teve 16,9% e jornal 16,7%. Esse dado sugere que, nos dias das
           partidas, há um aumento significativo na quantidade de ouvintes. O que
           representa a força dos comunicadores e a forte tradição de ouvir rádio
           em campo ou durante as transmissões na TV.


        • Os rubro-negros que assistem aos jogos nos assentos especiais e
           cadeiras da ampliação têm entre 26 e 40 anos. 41% são casados. A
           renda individual fica entre quatro a oito salários mínimos (36,1%) e
           63,3% não são sócios. Esse target é um nicho esquecido que tem
           grande potencial. O ingresso para esses setores requer um


                                                                                66
investimento maior e reflete na frequência do torcedor. 28,3%
    raramente vão aos jogos e 26,6% comparecem a praticamente a todos.


• Os jogos também são um programa familiar. Dos respondentes que
    afirmaram marcar presença em todos os jogos, 30% vão com a família,
    enquanto 10,7% vão sozinhos e 6,9% vão acompanhados pelo
    namorado(a).


• Apesar do perfil dos sócios apresentar maior envolvimento com o clube
    (olhar tabela Renda x Envolvimento, na página 34), dos respondentes
    que assinalaram comprar uma vez ou mais durante o mês, 50% não
    sócios.


• As compras trimestrais são lideradas pelos torcedores com renda entre
    um e três salários mínimos (31,4%), enquanto os que recebem de nove
    a 15 salários mínimos correspondem a 18,4%.
•




                                                                     67
10. CONSIDERAÇÕES FINAIS


      Antes    desta   pesquisa,    tínhamos    uma    ideia   de   quem    seria   o
torcedor/consumidor do Sport Club do Recife. Mas essa visão não vinha de estudos
ou pesquisas, e sim da observação e convivência. Esperávamos que a pesquisa nos
dissesse que o perfil geral desse torcedor era formado predominantemente por
homens solteiros, jovens adultos que ainda estavam entrando no mercado de
trabalho e moravam com os pais. Também acreditávamos que pelo menos metade
desses torcedores não fossem sócios e que comprassem ao menos uma camisa
nova por ano, acompanhando a renovação do uniforme de jogo.
      Outro ponto que nos interessava bastante era a forma como esse grupo
procurava informações sobre o time. Sabíamos que a internet seria apontada como
meio mais relevante, já que foi o canal utilizado para realização da pesquisa e os
ambientes estavam relacionados ao tema futebol. Neste contexto, destacamos o
meio jornal posicionado em último no lugar e a aparição do meio rádio de forma
irregular, o que pode acontecer devido à força desta mídia junto aos torcedores nos
dias de jogos (tanto aquele que é fiel a esta mídia, quanto os que a ouvem apenas
em dias de jogos).
      A pesquisa nos revelou informações estratégicas a respeito do clube, desde
as variações comportamentais dos torcedores até curiosidades que podem se
transformar em oportunidades de mercado.
      Deduzimos que não podemos tratar os torcedores de forma homogênea,
porque existem vários subgrupos, e estes possuem características distintas. Não
considerar esses perfis anularia a criação de comunicação, ações e planejamentos
direcionados. Então, tratamos de criar perfis que se diferenciassem entre si e da
massa.
      Primeiro, analisamos as mulheres, um dos grupos mais específicos dentro da
nossa pesquisa. É intrínseco ao sexo feminino a adoração pelo consumo. Elas
compram para uso próprio e, quando casadas ou mães, integram seus maridos e
filhos à lista de compras. Atrelando isso à resposta ao questionário aplicado por este
trabalho de que as mulheres consomem trimestralmente um artigo do Sport,
observamos que existem poucos produtos específicos para elas. Não só objetos,
mas também vantagens que as motivam a comparecer mais aos jogos. Preços
                                                                                    68
reduzidos para as mulheres em determinadas partidas, pacotes família, ingresso
premiado (ingresso de arquibancada que pode valer para dois nas cadeiras ou para
outro jogo), por exemplo, podem ser atrativos.
      No quesito consumo, entre as maneiras de envolver as mulheres, estão os
kits de uma maneira geral (uniforme principal + uniforme reserva/terceiro
uniforme/camisa comemorativa/rara, uniforme + bolsa/nécessaire, uniforme +
ingressos etc.). O atual momento do Recife também é propício para o aumento do
consumo. A cidade está sendo palco de várias corridas, e a preocupação com a
saúde e o físico está em alta. É uma oportunidade para explorar os shorts, roupas
de academia, produtos que tenham sinergia entre o futebol e os exercícios físicos,
que se apresentam como alternativas diferenciadas para exposição da marca e
aumento na frequência de compra.
      Foi visto que, na maioria, são jovens, muitas cursando a faculdade, o que
abre margem para deduzirmos que estão em busca de novas experiências de forma
intensa, ou seja, são mais propícias a aventuras. Isso abre um leque de opções para
se trabalhar diversos tipos de promoções que podem envolver pacote de viagens
para ver o time jogar, já que muitas assistem aos jogos acompanhadas pela família.
      No que diz respeito aos meios de massa, elas preferem a internet, em
seguida televisão, jornal e rádio, nessa ordem. Diferente dos outros públicos, elas
ouvem mais menos rádio e lêem mais jornais, o que presenta oportunidades para os
patrocinadores.
      Em seguida, tratamos de verificar o universo dos sócios. Eles representam o
perfil de maior envolvimento com o clube, contribuem mensalmente, comparecem a
praticamente todos os jogos. Por isso, esse grupo exige esforços de retenção, isto é,
“mimos”, maior atenção, benefícios, respostas rápidas às críticas e sugestões.
      Como foi visto no perfil, os homens com renda de até oito salários mínimos e
residentes nas casas dos pais compõem a maioria dos associados. A economia
mensal, ocasionada pela divisão entre os familiares ou isenção das despesas, pode
ser utilizada em prol do Sport, no caso aumento da frequência de compra (segundo
a pesquisa, eles adquirem de um a dois produtos por ano).
      Diferentemente das mulheres, o sexo masculino costuma realizar muitas
compras de uma só vez e não tem o hábito de procurar. Para esse grupo, a oferta
de carnês, pacotes anuais e mensais, que integrem a aquisição de uniformes,

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ingressos e possíveis viagens, se mostra como uma saída interessante, pois há um
investimento alto apenas uma vez. A venda de ingressos da temporada favorece os
dois lados. Os torcedores não precisam se preocupar em comprá-los, o clube
garante o lucro, atrai mais torcedores e pode voltar atenção para outras formas de
envolvimento como aumentar a participação dos patrocinadores durante os
intervalos, promoções, campanhas de incentivo, institucionais, por exemplo.
      Por outro lado, sabemos que a relação deste gênero com o esporte é
extremamente emocional. Ao traçar o perfil do consumidor “torcedor”, mesmo que
isto não esteja presente na pesquisa, sabemos que a vitória é um grande
impulsionador do consumo. Por exemplo, quando o Sport ganha um clássico, passa
de fase, conquista um título, existe uma predisposição maior a adquirir itens ligados
ao clube.
      A forma de se comunicar com o sócio também deve ser diferenciada. Eles, de
acordo com a pesquisa, recorrem à internet em primeiro lugar, depois televisão,
rádio e jornal para se manterem informados. Na grande rede, as várias plataformas
mostram o grau de envolvimento, e este deve ser constante. De maneira geral,
todos esses meios funcionam bem para o público.
      O sócio tem que se sentir motivado, pois é influenciador e sua relação com o
clube vai além de um simples colaborador.
      Quando analisamos o perfil do colecionador, encaramos um dos grupos mais
exigentes quanto à compra de produtos do time. Por sua maior motivação de
consumo ser “completar sua coleção”, se mostram mais interessados em novidades
e itens raros. Por isso, produtos como camisas comemorativas, retrôs (réplicas de
padrões antigos do time), edições especiais, podem se adequar muito bem a este
público. Vemos que o time já possui itens como esse, mas, pelo seu grau de
exigência, é necessário sempre o surgimento de novos, até porque 39,6% dos
colecionadores responderam comprar um item a cada três meses. Essa frequência
de compra poderia ganhar adesão maior do resto do grupo dos que compram
anualmente, se houvesse mais variedades e lançamentos menos espaçados
(atualmente, são feitos a cada temporada).
      O frequentador de torcida organizada foi o perfil que menos surpreendeu. Na
maioria jovens, homens, de baixa renda, nunca compram produtos; contudo, estão
em praticamente todos os jogos. Isso, provavelmente, é reflexo do baixo valor dos

                                                                                  70
ingressos para o setor que eles optam para assistirem às partidas (arquibancada
lateral), e tem a colaboração do “Todos Com a Nota”, programa do Governo de
Pernambuco em que o cidadão troca notas fiscais por pontos que podem ser
trocados por ingressos (os pontos vão para um cartão magnético para depois haver
a troca). Apesar do baixo poder aquisitivo do público, eles querem contribuir e,
como não podem adquirir produtos oficiais, recorrem aos produtos não licenciados,
que, além de serem mais baratos, apresentam novos modelos (apontado pela
pesquisa como um fator de motivação). Artigos oficiais mais baratos direcionados ao
target os deixariam mais envolvidos e motivados a guardar dinheiro para comprar
mais e a comparecer mais em campo.
      Com este recorte comportamental, encontramos novamente a internet e a
televisão como os meios mais procurados para atualização. O jornal tem baixa
penetração neste público, e o rádio aparece de forma irregular, provavelmente pelo
índice expressivo de uso deste meio em dias de jogos. Esses dados são importantes
para os patrocinadores e para campanhas de conscientização contra a violência em
campo.
      Por fim, analisamos os casados. Um público bem específico que apresenta
peculiaridades interessantes que são grandes oportunidades de mercado. Nossa
pesquisa revelou que metade deles são sócios e a maioria frequenta as cadeiras.
Isso pode significar que seu ticket médio por partida é superior aos demais perfis. Já
que o valor do ingresso para o setor é mais caro, existe o possível consumo de
comidas e bebidas e o custo do estacionamento. A arquibancada frontal também é
muito procurada, e os amigos e família são as principais companhias. A partir
dessas informações, podemos notar uma tendência sobre quais são os momentos
em que os amigos são mais presentes e quais são os momentos em que o jogo se
torna um programa familiar. É uma pessoa que investe no lazer e poderia aumentar
o investimento caso houvesse chance.
      Além disso, não há disparidade entre a preferência de assistir o jogo em casa
(42,4%) e na Ilha do Retiro (47,6%). A rotina desses homens tende a ser corrida em
virtude do trabalho, filhos, esposa e o cansaço pode ser um aspecto que retenha os
torcedores em casa. Por isso, necessitam ser estimulados. Pacotes família, pacotes
amigos, diversão para os filhos durante os intervalos são exemplos de motivação.



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Uma vez que a pesquisa aponta que este público, em sua maioria, faz a
compra de um a dois produtos por ano, a ida ao estádio de toda à família pode
impulsionar tanto a frequência quanto a quantidade do consumo de itens ligados ao
clube. Neste contexto é nossa sugestão a criação de kits família (padrão feminino +
masculino/infantil + feminino/infantil + masculino etc.).
         A internet, novamente, liderou a preferência pela busca de informações.
Contudo, todos os meios respondem de maneira positiva.
         Após estas considerações sobre os perfis encontrados, é importante pontuar
que, apesar dos responsáveis pelo marketing do Sport se mostrarem bastante
solícitos e abertos em responder nossas perguntas, não conseguimos muitas
informações imprescindíveis para a realização deste trabalho. O clube não possuía
dados precisos sobre seus sócios e um histórico das ações e direcionamentos em
relação à marca, como campanhas ou planejamentos estratégicos. Por isso, nossa
pesquisa não pode comparar e analisar os dados de acordo com as atividades e
objetivos do time.
         A aplicação do questionário durou dois dias. Não por nossa vontade, mas
pelo limite de respostas que nossa ferramenta escolhida apresentava. Poderíamos
coletar até mil questionários respondidos. Inicialmente achamos que seria uma
quantidade satisfatória, mas, dada a velocidade e procura, vimos que era um
número bastante limitado. No primeiro dia, coletamos mais de cem questionários
através da divulgação feita por nós mesmos nas redes sociais. No segundo dia, o
questionário foi divulgado no site e nas redes sociais do Sport e no Blog do Torcedor
(pagina na internet sobre o futebol pernambucano).
         Percebemos um crescimento vertiginoso na coleta dos questionários e, em
menos de 8 horas, havíamos multiplicado supreendentemente o número inicial. No
total, foram 1203 questionários coletados. Após o encerramento da coleta
recebemos vários e-mails de torcedores interessados em ajudar a nossa pesquisa.
Infelizmente, como o nosso limite de respostas havia sido extrapolado, não pudemos
atendê-los. Esse retorno do público só confirmou o seu grau de envolvimento com o
time e sua receptividade em disponibilizar dados que ajudem ou representem o
Sport.
         Os resultados encontrados nos possibilitaram realizar esta análise sobre o
torcedor do Sport, de forma que perfis foram criados e peculiaridades da torcida

                                                                                  72
rubro-negra puderam ser vistas com mais clareza, facilitando a descoberta de
tendências e oportunidades de mercado.
      Esperamos que esta "versão beta", como apelidamos carinhosamente o
trabalho, estimule o clube a inserir a pesquisa em sua rotina, pois provamos o
quanto é útil, lucrativo e como os torcedores apreciam essa prática.




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REFERÊNCIAS

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crescer-aponta-fgv.shtml Acessado em 16/11/2011 às 16h




                                                                               75
APÊNDICES




            76
APENDICE A - QUESTIONÁRIOS




                             77
78
79
80
81
82
APENDICE B – TABULAÇÃO – Perfil Geral




                                        83
PERFIL GERAL


Sexo

                                      Response       Response
Answer Options
                                       Percent        Count
Feminino                               14,0%           169
Masculino                              86,0%           1034
                                answered question          1203
                                  skipped question            0


Faixa etária

                                      Response       Response
Answer Options
                                       Percent        Count
Até 17 anos                            10,1%           122
18 a 20 anos                           12,4%           149
21 a 25 anos                           27,9%           336
26 a 30 anos                           20,9%           251
31 a 40 anos                           16,5%           198
41 a 50 anos                            5,7%            69
Acima de 51 anos                        6,5%            78
                                answered question            1203
                                  skipped question              0


Estado Civil

                                      Response       Response
Answer Options
                                       Percent        Count
Solteiro(a)                            64,6%           777
Casado(a)                              29,6%           356
Separado(a)                             1,5%            18
Dirvociado(a)                           2,2%            26
Viúvo(a)                                2,1%            25
                                answered question            1203
                                  skipped question              0


Escolaridade

                                      Response       Response
Answer Options
                                       Percent        Count
Ensino fundamental incompleto           9,1%           109
Ensino fundamental                      2,9%            35
Ensino médio incompleto                 3,7%            44
Ensino médio                           17,6%           212
Ensino superior incompleto             28,5%           343
Ensino superior                        25,2%           303
Pós-graduado                           13,1%           157
                                answered question            1203
                                  skipped question              0


                                                                    84
Onde mora

                                                 Response       Response
Answer Options
                                                  Percent        Count
Região Metropolitana do Recife                    91,4%           1100
Agreste Pernambucano                               4,2%            50
São Francisco Pernambucano                         0,2%             2
Sertão Pernambucano                                1,7%            20
Zona da Mata Pernambucana                          2,6%            31
Outro (especifique)                                               177
                                           answered question          1203
                                             skipped question            0


Caso more em Recife, nos diga seu bairro

                                                 Response       Response
Answer Options
                                                  Percent        Count
Aflitos                                             2,3%           19
Afogados                                            1,5%           12
Água Fria                                           0,5%           4
Alto do Mandu                                       0,2%           2
Alto José Bonifácio                                 0,1%           1
Alto José do Pinho                                  0,5%           4
Apipucos                                            0,5%           4
Areias                                              1,5%           12
Arruda                                              1,6%           13
Bairro do Recife                                    0,4%           3
Barro                                               0,6%           5
Beberibe                                            0,4%           3
Boa Viagem                                         15,8%          130
Boa Vista                                           1,9%           16
Bomba do Hemetério                                  1,3%           11
Bongi                                               0,9%           7
Brasília Teimosa                                    1,6%           13
Brejo da Guabiraba                                  0,1%           1
Brejo de Beberibe                                   0,0%           0
Cabanga                                             0,2%           2
Caçote                                              0,1%           1
Cajueiro                                            1,2%           10
Campina do Barreto                                  0,1%           1
Campo Grande                                        1,2%           10
Casa Amarela                                        2,9%           24
Casa Forte                                          3,2%           26
Caxangá                                             1,0%           8
Cidade Universitária                                1,5%           12
Coelhos                                             2,2%           18
Cohab                                               0,2%           2
Coqueiral                                           0,0%           0
Cordeiro                                            3,4%           28
Córrego do Jenipapo                                 0,1%           1
Curado                                              1,1%           9
Derby                                               0,5%           4
Dois Irmãos                                         0,1%           1

                                                                             85
Dois Unidos                0,6%   5
Encruzilhada               1,2%   10
Engenho do Meio            0,6%   5
Espinheiro                 3,4%   28
Estância                   0,7%   6
Fundão                     0,2%   2
Graças                     3,2%   26
Guabiraba                  0,1%   1
Hipódromo                  0,2%   2
Ibura                      2,6%   21
Ilha do Leite              0,1%   1
Ilha do Retiro             0,5%   4
Ilha Joana Bezerra         0,6%   5
Imbiribeira                1,8%   15
Ipsep                      1,7%   14
Iputinga                   2,8%   23
Jaqueira                   0,4%   3
Jardim São Paulo           2,3%   19
Jiquiá                     0,0%   0
Jordão                     0,2%   2
Linha do Tiro              0,4%   3
Macaxeira                  1,1%   9
Madalena                   2,8%   23
Mangabeira                 0,1%   1
Mangueira                  0,4%   3
Monteiro                   0,2%   2
Morro da Conceição         0,1%   1
Mustardinha                0,2%   2
Nova Descoberta            0,2%   2
Paissandu                  0,1%   1
Parnamirim                 1,5%   12
Passarinho                 0,1%   1
Pau-Ferro                  0,0%   0
Peixinhos                  0,4%   3
Pina                       1,0%   8
Poço da Panela             0,6%   5
Ponto de Parada            0,1%   1
Porto da Madeira           0,1%   1
Prado                      1,1%   9
Rosarinho                  1,7%   14
San Martin                 1,7%   14
Sancho                     0,0%   0
Santana                    0,1%   1
Santo Antônio e São José   0,4%   3
Sítio dos Pintos           0,0%   0
Soledade                   0,4%   3
Tamarineira                1,8%   15
Tejipió                    1,0%   8
Torre                      3,2%   26
Torreão                    0,5%   4
Torrões                    0,2%   2
Totó                       0,7%   6
Várzea                     2,8%   23
Vasco da Gama              0,2%   2

                                       86
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  • 1. 1
  • 2. UNIVERSIDADE CATÓLICA DE PERNAMBUCO CURSO DE COMUNICAÇÃO SOCIAL – PUBLICIDADE E PROPAGANDA ANDREZA MARCELLE CARNEIRO ROCHA DE BRITTO SALGUEIRO RAQUEL LIMA RAMOS FERRAZ PROJETO EXPERIMENTAL - PRODUTO PESQUISA DE MERCADO PARA O SPORT CLUB RECIFE RECIFE - PERNAMBUCO 2011 2
  • 3. ANDREZA MARCELLE CARNEIRO ROCHA DE BRITTO SALGUEIRO RAQUEL LIMA RAMOS FERRAZ PROJETO EXPERIMENTAL - PRODUTO PESQUISA DE MERCADO PARA O SPORT CLUB RECIFE Projeto de Pesquisa apresentado à Coordenação do Curso de Comunicação Social com Habilitação em Publicidade e Propaganda da Universidade Católica de Pernambuco – Unicap, como um dos requisitos exigidos para obtenção do grau de graduado sob a orientação de Rodrigo Duguay da Hora Pimenta RECIFE 2011 3
  • 4. Dedicatórias Aos nossos pais, por todos esses anos de apoio e aos torcedores do Sport Club do Recife. 4
  • 5. Agradecimentos A Breno, pela presença constante em todo o projeto, pelas sugestões, indicações e correção. A Rodrigo Duguay, pela amizade, por direcionar os melhores caminhos, por ser um orientar dedicado. Aos nossos pais pelo amor, apoio e companheirismo. Aos nossos chefes, Pedro Di Nardo, Daniel Uchoa, Andréia Cardozo, Thiago Rossi e Rafael Amorim, pela compreensão, colaboração e dicas. A Gabriel Freire e André Fontenelle, por abraçarem o trabalho, pela disponibilidade, apesar da rotina, e pelas informações repassadas. A Marcelo Cavalcante, por confiar na qualidade do projeto e ajudar na divulgação dos questionários. A Raphaella Borges, por ter feito os layouts da capa e contra capa do nosso trabalho impresso. A Paula Sabina, pela ajuda nas transações com o Survey Monkey e pelo apoio. E a todos que contribuíram de forma direta ou indireta para que a realização desse trabalho fosse possível. 5
  • 6. SUMÁRIO 1. INTRODUÇÃO ........................................................................................................ 9 2. JUSTIFICATIVA .................................................................................................... 11 3. CLIENTE ............................................................................................................... 12 3.1 HISTÓRICO ..................................................................................................... 12 3.2 CONSIDERAÇÕES SOBRE A GESTÃO DE MARKETING ............................. 16 4. ANÁLISE DE MERCADO ...................................................................................... 18 5. FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA ............................................................................. 21 6. PROBLEMAS DE PESQUISA ............................................................................... 24 7. OBJETIVOS .......................................................................................................... 26 7.1 PRINCIPAL ...................................................................................................... 26 7.2 OBJETIVOS SECUNDÁRIOS .......................................................................... 26 8. METODOLOGIA .................................................................................................... 27 8.1 TIPO DE AMOSTRAGEM ................................................................................ 27 8.2 UNIVERSO AMOSTRAL .................................................................................. 27 8.3 FERRAMENTAS .............................................................................................. 28 8.4 MÉTODO E TÉCNICA DE COLETA DE DADOS ............................................. 28 8.5 APLICAÇÃO DOS QUESTIONÁRIOS ............................................................. 29 8.6 CRONOGRAMA ............................................................................................... 31 9. ANÁLISES ............................................................................................................. 32 9.1 PERFIL GERAL ................................................................................................ 32 9.1.2 Características Relacionais com o Clube ...................................................... 42 9.2 PERFIL FEMININO .......................................................................................... 43 9.3 PERFIL DO SÓCIO .......................................................................................... 47 9.4 PERFIL DA TORCIDA ORGANIZADA ............................................................. 51 9.5 PERFIL DO COLECIONADOR ........................................................................ 55 9.6 PERFIL DOS CASADOS .................................................................................. 60 9.7 DESCOBERTAS SOBRE O PÚBLICO RUBRO-NEGRO ................................ 63 9.7.1 Renda x Envolvimento................................................................................... 63 9.7.2 Pontos Relevantes ........................................................................................ 66 10. CONSIDERAÇÕES FINAIS ................................................................................ 68 6
  • 7. REFERÊNCIAS ......................................................................................................... 74 APÊNDICES .............................................................................................................. 76 APENDICE A - QUESTIONÁRIOS ......................................................................... 77 APENDICE B – TABULAÇÃO – Perfil Geral .......................................................... 83 APENDICE C – TABULAÇÃO – Perfil Feminino .................................................... 91 APENDICE D – TABULAÇÃO – Perfil dos Sócios ............................................... 101 APENDICE E – TABULAÇÃO – Perfil da Torcida Organizada............................. 111 APENDICE F – TABULAÇÃO – Perfil dos Colecionadores.................................. 121 APENDICE G – TABULAÇÃO – Perfil dos Casados............................................ 133 LISTA DE FIGURAS Figura 1: Modalidades e os meios de comunicação.................................................. 18 Figura 2: O tamanho das Torcidas Brasileiras .......................................................... 19 Figura 3: Dados da Torcida do Sport Club do Recife ................................................ 20 Figura 4: Dados da Torcida do Sport Club do Recife ................................................ 20 Figura 5 - Blog do Torcedor....................................................................................... 30 Figura 6 - Perfil do Twitter do Sport........................................................................... 30 Figura 7 - Perfil do Facebook do Sport...................................................................... 31 LISTA DE TABELAS Tabela 1 - Títulos Conquistados................................................................................ 13 Tabela 2 - Cronograma ............................................................................................. 31 Tabela 3 - Associados ............................................................................................... 63 Tabela 4 - Jogos na Ilha ............................................................................................ 64 Tabela 5 - Jogos na Ilha do Retiro ............................................................................ 64 Tabela 6 - Frequência de Compra ............................................................................. 65 Tabela 7 - Consumo de Mídias ................................................................................. 66 LISTA DE GRÁFICOS Gráfico 1 - PERFIL GERAL - Sexo ............................................................................ 33 Gráfico 2 - PERFIL GERAL - Faixa etária ................................................................. 33 Gráfico 3 - PERFIL GERAL - Estado Civil ................................................................. 34 Gráfico 4 - PERFIL GERAL - Escolaridade ............................................................... 34 Gráfico 5 - PERFIL GERAL - Onde mora .................................................................. 35 Gráfico 6 - PERFIL GERAL - Com quem mora ......................................................... 35 Gráfico 7 - PERFIL GERAL - Renda individual ......................................................... 36 Gráfico 8 - PERFIL GERAL - Com que frequência vai aos jogos .............................. 36 Gráfico 9 - PERFIL GERAL - Qual meio de transporte utiliza para ir aos jogos ........ 37 Gráfico 10 - PERFIL GERAL - Qual setor? ............................................................... 37 Gráfico 11 - PERFIL GERAL - Participa de algum grupo organizado........................ 38 Gráfico 12 - PERFIL GERAL - Com quem costuma ir aos jogos............................... 38 7
  • 8. Gráfico 13 - Onde você costuma assistir aos jogos? ................................................ 39 Gráfico 14 - PERFIL GERAL - Onde procura informações sobre o time? ................. 39 Gráfico 15 - PERFIL GERAL - Com que frequência compra produtos do time? ....... 40 Gráfico 16 - PERFIL GERAL - O que lhe motiva na hora de comprar um produto do Sport? ........................................................................................................................ 40 Gráfico 17 - PERFIL GERAL - Qual sua relação com o Sport................................... 41 Gráfico 18 - Como escolheu o time? ......................................................................... 41 Gráfico 19 - PERFIL FEMININO - Renda individual .................................................. 43 Gráfico 20 - PERFIL FEMININO - Com quem costuma ir aos jogos? ....................... 44 Gráfico 21 - PERFIL FEMININO - Onde você costuma assistir aos jogos? .............. 44 Gráfico 22 - PERFIL FEMININO - Com que frequência compra produtos do time? .. 45 Gráfico 23 - PERFIL FEMININO - O que lhe motiva na hora de comprar um produto do Sport? ................................................................................................................... 45 Gráfico 24 - PERFIL FEMININO - Qual sua relação com o Sport? ........................... 46 Gráfico 25 - PERFIL DOS SÓCIOS - Escolaridade................................................... 47 Gráfico 26 - PERFIL DOS SÓCIOS - Com quem mora ............................................. 48 Gráfico 27 - PERFIL DOS SÓCIOS - Renda individual ............................................. 48 Gráfico 28 - PERFIL DOS SÓCIOS - Com quem costuma ir aos jogos? .................. 49 Gráfico 29 - PERFIL DOS SÓCIOS - Com que frequência compra produtos do time? .................................................................................................................................. 49 Gráfico 30 - PERFIL DOS SÓCIOS - O que lhe motiva na hora de comprar um produto do Sport?...................................................................................................... 50 Gráfico 31 - TORCIDA ORGANIZADA - Faixa etária ................................................ 51 Gráfico 32 - TORCIDA ORGANIZADA - Escolaridade .............................................. 52 Gráfico 33 - TORCIDA ORGANIZADA - Renda Individual ........................................ 52 Gráfico 34 - TORCIDA ORGANIZADA - Com que frequência compra produtos do time?.......................................................................................................................... 53 Gráfico 35 - TORCIDA ORGANIZADA - O que lhe motiva na hora de comprar um produto do Sport?...................................................................................................... 53 Gráfico 36 - TORCIDA ORGANIZADA - Qual sua relação com o Sport?.................. 54 Gráfico 36 - PERFIL DO COLECIONADOR - Faixa etária ........................................ 56 Gráfico 37 - PERFIL DO COLECIONADOR - Escolaridade ...................................... 56 Gráfico 38 - PERFIL DO COLECIONADOR - Com quem mora ................................ 57 Gráfico 39 - PERFIL DO COLECIONADOR - Renda individual ................................ 57 Gráfico 40 - PERFIL DO COLECIONADOR - Com que frequência compra produtos do time?..................................................................................................................... 58 Gráfico 41 - PERFIL DO COLECIONADOR - O que lhe motiva na hora de comprar um produto do Sport?................................................................................................ 58 Gráfico 42 - PERFIL DO COLECIONADOR - Qual sua relação com o Sport? ......... 59 Gráfico 43 - DOS CASADOS - Qual setor? ............................................................... 60 Gráfico 44 - DOS CASADOS - Com quem costuma ir aos jogos? ............................ 61 Gráfico 45 - DOS CASADOS - Onde costuma assistir aos jogos?............................ 61 Gráfico 46 - DOS CASADOS - O que lhe motiva na hora de comprar um produto do Sport? ........................................................................................................................ 62 Gráfico 47 - DOS CASADOS - Qual sua relação com o Sport? ................................ 62 8
  • 9. 1. INTRODUÇÃO A paixão pelo futebol parece constante dos brasileiros. Alguns amam mais, outros menos. Independente da intensidade, esse esporte ocupa um lugar diferenciado na vida das pessoas. Uma das grandes evidências é a quantidade de clubes atuando nos campeonatos profissionais no Brasil. Segundo dado da CBF, de 2009, há 7831 times, sem somar os amadores e os não registrados. Esses números representam um mercado lucrativo, carente de recursos e atenção. As gestões imaturas ao redor do País, muitas vezes, são ofuscadas por títulos e patrocínios milionários que, ao longo dos anos, foram prejudicando o desenvolvimento de estruturas sólidas preocupadas com resultados em longo prazo. Diante dessa realidade, nos deparamos com o crescimento acelerado de agências e empresas focadas em marketing esportivo, motivadas pela Copa do Mundo de 2014 e pelas Olimpíadas de 2016, mas que não estão totalmente preparadas para gerir as transformações causadas antes e depois dos megaeventos, pois, para isso, é necessário estudar o mercado ascendente e conhecer as ferramentas que o circundam, como é o caso da pesquisa. Neste trabalho, escolhemos o Sport Club do Recife como objeto de estudo, em virtude do seu destaque no cenário nordestino. O intuito é mostrar o quanto a utilização da ferramenta de pesquisa ajuda a perceber tendências e oportunidades e a conhecer, de fato, os vários perfis das pessoas que estão envolvidas direta ou indiretamente com o clube. 1 http://esportes.terra.com.br/noticias/0,,OI4058736-EI1866,00- Numeros+da+CBF+mostram+futebol+brasileiro+com+clubes.html 9
  • 10. No primeiro momento, será mostrado o porquê da existência do projeto, a história do time, sua situação diante do mercado pernambucano e do brasileiro. Também serão apresentadas as teorias que fundamentaram todo o nosso trabalho. Após isso, descreveremos a metodologia utilizada na pesquisa e as formas de aplicação dos questionários. Por fim, será apresentada uma análise de alguns perfis encontrados dentro do universo dos rubro-negros, juntamente com suas peculiaridades. Além disso, mostraremos curiosidades a respeito do torcedor. 10
  • 11. 2. JUSTIFICATIVA O legado da gestão futebolística brasileira é caracterizado pelo amadorismo e pela grande dependência dos resultados dentro das quatro linhas. Segundo Afif (2000), o marketing esportivo é a solução para o desenvolvimento do profissionalismo no esporte e a fonte para maiores receitas. Dentro desse universo, um dos braços que desempenha um papel crucial para determinar o norte de futuras campanhas e ações é a pesquisa, a qual está ganhando relevância em virtude dos megaeventos (Olimpíadas e Copa do Mundo) que o País irá sediar nos próximos anos. Contudo, a ferramenta é escanteada por grande parte dos clubes brasileiros, principalmente os que não são do eixo Sul-Sudeste. No caso do Nordeste, onde os clubes tradicionais andam aparecendo cada vez mais no cenário nacional, eles carecem, fortemente, de uma análise aprofundada acerca do seu torcedor. O Sport Club do Recife é um dos grandes nomes da região e sempre tem espaço em âmbito nacional. Tem reconhecimento, tem títulos, tem história no futebol e, de acordo com o instituto de pesquisa Plural, é o time de maior torcida do Estado de Pernambuco. Outro fator importante é que, na Região Metropolitana do Recife, a identificação com os times locais é enorme, e não existe influência significativa dos times do Sul e Sudeste. Apesar desses diferenciais, há o desconhecimento a respeito do seu principalmente incentivador: o torcedor rubro-negro. Este trabalho pega o gancho do desconhecimento, atrela à mudança que está ocorrendo na gestão atual do clube e propõe uma pesquisa que englobará hábitos de consumo, rituais, opiniões, desejos, necessidades e outros pontos que surgiram ao longo do desenvolvimento do projeto. 11
  • 12. 3. CLIENTE 3.1 HISTÓRICO O Sport Club do Recife nasceu de um sonho que foi concretizado através de um recifense, Guilherme de Aquino. Após passar uma temporada de estudos na Inglaterra, ele se viu encantado pelo futebol e logo tratou de trazê-lo à sua realidade, na sua cidade natal. Trouxe da viagem bolas, apitos, camisas nas cores vermelha e preta – as quais permanecem até hoje –, botas especiais (antigos calçados para jogar bola) e, em seguida, começou a encantar seus amigos com o esporte. O jovem chegou ao Recife exatamente em 1903, com uma ideia obstinada de montar um clube de futebol. Recorreu ao Clube Náutico Capibaribe, fundado em 2001, em busca da concretização do seu sonho. O clube, que direcionava seus esforços para o remo, rejeitou a ideia. Na visão dos dirigentes do Náutico, o futebol não era um esporte nobre. A recusa não foi um obstáculo para Aquino, que utilizou o sítio do seu pai, localizado na Ilha do Retiro, como palco para a nova agremiação e motivou seus amigos a protagonizarem os primeiros bate-bolas, ensinando-lhes as regras e o amor pelo esporte. Em apenas dois anos residindo na cidade, fundou, em 13 de maio de 1905, o Sport Club do Recife. A entrada nos gramados aconteceu pouco tempo depois, em de junho, no bairro do Derby, contra o English Eleven. Como já se esperava, a maior parte da torcida era inglesa, e os demais eram recifenses entusiasmados com a novidade. Esse ponto de partida foi crucial para o desenvolvimento do esporte no Estado. Contudo, apenas dez anos depois se iniciaria o Campeonato Pernambucano. As primeiras participações do clube no campeonato foram de grande êxito, conquistando o bi-campeonato em 1916/1917. Dois anos depois, o Sport, já considerado um time de força da capital, viajou a Belém, no Pará, para enfrentar um combinado das equipes Remo e Paysandu, as mais tradicionais desse estado. A vitória fora de casa garantiu a taça do “Leão do Norte”, que, em virtude do desgosto causado aos torcedores adversários, teve a cauda quebrada. Tal episódio 12
  • 13. influenciou de forma incisiva a formação da identidade do time, que terminou por agregar o símbolo heráldico do leão ao seu escudo. Hoje, o terreno do clube, no bairro da Ilha do Retiro, no Recife, tem 140.000 m², que comportam a sede social, o estádio, com capacidade para 35 mil pessoas, o campo auxiliar, um apart-hotel com 12 apartamentos para concentração dos profissionais, alojamento para concentração das categorias de base, tribunas de honra, sala de imprensa, vestiários, parque aquático, parque de tênis, quadras de basquete, handebol, hóquei, futsal, vôlei, entre outros esportes. 2 Além disso, o clube possui um centro de treinamento no município de Paulista, Zona Metropolitana do Recife, no bairro de Paratibe, e uma garagem de remo. Tabela 1 - Títulos Conquistados 2 pt.wikipedia.org/wiki/Sport_Club_do_Recife Acessado em 14/09/2011 às 20h 13
  • 14. No futebol, coleciona diversos títulos estaduais, regionais e nacionais. Os principais são o Campeonato Brasileiro de 1987 e a Copa do Brasil de 2008. No âmbito regional, venceu quatro vezes o Campeonato do Nordeste e é o maior vencedor do Campeonato Pernambucano, com 39 títulos. O clube, também, possui tradição no futebol de categorias de base, no futebol feminino, e em outras modalidades de esporte, como remo, natação, hóquei, basquete, futsal, vôlei, tênis de mesa, taekwondo, judô, atletismo, entre outras. Acumula conquistas regionais, nacionais e internacionais.3 No remo, foi campeão brasileiro duas vezes, na categoria peso leve; na natação, dez vezes campeão brasileiro; no hóquei, 19 vezes campeão brasileiro, em diversas categorias; no taekwondo, foi campeão brasileiro duas vezes. Essas são apenas algumas das conquistas, em algumas modalidades. Há outros títulos em mais esportes. O Leão cresceu, vendeu taças conquistadas nos primeiros anos de fundação e aceitou doações para ampliar seu espaço. Fez história, consagrou jogadores. O atacante Ademir de Menezes, o Queixada, foi uma revelação do Sport, conquistou um Campeonato Pernambucano, sendo artilheiro. Pouco depois, foi para o Vasco, no Rio de Janeiro, e brilhou tanto no clube como na seleção brasileira. Foi o artilheiro da Copa do Mundo de 1950. O atacante Vavá também começou no Sport e brilhou no Vasco e na Seleção Brasileira, sagrando-se bicampeão mundial, na Copa do Mundo da Suécia, em 1958, e na do Chile, em 1962. Outro nome sempre de destaque é Dadá Maravilha. Embora tenha passado pouco tempo na Ilha do Retiro, é lembrado pelos dez gols que marcou em uma única partida com a camisa do Sport. Robertinho é mais um jogador que fez parte de conquistas importantes para o rubro-negro, foi uma das peças fundamentais na conquista do Campeonato Brasileiro de 1987 e do Campeonato Pernambucano de 1988. Roberto Coração de Leão somou mais títulos para o Sport. Foi bicampeão em 1980 e 1981, também jogou na seleção brasileira. Entre todos os nomes que fizeram do Sport um grande time, José Roque Paes, o Traçaia, é o maior artilheiro da história. Atuou entre 1955 e 1963, sendo campeão estadual cinco vezes. Emplacou 201 gols. Quatro outros grandes nomes que as novas gerações rubro-negras tiveram a oportunidade de ver 3 Ibidem 14
  • 15. recentemente são o atacante Leonardo, que participou da conquista do pentacampeonato Estadual entre 1996 e 2000; o volante Juninho Pernambucano, que atuou no Sport, Vasco, seleção brasileira e Lyon, da França; o zagueiro Durval, capitão na conquista da Copa do Brasil em 2008; e o goleiro Magrão, maior ídolo na atualidade. No fim de 1941, o time de futebol do Sport se destacou no cenário brasileiro em virtude de uma excursão realizada nas regiões Sul e Sudeste com o intuito de gerar reconhecimento do futebol nordestino. O clube obteve grandes resultados, tendo como estrela o ainda garoto Ademir de Menezes, com apenas 19 anos, que o Vasco insistiu para contratar após ver uma de suas atuações. No âmbito internacional, o Leão participou da Taça Libertadores da América em 1988 e em 2009. O Sport é bem-visto nacionalmente, suas conquistas o levaram ao 16º lugar no ranking da CBF4 e ao 59º no ranking da CONMEBOL 5, o que o qualifica como clube nordestino mais bem colocado no País. Em busca de um maior crescimento, o Sport Club do Recife aprovou em 2011 a reforma completa do terreno da Ilha do Retiro, com demolição de todas as estruturas para a construção de um complexo esportivo, empresarial e comercial, com uma arena multiuso moderna, através de um consórcio liderado pela empresa Plurisports. A nova arena do Sport – orçada inicialmente em R$400 milhões, mas que, no final de junho, já se reconhecia poder chegar a R$500 milhões 6 – terá capacidade para 45 mil pessoas, nos padrões da Fifa. A nova sede, como um todo, terá um centro de convenções, torres comerciais, parque aquático, ginásio para esportes olímpicos, um hotel e um estacionamento para 1.500 carros. O diferencial dessa obra é que o estádio será construído no teto do estacionamento. A previsão para o início das obras é novembro de 2012, pois ainda não há a validação do contrato e aprovação da Prefeitura do Recife. No ano de 2012, o Sport fará parte, mais uma vez, da Série A do Campeonato Brasileiro. Depois de uma campanha irregular, onde esteve a maior parte do tempo distante de obter o acesso, o time conseguiu a classificação como quarto colocado 4 CBF – Confederação Brasileira de Futebol – Dado de 2011 – Disponível em http://www.cbf.com.br/media/30704/ranking.pdf - Acessado em 29/11/2011, às 10h50 5 CONMEBOL - Confederação Sul-Americana de Futebol 6 http://jc3.uol.com.br/blogs/blogdotorcedor/canais/noticias/2011/06/12/arena_do_sport_nem_tao_cedo_10 3496.php . Acessado em 10/10/2011, às 15h40. 15
  • 16. da Série B em 2011, garantindo a vaga com uma vitória na última rodada, contra a equipe do Vila Nova, no estádio Serra Dourada, em Goiânia. Esse retorno proporcionará ao clube uma receita bastante maior do que a de 2011, com um grande aumento na cota de direitos de transmissão dos jogos pela televisão. Além disso, o clube pode atrair patrocínios mais fortes, já que terá maior evidência no cenário esportivo nacional. 3.2 CONSIDERAÇÕES SOBRE A GESTÃO DE MARKETING Ao lado do histórico esportivo a equipe teve contato com o Gabriel Freire, diretor de marketing do Sport, e André Fontenelle, diretor de tecnologia do Sport. Como é ainda muito comum no País, o departamento não possui arquivos precisos sobre a área de comunicação, os dados estatísticos do sócio do clube ou sequer um perfil dos investimentos que foram feitos neste setor nos últimos anos. Longe de ser uma estratégia de ocultar dados frente à concorrência, o clube demonstra falta de continuidade nas ações e um olhar descompromissado com a questão, particularmente para um time que pretende estar sempre na elite do futebol brasileiro. Inicialmente o trabalho pensava em explorar questões de branding e planejamento sobre o clube, só que a falta de informações básicas tornaram necessária a busca pelo conhecimento mais básico, uma questão premente para um trabalho organizado em comunicação envolvendo o Rubro-negro da Ilha do Retiro. Neste contexto não é possível fazer um cenário preciso dos resultados obtidos com comunicação, nem tão pouco da evolução da percepção da marca do Sport Club do Recife nas últimas décadas, em particular do final do século XX aos dias atuais. Este cenário seria interessante para construirmos uma pesquisa comparativa, o que não se apresentou viável. Por fim, decidimos traçar um perfil exploratório capaz de se desdobrar em diversos cruzamentos amostrais, capazes de revelar particularidades do torcedor do clube a partir de um cenário mais amplo e complexo. É com a ideia de traçar o perfil 16
  • 17. e os subtipos de clientes da marca esportiva do clube que lançamos nosso trabalho e tentamos construir, a partir daqui, as bases de um histórico para a marca Sport. 17
  • 18. 4. ANÁLISE DE MERCADO A relação dos brasileiros com os esportes foi revigorada em virtude da escolha do Brasil para sediar a Copa do Mundo de 2014 e as Olimpíadas de 2016. Não bastasse ser um grande passo e carregar fortemente o fator visibilidade, a escolha, também, atingiu de maneira positiva o mercado esportivo nacional. De acordo com Frederico Mandelli 7, até 1999 havia apenas 34 agências de marketing esportivo em todo o País. Em 2007, ano em que o Brasil foi escolhido como sede da Copa, havia 117, e, em 2010, o número saltou para 199. Das atuantes, 51% focam no futebol; 11%, no running; 7%, no automobilismo; e 4%, no vôlei. O novo comportamento esportivo do brasileiro incentivou as empresas a procurarem entender as novas formas de consumo e a representação do torcedor dentro da massa. O Ibope, recentemente, realizou uma pesquisa que relaciona o consumo de esportes aos meios de comunicação. A pesquisa, nomeada de Esporte Clube IBOPE Media8, mostra que a televisão é o meio preferido para se informar sobre esportes por 72% dos brasileiros, seguida por rádio (21%) e internet (16%). O futebol se apresenta como o esporte mais acompanhado no País, independente da plataforma, e como a principal opção de atividade esportiva. Figura 1: Modalidades e os meios de comunicação 7 http://www.slideshare.net/SPORTTARGET/sport-target-o-mercado-de-agncias-de-marketing-esportivo-no- brasil-2010 Acessado em 15/11/2011 às 21h 8 http://www.ibope.com.br/calandraWeb/servlet/CalandraRedirect?temp=5&proj=PortalIBOPE&pub=T&db=cal db&comp=Not%EDcias&docid=E78E47A368E52BE98325791F004AB524 Acessado em 01/11/2011 às 22h15 18
  • 19. Em Pernambuco, na região metropolitana do Recife, a modalidade possui um diferencial perante o resto do País. O Sport, Náutico e Santa Cruz, os clubes locais, dominam absolutamente a preferência dos recifenses. Não há espaço para times de fora. Segundo estudo da Plural Pesquisa9, 80% dos entrevistados torcem por times de Pernambuco, contra 2% de outros estados e 1% para seleção Brasileira. 17% não torcem por time algum ou não têm preferência. O Sport é a agremiação de maior destaque. De acordo com o seu site oficial 10, o total de torcedores rubro-negros é de 3,3 milhões. A entidade tem, em média, 13.500 sócios (titulares) e, segundo pesquisa realizada pelo Lance!-Ibope (2010), o clube possui a 11ª maior torcida do Brasil, à frente de times como Botafogo, Fluminense, Atlético-PR e todos os grandes times do Nordeste. A pesquisa mostra que, nos próximos 10 a 15 anos, o Sport subirá para 8° no ranking. Outra pesquisa realizada pelo Instituto Maurício de Nassau11 aponta o Sport com a maior torcida do estado de Pernambuco (26%), contra 16% do Santa Cruz; 8% do Náutico; 22% de times de outros estados; 5% de outros times e 19% nenhum time. A renda e a distribuição da torcida no Estado também são aspectos que reforçam a característica de time de massa. Figura 2: O tamanho das Torcidas Brasileiras 9 http://www.slideshare.net/JCOnLine/relatrio-recife-time-de-futebol-agosto-2011?from=ss_embed Acessado em 06/07/2011 às 10h30 10 http://www.sportrecife.com.br/clube/torcida.cfm Acessado em 14/11/2011 às 14h40 11 Ibidem 19
  • 20. Figura 3: Dados da Torcida do Sport Club do Recife Figura 4: Dados da Torcida do Sport Club do Recife Na internet, o time leonino, novamente, sai na frente em número de seguidores no Twitter, comparando aos times concorrentes no âmbito estadual, (41.240, em 12 de novembro) contra 10.755 do Santa Cruz e 9.764 do Náutico. Entre os clubes brasileiros, é o 9° colocado, e, entre os internacionais, é o 34°. No último campeonato nacional disputado pelo Sport, o Campeonato Brasileiro da Série B, em 2011, a média de público pagante foi de 16.943 torcedores. O preço dos ingressos varia durante as temporadas; contudo, o ingresso padrão de arquibancada custa R$ 30,00; e a meia-entrada, R$ 15,00. Ainda existem lugares com preços maiores, e outros com preços menores. 20
  • 21. 5. FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA O futebol é um dos maiores mobilizadores de investimentos e de emoções. Em 2007, o Brasil foi o país que mais exportou jogadores. Em 2006, o Campeonato Brasileiro foi considerado o 5° melhor campeonato nacional de futebol do mundo pela Federação Internacional de História e Estatística do Futebol – IFFHS. Como forte exemplo de laço afetivo com esse esporte, temos nosso calendário marcado por eventos futebolísticos: campeonatos estaduais, Campeonato Brasileiro, Copa do Brasil, Copa Libertadores da América, Copa Sul-Americana e Mundial de Clubes da Fifa. O reflexo dessa paixão nacional é percebido através da grande importância que a mídia concede a esse esporte. Frederico Mandelli 12 afirma que a mídia difunde e promove modalidades e eventos esportivos, contribuindo para o surgimento de ídolos. Consequentemente, pode favorecer anunciantes. Segundo o IBOPE, 64% da população assistem a esportes na TV e 38% praticam alguma atividade física. Futebol e automobilismo são as modalidades mais assistidas; a primeira é a mais praticada. De acordo com pesquisa realizada por Fernando Mandelli 13, a indústria esportiva verde e amarela movimentou, em 2008, R$ 35,2 bilhões (3,73% do PIB nacional). Levando para o âmbito mundial, esse montante equivale ao que as principais ligas americanas arrecadam e a um pouco menos que as receitas das competições europeias (R$ 25,7 bilhões). Segundo Neumann (1998), o futebol mostra ir além dos limites do campo. Num país que tem tradição neste esporte, investir em patrocínio cria uma imagem ativa, dinâmica e rende bons lucros às agências de publicidade que utilizam disso como forma de atrair investimentos para os vários meios de comunicação. Apesar de a mídia voltar sua atenção para o futebol, os próprios clubes pecam quando o assunto é gestão e, principalmente, quando se trata de conhecer, a fundo, o seu torcedor. De acordo com Underhill (1999), a grande ignorância de um 12 http://www.slideshare.net/fremanguar/marketing-esportivo-no-brasil-um-panorama-geral-2548577 Acessado: 01/06/2011, às 19h15 13 ibidem 21
  • 22. homem de negócios é não conhecer com quem está lidando. Nesse caso, os “homens de negócios” seriam os clubes que negligenciam o comportamento dos seus torcedores. Kotler e Keller (2006) reforçam a ideia, ao afirmar que o monitoramento dos clientes (torcedores) deve ser constante. Além disso, o comportamento reflete diretamente na renda do clube, sendo necessário o conhecimento das diversas variáveis que circundam o universo futebolístico e as peculiaridades de cada clube. O lento amadurecimento na gestão do futebol brasileiro levou ao desenvolvimento de uma cultura baseada no achismo e, apenas, nos bons resultados dentro de campo. Segundo Brunoro14, o baixo grau de profissionalismo na gestão do futebol no Brasil é o principal fator da crise financeira e estrutural dos clubes, e, caso fosse resolvido, melhoraria significativamente o desempenho deles fora de campo. Afif (2000) complementa: o marketing esportivo é a solução para o desenvolvimento do profissionalismo no esporte e a fonte para maiores receitas. Pitts e Stollar (2002) definem o marketing esportivo como: O processo de elaborar e implementar atividades de produção, formação de preço, promoção e distribuição de produto esportivo para satisfazer as necessidades ou desejos de consumidores e realizar os objetivos da empresa. Essa vertente ganhou espaço em virtude do crescimento da indústria do esporte. Ainda de acordo com Pitts e Stollar (2002), a indústria esportiva representa o mercado no qual os produtos oferecidos aos compradores relacionam-se a esporte, fitness, recreação ou lazer e podem incluir atividades, bens, serviços, pessoas, lugares ou ideias. A carência e a novidade que representam esse novo mercado abrem oportunidades para novas empresas e produtos, acirram a concorrência e despertam a necessidade de melhoria na gestão. Afif (2000) afirma que: 14 www.scielo.br/pdf/rae/v46n3/v46n3a08.pdf Acessado: 02/06/2011 às 20h45 22
  • 23. Ninguém pode ignorar a força que o marketing esportivo representa entre as várias possibilidades que uma empresa desfruta para trabalhar sua imagem ou mesmo popularizar seu produto. Com o crescimento das atividades econômicas relacionadas ao lazer, em que o esporte será o carro-chefe no Brasil, as companhias deverão, de alguma forma, estar ligadas ao marketing esportivo, patrocinando equipes, atletas ou promovendo eventos. Para complementar, o mesmo autor considera a pesquisa uma ferramenta imprescindível para ter o conhecimento de como o esporte está posicionado no mercado e quem é seu consumidor. Ela vai permear todo o planejamento de marketing, pois é uma base sólida para o desenvolvimento das ações. Pitts e Stollar (2002) ressaltam: A empresa esportiva precisa de informações. Informar-se é necessário para tomarem decisões concernentes a aspectos financeiros da empresa esportiva, desenvolvimento do produto, estratégias de preços, de distribuição e promocionais e a todas as demais funções e operações dentro da empresa. O esforço para compreender as reais necessidades, satisfações e insatisfações do público ajuda a detectar futuras ameaças, a conhecer as oportunidades, confirmar e/ou melhorar fraquezas e forças – além de saber o momento certo para iniciar uma nova ideia ou produto, realizar reformas ou construções e atingir um novo target. Pitts e Stollar (2002) acrescentam que se deve analisar e compreender a empresa esportiva, sua indústria e sua concorrência. 23
  • 24. 6. PROBLEMAS DE PESQUISA O futebol sempre conviveu lado a lado com o amadorismo. Segundo Afif (2000), dificilmente um clube destina sua verba para trabalhar a própria imagem ou promover jogos: em primeiro lugar, vem a folha de pagamento. Contudo, nas últimas décadas, o amadurecimento vem sendo notado em virtude da profissionalização. O autor complementa afirmando que, através do desenvolvimento do exercício do futebol em moldes empresariais, as agremiações, também, deverão desfrutar os benefícios das várias formas de comunicação. As primeiras evidências do cuidado com o futuro estão na tentativa de construção da marca como um ativo de valor e na busca pela estruturação de um departamento capaz de desenvolver pensamentos estratégicos a fim de aumentar a renda do clube e a satisfação de quem torce. Hoje, temos a supervalorização das campanhas de sócio-torcedor, canais de televisão específicos, diversas plataformas na internet, ações diferenciadas, como foi o caso da República Popular do 15 Corinthians , que procuram aproximar mais pessoas aos clubes. Por outro lado, a relação clube–torcida é realizada sem muito conhecimento acerca do seu público, apenas é circundada pela paixão. De acordo com Afif (2000), o que diferencia os torcedores de consumidores normais é que eles não precisam ser conquistados, eles são fiéis. Além disso, a disputa pela atenção está ganhando importância devido ao crescimento dos demais esportes (vôlei, UFC, futebol americano, esportes radicais), da violência e do avanço tecnológico. Estes últimos pontos citados retêm o torcedor em casa. Rein, Kotler, Shields (2008) afirmam que o elemento fundamental da relação entre o torcedor e o esporte está na satisfação das expectativas e que a experiência nos locais dos jogos é de suma importância. 15 http://www.brainstorm9.com.br/22146/advertising/republica-popular-do-corinthians-video-case/ Acessado em 20/09/2011 24
  • 25. Ao trazer tais aspectos para a realidade do objeto de pesquisa, o Sport Club do Recife, nota-se forte carência. Existe uma demanda com sede de experiências, consumo e informação, mas a instituição esportiva ainda não consegue corresponder a todos os pontos. Nós últimos anos, houve uma melhoria evidente no envolvimento com o torcedor rubro-negro na comunicação para o grande grupo, embora não haja o conhecimento do tipo de adepto com que estão interagindo. A informação, em certos momentos, precisa ser nivelada. Em outros, direcionada para amenizar os fatores do afastamento e manter uma relação cada vez mais sólida fora das quatro linhas. Cada tipo de torcedor é capaz de transmitir envolvimentos diferentes que podem ser aproveitados em prol do clube. Por exemplo, aumentar o leque de oportunidades dos patrocinadores para que desempenhem trabalhos focados em cada tipo de torcedor, o que tem reflexo direto nos gastos com o clube, ou seja, o aumento do ticket médio. Todas as informações que existem, hoje, sobre os torcedores do Sport são genéricas (baseadas em pesquisas sobre dimensão da torcida, enquetes de opinião sobre o andamento do time, por exemplo) e fruto da experiência e da observação. Não existe, hoje, nenhum estudo qualitativo ou que se dedique a entender este público específico e suas nuances. 25
  • 26. 7. OBJETIVOS 7.1 PRINCIPAL Dado o atual estado de desconhecimento, o objetivo deste trabalho é realizar uma pesquisa exploratória para descobrir quem é o target padrão do clube. Contudo, a natureza desse trabalho não é espelhar literalmente o público-objeto e sim analisar as variações de comportamento que criem perfis e revelem tendências. 7.2 OBJETIVOS SECUNDÁRIOS • Localizar e analisar variações de comportamento: Encontrar as diferenças entre a massa. Através do cruzamento das respostas dos questionários, achar disparidades que diferenciem os indivíduos; • Construir perfis: Unir os indivíduos semelhantes. Ao agrupar os questionários com respostas aproximadas, obter grupos de indivíduos que possuam comportamentos similares, mesmo tendo origens diferentes; • Identificar tendências de comportamento: Localizar movimentos. Produzir uma análise dos perfis encontrados detectando gostos, necessidades, preferências e hábitos dos torcedores do Sport. 26
  • 27. 8. METODOLOGIA Todos os dados que conseguimos de pesquisas realizadas sobre os torcedores pernambucanos eram de natureza quantitativa, relacionadas ao tamanho das torcidas. Não existiam informações específicas sobre o torcedor do Sport e muito menos dados sobre sua relação com o time ou consumo. Percebemos então uma carência em estudos que se dedicassem à análise deste grupo e decidimos direcionar nosso trabalho para esta lacuna encontrada. Dado o status de desconhecimento sobre o nosso público-alvo, optamos por realizar uma pesquisa exploratória, já que esta tem sua utilização necessária “quando se busca um entendimento sobre a natureza geral de um problema, as possíveis hipóteses alternativas e as variáveis relevantes que precisam ser consideradas” (AAKER; KUMAR; DAY, 2004). 8.1 TIPO DE AMOSTRAGEM Como o objetivo do trabalho era analisar partes desta população e não sua generalidade, escolhemos uma amostragem não probabilística, já que não precisaríamos utilizar métodos estatísticos que garantissem a fidelidade do universo amostral ao seu público-alvo. Optamos também por uma amostragem por conveniência, que, para Aaker, Kumar e Day (2004), se mostra uma forma rápida e barata para obter informações. 8.2 UNIVERSO AMOSTRAL Uma vez que estamos trabalhando com uma pesquisa não probabilística, não existe um universo amostral, já que não estruturamos nossa amostra. Destacamos, inclusive, a impossibilidade de definir um universo amostral, já que não temos um perfil definido do torcedor do Sport para usar como espelho, nem um número confiável de variáveis capazes de traçar o perfil padrão para o desvio amostral. 27
  • 28. 8.3 FERRAMENTAS Como o nosso questionário foi publicado na internet, tivemos que escolher um site ou ferramenta que o hospedasse e gerasse também seus gráficos e relatórios. Ficamos em dúvida entre o Google Docs16 e o SurveyMonkey 17. Apesar de ser um recurso pago, optamos pela segunda opção pela facilidade e rapidez. 8.4 MÉTODO E TÉCNICA DE COLETA DE DADOS Os dados coletados pela pesquisa vieram de fontes primárias, onde todas as informações são obtidas “especialmente para determinada pesquisa” (AKKER; KUMAR; DAY, 2004), o que se aplica diretamente ao que foi realizado neste trabalho, no caso, os dados coletados pelos questionários. Também utilizamos fontes secundárias, estas se caracterizam por serem “coletadas por pessoas ou agências para outros propósitos que não a resolução do problema específico”, como foram os casos das pesquisas diversas que utilizamos em nosso trabalho – por exemplo, sobre o tamanho das torcidas em Pernambuco ou sobre o marketing esportivo em geral. Estas informações foram muito importantes, tanto para embasar e justificar o nosso trabalho, quanto para tomadas de decisão. Um dos maiores motivos para a escolha do clube como objeto de pesquisa deste trabalho foi a constatação, através de pesquisas consultadas, de que o Sport possui a maior torcida de Pernambuco. A Internet foi o meio onde conseguimos a maioria dos dados objetivos que embasaram o nosso trabalho. Desde pesquisas disponibilizadas em sites especializados até mesmo a divulgação do nosso questionário. A preferência por este meio se deve à facilidade e à rapidez na obtenção de informações. Não dispúnhamos de tempo e recursos financeiros para realizar uma pesquisa com o número de respostas encontradas nesta se tivéssemos optado por entrevistas presenciais. 16 O Google Docs, é um pacote de aplicativos do Google baseado em AJAX. Funciona totalmente on- line diretamente no browser. Os aplicativos são compatíveis com o OpenOffice.org/BrOffice.org, KOffice e Microsoft Office, e atualmente compõe-se de um processador de texto, um editor de apresentações, um editor de planilhas e um editor de formulários. (WIKIPEDIA, 2011) 17 O Survey Monkey é um site que oferece o serviço de autogerenciamento de pesquisas. 28
  • 29. Apesar de a escolha possuir limitações, já que exclui os torcedores que não possuem acesso à internet, vemos um crescimento significativo de usuários do meio. Segundo o Mídia Dados (2011), a penetração da Internet no mercado brasileiro, em 2000, era de 15%; já em 2010, este dado cresceu para 48%. Percebemos, através deste dado, que triplicaram os usuários do País. No Grande Recife, o salto é ainda maior. A penetração saiu de 9% para atingir a marca de 41%, um crescimento que só confirma a relevância do meio. 8.5 APLICAÇÃO DOS QUESTIONÁRIOS Pela natureza do ambiente onde foram aplicados os questionários e pelo fato de não estarmos presentes durante o momento de resposta, optamos por um questionário estruturado e não disfarçado. O respondente seria guiado de forma transparente por questões de múltipla escolha. Para o questionário elaboramos perguntas que identificassem: 1. Quem eram os indivíduos. Seu sexo, renda, grau de instrução e local onde moravam; 2. Seus hábitos em relação aos eventos do clube. No caso específico, os jogos; 3. Seus hábitos de consumo e seu envolvimento com o time. A aplicação dos questionários foi realizada nos dias 17 e 18 de novembro de 2011. Foram coletados 1203 questionários respondidos. Para a sua divulgação escolhemos ambientes onde poderíamos facilmente encontrar o nosso público-alvo: sites sobre o futebol pernambucano. Foram utilizados dois locais: o Blog do Torcedor (especializado em futebol, pertencente ao Portal NE10, empresa do Sistema Jornal do Comércio de Comunicação) e o site oficial do próprio Sport Club do Recife, incluindo também seus perfis nas redes sociais. 29
  • 30. Figura 5 - Blog do Torcedor Figura 6 - Perfil do Twitter do Sport 30
  • 31. Figura 7 - Perfil do Facebook do Sport 8.6 CRONOGRAMA Tabela 2 - Cronograma 31
  • 32. 9. ANÁLISES 9.1 PERFIL GERAL A maioria do público respondente é masculino (86%), entre 18 e 40 anos, com maior adesão entre os jovens adultos de 21 a 30 anos. São solteiros (64%), ainda cursam a faculdade e moram com os pais. Residem na Região Metropolitana do Recife (91,4%). A maioria vai para os jogos partindo do bairro de Boa Viagem (15,8%) e o restante se divide em bairros como Aflitos, Casa Amarela, Casa forte, Espinheiro, Tamarineira, Torre, Várzea, Cordeiro, Madalena e Iputinga. A sua renda é de 1 a 3 salários mínimos (30,8%), o que confirma serem estudantes universitários ainda entrando no mercado de trabalho. Esta concentração na RMR termina por consolidar a tendência de encontrar um público típico, e era esperada pela equipe para permitir a busca de um quantitativo maior de subperfis de público. Vemos também um público que ganha de 4 a 8 salários mínimos (24,1%). O aumento da renda se reflete na faixa etária e no grau de escolaridade. Este grupo possui ensino superior completo e são mais velhos (26 - 30 anos). Por morarem com os pais (61%), seu potencial de compra cresce, já que não possuem maiores despesas com moradia. 32
  • 33. Gráfico 1 - PERFIL GERAL - Sexo Gráfico 2 - PERFIL GERAL - Faixa etária 33
  • 34. Gráfico 3 - PERFIL GERAL - Estado Civil Gráfico 4 - PERFIL GERAL - Escolaridade 34
  • 35. Gráfico 5 - PERFIL GERAL - Onde mora Gráfico 6 - PERFIL GERAL - Com quem mora 35
  • 36. Gráfico 7 - PERFIL GERAL - Renda individual Gráfico 8 - PERFIL GERAL - Com que frequência vai aos jogos 36
  • 37. Gráfico 9 - PERFIL GERAL - Qual meio de transporte utiliza para ir aos jogos Gráfico 10 - PERFIL GERAL - Qual setor? 37
  • 38. Gráfico 11 - PERFIL GERAL - Participa de algum grupo organizado Gráfico 12 - PERFIL GERAL - Com quem costuma ir aos jogos 38
  • 39. Gráfico 13 - Onde você costuma assistir aos jogos? Gráfico 14 - PERFIL GERAL - Onde procura informações sobre o time? 39
  • 40. Gráfico 15 - PERFIL GERAL - Com que frequência compra produtos do time? Gráfico 16 - PERFIL GERAL - O que lhe motiva na hora de comprar um produto do Sport? 40
  • 41. Gráfico 17 - PERFIL GERAL - Qual sua relação com o Sport Gráfico 18 - Como escolheu o time? 41
  • 42. 9.1.2 Características Relacionais com o Clube O grande grupo frequenta praticamente todos os jogos na Ilha do Retiro (32,7%), mas raramente vai a jogos fora do clube. Recorre ao carro particular para ir ao estádio (60,9%) e prefere assistir da arquibancada frontal (36,9%) com os amigos (53,1 %). Apesar de não participar de grupos organizados (80,1%), notamos que há uma valorização das saídas com os amigos e programas de lazer em grupo. São muito receptivos a todos os meios de comunicação sobre os quais foram questionados, contudo percebemos maior preferência por internet e televisão (87,2% e 62,1% respectivamente). Rádio teve 48%, e jornal, 43,4%. Preferem comprar anualmente itens do time, mas esse comportamento possui variações de acordo com a renda. Quem possui maior poder aquisitivo compra com mais regularidade. Não são sócios e escolheram o Sport por influência familiar. Dentro deste perfil geral foi possível encontrar subgrupos mais homogêneos dentro do universo heterogêneo que compõem uma torcida de um grande clube esportivo. A ideia era confirmar se estes grupos apresentavam desvios em relação ao grupo maior e quais as características iriam se destacar a partir das microfiltragens realizadas na tabulação. Com uma massa quantitativa superior a mil questionários, foi possível fazer estes desdobramentos sem ter indivíduos que desviassem a rota amostral para distorcê-la em alguma direção. É importante destacar: mais que encontrar um perfil geral, nosso objetivo era lidar com as diferenças entre os diversos níveis de comprometimento da torcida, ou mesmo de filtros demográficos mais genéricos, para, a partir destas, encontrar também os pontos de congruência. Inicialmente destacaremos nossos subgrupos amostrais para, a partir deste confronto, traçar nosso relatório final. 42
  • 43. 9.2 PERFIL FEMININO TÓPICOS-CHAVE Perfil: jovens de 21 a 25 anos (37,9%), ensino superior incompleto (30,8%), até 03 salários mínimos (37,3%). Relação com o Sport: não sócias (74,8%), raramente vão aos jogos na Ilha do Retiro (28,1%), arquibancada frontal (33,1%), acompanhadas por familiares (39,6%). Apesar de numericamente não tão representativo quanto o masculino, o público feminino (14%) é um grupo bastante interessante pelo seu potencial de crescimento. Mesmo não sendo muito estimulado, se informam bastante acerca do assunto e compram com frequência trimestral artigos do time (tendo como motivação maior contribuir com o Sport). O perfil dado pela pesquisa nos mostra que a maioria é formada por jovens cursando a faculdade, ganhando até três salários mínimos e morando com os pais. O que indica que são mulheres ainda entrando no mercado de trabalho e que possuem um ritmo de vida puxado. A sua relação com o clube, desde sua escolha pelo time até a forma como acompanham os jogos, é muito ligada à cultura familiar. Preferem, inclusive, assistir aos jogos em casa a ir ao estádio. O seu contato com os meios de comunicação é intenso. Internet, jornal e televisão são suas fontes diárias de informação sobre o Sport preferidas. Gráfico 19 - PERFIL FEMININO - Renda individual 43
  • 44. Gráfico 20 - PERFIL FEMININO - Com quem costuma ir aos jogos? Gráfico 21 - PERFIL FEMININO - Onde você costuma assistir aos jogos? 44
  • 45. Gráfico 22 - PERFIL FEMININO - Com que frequência compra produtos do time? Gráfico 23 - PERFIL FEMININO - O que lhe motiva na hora de comprar um produto do Sport? 45
  • 46. Gráfico 24 - PERFIL FEMININO - Qual sua relação com o Sport? 46
  • 47. 9.3 PERFIL DO SÓCIO TÓPICOS-CHAVE Perfil: homens (90,7%), de 26 a 30 anos (23,7%), ensino superior completo (32,6%), até 08 salários mínimos (27%). Relação com o Sport: praticamente vão a todos os jogos na Ilha do Retiro (36,6%), sociais (41,6%), acompanhados por amigos (46,4%). O sócio rubro-negro é predominantemente masculino, estabilizado financeiramente, ganha até oito salários mínimos e reside com os pais. Essa convivência implica diretamente na sua forma de consumo, pois certos custos são reduzidos e o poder compra é aumentado. Seu envolvimento com o Sport é grande, está presente em praticamente todos os jogos na Ilha do Retiro, utiliza o espaço exclusivo para associados e prefere ir com os amigos, mas raramente viaja para ver o time jogar. Adquire de um a dois produtos por ano e é motivado pela colaboração ao time. Ele é propício ao consumo de novos produtos, produtos exclusivos e pacotes (de viagens e de ingressos, por exemplo), devido ao grau intenso de relacionamento. A internet, a televisão e o rádio são os canais de informação mais utilizados para obterem informações sobre o rubro-negro. Gráfico 25 - PERFIL DOS SÓCIOS - Escolaridade 47
  • 48. Gráfico 26 - PERFIL DOS SÓCIOS - Com quem mora Gráfico 27 - PERFIL DOS SÓCIOS - Renda individual 48
  • 49. Gráfico 28 - PERFIL DOS SÓCIOS - Com quem costuma ir aos jogos? Gráfico 29 - PERFIL DOS SÓCIOS - Com que frequência compra produtos do time? 49
  • 50. Gráfico 30 - PERFIL DOS SÓCIOS - O que lhe motiva na hora de comprar um produto do Sport? 50
  • 51. 9.4 PERFIL DA TORCIDA ORGANIZADA TÓPICOS-CHAVE Perfil: homens (86,3%), até 17 anos (28,4%), 18 a 20 anos (28,4%), ensino fundamental incompleto (45,1%), até 01 salário mínimo (63,7%). Relação com o Sport: não sócio (90%), praticamente vão a todos os jogos na Ilha do Retiro (44,6%), arquibancada lateral (59,8%), acompanhados por amigos (61,5%). A torcida organizada é composta por um público muito jovem, masculino, com baixo nível de instrução, instável financeiramente, ganha até um salário mínimo e mora com os pais. O poder de consumo é mínimo. Não possui o hábito de comprar produtos do time e, quando tem a oportunidade, pensa primeiramente em contribuir com o clube. Sua segunda motivação é a qualidade dos artigos, seguida de modelos diferentes. É um target que valoriza as compras, pois não pode fazê-las com frequência. Está presente em praticamente todos os jogos, na arquibancada lateral, comparece com os amigos e nunca assiste a jogos fora de casa. Demonstram que, mesmo dispondo de poucos recursos financeiros, comparecem as partidas religiosamente. Recorre à internet e à televisão para se manter informado das notícias diárias do Sport. Raramente lê jornal. A maioria escuta rádio apenas em dias de jogos. Gráfico 31 - TORCIDA ORGANIZADA - Faixa etária 51
  • 52. Gráfico 32 - TORCIDA ORGANIZADA - Escolaridade Gráfico 33 - TORCIDA ORGANIZADA - Renda Individual 52
  • 53. Gráfico 34 - TORCIDA ORGANIZADA - Com que frequência compra produtos do time? Gráfico 35 - TORCIDA ORGANIZADA - O que lhe motiva na hora de comprar um produto do Sport? 53
  • 54. Gráfico 36 - TORCIDA ORGANIZADA - Qual sua relação com o Sport? 54
  • 55. 9.5 PERFIL DO COLECIONADOR TÓPICOS-CHAVE Perfil: homens (84,6%), 21 a 25 anos (28,9%) e 26 a 30 anos (23,5%), ensino superior incompleto (29,5%) e ensino superior completo (28,9%), até 01 salário mínimo (24,2%), de 01 a 03 salários mínimos (31,5%), de 04 a 08 salários mínimos (21,5%). Relação com o Sport: não sócios (51%), sócios (44,9%), vão a praticamente todos os jogos na Ilha do Retiro (43%), arquibancada frontal (36,1%), vão aos jogos com amigos (52,7%). O colecionador rubro-negro é caracterizado pela junção de várias idades, rendas individuais distintas, sócios e não sócios. É um grupo heterogêneo, que independente de quanto ganha, se é jovem ou velho tem sua coleção particular. A maioria compra de um a dois itens por ano (45,6%), contudo 39,6% compram um item a cada três meses, ou seja, são consumidores antenados que buscam novidade. Por morar com a família (69,8%), o colecionador tem um gasto maior com artigos para uso pessoal. Está presente na Ilha do Retiro em praticamente todos os jogos e prefere ir com os amigos. A internet é meio mais acessado para se informar sobre o time, em seguida vêm a televisão e o rádio, por último, o jornal. Sua principal preocupação ao adquirir um produto do Sport é ajudar o clube, mas também exige que seja oficial. Procura novos modelos e qualidade. Um ponto intrigante sobre este perfil é que, mesmo sua maioria sendo homens com renda individual de até três salários mínimos (uma das menores), eles possui a melhor frequência de compra entre os grupos detectados nesta pesquisa. 55
  • 56. Gráfico 37 - PERFIL DO COLECIONADOR - Faixa etária Gráfico 38 - PERFIL DO COLECIONADOR - Escolaridade 56
  • 57. Gráfico 39 - PERFIL DO COLECIONADOR - Com quem mora Gráfico 40 - PERFIL DO COLECIONADOR - Renda individual 57
  • 58. Gráfico 41 - PERFIL DO COLECIONADOR - Com que frequência compra produtos do time? Gráfico 42 - PERFIL DO COLECIONADOR - O que lhe motiva na hora de comprar um produto do Sport? 58
  • 59. Gráfico 43 - PERFIL DO COLECIONADOR - Qual sua relação com o Sport? 59
  • 60. 9.6 PERFIL DOS CASADOS TÓPICOS-CHAVE Perfil: homens (93%), 31 a 40 anos (38,8%), ensino superior completo (31,7%), pós- graduado (25%), de 04 a 08 salários mínimos (32,3%), de 09 a 15 salários mínimos (21,1%). Relação com o Sport: não sócios (48,7%), sócios (47,6%), vão a praticamente todos os jogos na Ilha do Retiro (30,4%), cerca de metade dos jogos na Ilha do Retiro (29,8%), cadeiras (25,8%), vão aos jogos com amigos (46,4%) e família (35,2%). O público casado é mais velho, tem formação acadêmica superior aos demais perfis e é bem estabilizado no ponto de vista financeiro. É um target balanceado, visto que quase metade é de sócios e a outra metade não, e uma parcela vai a praticamente todos os jogos, enquanto outra vai a cerca da metade. Optam pelo conforto das cadeiras, e a companhia oscila entre amigos e familiares. Também assistem a muitos jogos em sua própria residência (42,4%) e consomem de 1 a 2 itens por ano (62%). Este último dados sugere que o consumo é pequeno. Levando em consideração que moram com a esposa e filhos, a frequência de compra poderia ser maior. Também elegem a internet como canal mais relevante; em segundo, a televisão; em terceiro, o rádio; e o jornal assume a última posição. Quando estão comprando produtos, pensam em contribuir com o clube, querem artigos oficiais, qualidade e novos modelos. Gráfico 44 - DOS CASADOS - Qual setor? 60
  • 61. Gráfico 45 - DOS CASADOS - Com quem costuma ir aos jogos? Gráfico 46 - DOS CASADOS - Onde costuma assistir aos jogos? 61
  • 62. Gráfico 47 - DOS CASADOS - O que lhe motiva na hora de comprar um produto do Sport? Gráfico 48 - DOS CASADOS - Qual sua relação com o Sport? 62
  • 63. 9.7 DESCOBERTAS SOBRE O PÚBLICO RUBRO-NEGRO Além dos perfis encontrados, também surgiram outros pontos interessantes sobre o comportamento do público. Essas observações surgiram da observação de diferentes comportamentos em determinadas respostas. Fizemos então cruzamentos específicos e chegamos às seguintes constatações. 9.7.1 Renda x Envolvimento A maioria do público que respondeu ao questionário não era sócia do clube e ganhava de um a três salários mínimos. Contudo, quando o salário desse torcedor aumenta, cresce também o número de sócios e sobe a frequência de ida aos jogos, o que indica que o poder aquisitivo influencia diretamente o grau de envolvimento com o time. Se levarmos em consideração que a classe C desempenha um papel fundamental na economia brasileira, seu potencial de consumo é equivalente ao PIB somado da Argentina e Colômbia. Segundo o Data Popular (2011), a previsão é que esse grupo gaste R$ 1,03 trilhão em 2011. Podemos ver uma oportunidade de crescimento deste público Associado. Tabela 3 - Associados Hoje, são mais 105,4 milhões de pessoas (55,05% da população) que buscam novos produtos, exigem qualidade e diferenciação. Essa realidade é 63
  • 64. favorável ao Sport, pois a maioria dos torcedores pertence à classe C e o aumento da renda torna esse torcedor um sócio em potencial. Tabela 4 - Jogos na Ilha Nos jogos fora da Ilha do Retiro, temos um número alto de torcedores que raramente comparecem à casa do adversário, e são baixos os números que participam de decisões. Isso pode representar uma oportunidade de parcerias com agências de viagem para estimular a presença dos rubro-negros e promoções. Tabela 5 - Jogos na Ilha do Retiro 64
  • 65. Tabela 6 - Frequência de Compra Com exceção dos respondentes que possuem renda de até um salário mínimo, a maioria do público compra pelo menos dois itens por ano, tendo como maior motivação contribuir com o time. Contudo, dentro deste público, 55,4% não são sócios e 42,5% são. Nas análises de comparação das rendas individuais, percebemos que o número de sócios aumenta de forma pro aos seus salários. Apesar de não poder fazer uma relação de causalidade direta, com essa informação, notamos que o comportamento normal do torcedor é de que, se ganhasse mais, seria sócio. Vêem então a compra como algo maior do que a simples aquisição de um produto do time: como uma forma de contribuição ao time. O consumo diário dos meios apresenta pouca variação quando utilizamos a renda como referência. A internet e a televisão ganham na preferência dos públicos, seguido do rádio. Um caso à parte são os torcedores que recebem mais de quinze salários mínimos. Eles recorrem a todos os meios para se manterem informados, o que significa que são atingidos pela propaganda mais facilmente e podem representar um grupo de influência. O jornal é a opção menos escolhida para se informar. No caso das pessoas que recebem até 01 salário mínimo, o rádio e o jornal se equiparam no quesito pouca relevância, e para quem recebe de 4 a 8 salários, o rádio ainda se sobressai diante do jornal. 65
  • 66. Tabela 7 - Consumo de Mídias 9.7.2 Pontos Relevantes • A internet se apresentou como o meio de maior identificação entre os rubro-negros independentemente de faixa etária, sexo e renda. O percentual de respondentes que acessam a rede apenas em dias de jogos foi irrisório (4,9%). Ou seja, os torcedores recorrem à rede todos os dias. • O rádio foi a fonte de informação que recebeu maior quantidade de seleções no quesito “apenas em dias de jogos”, com 26,3%. Televisão teve 16,9% e jornal 16,7%. Esse dado sugere que, nos dias das partidas, há um aumento significativo na quantidade de ouvintes. O que representa a força dos comunicadores e a forte tradição de ouvir rádio em campo ou durante as transmissões na TV. • Os rubro-negros que assistem aos jogos nos assentos especiais e cadeiras da ampliação têm entre 26 e 40 anos. 41% são casados. A renda individual fica entre quatro a oito salários mínimos (36,1%) e 63,3% não são sócios. Esse target é um nicho esquecido que tem grande potencial. O ingresso para esses setores requer um 66
  • 67. investimento maior e reflete na frequência do torcedor. 28,3% raramente vão aos jogos e 26,6% comparecem a praticamente a todos. • Os jogos também são um programa familiar. Dos respondentes que afirmaram marcar presença em todos os jogos, 30% vão com a família, enquanto 10,7% vão sozinhos e 6,9% vão acompanhados pelo namorado(a). • Apesar do perfil dos sócios apresentar maior envolvimento com o clube (olhar tabela Renda x Envolvimento, na página 34), dos respondentes que assinalaram comprar uma vez ou mais durante o mês, 50% não sócios. • As compras trimestrais são lideradas pelos torcedores com renda entre um e três salários mínimos (31,4%), enquanto os que recebem de nove a 15 salários mínimos correspondem a 18,4%. • 67
  • 68. 10. CONSIDERAÇÕES FINAIS Antes desta pesquisa, tínhamos uma ideia de quem seria o torcedor/consumidor do Sport Club do Recife. Mas essa visão não vinha de estudos ou pesquisas, e sim da observação e convivência. Esperávamos que a pesquisa nos dissesse que o perfil geral desse torcedor era formado predominantemente por homens solteiros, jovens adultos que ainda estavam entrando no mercado de trabalho e moravam com os pais. Também acreditávamos que pelo menos metade desses torcedores não fossem sócios e que comprassem ao menos uma camisa nova por ano, acompanhando a renovação do uniforme de jogo. Outro ponto que nos interessava bastante era a forma como esse grupo procurava informações sobre o time. Sabíamos que a internet seria apontada como meio mais relevante, já que foi o canal utilizado para realização da pesquisa e os ambientes estavam relacionados ao tema futebol. Neste contexto, destacamos o meio jornal posicionado em último no lugar e a aparição do meio rádio de forma irregular, o que pode acontecer devido à força desta mídia junto aos torcedores nos dias de jogos (tanto aquele que é fiel a esta mídia, quanto os que a ouvem apenas em dias de jogos). A pesquisa nos revelou informações estratégicas a respeito do clube, desde as variações comportamentais dos torcedores até curiosidades que podem se transformar em oportunidades de mercado. Deduzimos que não podemos tratar os torcedores de forma homogênea, porque existem vários subgrupos, e estes possuem características distintas. Não considerar esses perfis anularia a criação de comunicação, ações e planejamentos direcionados. Então, tratamos de criar perfis que se diferenciassem entre si e da massa. Primeiro, analisamos as mulheres, um dos grupos mais específicos dentro da nossa pesquisa. É intrínseco ao sexo feminino a adoração pelo consumo. Elas compram para uso próprio e, quando casadas ou mães, integram seus maridos e filhos à lista de compras. Atrelando isso à resposta ao questionário aplicado por este trabalho de que as mulheres consomem trimestralmente um artigo do Sport, observamos que existem poucos produtos específicos para elas. Não só objetos, mas também vantagens que as motivam a comparecer mais aos jogos. Preços 68
  • 69. reduzidos para as mulheres em determinadas partidas, pacotes família, ingresso premiado (ingresso de arquibancada que pode valer para dois nas cadeiras ou para outro jogo), por exemplo, podem ser atrativos. No quesito consumo, entre as maneiras de envolver as mulheres, estão os kits de uma maneira geral (uniforme principal + uniforme reserva/terceiro uniforme/camisa comemorativa/rara, uniforme + bolsa/nécessaire, uniforme + ingressos etc.). O atual momento do Recife também é propício para o aumento do consumo. A cidade está sendo palco de várias corridas, e a preocupação com a saúde e o físico está em alta. É uma oportunidade para explorar os shorts, roupas de academia, produtos que tenham sinergia entre o futebol e os exercícios físicos, que se apresentam como alternativas diferenciadas para exposição da marca e aumento na frequência de compra. Foi visto que, na maioria, são jovens, muitas cursando a faculdade, o que abre margem para deduzirmos que estão em busca de novas experiências de forma intensa, ou seja, são mais propícias a aventuras. Isso abre um leque de opções para se trabalhar diversos tipos de promoções que podem envolver pacote de viagens para ver o time jogar, já que muitas assistem aos jogos acompanhadas pela família. No que diz respeito aos meios de massa, elas preferem a internet, em seguida televisão, jornal e rádio, nessa ordem. Diferente dos outros públicos, elas ouvem mais menos rádio e lêem mais jornais, o que presenta oportunidades para os patrocinadores. Em seguida, tratamos de verificar o universo dos sócios. Eles representam o perfil de maior envolvimento com o clube, contribuem mensalmente, comparecem a praticamente todos os jogos. Por isso, esse grupo exige esforços de retenção, isto é, “mimos”, maior atenção, benefícios, respostas rápidas às críticas e sugestões. Como foi visto no perfil, os homens com renda de até oito salários mínimos e residentes nas casas dos pais compõem a maioria dos associados. A economia mensal, ocasionada pela divisão entre os familiares ou isenção das despesas, pode ser utilizada em prol do Sport, no caso aumento da frequência de compra (segundo a pesquisa, eles adquirem de um a dois produtos por ano). Diferentemente das mulheres, o sexo masculino costuma realizar muitas compras de uma só vez e não tem o hábito de procurar. Para esse grupo, a oferta de carnês, pacotes anuais e mensais, que integrem a aquisição de uniformes, 69
  • 70. ingressos e possíveis viagens, se mostra como uma saída interessante, pois há um investimento alto apenas uma vez. A venda de ingressos da temporada favorece os dois lados. Os torcedores não precisam se preocupar em comprá-los, o clube garante o lucro, atrai mais torcedores e pode voltar atenção para outras formas de envolvimento como aumentar a participação dos patrocinadores durante os intervalos, promoções, campanhas de incentivo, institucionais, por exemplo. Por outro lado, sabemos que a relação deste gênero com o esporte é extremamente emocional. Ao traçar o perfil do consumidor “torcedor”, mesmo que isto não esteja presente na pesquisa, sabemos que a vitória é um grande impulsionador do consumo. Por exemplo, quando o Sport ganha um clássico, passa de fase, conquista um título, existe uma predisposição maior a adquirir itens ligados ao clube. A forma de se comunicar com o sócio também deve ser diferenciada. Eles, de acordo com a pesquisa, recorrem à internet em primeiro lugar, depois televisão, rádio e jornal para se manterem informados. Na grande rede, as várias plataformas mostram o grau de envolvimento, e este deve ser constante. De maneira geral, todos esses meios funcionam bem para o público. O sócio tem que se sentir motivado, pois é influenciador e sua relação com o clube vai além de um simples colaborador. Quando analisamos o perfil do colecionador, encaramos um dos grupos mais exigentes quanto à compra de produtos do time. Por sua maior motivação de consumo ser “completar sua coleção”, se mostram mais interessados em novidades e itens raros. Por isso, produtos como camisas comemorativas, retrôs (réplicas de padrões antigos do time), edições especiais, podem se adequar muito bem a este público. Vemos que o time já possui itens como esse, mas, pelo seu grau de exigência, é necessário sempre o surgimento de novos, até porque 39,6% dos colecionadores responderam comprar um item a cada três meses. Essa frequência de compra poderia ganhar adesão maior do resto do grupo dos que compram anualmente, se houvesse mais variedades e lançamentos menos espaçados (atualmente, são feitos a cada temporada). O frequentador de torcida organizada foi o perfil que menos surpreendeu. Na maioria jovens, homens, de baixa renda, nunca compram produtos; contudo, estão em praticamente todos os jogos. Isso, provavelmente, é reflexo do baixo valor dos 70
  • 71. ingressos para o setor que eles optam para assistirem às partidas (arquibancada lateral), e tem a colaboração do “Todos Com a Nota”, programa do Governo de Pernambuco em que o cidadão troca notas fiscais por pontos que podem ser trocados por ingressos (os pontos vão para um cartão magnético para depois haver a troca). Apesar do baixo poder aquisitivo do público, eles querem contribuir e, como não podem adquirir produtos oficiais, recorrem aos produtos não licenciados, que, além de serem mais baratos, apresentam novos modelos (apontado pela pesquisa como um fator de motivação). Artigos oficiais mais baratos direcionados ao target os deixariam mais envolvidos e motivados a guardar dinheiro para comprar mais e a comparecer mais em campo. Com este recorte comportamental, encontramos novamente a internet e a televisão como os meios mais procurados para atualização. O jornal tem baixa penetração neste público, e o rádio aparece de forma irregular, provavelmente pelo índice expressivo de uso deste meio em dias de jogos. Esses dados são importantes para os patrocinadores e para campanhas de conscientização contra a violência em campo. Por fim, analisamos os casados. Um público bem específico que apresenta peculiaridades interessantes que são grandes oportunidades de mercado. Nossa pesquisa revelou que metade deles são sócios e a maioria frequenta as cadeiras. Isso pode significar que seu ticket médio por partida é superior aos demais perfis. Já que o valor do ingresso para o setor é mais caro, existe o possível consumo de comidas e bebidas e o custo do estacionamento. A arquibancada frontal também é muito procurada, e os amigos e família são as principais companhias. A partir dessas informações, podemos notar uma tendência sobre quais são os momentos em que os amigos são mais presentes e quais são os momentos em que o jogo se torna um programa familiar. É uma pessoa que investe no lazer e poderia aumentar o investimento caso houvesse chance. Além disso, não há disparidade entre a preferência de assistir o jogo em casa (42,4%) e na Ilha do Retiro (47,6%). A rotina desses homens tende a ser corrida em virtude do trabalho, filhos, esposa e o cansaço pode ser um aspecto que retenha os torcedores em casa. Por isso, necessitam ser estimulados. Pacotes família, pacotes amigos, diversão para os filhos durante os intervalos são exemplos de motivação. 71
  • 72. Uma vez que a pesquisa aponta que este público, em sua maioria, faz a compra de um a dois produtos por ano, a ida ao estádio de toda à família pode impulsionar tanto a frequência quanto a quantidade do consumo de itens ligados ao clube. Neste contexto é nossa sugestão a criação de kits família (padrão feminino + masculino/infantil + feminino/infantil + masculino etc.). A internet, novamente, liderou a preferência pela busca de informações. Contudo, todos os meios respondem de maneira positiva. Após estas considerações sobre os perfis encontrados, é importante pontuar que, apesar dos responsáveis pelo marketing do Sport se mostrarem bastante solícitos e abertos em responder nossas perguntas, não conseguimos muitas informações imprescindíveis para a realização deste trabalho. O clube não possuía dados precisos sobre seus sócios e um histórico das ações e direcionamentos em relação à marca, como campanhas ou planejamentos estratégicos. Por isso, nossa pesquisa não pode comparar e analisar os dados de acordo com as atividades e objetivos do time. A aplicação do questionário durou dois dias. Não por nossa vontade, mas pelo limite de respostas que nossa ferramenta escolhida apresentava. Poderíamos coletar até mil questionários respondidos. Inicialmente achamos que seria uma quantidade satisfatória, mas, dada a velocidade e procura, vimos que era um número bastante limitado. No primeiro dia, coletamos mais de cem questionários através da divulgação feita por nós mesmos nas redes sociais. No segundo dia, o questionário foi divulgado no site e nas redes sociais do Sport e no Blog do Torcedor (pagina na internet sobre o futebol pernambucano). Percebemos um crescimento vertiginoso na coleta dos questionários e, em menos de 8 horas, havíamos multiplicado supreendentemente o número inicial. No total, foram 1203 questionários coletados. Após o encerramento da coleta recebemos vários e-mails de torcedores interessados em ajudar a nossa pesquisa. Infelizmente, como o nosso limite de respostas havia sido extrapolado, não pudemos atendê-los. Esse retorno do público só confirmou o seu grau de envolvimento com o time e sua receptividade em disponibilizar dados que ajudem ou representem o Sport. Os resultados encontrados nos possibilitaram realizar esta análise sobre o torcedor do Sport, de forma que perfis foram criados e peculiaridades da torcida 72
  • 73. rubro-negra puderam ser vistas com mais clareza, facilitando a descoberta de tendências e oportunidades de mercado. Esperamos que esta "versão beta", como apelidamos carinhosamente o trabalho, estimule o clube a inserir a pesquisa em sua rotina, pois provamos o quanto é útil, lucrativo e como os torcedores apreciam essa prática. 73
  • 74. REFERÊNCIAS AFIF, Antônio. A Bola da Vez. São Paulo: Infinito, 2000 AAKER, David A.; KUMAR, V.; DAY, George S. Pesquisa de Marketing. São Paulo: Atlas, 2004 PITTS, Brenda B.; STOTLAR, David K. Fundamentos de Marketing Esportivo. São Paulo: Phorte, 2002. REIN, Irving; KOTLER, Philip; SHIELDSS, Ben. Marketing Esportivo: A reinvenção do esporte na busca de torcedores. São Paulo: Bookman, 2008. UNDERHILL, Paco. Vamos às compras: a ciência do consumo. São Paulo: Campus, 1999. http://www.slideshare.net/fremanguar/marketing-esportivo-no-brasil-um-panorama- geral-2548577 Acessado em 01/06/2011, às 19h15 www.scielo.br/pdf/rae/v46n3/v46n3a08.pdf Acessado em 02/06/2011 às 20h45 http://www.slideshare.net/JCOnLine/relatrio-recife-time-de-futebol-agosto- 2011?from=ss_embed Acessado em 06/07/2011 às 10h30 http://elogica.br.inter.net/frazao/sport/sportfu.htm Acessado em 20/08/2011 às 16h30 http://esporte.ig.com.br/futebol/times/sport/historia_time/2008/06/03/sport_1337875.h tml Acessado em 20/08/2011 às 18h00 http://pt.wikipedia.org/wiki/Sport_Club_do_Recife Acessado em 22/08/2011 às 10h00 http://www2.uol.com.br/JC/sites/sport100anos/historico.htm Acessado em 01/09/2011 às 14h30 http://www2.uol.com.br/JC/sites/sport100anos/curiosidades.htm Acessado em 01/09/2011 às 20h http://midiadados.digitalpages.com.br/home.aspx?edicao=3 Acessado em 22/09/2011 às 22h00 http://www.campeoesdofutebol.com.br/maiores_torcidas_2010.html Acessado em 05/10/2011 às 12h00 http://jc3.uol.com.br/blogs/blogdotorcedor/canais/noticias/2011/06/12. php Acessado em 10/10/2011 às 15h40 http://www.ibope.com.br/calandraWeb/servlet/CalandraRedirect?temp=5&proj=Portal IBOPE&pub=T&db=caldb&comp=Not%EDcias&docid=E78E47A368E52BE98325791 F004AB524 Acessado em 01/11/2011 às 22h15 http://www.sportrecife.com.br/clube/torcida.cfm Acessado em 14/11/2011 às 14h40 74
  • 75. http://www.slideshare.net/SPORTTARGET/sport-target-o-mercado-de-agncias-de- marketing-esportivo-no-brasil-2010 Acessado em 15/11/2011 às 21h http://www1.folha.uol.com.br/poder/935502-classe-c-e-a-unica-que-continua-a- crescer-aponta-fgv.shtml Acessado em 16/11/2011 às 11h http://www.bbc.co.uk/portuguese/ultimas_noticias/2011/08/110808_classe_c_mm_rn .shtml Acessado em 16/11/2011 às 12h http://www.bbc.co.uk/portuguese/ultimas_noticias/2011/08/110808_classe_c_mm_rn .shtml Acessado em 16/11/2011 às 20h http://www1.folha.uol.com.br/poder/935502-classe-c-e-a-unica-que-continua-a- crescer-aponta-fgv.shtml Acessado em 16/11/2011 às 16h 75
  • 77. APENDICE A - QUESTIONÁRIOS 77
  • 78. 78
  • 79. 79
  • 80. 80
  • 81. 81
  • 82. 82
  • 83. APENDICE B – TABULAÇÃO – Perfil Geral 83
  • 84. PERFIL GERAL Sexo Response Response Answer Options Percent Count Feminino 14,0% 169 Masculino 86,0% 1034 answered question 1203 skipped question 0 Faixa etária Response Response Answer Options Percent Count Até 17 anos 10,1% 122 18 a 20 anos 12,4% 149 21 a 25 anos 27,9% 336 26 a 30 anos 20,9% 251 31 a 40 anos 16,5% 198 41 a 50 anos 5,7% 69 Acima de 51 anos 6,5% 78 answered question 1203 skipped question 0 Estado Civil Response Response Answer Options Percent Count Solteiro(a) 64,6% 777 Casado(a) 29,6% 356 Separado(a) 1,5% 18 Dirvociado(a) 2,2% 26 Viúvo(a) 2,1% 25 answered question 1203 skipped question 0 Escolaridade Response Response Answer Options Percent Count Ensino fundamental incompleto 9,1% 109 Ensino fundamental 2,9% 35 Ensino médio incompleto 3,7% 44 Ensino médio 17,6% 212 Ensino superior incompleto 28,5% 343 Ensino superior 25,2% 303 Pós-graduado 13,1% 157 answered question 1203 skipped question 0 84
  • 85. Onde mora Response Response Answer Options Percent Count Região Metropolitana do Recife 91,4% 1100 Agreste Pernambucano 4,2% 50 São Francisco Pernambucano 0,2% 2 Sertão Pernambucano 1,7% 20 Zona da Mata Pernambucana 2,6% 31 Outro (especifique) 177 answered question 1203 skipped question 0 Caso more em Recife, nos diga seu bairro Response Response Answer Options Percent Count Aflitos 2,3% 19 Afogados 1,5% 12 Água Fria 0,5% 4 Alto do Mandu 0,2% 2 Alto José Bonifácio 0,1% 1 Alto José do Pinho 0,5% 4 Apipucos 0,5% 4 Areias 1,5% 12 Arruda 1,6% 13 Bairro do Recife 0,4% 3 Barro 0,6% 5 Beberibe 0,4% 3 Boa Viagem 15,8% 130 Boa Vista 1,9% 16 Bomba do Hemetério 1,3% 11 Bongi 0,9% 7 Brasília Teimosa 1,6% 13 Brejo da Guabiraba 0,1% 1 Brejo de Beberibe 0,0% 0 Cabanga 0,2% 2 Caçote 0,1% 1 Cajueiro 1,2% 10 Campina do Barreto 0,1% 1 Campo Grande 1,2% 10 Casa Amarela 2,9% 24 Casa Forte 3,2% 26 Caxangá 1,0% 8 Cidade Universitária 1,5% 12 Coelhos 2,2% 18 Cohab 0,2% 2 Coqueiral 0,0% 0 Cordeiro 3,4% 28 Córrego do Jenipapo 0,1% 1 Curado 1,1% 9 Derby 0,5% 4 Dois Irmãos 0,1% 1 85
  • 86. Dois Unidos 0,6% 5 Encruzilhada 1,2% 10 Engenho do Meio 0,6% 5 Espinheiro 3,4% 28 Estância 0,7% 6 Fundão 0,2% 2 Graças 3,2% 26 Guabiraba 0,1% 1 Hipódromo 0,2% 2 Ibura 2,6% 21 Ilha do Leite 0,1% 1 Ilha do Retiro 0,5% 4 Ilha Joana Bezerra 0,6% 5 Imbiribeira 1,8% 15 Ipsep 1,7% 14 Iputinga 2,8% 23 Jaqueira 0,4% 3 Jardim São Paulo 2,3% 19 Jiquiá 0,0% 0 Jordão 0,2% 2 Linha do Tiro 0,4% 3 Macaxeira 1,1% 9 Madalena 2,8% 23 Mangabeira 0,1% 1 Mangueira 0,4% 3 Monteiro 0,2% 2 Morro da Conceição 0,1% 1 Mustardinha 0,2% 2 Nova Descoberta 0,2% 2 Paissandu 0,1% 1 Parnamirim 1,5% 12 Passarinho 0,1% 1 Pau-Ferro 0,0% 0 Peixinhos 0,4% 3 Pina 1,0% 8 Poço da Panela 0,6% 5 Ponto de Parada 0,1% 1 Porto da Madeira 0,1% 1 Prado 1,1% 9 Rosarinho 1,7% 14 San Martin 1,7% 14 Sancho 0,0% 0 Santana 0,1% 1 Santo Antônio e São José 0,4% 3 Sítio dos Pintos 0,0% 0 Soledade 0,4% 3 Tamarineira 1,8% 15 Tejipió 1,0% 8 Torre 3,2% 26 Torreão 0,5% 4 Torrões 0,2% 2 Totó 0,7% 6 Várzea 2,8% 23 Vasco da Gama 0,2% 2 86