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                     PROFESSOR




                       EDUCAçÃO FÍSICA
ensino fundamental
  a
6 - SÉRIE
volume 4 – 2009
Coordenação do Desenvolvimento dos                                    Linguagens, Códigos e suas Tecnologias
                                           Conteúdos Programáticos e dos Cadernos dos                            Arte: Gisa Picosque, Mirian Celeste Martins,
                                           Professores                                                           Geraldo de Oliveira Suzigan, Jéssica Mami Makino
                                           Ghisleine Trigo Silveira                                              e Sayonara Pereira
                                                                                                                 Educação Física: Adalberto dos Santos Souza,
                                           AUTORES                                                               Jocimar Daolio, Luciana Venâncio, Luiz Sanches
                                                                                                                 Neto, Mauro Betti e Sérgio Roberto Silveira
                                           Ciências Humanas e suas Tecnologias
                                                                                                                 LEM – Inglês: Adriana Ranelli Weigel Borges, Alzira
                                           Filosofia: Paulo Miceli, Luiza Christov, Adilton
                                                                                                                 da Silva Shimoura, Lívia de Araújo Donnini Rodrigues,
                                           Luís Martins e Renê José Trentin Silveira
                                                                                                                 Priscila Mayumi Hayama e Sueli Salles Fidalgo
                                           Geografia: Angela Corrêa da Silva, Jaime Tadeu
                                                                                                                 Língua Portuguesa: Alice Vieira, Débora Mallet
                                           Oliva, Raul Borges Guimarães, Regina Araujo,
                                                                                                                 Pezarim de Angelo, Eliane Aparecida de Aguiar,
                                           Regina Célia Bega dos Santos e Sérgio Adas
                                                                                                                 José Luís Marques López Landeira e João Henrique
   Governador                              História: Paulo Miceli, Diego López Silva,                            Nogueira Mateos
   José Serra                              Glaydson José da Silva, Mônica Lungov Bugelli e
                                           Raquel dos Santos Funari                                              Matemática
                                           Sociologia: Heloisa Helena Teixeira de Souza                          Matemática: Nílson José Machado, Carlos
   Vice-Governador                                                                                               Eduardo de Souza Campos Granja, José Luiz Pastore
                                           Martins, Marcelo Santos Masset Lacombe,
   Alberto Goldman                                                                                               Mello, Roberto Perides Moisés, Rogério Ferreira da
                                           Melissa de Mattos Pimenta e Stella Christina
   Secretário da Educação                  Schrijnemaekers                                                       Fonseca, Ruy César Pietropaolo e Walter Spinelli
   Paulo Renato Souza                                                                                            Caderno do Gestor
   Secretário-Adjunto                      Ciências da Natureza e suas Tecnologias                               Lino de Macedo, Maria Eliza Fini e
   Guilherme Bueno de Camargo              Biologia: Ghisleine Trigo Silveira, Fabíola Bovo                      Zuleika de Felice Murrie
                                           Mendonça, Felipe Bandoni de Oliveira, Lucilene
   Chefe de Gabinete                                                                                             Equipe de Produção
                                           Aparecida Esperante Limp, Maria Augusta
   Fernando Padula                         Querubim Rodrigues Pereira, Olga Aguilar                              Coordenação Executiva: Beatriz Scavazza
   Coordenadora de Estudos e Normas        Santana, Paulo Roberto da Cunha, Rodrigo
                                                                                                                 Assessores: Alex Barros, Beatriz Blay, Carla de Meira
   Pedagógicas                             Venturoso Mendes da Silveira e Solange Soares
                                                                                                                 Leite, Eliane Yambanis, Heloisa Amaral Dias de
   Valéria de Souza                        de Camargo
                                                                                                                 Oliveira, José Carlos Augusto, Luiza Christov, Maria
   Coordenador de Ensino da Região         Ciências: Ghisleine Trigo Silveira, Cristina                          Eloisa Pires Tavares, Paulo Eduardo Mendes, Paulo
   Metropolitana da Grande São Paulo       Leite, João Carlos Miguel Tomaz Micheletti Neto,                      Roberto da Cunha, Pepita Prata, Renata Elsa Stark,
                                           Julio Cézar Foschini Lisbôa, Lucilene Aparecida                       Ruy César Pietropaolo, Solange Wagner Locatelli e
   José Benedito de Oliveira
                                           Esperante Limp, Maíra Batistoni e Silva, Maria                        Vanessa Dias Moretti
   Coordenador de Ensino do Interior       Augusta Querubim Rodrigues Pereira, Paulo
   Rubens Antonio Mandetta                 Rogério Miranda Correia, Renata Alves Ribeiro,                        Equipe Editorial
   Presidente da Fundação para o           Ricardo Rechi Aguiar, Rosana dos Santos Jordão,                       Coordenação Executiva: Angela Sprenger
                                           Simone Jaconetti Ydi e Yassuko Hosoume
   Desenvolvimento da Educação – FDE                                                                             Assessores: Denise Blanes e Luis Márcio Barbosa
   Fábio Bonini Simões de Lima             Física: Luis Carlos de Menezes, Estevam
                                                                                                                 Projeto Editorial: Zuleika de Felice Murrie
                                           Rouxinol, Guilherme Brockington, Ivã Gurgel, Luís
                                           Paulo de Carvalho Piassi, Marcelo de Carvalho                         Edição e Produção Editorial: Conexão Editorial,
                                           Bonetti, Maurício Pietrocola Pinto de Oliveira,                       Edições Jogo de Amarelinha e Occy Design
EXECUÇÃO                                   Maxwell Roger da Purificação Siqueira, Sonia                          (projeto gráfico)
                                           Salem e Yassuko Hosoume
Coordenação Geral                                                                                                APOIO
                                           Química: Maria Eunice Ribeiro Marcondes,                              FDE – Fundação para o Desenvolvimento da
Maria Inês Fini
                                           Denilse Morais Zambom, Fabio Luiz de Souza,                           Educação
Concepção                                  Hebe Ribeiro da Cruz Peixoto, Isis Valença de Sousa
Guiomar Namo de Mello                      Santos, Luciane Hiromi Akahoshi, Maria Fernanda                       CTP, Impressão e Acabamento
Lino de Macedo                             Penteado Lamas e Yvone Mussa Esperidião                               Imprensa Oficial do Estado de São Paulo
Luis Carlos de Menezes
Maria Inês Fini                              A Secretaria da Educação do Estado de São Paulo autoriza a reprodução do conteúdo do material de sua titularidade pelas demais
                                             secretarias de educação do país, desde que mantida a integridade da obra e dos créditos, ressaltando que direitos autorais protegi-
Ruy Berger
                                             dos* deverão ser diretamente negociados com seus próprios titulares, sob pena de infração aos artigos da Lei nº 9.610/98.
GESTÃO                                       * Constituem “direitos autorais protegidos” todas e quaisquer obras de terceiros reproduzidas no material da SEE-SP que não
                                             estejam em domínio público nos termos do artigo 41 da Lei de Direitos Autorais.
Fundação Carlos Alberto Vanzolini
Presidente do Conselho Curador:
Antonio Rafael Namur Muscat                  Catalogação na Fonte: Centro de Referência em Educação Mario Covas

Presidente da Diretoria Executiva:
                                                         São Paulo (Estado) Secretaria da Educação.
Mauro Zilbovicius
                                             S239c
Diretor de Gestão de Tecnologias                             Caderno do professor: educação física, ensino fundamental – 6ª série,
                                                                                                                           -
aplicadas à Educação:                                    volume 4 / Secretaria da Educação; coordenação geral, Maria Inês Fini;
Guilherme Ary Plonski                                    equipe, Jocimar Daolio, Luciana Venâncio, Luiz Sanches Neto, Mauro Betti. –
Coordenadoras Executivas de Projetos:
                                                         São Paulo : SEE, 2009.
Beatriz Scavazza e Angela Sprenger
                                                                ISBN 978-85-7849-396-7
COORDENAÇÃO TÉCNICA
                                                              1. Educação Física 2. Ensino Fundamental 3. Estudo e ensino I. Fini, Maria
CENP – Coordenadoria de Estudos e Normas
                                                         Inês. II. Daolio, Jocimar. III. Venâncio, Luciana. IV. Sanches Neto, Luiz. V. Betti,
Pedagógicas
                                                         Mauro. VI. Título.
                                                                                                                                 CDU: 373.3:796
Caras professoras e caros professores,



  Este exemplar do Caderno do Professor completa o trabalho que fizemos de
revisão para o aprimoramento da Proposta Curricular de 5- a 8- séries do Ensino
                                                        a    a


Fundamental – Ciclo II e do Ensino Médio do Estado de São Paulo.

  Graças às análises e sugestões de todos os professores pudemos finalmente
completar um dos muitos recursos criados para apoiar o trabalho em sala de aula.

  O conjunto dos Cadernos do Professor constitui a base estrutural das aprendi-
zagens fundamentais a serem desenvolvidas pelos alunos.

  A riqueza, a complementaridade e a marca de cada um de vocês nessa elabo-
ração foram decisivas para que, a partir desse currículo, seja possível promover as
aprendizagens de todos os alunos.



  Bom trabalho!

                                                                    Paulo Renato Souza
                                                 Secretário da Educação do Estado de São Paulo
Sumário
São Paulo faz escola – Uma Proposta Curricular para o Estado    5

Ficha do Caderno       7

Orientação sobre os conteúdos do Caderno      8

Tema 1 – Esporte – Modalidade coletiva: voleibol   10

Situação de Aprendizagem 1 – O voleibol já é do conhecimento de todos os alunos 12

Situação de Aprendizagem 2 – Para jogar é preciso saber as técnicas?   13

Atividade Avaliadora        17

Proposta de Situações de Recuperação     18

Recursos para ampliar a perspectiva do professor e do aluno para a compreensão
do tema 18

Tema 2 – Luta: judô        20

Situação de Aprendizagem 3 – Reconhecendo as lutas      24

Situação de Aprendizagem 4 – Lutando com os amigos       26

Atividade Avaliadora        27

Proposta de Situações de Recuperação     28

Recursos para ampliar a perspectiva do professor e do aluno para a compreensão
do tema 28

Considerações finais       30

Quadro de Conteúdos         31
SãO PaULO Faz ESCOLa – UMa PROPOSTa
CURRiCULaR PaRa O ESTadO




    Caros(as) professores(as),

    Este volume dos Cadernos do Professor completa o conjunto de documen-
  tos de apoio ao trabalho de gestão do currículo em sala de aula enviados aos
  professores em 2009.

    Com esses documentos, a Secretaria espera apoiar seus professores para
  que a organização dos trabalhos em sala de aula seja mais eficiente. Mesmo
  reconhecendo a existência de classes heterogêneas e numerosas, com alunos em
  diferentes estágios de aprendizagem, confiamos na capacidade de nossos pro-
  fessores em lidar com as diferenças e a partir delas estimular o crescimento
  coletivo e a cooperação entre eles.

    A estruturação deste volume dos Cadernos procurou mais uma vez favore-
  cer a harmonia entre o que é necessário aprender e a maneira mais adequada,
  significativa e motivadora de ensinar aos alunos.

     Reiteramos nossa confiança no trabalho dos professores e mais uma vez
  ressaltamos o grande significado de sua participação na construção dos conhe-
  cimentos dos alunos.



                                                                Maria Inês Fini
                                                                     Coordenadora Geral
                                                            Projeto São Paulo Faz Escola




                                                                                           5
6
FiCha dO CadERnO
Esporte - Modalidade coletiva; Luta



                     nome da disciplina:   Educação Física

                                  área:    Linguagens, Códigos e suas Tecnologias

               Etapa da educação básica:   Ensino Fundamental

                                  Série:   6ª

                                Volume:    4

                     Temas e conteúdos:    Esporte

                                           Luta




                                                                                    7
ORiEnTaçãO SObRE OS COnTEúdOS dO CadERnO
        Professor, este Caderno foi elaborado para          No segundo tema, o judô será tomado
    servir de apoio ao seu trabalho pedagógico co-       como exemplo para a discussão dos princí-
    tidiano com a 6ª série do Ensino Fundamental.        pios de confronto e oposição, de classificação
    Os temas deste 4º bimestre são enfocados a partir    e de organização das lutas. Esse tema também
    da concepção teórica da disciplina, já explicitada   tratará da questão da violência atribuída e
    anteriormente, fundamentada nos conceitos de         associada às lutas. Cabe ressaltar que outras
    Cultura de Movimento e Se-Movimentar.                lutas serão mencionadas, de modo a ampliar
                                                         a abordagem geral do tema. Espera-se com
       Assim, pretende-se que as Situações de            isso que os alunos possam valorizar e reco-
    Aprendizagem aqui sugeridas para os temas            nhecer a importância das condutas respeito-
    Esporte e Luta possibilitem que os alunos di-        sas e colaborativas nas lutas.
    versifiquem, sistematizem e aprofundem suas
    experiências do Se-Movimentar no âmbito das              Os procedimentos propostos para a avalia-
    culturas lúdica e esportiva, tanto para propor-      ção caminham na direção de uma avaliação
    cionar novas experiências de Se-Movimentar           integrada das condutas dos alunos no pro-
    (permitindo aos alunos estabelecerem novas           cesso de ensino e aprendizagem, sem esta-
    significações) como para dar novos significa-        belecer procedimentos isolados e formais.
    dos a experiências já vivenciadas. Espera-se         As Atividades Avaliadoras devem favorecer
    que o enfoque adotado para o desenvolvimen-          a geração, por parte dos alunos, de infor-
    to dos conteúdos deste bimestre seja compatí-        mações ou indícios, qualitativos e quan-
    vel com as intencionalidades do projeto polí-        titativos, verbais e não verbais, que serão
    tico-pedagógico de cada escola.                      interpretados pelo professor, nos termos
                                                         das competências e habilidades que se pre-
        Neste 4º bimestre da 6ª série, serão de-         tende desenvolver em cada tema/conteúdo.
    senvolvidos os temas Esporte – Modalidade            Privilegia-se a proposição de Situações de
    Coletiva e Luta. O primeiro abordará o vo-           Aprendizagem que favoreçam a aplicação
    leibol como modalidade esportiva coletiva,           dos conhecimentos em situações cotidianas
    discutindo seus princípios técnicos e táticos,       e a elaboração de textos-síntese relaciona-
    suas regras e seu processo histórico. Espera-se      dos aos temas abordados. Serão também
    que os alunos sejam capazes de compreender           priorizados os questionamentos aos alu-
    as principais regras e o processo histórico de       nos, visando checar a compreensão dos
    desenvolvimento dessa modalidade, aplicar os         conteúdos e a aquisição das competências
    princípios técnicos e táticos e analisar as dife-    e das habilidades propostas ao longo das
    rentes possibilidades de vivenciar o voleibol.       aulas.

8
Educação Física - 6a série - Volume 4




   A quadra é o tradicional espaço da aula          são de restringir ou limitar as possibilidades
de Educação Física, mas algumas Situações de        do seu fazer pedagógico.
Aprendizagem aqui sugeridas poderão ser
desenvolvidas no espaço da sala de aula, no            De acordo com o projeto político-pedagó-
pátio externo, na biblioteca, na sala de infor-     gico da escola e da sua condução do compo-
mática ou de vídeo, bem como em espaços da          nente curricular, é possível que os temas nele
comunidade local, desde que compatíveis com         elencados, selecionados entre os propostos no
as atividades programadas. Algumas etapas           Caderno do Professor, não coincidam com as
também podem ser realizadas pelos alunos            atividades que vêm sendo desenvolvidas na
como atividade extra-aula (pesquisas, produ-        escola. Neste caso, a expectativa é subsidiar
ção de textos etc.).                                a condução dessas atividades para que sejam
                                                    realizadas de maneira similar às propostas no
    As orientações e sugestões a seguir pretendem   Caderno do Aluno.
oferecer-lhe subsídios para o desenvolvimen-
to dos temas apresentados. Não pretendem                Para otimizar seu tempo em quadra, o
apresentar as Situações de Aprendizagem             Caderno do Aluno apresenta as Situações
como as únicas a serem realizadas, nem res-         de Aprendizagem de caráter teórico, também
tringir sua criatividade, como professor, para      propostas no Caderno do Professor, como
outras atividades ou variações de abordagem         sugestões de pesquisa e atividades de lição de
dos mesmos temas.                                   casa. Além disso, traz, em todos os volumes,
                                                    dicas sobre nutrição ou postura, a fim de con-
   Nesse mesmo sentido, o Caderno do Aluno          tribuir para a construção da autonomia dos
é mais um instrumento para servir de apoio          alunos, um dos princípios da Proposta Curri-
ao seu trabalho e ao aprendizado dos alunos.        cular da disciplina.
Elaborado com base no Caderno do Profes-
sor, esse material adicional não tem a preten-         Isto posto, professor, bom trabalho!




                                                                                                               9
TEMa 1 – ESPORTE – MOdaLidadE
     COLETiVa: VOLEibOL

         O voleibol foi criado pelo norte-americano       No masculino, o Brasil iniciou sua trajetória
     William G. Morgan, em 1895, então diretor            vitoriosa na Liga Mundial em 1993. De 2001 a
     de Educação Física da Associação Cristã de           2007 disputou todas as finais, sendo vice-cam-
     Moços (ACM). Naquela época, o principal              peão em 2002 e 4º colocado em 2008. Em julho
     esporte nos Estados Unidos, o basquetebol,           de 2009 conquistou mais um título, tornando-se
     estava em crescente difusão, especialmente           octacampeão da Liga Mundial.
     entre os jovens. Entre as pessoas mais velhas,
     era considerado um jogo cansativo, em razão             No feminino, os resultados alcançados pelo
     de sua dinâmica. Foi como uma alternativa ao         país também têm sido expressivos: vice-campeão
     basquetebol que Morgan idealizou um jogo             da Copa do Mundo (1995, 2003 e 2007) e
     que exigiria menos esforço e nenhum contato          campeão olímpico (2008), além de oito títulos do
     físico entre seus praticantes, atendendo assim       Grand Prix, competição anual criada em 1993.
     ao público mais velho. Para limitar os deslo-
     camentos, Morgan empregou uma rede seme-                As modalidades esportivas coletivas reuni-
     lhante à de tênis, com uma altura aproxima-          das na Proposta Curricular de Educação Física
     da de 1,90 metro, sobre a qual uma bola feita        foram agrupadas e compreendidas a partir da
     com a câmara da bola de basquetebol seria            categoria Esporte Coletivo, que reúne o futsal,
     rebatida entre duas equipes.                         o handebol, o basquetebol, o voleibol, o futebol
                                                          de campo, entre outras. As modalidades coletivas
         Logo o voleibol começou a ganhar adeptos,        foram estruturadas com base em algumas seme-
     sendo difundido e introduzido em outros paí-         lhanças: em todas, duas equipes disputam um
     ses. O Canadá foi o primeiro a receber o novo        implemento (a bola), criando táticas para levá-lo
     esporte, em 1900. Posteriormente, passou a ser       a um alvo, enquanto devem proteger o próprio
     praticado em outras nações, como Cuba, Fili-         alvo das investidas da equipe adversária. O volei-
     pinas e Japão, Porto Rico, Peru, Uruguai. No         bol, porém, apresenta algumas variações em rela-
     Brasil, fontes oficiais indicam que o voleibol foi   ção ao alvo, à circulação de bola e à marcação.
     introduzido entre 1915 e 1917 pela ACM.
                                                             As Situações de Aprendizagem e as ativida-
        Atualmente, nosso país ocupa posição de           des propostas para o voleibol seguem os níveis
     destaque nesse esporte como uma das maio-            de relação propostos por Garganta (1995),
     res potências tanto do vôlei de quadra como          sempre vinculados aos seis princípios opera-
     do vôlei de praia (variação do jogo de quadra,       cionais descritos por Bayer (1994), dividindo-os
     em que a equipe é formada por uma dupla).            em ataque e defesa.

10
Educação Física - 6a série - Volume 4




  Em situação de ataque:                        adversário. Com isso, a recuperação da
                                                bola nunca é efetuada por meio de uma
f Conservação da posse de bola.                 interceptação de um passe, já que nesse
                                                momento a equipe adversária assiste ao
f Progressão da bola e da equipe em direção     desenvolvimento da jogada de ataque do
  ao alvo adversário.                           adversário. Assim, a recuperação da bola
                                                acontece por ação de bloqueio ou defesa da
f Finalização em direção ao alvo.               equipe que está sem a posse de bola ou por
                                                erro do adversário (no passe ou ao desper-
  Em situação de defesa:                        diçar o ataque).




                                                                                                         © Stephane Reix/Photo & Co./Corbis-Latinstock
f Recuperação da posse de bola.

f Contenção da bola e da equipe adversária
  em direção ao próprio alvo.

f Proteção do alvo.

   Em função de o voleibol ter uma estru-
tura diferente em sua dinâmica de jogo (a
noção de alvo e a presença de uma rede que
estabelece e delimita claramente os campos
de defesa e de ataque, e o não contato físico
entre as equipes), adaptaremos a proposta
de Bayer.

   Enquanto nas outras modalidades a
conservação da posse de bola é ilimitada
(futsal, handebol etc.) ou limitada por um
tempo (basquetebol), no voleibol a pos-
se de bola é limitada pelo número máximo
de passes que a equipe pode efetuar (três).
Isso muda a dinâmica do jogo e, portanto,
a forma de ensiná-lo aos alunos. O uso da
rede faz com que as equipes não penetrem
na quadra do adversário, o que estabelece
                                                Figura 1 – Voleibol: conservação e recuperação da bola.
uma relação de não contato físico com o

                                                                                                                                                         11
Nessa modalidade, diferenciam-se tam-            algumas situações), resta ao time que está
     bém tanto a progressão da bola e da equipe          sem a bola se posicionar bem e executar o
     em direção ao alvo adversário como a con-           bloqueio ou a defesa para tentar recuperar
     tenção da bola e da equipe adversária em di-        sua posse.
     reção ao próprio alvo. O alvo pode ser a qua-
     dra e o próprio oponente, pois marcam-se               A manutenção da posse de bola está
     pontos se a bola cair dentro da quadra ad-          diretamente relacionada com o ataque ao
     versária ou se, após uma ação de ataque,            alvo, já que a equipe que está com a bola
     a bola tocar no adversário e cair em qual-          não pode fazer mais de três passes e, por
     quer parte da quadra de defesa dessa equipe         isso, deve se “livrar” da bola atacando a
     (seja dentro, seja fora da quadra). Portanto,       equipe adversária. A proteção do alvo
     o alvo não se limita à cesta, como no bas-          ocorre de maneira diferente na comparação
     quetebol, ou à meta, como no futsal e no            com os demais esportes coletivos. Embo-
     handebol. Toda a quadra pode ser o alvo, o          ra exista a figura do líbero, cuja função é
     que exige uma distribuição atenta dos joga-         apenas defender, todos os jogadores de-
     dores. Como não pode haver invasão do ter-          vem proteger o alvo, isto é, a quadra e seus
     ritório ocupado pela outra equipe (salvo em         companheiros.



                  SITUAçãO DE APRENDIzAGEM 1
      O VOLEIBOL JÁ É DO CONHECIMENTO DE TODOS OS ALUNOS

        A apresentação do voleibol para os alunos        atuais. A proposta é desenvolver um entendi-
     pode ser feita a partir do histórico da mo-         mento da lógica geral desse jogo a partir do
     dalidade, associando-o aos acontecimentos           vôlei-câmbio.



        Tempo previsto: 1 a 2 aulas.

        Conteúdos e temas: o surgimento do voleibol: entendimento e construção da modalidade
        com os alunos.

        Competências e habilidades: entender a história do voleibol; compreender a estrutura
        básica da modalidade.

        Recursos: bolas de voleibol; bolas maiores e mais leves; redes de voleibol; canetas e folhas
        de sulfite.




12
Educação Física - 6a série - Volume 4




desenvolvimento da Situação de                       introduzidas com a finalidade de ir aproxi-
aprendizagem 1                                       mando o vôlei-câmbio do jogo de voleibol,
                                                     como permitir que se agarre a bola somente
Etapa 1 – O jogo possível: o vôlei-câmbio            na recepção e no primeiro passe, introduzin-
                                                     do-se as rebatidas em seguida; ou utilizar
   Primeiro trabalhe o histórico do voleibol         uma bola maior e mais leve, a fim de facili-
e sua grande repercussão no Brasil atual-            tar as rebatidas.
mente. Depois, procure reconstruir o jogo
com a realização do vôlei-câmbio, cuja es-           Etapa 2 – Pensando nas estratégias do jogo
trutura se assemelha à do voleibol, a despei-
to de os passes serem realizados com a bola              Solicite aos alunos, em grupos, que elabo-
dominada, e não rebatida. Nessa adaptação            rem estratégias para o jogo de vôlei-câmbio e
do voleibol, segurar a bola representa a pos-        que as registrem por escrito e/ou com ilustra-
sibilidade concreta de jogá-lo, facilitando a        ções. Proponha que tentem aplicar as estraté-
participação dos alunos, visto que nesta fai-        gias durante os próximos jogos. Depois dessa
xa etária é, ainda, difícil executar um passe        vivência, analise e discuta com a turma o que
com precisão. Algumas variações podem ser            foi proposto.



                   SITUAçãO DE APRENDIzAGEM 2
             PARA JOGAR É PRECISO SABER AS TÉCNICAS?

   É importante priorizar a dinâmica do jogo         possibilidade para se chegar ao jogo formal. As
em detrimento da técnica “fechada e padroni-         várias etapas desta Situação de Aprendizagem
zada”, muitas vezes entendida como a única           pretendem reconstruir a dinâmica do voleibol.


  Tempo previsto: 5 a 6 aulas.

  Conteúdos e temas: princípios técnicos e táticos do voleibol; jogos reduzidos.

  Competências e habilidades: identificar e aplicar em situações-problema os princípios técnicos e
  táticos do voleibol; compreender a dinâmica tática da modalidade; identificar e analisar as dife-
  rentes possibilidades de espaço e número de participantes na organização do voleibol; entender
  diversas possibilidades dos sistemas de jogo e táticas.

  Recursos: bolas de borracha, bolas de voleibol, rede de voleibol, banco sueco, plástico, jor-
  nal, peteca, cones, barbante, câmera de vídeo (opcional).



                                                                                                                 13
desenvolvimento da Situação de                     bola. Várias atividades podem ser feitas com
     aprendizagem 2                                     esse objetivo:

     Etapa 1 – Eu-bola                                     Troca de passes em duplas ou em trios

        Nessa etapa, procure fazer com que o            f Troca de passes com distâncias variadas.
     aluno se familiarize com a bola de voleibol.
     Inicialmente, podem ser utilizadas bolas de        f Deslocamentos em duplas ou em trios tro-
     diferentes tamanhos e pesos. Posteriormente,         cando passes.
     contudo, as atividades deverão fazer uso ape-
     nas de bolas de voleibol. Realize atividades       f Troca de passes em grupo, utilizando mais
     de condução, de recepção, de passes, sem se          de uma bola etc.
     preocupar com as regras específicas do jogo.
     O importante é que os alunos percebam a ne-        Etapa 3 – Eu-bola-alvo
     cessidade de dominar a bola realizando várias
     ações, sem impor uma forma única de recep-            Nessa etapa, a intenção é praticar o lan-
     ção ou de passe. Essas atividades de domínio       çamento da bola em direção à quadra ad-
     de bola podem ser praticadas no início de          versária, com o objetivo de se atingir o alvo;
     várias aulas, servindo também como aqueci-         no caso do voleibol, a outra metade da qua-
     mento para outras ações.                           dra. Nessa modalidade, as situações em que
                                                        isso ocorre são no saque (ação para iniciar
        Ao observar que os alunos se sentem se-         um jogo ou para repor a bola em jogo após
     guros retendo e manipulando a bola, deve-se        o ponto) e no ataque (ação ofensiva em que
     estimulá-los a rebatê-la, tanto com os dedos       uma equipe, após receber a bola da equipe
     (toque) como com os antebraços (manchete),         adversária, realiza os três passes visando
     conforme exigem as regras do voleibol.             finalizar a jogada em direção à quadra ad-
                                                        versária). Distribua arcos, cones, bolas pela
     Etapa 2 – Eu-bola-colegas(s)                       quadra para que os alunos, ao vivenciarem
                                                        as situações de saque e ataque, atinjam os al-
         Nesse momento, a intenção é o controle         vos estabelecidos. Pode-se também dividi-los
     de bola coletivamente, com um colega (du-          em duas equipes e conferir pontos diferentes
     plas) e com grupos maiores (trios, quartetos,      para cada alvo acertado.
     quintetos). A preocupação aqui deve ser a
     contínua troca de passes entre os alunos do        Etapa 4 – Eu-bola-colega(s)-alvo
     grupo sem deixar a bola cair. Depois de pra-
     ticar trocas de passes retendo a bola, os alunos     As situações propostas, nessa etapa, de-
     deverão tentar a troca de passes rebatendo a       vem envolver a troca de passes entre os alunos

14
Educação Física - 6a série - Volume 4




e a conclusão do ataque com finalização na         Etapa 5 – Eu-bola-colega(s)-adversá-
quadra adversária. O ataque representa, nor-       rio(s)-alvo
malmente, o terceiro contato da equipe com
a bola e essa ação é conhecida como cortada,          Nesse nível de relação, estarão presentes
que consiste em rebater a bola rapidamente         todos os princípios operacionais explicitados
para a quadra adversária. A bola pode tam-         por Bayer (1994), já que as situações de ata-
bém ser colocada em um espaço desguarnecido        que e de defesa estarão bem definidas.
da quadra adversária.
                                                       O jogo “rede viva” pode ser útil para o início
    As atividades a serem desenvolvidas permi-     da organização das situações de ataque e defe-
tirão o trabalho com diferentes situações de       sa do voleibol. Divida a turma em três equipes,
jogo, como colocar um aluno para fazer o pas-      sendo que duas vão jogar e a outra servirá de
se, enquanto um segundo faz o levantamento         rede. Para facilitar a recuperação da bola pelo
para o primeiro atacar em direção à quadra         grupo que assume a posição de rede, coloque-o
adversária. Essa formação proporciona a pos-       sobre o banco sueco. As duas equipes come-
sibilidade de variações de posicionamento dos      çam um jogo de voleibol, realizando três passes
alunos. Nessa etapa é importante enfatizar a       a cada vez que a bola estiver em sua quadra e a
realização dos três passes permitidos e a rápi-    enviando, em seguida, para a quadra adversá-
da troca de passes entre os alunos, variando os    ria. Sempre que a bola tocar na rede viva, tro-
locais e as formas de finalização em direção à     ca-se a posição das equipes, ou seja, a rede viva
quadra adversária. Além disso, alvos podem         passa a ocupar o lugar da equipe que perdeu a
ser colocados na quadra adversária para se-        bola para a rede. Esse jogo propicia dinamismo
rem atingidos.                                     e exige grande atenção por parte dos alunos, já
                                                   que é constante a troca de posições durante sua
    Podem ser desencadeadas situações com ou-      prática. Ele também possibilita variações. Por
tros alvos que não a quadra adversária, a fim de   exemplo, caso não haja banco sueco, os alunos
estimular ações de ataque como, por exemplo,       que estão na rede poderão saltar (verticalmen-
o jogo “três-corta”, em que os alunos, em círcu-   te) para tocar na bola e assim recuperá-la.
lo, trocam passes entre si para que, no terceiro
passe (cortada), tentem acertar um aluno que          Outra atividade interessante é o “vôlei no
esteja sentado no centro da roda em posição de     escuro”. Organize espaços que permitam re-
alvo do jogo. Se o aluno-alvo conseguir segu-      presentar várias quadras, a fim de que todos
rar a bola, troca de posição com quem realizou     os alunos participem. Com jornal ou plástico
a cortada. Se o aluno que realizou a cortada       (ou qualquer outro tipo de material) cubra a
não acertar o alvo, ele se torna o próximo alvo.   rede, de modo que as equipes não visualizem
Deve-se utilizar uma bola de borracha leve, a      a quadra adversária. Nessa atividade às escu-
fim de que nenhum aluno se machuque.               ras, alguns alunos podem atuar como árbitros,

                                                                                                               15
para que analisem o andamento da partida e           Etapa 7 – O jogo de voleibol
     as estratégias utilizadas pelas equipes.
                                                             Após a realização de várias situações reduzi-
         Outra sugestão é trabalhar um jogo popu-         das, chegou a hora de trabalhar efetivamente com
     lar: a peteca. Este jogo tem como objetivo           o jogo formal de voleibol (6 x 6), orientado por
     rebater a peteca em direção à quadra adver-          algumas regras básicas, que podem ser adaptadas
     sária. Como a intenção é fazer com que os            conforme as intenções e os objetivos pretendidos.
     alunos transfiram elementos desse esporte            Preocupe-se com a distribuição dos alunos em
     para o voleibol, sugere-se que sejam efetuados       quadra, especialmente com o posicionamento
     três passes antes de se realizar o ataque contra     defensivo para recuperar a bola após um ataque
     a equipe adversária. A estrutura do jogo seria       adversário. Nesse momento, seria interessante
     a mesma do voleibol, com mudança, apenas,            explicar-lhes a função defensiva do líbero.
     do objeto a ser rebatido.
                                                              Caso considere necessário, interrompa o jogo
     Etapa 6 – Jogos reduzidos                            a fim de orientar o posicionamento dos alunos,
                                                          explicar os sistemas de jogo e também proble-
         Nessa etapa, deve-se propor a realização         matizar as possibilidades de cada jogada. Nada
     de jogos reduzidos, em meia quadra partindo          impede que as regras sejam alteradas conforme
     da composição 2 x 2, 3 x 3, 4 x 4 e 5 x 5. Os        as necessidades do grupo. Um procedimento pos-
     jogos reduzidos são excelentes oportunidades         sível é permitir um ou mais “pingos” da bola na
     para os alunos compreenderem as demandas             quadra para que o jogo prossiga. Se existir exces-
     táticas e as exigências técnicas do jogo, uma        siva dificuldade em recepcionar o saque adversá-
     vez que ocorrem em situações simplificadas,          rio (o saque pode ser visto como uma primeira
     porém próximas da situação real, além de pro-        forma de ataque), por que não permitir que os
     piciar que todos os participantes toquem na          alunos segurem a bola no primeiro toque?
     bola durante a atividade.
                                                                                                               © Eran Yardeni/Alamy-Otherimages
           Professor, para que todos os alunos efetiva-
       mente joguem durante essa etapa, transforme
       a quadra em várias pequenas quadras. Basta
       ter um barbante ou qualquer outro material
       para montar a rede. Procure interromper o jogo
       sempre que necessário, alertando os alunos para
       seu posicionamento, de seus companheiros
       e de seus adversários, bem como enfatizando
       as regras do voleibol. Nesse momento, deve-se
       também mostrar aos alunos variações táticas
       de posicionamento de defesa e ataque.
                                                          Figura 2 – Possibilidade de prática do voleibol.


16
Educação Física - 6a série - Volume 4




                                                                                                                                         © Eurostyle Graphics/Alamy-Otherimages
                                                         © Tom Carter/Latinstock
Figuras 3 e 4 – Possibilidades de prática do voleibol.


                                  ATIVIDADE AVALIADORA
    Proponha situações características da moda-                                    f Em quais aspectos a presença do árbitro é
lidade voleibol, apresentando-as como problemas                                      importante no voleibol?
a serem discutidos, vivenciados e solucionados
pelos alunos, por escrito ou demonstrados na                                       f Qual o melhor posicionamento para a de-
quadra. Tal estratégia possibilitará avaliar a ca-                                   fesa quando recebe uma bola de saque?
pacidade dos alunos para pensar taticamente o                                        E quando defende uma cortada na ponta
voleibol. Não valorize a realização em termos de                                     da rede?
execução perfeita das ações específicas do jogo
ou da consecução do ponto após a ação. Avalie                                      f Vocês alterariam alguma regra da modali-
se os alunos compreendem a situação de jogo                                          dade? Qual? Por quê?
proposta e as suas iniciativas para solucioná-la.
Seguem alguns exemplos de questões a serem                                             Discuta com os alunos as respostas apre-
apresentadas aos alunos:                                                           sentadas e dê as orientações necessárias. É
                                                                                   importante garantir que os alunos atentem
f Quais as diferenças entre as atividades desen-                                   para a organização tática coletiva do voleibol.
  volvidas: “vôlei-câmbio”, “vôlei no escuro”                                      Para tanto, descreva situações reais de partidas,
  e “rede viva”?                                                                   colocando-os como árbitros e pedindo sua opi-
f O espaço físico é fator importante para ga-                                      nião. Se possível, para enriquecer essa discussão
  rantir a organização do voleibol? Explique.                                      e, se houver material disponível, grave os jogos
                                                                                   dos alunos para que eles analisem as próprias
f Qual a diferença entre jogar o voleibol com
                                                                                   ações. Essa situação pode ser operacionalizada
  menos jogadores na equipe e com o núme-
                                                                                   em forma de gincana, para que os vários grupos
  ro oficial definido pela regra?
                                                                                   respondam às questões, contando pontos para
f O que é um ataque no voleibol? Como ele                                          as respostas certas. O objetivo é que os alunos
  se realiza e para que serve a cortada?                                           retomem as regras do voleibol.

                                                                                                                                                                                  17
PROPOSTA DE SITUAçÕES DE RECUPERAçãO

        Durante o percurso pelas várias etapas          dificuldades. Podem ser, por exemplo:
     das Situações de Aprendizagem, alguns
     alunos poderão não apreender os conteú-            f atividade-síntese de um determinado con-
     dos ou não desenvolver as habilidades da             teúdo, em que as várias atividades serão
     forma esperada. É necessário, então, pro-            refeitas numa única aula e discutidas pos-
     fessor, elaborar outras Situações de Apren-          teriormente. Por exemplo: circuito que
     dizagem, permitindo ao aluno “revisitar”             contemple diferentes preceitos e esquemas
     de outra maneira o processo. Tais estraté-           táticos do voleibol;
     gias podem ser desenvolvidas durante as aulas
     ou em outros momentos, individualmente ou          f apresentação de uma situação de jogo
     em pequenos grupos, envolver todos os alu-           para que o aluno resolva o problema apre-
     nos ou apenas aqueles que apresentaram               sentado.



        RECURSOS PARA AMPLIAR A PERSPECTIVA DO PROFESSOR
            E DO ALUNO PARA A COMPREENSãO DO TEMA

     Livros

        BAYER, Claude. O ensino dos desportos              GRECO, Pablo J. (Org.) Iniciação esportiva
     colectivos. Lisboa: Dinalivros, 1994.              universal: metodologia da iniciação esportiva
                                                        na escola e no clube. 1ª reimpressão. Belo Ho-
        Apresenta o esporte coletivo como uma cate-     rizonte: UFMG, 2007. v. 2.
     goria – partindo das semelhanças estruturais das
     modalidades, além de possibilidades pedagógicas.      O livro apresenta estratégias para a inicia-
                                                        ção esportiva nas modalidades coletivas.
        GARGANTA, Júlio. Para uma teoria dos jo-
     gos desportivos colectivos. In: OLIVEIRA, Júlio;      MARCHI Jr., Wanderley. “Sacando” o volei-
     GRAçA, A. O ensino dos jogos desportivos. 2. ed.   bol. São Paulo: Hucitec; Ijuí: Unijuí, 2004.
     Porto: Universidade do Porto, 1995, p. 11-25.
                                                            Apresenta uma leitura da história do vo-
        O capítulo apresenta possibilidades de in-      leibol, abrangendo sua evolução de esporte
     tervenção pedagógica na prática das modali-        amador para mercadoria espetacularizada no
     dades esportivas coletivas.                        universo da sociedade de consumo.



18
Educação Física - 6a série - Volume 4




artigos                                               Filme

    DAOLIO, Jocimar. Jogos esportivos coletivos:         Os reis da praia (Side out). Direção: Peter
dos princípios operacionais aos gestos técnicos –     Israelson. EUA, 1990. 100min.
modelo pendular a partir das ideias de Claude
Bayer. Revista Brasileira de Ciência e Movimen-          Monroe Clark é um estudante de Direito que,
to. v. 10, n. 4, p. 99-103, 2002. Disponível em:      durante o verão, vai para a Califórnia trabalhar
< http://portalrevistas.ucb.br/index.php/RBCM/        no escritório de seu tio Max. O jovem recebe uma
issue/view/43 >. Acesso em: 29 maio 2009.             missão: entregar uma ordem de despejo para zack
                                                      Barnes, um ex-jogador de vôlei de praia. Barnes,
   Apresenta um modelo pendular para o en-            para não ser despejado, faz uma proposta a Clark:
sino dos esportes coletivos, partindo dos prin-       os dois formarem uma dupla e disputarem o mais
cípios operacionais até os gestos técnicos.           importante torneio de vôlei de praia no mundo.

    SADI, Renato M.; COSTA, Janaina C.;               Sites
SACCO, Bárbara T. Ensino de esportes por
meio de jogos: desenvolvimento e aplicações.              Existem inúmeros sites sobre voleibol que po-
Pensar a prática. v. 11, n. 1, 2008. Disponível em:   dem auxiliar tanto o aluno quanto o professor em
<http://www.revistas.ufg.br/index.php/fef/            seus estudos e pesquisas para o aprofundamento do
article/view/1298/3333 >. Acesso em: 29 maio 2009.    tema, com informações oficiais sobre competições
                                                      e transmissões pela televisão. Também apresentam
   Apresenta o ensino de esporte por meio de          as regras oficiais da modalidade, algumas informa-
jogos, com procedimentos pedagógicos e me-            ções históricas, artigos informativos, seleção de fo-
todológicos relativos a jogos de invasão.             tos, as principais conquistas das seleções nacionais
                                                      em várias categorias e acesso para outros sites, bem
   SILVA, Thatiana A. F.; ROSE Jr., Dante de.         como alguns pequenos vídeos. Disponível em:
Iniciação nas modalidades esportivas coletivas:
a importância da dimensão tática. Revista Ma-            Federação Internacional de Voleibol (FIBV).
ckenzie de Educação Física e Esporte. v. 4, n. 4,     Disponível em: < http://www.fivb.org>. Acesso
p. 71-93, 2005. Disponível em: < http://www4.         em: 10 jul. 2009.
mackenzie.com.br/fileadmin/Graduacao/CCBS/
Cursos/Educacao_Fisica/REMEFE-4-4-2005/                   Confederação Brasileira de Voleibol (CBV). Dis-
art5_edfis4n4.pdf >. Acesso em: 29 maio 2009.         ponível em: < http://www.volei.org.br >. Acesso em:
                                                      10 jul. 2009.
   Apresenta discussão sobre a importância da
dimensão tática na iniciação das modalidades            Programa Viva Vôlei. Disponível em: <http://
esportivas coletivas.                                 www.vivavolei.com.br>. Acesso em: 10 jul. 2009.

                                                                                                                    19
TEMa 2 – LUTa: JUdÔ




                                                                                                   © Ryan McVay/Allsport Concepts-Getty Images
                      Figura 5 – Judô: confronto e oposição face a face.

         O judô é uma luta que se constituiu a partir          grande popularização do judô no Japão e em di-
     dos movimentos e gestos do ju-jutsu (ju: flexí-           versos países do Oriente e Ocidente também.
     vel e jutsu: arte ou habilidade – ou seja, arte ou
     habilidade flexível, em japonês). Conhecido no                O judô, quando concebido, pressupunha pra-
     Ocidente como jiu-jítsu, o ju-jutsu é uma arte            ticantes pacíficos e equilibrados nas suas con-
     marcial atribuída aos samurais japoneses que              dutas e gestos em confronto com o outro. Esses
     não utilizavam armas – luta desarmada, carac-             princípios se contrapunham aos de outras ma-
     terizada por agarramentos, lançamentos, chutes            nifestações de lutas, caracterizadas e concebidas
     e golpes de mãos em pontos vitais do corpo –              unicamente para a formação de guerreiros.
     ocidentalizada no final do século XIX.
                                                                   A palavra “judô” é composta por ideogramas
        Como luta, o judô foi sistematizado e orga-            japoneses: ju significa não resistência, flexível, sua-
     nizado por volta de 1882, pelo mestre oriental            ve; e do significa caminho ou via; ou seja, caminho
     Jigoro Kano, ex-praticante de jiu-jítsu. No iní-          ou via da flexibilidade ou suavidade, literalmente.
     cio, o judô caracterizou-se como uma luta de
     praticantes com diferentes especificidades, o                 O judô é caracterizado por movimentos que
     que chamou a atenção e despertou o interesse              envolvem agarramentos, rolamentos, quedas, equi-
     de adeptos de outras artes marciais e de pessoas          líbrios, desequilíbrios, projeções (lançamentos) e
     que não tinham pretensão de combate. Atribui-se           imobilizações, durante os quais os praticantes terão
     ao método educacional e competitivo (simula-              de confrontar-se e opor-se mutuamente, comparan-
     ção de combate), sistematizado pelo mestre, a             do e cotejando gestos e movimentos corpo a corpo.

20
Educação Física - 6a série - Volume 4




                                                     © Blickwinkel/Alamy-Otherimages




                                                                                                                                            © Nitai Bieber/Alamy-Otherimages
Figuras 6 e 7 – Movimentos que caracterizam confronto e oposição no judô.

   O judô transcendeu a condição de arte                                               pode ser uma estratégia para se conseguir
marcial, pois seus princípios, quando disso-                                           realizar um contragolpe eficiente. Nesse caso, a
ciados do jiu-jítsu, foram assimilados pelos                                           queda não se caracteriza como um movimento
praticantes que buscavam também equilí-                                                de derrota ou fracasso, mas sim de preparação
brio para sua vida cotidiana, não atrelando                                            para confrontar o oponente. Segundo os prin-
a luta exclusivamente ao combate.                                                      cípios do judô, um lutador considerado não
    Os movimentos e golpes característicos do                                          tão forte físicamente pode vencer um oponente
judô são sustentados pela conhecida lei de ação                                        considerado mais “forte”. Isso pode ser obser-
e reação: quanto maior a força aplicada em um                                          vado quando o menos forte consegue aplicar um
golpe, também proporcional será a força do                                             golpe que desequilibra o oponente em condições
contragolpe. Percebe-se que, nos movimentos                                            físicas superiores por ele ter se descuidado de
realizados nessa modalidade de luta, a queda                                           um dos princípios da luta.

      O judô é uma luta com duração de até cinco minutos, praticado sobre um tatame, área que mede de 14 a 16
  metros quadrados. É considerado vencedor do confronto o praticante que conseguir aplicar o ippon, objetivo
  do judô. Caso nenhum dos lutadores conquiste o ippon, será considerado vencedor aquele que tiver mais vanta-
  gens. Essa vantagem pode ser medida pela soma de outros golpes aplicados na tentativa de se aplicar o ippon.
     Ippon: é o golpe completo (objetivo da luta). Ocorre quando um praticante consegue derrubar o opo-
  nente de costas no chão ou imobilizá-lo por 25 segundos. Vale um ponto.
     Wazari: outra possibilidade de conquistar o ippon é realizar dois wazari. O wazari é um ippon incompleto (consi-
  derado uma vantagem, vale meio ponto), sem concretizar o contato das costas do adversário no tatame.
     Yuko: caracteriza-se por uma queda de lado no tatame. Cada yuko vale um terço de ponto.
    Koka: golpe caracterizado por uma queda sentada no tatame. É a menor pontuação do judô. Vale
  um quarto de ponto.
      No judô não são permitidos golpes no rosto ou que possam provocar lesões. No Brasil, as cores das
  faixas que prendem o quimono (espécie de roupão) identificam as graduações dos praticantes (judocas):
  branca, cinza, azul, amarela, laranja, verde, roxa, marrom, preta.



                                                                                                                                                                               21
© Mark Seelen/zefa/Corbis-Latinstock
     Figura 8 – Braço de ferro.




                                              © Rosa Gauditano/StudioR




     Figura 9 – Luta indígena brasileira.

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Educação Física - 6a série - Volume 4




                                                                                                         © Chad Ehlers/Nordic-Latinstock
Figura 10 – Sumô.


   Os movimentos de confronto e oposição do        das lutas como conteúdo a ser tratado peda-
judô podem ter um novo significado nas aulas       gogicamente nas aulas de Educação Física.
de Educação Física, principalmente quando os       Segundo esse argumento, a violência é intrín-
conceitos que fundamentam a luta são contex-       seca à prática de qualquer luta e pode sus-
tualizados e incorporados no trato pedagógico.     citar ou provocar comportamentos, atitudes
                                                   ou condutas não desejadas nos alunos.
   Existem outras lutas orientais ou ocidentais,
com ou sem utilização de armas ou objetos             Vivemos em uma sociedade cujos traços de
nas mãos, que podem receber um tratamento          violência são percebidos cotidianamente em
pedagógico semelhante, como sumô, caratê,          diferentes contextos, inclusive no escolar. Se-
tae kwon do, kendo, aikido, esgrima, boxe, luta    gundo Olivier (2000), o professor pode desen-
greco-romana, braço de ferro, lutas indígenas,     volver atividades que evidenciem os aspectos
entre outras.                                      positivos do confronto por meio de práticas
                                                   que promovam o prazer e incentivem o uso
a questão da violência                             de estratégias de jogos com regras, nos quais
                                                   os alunos poderão, em condições definidas e
  A violência, muitas vezes, é um dos argu-        seguras, liberar a agressividade e, ao mesmo
mentos usados para justificar a não inclusão       tempo, reconhecer a importância do outro.

                                                                                                                                           23
As lutas, quando organizadas estrategica-        e comunicação por meio de gestos e movi-
     mente, permitem ao aluno confrontar-se com o         mentos significativos. Seja no confronto ou
     outro, aprender a respeitar as regras discutidas e   na oposição das situações de luta, nas formas
     acordadas antes de um combate, expressando ati-      acrobáticas das ginásticas ou do circo, nos
     tudes sem uso de violência. As atitudes e condutas   gestos, técnicas e táticas dos jogos e modali-
     respeitosas e solidárias devem se constituir em      dades esportivas etc.
     busca constante não só no trato com o conteúdo
     de luta, mas em todas as manifestações da Cultu-        As situações de combate devem permitir
     ra de Movimento. Comportamentos violentos            ao aluno agir e controlar as próprias con-
     podem manifestar-se em diferentes momentos           dutas e as do seu oponente, na tentativa de
     das aulas. É necessário identificá-los, com-         agarrar, desequilibrar, projetar, rolar, tracio-
     preendê-los, contextualizá-los e modificá-los.       nar etc. Para combater e confrontar, é preciso
                                                          tocar o oponente, agarrá-lo. É preciso reco-
       Acredita-se e espera-se que os alunos              nhecer e respeitar a presença e a existência
     possam dar novos sentidos para sua ação              do outro.



                              SITUAçãO DE APRENDIzAGEM 3
                                RECONHECENDO AS LUTAS

        Nesta Situação de Aprendizagem, os alu-           se manter em equilíbrio e desequilibrar o opo-
     nos, em grupos, serão motivados a identificar        nente, durante as lutas que envolvem movi-
     e perceber as características necessárias para       mentos de confronto e oposição.



       Tempo previsto: 2 a 4 aulas.

       Conteúdos e temas: princípios de confronto e oposição nas situações de luta.

       habilidades específicas: identificar e compreender os movimentos e gestos de equilíbrio e
       desequilíbrio em diferentes posições; reconhecer a importância de se equilibrar e de dese-
       quilibrar o oponente nas lutas; estabelecer estratégias para manter-se em equilíbrio durante
       certo tempo e esquivar-se das investidas de ataque do oponente.

       Recursos: colchões, placas de EVA ou gramado, bolas, garrafas PET e prendedores de rou-
       pa, canetas, folhas de sulfite e imagem de diferentes modalidades de lutas.



24
Educação Física - 6a série - Volume 4




desenvolvimento da Situação de                    Etapa 3 – invasão equilibrada de território
aprendizagem 3
                                                     Sugira que os alunos permaneçam organi-
Etapa 1 – Movimentos de confronto e               zados em duplas dentro dos grupos. Delimite
oposição: o que é isso?                           uma área e divida-a em duas partes, cada gru-
                                                  po fica responsável por uma parte. Distribua
    Sugira aos alunos que, organizados em         em uma das partes objetos (bolas pequenas,
grupos, identifiquem e relatem uns aos outros     pedaços de madeira, prendedores de roupa,
quais são os nomes das lutas que conhecem.        garrafas PET pequenas etc.), que deverão ser
Proponha que escrevam as respostas em uma         capturados por um dos grupos.
folha ou cartaz. Na sequência, peça que iden-
tifiquem aquelas lutas cujos movimentos se           A captura dos objetos poderá ser feita
caracterizam por contatos corpo a corpo.          pelos alunos em pé ou equilibrando-se em
Se possível, mostre, após a discussão, imagens    um dos pés. Na opção “um pé só”, os obje-
de diferentes modalidades de lutas para que       tos deverão ser devolvidos quando os alunos
os alunos associem com os relatos.                tocarem o solo com o outro pé. O grupo que
                                                  defende/protege os objetos também deverá
Etapa 2 – desequilibrando meus colegas            se equilibrar em um pé só. Caso toque o solo
                                                  com o outro pé, a equipe deverá entregar um
   Organize a turma em quatro ou cinco gru-       dos objetos aos “invasores”.
pos, formando duplas em cada um deles. Sugi-
ra aos alunos que realizem a brincadeira briga       Se preferir, em vez de distribuir diversos ob-
de galo (agachados e/ou em pé). Estabeleça, se    jetos no chão, sugira que os alunos coloquem
preferirem, uma possível marcação de pontos.      prendedores de roupa em diferentes partes do
Por exemplo, se estiverem agachados, marca        corpo, para que sejam retirados pelo grupo
ponto aquele que conseguir desequilibrar o co-    adversário. Nesse caso, os alunos que defen-
lega e fazer com que ele coloque qualquer parte   dem apenas deverão esquivar-se dos ataques
do corpo no chão (mãos, joelhos, glúteos etc.).   utilizando as mãos, não podendo empurrar o
Podem ser atribuídos pontos diferentes para       colega que tenta retirar os prendedores.
cada parte do corpo que tocar o solo.
                                                     Outra possibilidade é propor que as
   Nessa etapa, é importante definir o que        invasões e defesas dos objetos sejam feitas por
pode ou não pode ser feito. Por exemplo,          duplas. Os grupos ou duplas deverão revezar
agachados ou em pé, os alunos devem es-           as funções de defensores e invasores dos terri-
tar com as mãos espalmadas, não sendo             tórios. Sugira um tempo para cada grupo cap-
permitido agarrar o colega, mas somente           turar os objetos ou prendedores de roupa, por
empurrá-lo, tocando-o.                            exemplo, 15 ou 20 segundos.

                                                                                                              25
SITUAçãO DE APRENDIzAGEM 4
                               LUTANDO COM OS AMIGOS

        Nesta Situação de Aprendizagem, os alu-          ferentes planos nos quais as lutas de confronto
     nos irão praticar o confronto corpo a corpo         e oposição são realizadas. As condutas positi-
     em diferentes posições. A intenção é que per-       vas também serão enfatizadas nesta Situação
     cebam a necessidade de estratégias para os di-      de Aprendizagem.


       Tempo previsto: 2 a 4 aulas.

       Conteúdos e temas: princípios de confronto e oposição nas lutas; condutas não violentas no
       confronto e oposição das lutas.

       Competências e habilidades: perceber e identificar as características individuais na realização
       dos gestos e movimentos de confronto das lutas; atribuir significado para as lutas que envol-
       vem confronto e oposição; valorizar e respeitar as condutas nas lutas.

       Recursos: giz, placas de EVA, gramado ou colchões e bolas.




     desenvolvimento da Situação de                      das para o ataque ou desvencilhar-se de uma
     aprendizagem 4                                      imobilização. Aproveite a mesma organiza-
                                                         ção dos alunos da etapa anterior e, caso a
     Etapa 1 – Empurrando meu colega para                escola possua placas de EVA ou colchões,
     fora do seu território: eu tenho a força...         oriente os alunos para que realizem dife-
     Será que tenho equilíbrio?                          rentes rolamentos (para a frente, para trás
                                                         e lateralmente).
        Aproveite a mesma organização dos alunos
     da Situação de Aprendizagem 3 e peça que, em            Providencie uma bola (de voleibol ou de
     duplas, de costas um para o outro, tentem des-      borracha) para cada dois grupos. Cada grupo
     locar (empurrar) seu oponente para fora de uma      irá escolher:
     área previamente definida. Outra possibilidade
     é empurrar o oponente utilizando os ombros.         f Um representante, que terá 20 ou 30 segun-
                                                           dos para capturar a bola de seu oponente,
     Etapa 2 – O confronto em busca da bola                por meio de estratégias que deverá pensar
                                                           e organizar para esse fim. Dentre essas, po-
        Os rolamentos nas lutas são importantes            derá rolar o colega no chão, sem recorrer a
     para amortecer as quedas, preparar investi-           atitudes ou condutas indesejadas.

26
Educação Física - 6a série - Volume 4




f O defensor da bola deverá assumir qual-          de movimentos e gestos nos confrontos:
   quer posição em plano baixo e, em hipótese
                                                   f Agarramentos: braços, pernas, quadris e
   alguma, poderá ficar em pé e usar os pés ou
                                                   tronco.
   as mãos para se livrar do confronto. A ideia
                                                   f Retenção: com as mãos e pés.
   é defender a bola – que estará envolvida
   pelo corpo – e para isso o aluno deverá pen-    f Desequilíbrios:     puxando,       empurrando,
   sar em maneiras de se defender dos agarrões     tracionando, carregando, levantando, proje-
   e investidas durante o confronto.               tando, rolando etc.
                                                   f Imobilização: rolando, agarrando, tracio-
   Os outros colegas poderão ajudar seus
                                                   nando etc.
representantes dando palpites ou dicas,
mas, em hipótese alguma, invadir a área de         f Esquivas: rolando, saltando, abaixando,
combate.                                           afastando, girando em torno de si mesmo etc.
                                                   f Resistência: opondo-se, empurrando, des-
   As duplas devem se revezar nas funções,
                                                   viando, atacando etc.
possibilitando que todos os componentes dos
grupos participem. Organize com os alunos a           Assim que todas as duplas realizarem os
contagem dos confrontos, as regras para ocu-       confrontos propostos, sugira que, em grupo,
pação e uso do espaço e a definição de condu-      relatem as facilidades, dificuldades e estraté-
tas não desejáveis. Muitas são as possibilidades   gias utilizadas.


                              ATIVIDADE AVALIADORA

                                                                                              © Dorling Kindersley/Getty Images
   Selecione com antecedência algumas ima-
gens de lutas que caracterizam confronto e
oposição dos lutadores. Proponha aos alunos
que identifiquem os gestos e movimentos das
lutas selecionadas.

   Pode ser interessante numerar as ima-
gens para que os alunos possam identificar
os gestos e os movimentos nelas caracteri-
zados. As identificações poderão ser feitas
em grupos e registradas em uma folha de
papel. Vamos tomar como exemplo a ima-
gem ao lado:                                       Figura 11 – Judocas lutando.




                                                                                                                                  27
f Quais movimentos as duas lutadoras estão     f Qual delas tem mais probabilidade de cair?
       realizando? Desequilíbrios? Agarramentos?      Por quê?

     f Quais são os possíveis movimentos a serem
       realizados pelas lutadoras?




                  PROPOSTA DE SITUAçÕES DE RECUPERAçãO

        Durante o percurso pelas várias etapas      doras referentes à dinâmica do confronto do
     das Situações de Aprendizagem, alguns alu-     judô ou de outra luta para posterior apresen-
     nos poderão não apreender os conteúdos da      tação em registro escrito. São elas:
     forma esperada. É necessário, então, profes-
     sor, criar outras Situações de Aprendizagem    f O judô é uma luta com armas ou uma luta
     em que as vivências de confronto e oposição      corpo a corpo?
     nas lutas estejam presentes. Elas devem ser
     diferentes, de preferência, daquelas que ge-   f Quais as partes do corpo utilizadas na prá-
     raram dificuldades para os alunos. Tais es-      tica do judô?
     tratégias podem ser desenvolvidas durante
     as aulas ou em outros momentos, envolver       f O que diferencia o judô de outras lutas?
     todos os alunos ou apenas aqueles que apre-
     sentaram dificuldades.                         f Como podemos cair sem nos machucar ou
                                                      sem machucar o colega?
       Como exemplo, sugerimos a elaboração de
     um roteiro de estudos com perguntas nortea-    f Quais são as formas de amortecer a queda?



            RECURSOS PARA AMPLIAR A PERSPECTIVA DO
       PROFESSOR E DO ALUNO PARA A COMPREENSãO DO TEMA

     Livros                                         de Janeiro: Guanabara Koogan, 2005, p.
                                                    244-261.
        CARREIRO, Eduardo. Lutas. In: DARIDO,
     Suraya Cristina; RANGEL, Irene Concei-            O capítulo traz informações sobre diferen-
     ção Andrade. Educação Física na escola:        tes lutas, além de apresentar possibilidades
     implicações para a prática pedagógica. Rio     pedagógicas para o tema.

28
Educação Física - 6a série - Volume 4




  REID, Howard; CROUCHER; Michael.                            Traz informações sobre origem e história de di-
O caminho do guerreiro: o paradoxo das artes              versas lutas e artes marciais, manifestações das lutas
marciais. São Paulo: Cultrix, 1984.                       nos diferentes continentes, além de indicação de fil-

   Os autores apresentam diferentes aspectos              mes e programação com matérias específicas.
do desenvolvimento das lutas no Oriente e seu
processo de ocidentalização.                                  Golpes do judô. Disponível em: <http://br.
                                                          geocities.com/carnalegria/judo/golpes.html>.
   OLIVIER, Jean C. Das brigas aos jogos com              Acesso em: 04 jun. 2009.
regras: enfrentando a indisciplina na escola.
Porto Alegre: Artmed, 2000.                                   Imagens da prática correta de golpes do judô.

   Nesse livro, o autor apresenta, por meio de jo-
                                                              Asvz Judo. Disponível em: <http://www.judo.
gos, diferentes situações de confronto e oposição
                                                          ethz.ch/photos/exams/o-soto-gari.gif>. Acesso
nas lutas, discute também as questões que envol-
                                                          em: 04 jun. 2009.
vem violência e condutas nas situações de aula.

artigos                                                       Animações sobre alguns golpes do judô.

    DRIGO, Alexandre Janotta et al. A cultura                 Fundação Nacional do Índio. Disponível em:
oriental e o processo de especialização precoce nas
                                                          <     http://www.funai.gov.br/indios/jogos/novas_
artes marciais. Lecturas: Educacion Fisica y Depor-
                                                          modalidades.htm#009 >. Acesso em: 04 jun. 2009.
tes (Revista Digital), Buenos Aires. v. 10, n. 86, jul.
2005. Disponível em: <http://www.efdeportes.com/
efd86/artm.htm>. Acesso em: 04 jun. 2009.                     Informações sobre lutas e jogos indígenas que
                                                          são utilizados como estratégias em lutas, torneios
   NASCIMENTO, Paulo Rogério Barbosa                      e competições entre diferentes tribos brasileiras.
do; ALMEIDA, Luciano. A tematização
das lutas na Educação Física escolar: res-
                                                          Filme
trições e possibilidades. In: Revista Movi-
mento. Porto Alegre. v. 13, n. 3, p. 91-110,
set./dez. 2007. Disponível em: <http://www.                   Kung fu panda. Direção: Mark Osborne;
seer.ufrgs.br/index.php/Movimento/article/                John Stevenson. EUA, 2008. 110min. Livre.
view/3567/1968>. Acesso em: 04 jun. 2009.
                                                              Desenho animado cuja narrativa se passa na
                                                          China, durante a Antiguidade. O personagem
Sites
                                                          principal é um panda que tem a incumbência de
  Discovery Channel. Disponível em: <http://              proteger o Vale da Paz de um terrível leopardo
www.discoverybrasil.com/artes_marciais_                   e, para isso, precisará se tornar um exímio luta-
home>. Acesso em: 04 jun. 2009.                           dor de kung fu.

                                                                                                                        29
COnSidERaçÕES FinaiS
         Professor, as Situações de Aprendizagem aqui        É preciso também lembrar que os temas
     propostas permitem as mais diferentes adapta-        e conteúdos propostos para o Ensino Fun-
     ções em virtude das características específicas de   damental constituem uma continuidade ao
     cada escola, assim como uma análise crítica de       longo das diversas séries e bimestres. Por-
     sua parte, para aperfeiçoar a Proposta Curricular    tanto, as Situações de Aprendizagem neles
     da disciplina de Educação Física. Esperamos ter      trabalhados, assim como habilidades e com-
     contribuído com o seu fazer cotidiano na perspec-    petências, não devem ser tomadas de modo
     tiva de ampliar o significado do Se-Movimentar       isolado, mas em relação ao que foi desenvol-
     dos alunos no âmbito da Cultura de Movimento.        vido anteriormente.




30
Educação Física - 6a série - Volume 4




QUadRO dE COnTEúdOS – EnSinO FUndaMEnTaL
                          5a série
                           -                                    6a série
                                                                 -                                    7a série
                                                                                                       -                                   8a série
                                                                                                                                            -
              Jogo e esporte: competição            Esporte                             Esporte                                 Luta
              e cooperação                          Modalidade individual: atletismo    Modalidade individual: atletismo        Modalidade: capoeira
              Jogos populares                       (corridas e saltos)                 (corridas e arremessos/lançamentos)     – Capoeira como luta, jogo e
              Jogos cooperativos                    – Princípios técnicos e táticos     – Princípios técnicos e táticos         esporte
              Jogos pré-desportivos                 – Principais regras                 – Principais regras                     – Princípios técnicos e táticos
              Esporte coletivo: princípios gerais   – Processo histórico                – Processo histórico                    – Processo histórico
1o bimestre




              – ataque                              atividade rítmica                   Luta                                    atividade rítmica
              – defesa                              Manifestações e representações      Modalidade: judô, caratê, tae kwon      Manifestações rítmicas ligadas
              – circulação da bola                  da cultura rítmica nacional         do, boxe etc.                           à cultura jovem: hip-hop, street
              Organismo humano, movi-               – Danças folclóricas/regionais      – Princípios técnicos e táticos         dance, entre outras
 -




              mento e saúde                         – Processo histórico                – Principais regras                     – Diferentes estilos como
              Capacidades físicas: noções           – A questão do gênero               – Processo histórico                    expressão sociocultural
              gerais                                Organismo humano, movimento         Organismo humano, movimento             – Principais passos e
              – Agilidade, velocidade e             e saúde                             e saúde                                 movimentos
              flexibilidade                         Capacidades físicas: aplicações     Capacidades físicas: aplicações no
              – Alongamento e aquecimento           no atletismo e atividade rítmica    atletismo e na luta

              Esporte                               Esporte                             Esporte                                 Esporte
              Modalidade coletiva: futsal           Modalidade coletiva: basquete-      Modalidade coletiva: a escolher         Modalidade coletiva: a escolher
              ou handebol                           bol ou voleibol                     – Técnicas e táticas como fatores de    – Técnicas e táticas como fato-
              – Princípios técnicos e táticos       – Princípios técnicos e táticos     aumento da complexidade do jogo         res de aumento da complexida-
              – Principais regras                   – Principais regras                 – Noções de arbitragem                  de do jogo
              – Processo histórico                  – Processo histórico                Ginástica                               – Noções de arbitragem
              Organismo humano, movi-               Organismo humano, movimento         Práticas contemporâneas: ginástica      – Processo histórico
              mento e saúde                         e saúde                             aeróbica, ginástica localizada, entre   O esporte na comunidade esco-
2o bimestre




              Capacidades físicas: noções           Capacidades físicas: aplicações     outras                                  lar e em seu entorno: espaços,
              gerais                                em esportes coletivos               – Princípios orientadores               tempos e interesses
              – Resistência e força                                                     – Técnicas e exercícios                 Espetacularização do esporte e
              – Postura                                                                                                         o esporte profissional
 -




                                                                                                                                – O esporte na mídia
                                                                                                                                – Os grandes eventos esportivos
                                                                                                                                atividade rítmica
                                                                                                                                Manifestações rítmicas ligadas
                                                                                                                                à cultura jovem: hip-hop, street
                                                                                                                                dance, entre outras
                                                                                                                                – Coreografias

              Esporte                               Esporte                             atividade rítmica                       Esporte
              Modalidade individual:                Modalidade individual: ginástica    Manifestações e representações de       Jogo e Esporte: diferenças
              ginástica artística ou ginástica      artística ou ginástica rítmica (a   outros países                           conceituais e na experiência
              rítmica                               modalidade não contemplada no       – Danças folclóricas                    dos jogadores
              – Principais gestos técnicos          3o bimestre da 5a série)            – Processo histórico                    – Modalidade “alternativa”:
              – Principais regras                   – Principais gestos técnicos        – A questão do gênero                   rúgbi, beisebol, badminton,
3o bimestre




              – Processo histórico                  – Principais regras                 Ginástica                               frisbee etc.
              Organismo humano, movi-               – Processo histórico                Práticas contemporâneas: ginásticas     – Princípios técnicos e táticos
              mento e saúde                         Ginástica                           de academia                             – Principais regras
              Aparelho locomotor e seus             Ginástica geral                     – Padrões de beleza corporal, ginás-    – Processo histórico
 -




              sistemas                              – Fundamentos e gestos              tica e saúde
                                                    – Processo histórico: dos           Organismo humano, movimento
                                                    métodos ginásticos à ginástica      e saúde
                                                    contemporânea                       Princípios e efeitos do treinamento
                                                                                        físico

              Esporte                               Esporte                             Esporte                                 atividade rítmica
              Modalidade coletiva: futebol          Modalidade coletiva: basquete-      Modalidade individual ou coletiva       Organização de festivais de
              ou handebol (a modalidade não         bol ou voleibol (a modalidade       (ainda não contemplada)                 dança
              contemplada no 2o bimestre)           não contemplada no 2o bimestre)     – Princípios técnicos e táticos         Esporte
4o bimestre




              – Princípios técnicos e táticos       – Princípios técnicos e táticos     – Principais regras                     Organização de campeonatos
              – Principais regras                   – Principais regras                 – Processo histórico
              – Processo histórico                  – Processo histórico                Organismo humano, movimento
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 -




              mento e saúde                         Princípios de confronto e           Atividade física/exercício físico:
              Noções gerais sobre ritmo             oposição                            implicações na obesidade e no
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                                                    A questão da violência              Doping: substâncias proibidas




                                                                                                                                                                   31
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Caderno do Professor: Educação Física 6a Série

  • 1. caderno do PROFESSOR EDUCAçÃO FÍSICA ensino fundamental a 6 - SÉRIE volume 4 – 2009
  • 2. Coordenação do Desenvolvimento dos Linguagens, Códigos e suas Tecnologias Conteúdos Programáticos e dos Cadernos dos Arte: Gisa Picosque, Mirian Celeste Martins, Professores Geraldo de Oliveira Suzigan, Jéssica Mami Makino Ghisleine Trigo Silveira e Sayonara Pereira Educação Física: Adalberto dos Santos Souza, AUTORES Jocimar Daolio, Luciana Venâncio, Luiz Sanches Neto, Mauro Betti e Sérgio Roberto Silveira Ciências Humanas e suas Tecnologias LEM – Inglês: Adriana Ranelli Weigel Borges, Alzira Filosofia: Paulo Miceli, Luiza Christov, Adilton da Silva Shimoura, Lívia de Araújo Donnini Rodrigues, Luís Martins e Renê José Trentin Silveira Priscila Mayumi Hayama e Sueli Salles Fidalgo Geografia: Angela Corrêa da Silva, Jaime Tadeu Língua Portuguesa: Alice Vieira, Débora Mallet Oliva, Raul Borges Guimarães, Regina Araujo, Pezarim de Angelo, Eliane Aparecida de Aguiar, Regina Célia Bega dos Santos e Sérgio Adas José Luís Marques López Landeira e João Henrique Governador História: Paulo Miceli, Diego López Silva, Nogueira Mateos José Serra Glaydson José da Silva, Mônica Lungov Bugelli e Raquel dos Santos Funari Matemática Sociologia: Heloisa Helena Teixeira de Souza Matemática: Nílson José Machado, Carlos Vice-Governador Eduardo de Souza Campos Granja, José Luiz Pastore Martins, Marcelo Santos Masset Lacombe, Alberto Goldman Mello, Roberto Perides Moisés, Rogério Ferreira da Melissa de Mattos Pimenta e Stella Christina Secretário da Educação Schrijnemaekers Fonseca, Ruy César Pietropaolo e Walter Spinelli Paulo Renato Souza Caderno do Gestor Secretário-Adjunto Ciências da Natureza e suas Tecnologias Lino de Macedo, Maria Eliza Fini e Guilherme Bueno de Camargo Biologia: Ghisleine Trigo Silveira, Fabíola Bovo Zuleika de Felice Murrie Mendonça, Felipe Bandoni de Oliveira, Lucilene Chefe de Gabinete Equipe de Produção Aparecida Esperante Limp, Maria Augusta Fernando Padula Querubim Rodrigues Pereira, Olga Aguilar Coordenação Executiva: Beatriz Scavazza Coordenadora de Estudos e Normas Santana, Paulo Roberto da Cunha, Rodrigo Assessores: Alex Barros, Beatriz Blay, Carla de Meira Pedagógicas Venturoso Mendes da Silveira e Solange Soares Leite, Eliane Yambanis, Heloisa Amaral Dias de Valéria de Souza de Camargo Oliveira, José Carlos Augusto, Luiza Christov, Maria Coordenador de Ensino da Região Ciências: Ghisleine Trigo Silveira, Cristina Eloisa Pires Tavares, Paulo Eduardo Mendes, Paulo Metropolitana da Grande São Paulo Leite, João Carlos Miguel Tomaz Micheletti Neto, Roberto da Cunha, Pepita Prata, Renata Elsa Stark, Julio Cézar Foschini Lisbôa, Lucilene Aparecida Ruy César Pietropaolo, Solange Wagner Locatelli e José Benedito de Oliveira Esperante Limp, Maíra Batistoni e Silva, Maria Vanessa Dias Moretti Coordenador de Ensino do Interior Augusta Querubim Rodrigues Pereira, Paulo Rubens Antonio Mandetta Rogério Miranda Correia, Renata Alves Ribeiro, Equipe Editorial Presidente da Fundação para o Ricardo Rechi Aguiar, Rosana dos Santos Jordão, Coordenação Executiva: Angela Sprenger Simone Jaconetti Ydi e Yassuko Hosoume Desenvolvimento da Educação – FDE Assessores: Denise Blanes e Luis Márcio Barbosa Fábio Bonini Simões de Lima Física: Luis Carlos de Menezes, Estevam Projeto Editorial: Zuleika de Felice Murrie Rouxinol, Guilherme Brockington, Ivã Gurgel, Luís Paulo de Carvalho Piassi, Marcelo de Carvalho Edição e Produção Editorial: Conexão Editorial, Bonetti, Maurício Pietrocola Pinto de Oliveira, Edições Jogo de Amarelinha e Occy Design EXECUÇÃO Maxwell Roger da Purificação Siqueira, Sonia (projeto gráfico) Salem e Yassuko Hosoume Coordenação Geral APOIO Química: Maria Eunice Ribeiro Marcondes, FDE – Fundação para o Desenvolvimento da Maria Inês Fini Denilse Morais Zambom, Fabio Luiz de Souza, Educação Concepção Hebe Ribeiro da Cruz Peixoto, Isis Valença de Sousa Guiomar Namo de Mello Santos, Luciane Hiromi Akahoshi, Maria Fernanda CTP, Impressão e Acabamento Lino de Macedo Penteado Lamas e Yvone Mussa Esperidião Imprensa Oficial do Estado de São Paulo Luis Carlos de Menezes Maria Inês Fini A Secretaria da Educação do Estado de São Paulo autoriza a reprodução do conteúdo do material de sua titularidade pelas demais secretarias de educação do país, desde que mantida a integridade da obra e dos créditos, ressaltando que direitos autorais protegi- Ruy Berger dos* deverão ser diretamente negociados com seus próprios titulares, sob pena de infração aos artigos da Lei nº 9.610/98. GESTÃO * Constituem “direitos autorais protegidos” todas e quaisquer obras de terceiros reproduzidas no material da SEE-SP que não estejam em domínio público nos termos do artigo 41 da Lei de Direitos Autorais. Fundação Carlos Alberto Vanzolini Presidente do Conselho Curador: Antonio Rafael Namur Muscat Catalogação na Fonte: Centro de Referência em Educação Mario Covas Presidente da Diretoria Executiva: São Paulo (Estado) Secretaria da Educação. Mauro Zilbovicius S239c Diretor de Gestão de Tecnologias Caderno do professor: educação física, ensino fundamental – 6ª série, - aplicadas à Educação: volume 4 / Secretaria da Educação; coordenação geral, Maria Inês Fini; Guilherme Ary Plonski equipe, Jocimar Daolio, Luciana Venâncio, Luiz Sanches Neto, Mauro Betti. – Coordenadoras Executivas de Projetos: São Paulo : SEE, 2009. Beatriz Scavazza e Angela Sprenger ISBN 978-85-7849-396-7 COORDENAÇÃO TÉCNICA 1. Educação Física 2. Ensino Fundamental 3. Estudo e ensino I. Fini, Maria CENP – Coordenadoria de Estudos e Normas Inês. II. Daolio, Jocimar. III. Venâncio, Luciana. IV. Sanches Neto, Luiz. V. Betti, Pedagógicas Mauro. VI. Título. CDU: 373.3:796
  • 3. Caras professoras e caros professores, Este exemplar do Caderno do Professor completa o trabalho que fizemos de revisão para o aprimoramento da Proposta Curricular de 5- a 8- séries do Ensino a a Fundamental – Ciclo II e do Ensino Médio do Estado de São Paulo. Graças às análises e sugestões de todos os professores pudemos finalmente completar um dos muitos recursos criados para apoiar o trabalho em sala de aula. O conjunto dos Cadernos do Professor constitui a base estrutural das aprendi- zagens fundamentais a serem desenvolvidas pelos alunos. A riqueza, a complementaridade e a marca de cada um de vocês nessa elabo- ração foram decisivas para que, a partir desse currículo, seja possível promover as aprendizagens de todos os alunos. Bom trabalho! Paulo Renato Souza Secretário da Educação do Estado de São Paulo
  • 4. Sumário São Paulo faz escola – Uma Proposta Curricular para o Estado 5 Ficha do Caderno 7 Orientação sobre os conteúdos do Caderno 8 Tema 1 – Esporte – Modalidade coletiva: voleibol 10 Situação de Aprendizagem 1 – O voleibol já é do conhecimento de todos os alunos 12 Situação de Aprendizagem 2 – Para jogar é preciso saber as técnicas? 13 Atividade Avaliadora 17 Proposta de Situações de Recuperação 18 Recursos para ampliar a perspectiva do professor e do aluno para a compreensão do tema 18 Tema 2 – Luta: judô 20 Situação de Aprendizagem 3 – Reconhecendo as lutas 24 Situação de Aprendizagem 4 – Lutando com os amigos 26 Atividade Avaliadora 27 Proposta de Situações de Recuperação 28 Recursos para ampliar a perspectiva do professor e do aluno para a compreensão do tema 28 Considerações finais 30 Quadro de Conteúdos 31
  • 5. SãO PaULO Faz ESCOLa – UMa PROPOSTa CURRiCULaR PaRa O ESTadO Caros(as) professores(as), Este volume dos Cadernos do Professor completa o conjunto de documen- tos de apoio ao trabalho de gestão do currículo em sala de aula enviados aos professores em 2009. Com esses documentos, a Secretaria espera apoiar seus professores para que a organização dos trabalhos em sala de aula seja mais eficiente. Mesmo reconhecendo a existência de classes heterogêneas e numerosas, com alunos em diferentes estágios de aprendizagem, confiamos na capacidade de nossos pro- fessores em lidar com as diferenças e a partir delas estimular o crescimento coletivo e a cooperação entre eles. A estruturação deste volume dos Cadernos procurou mais uma vez favore- cer a harmonia entre o que é necessário aprender e a maneira mais adequada, significativa e motivadora de ensinar aos alunos. Reiteramos nossa confiança no trabalho dos professores e mais uma vez ressaltamos o grande significado de sua participação na construção dos conhe- cimentos dos alunos. Maria Inês Fini Coordenadora Geral Projeto São Paulo Faz Escola 5
  • 6. 6
  • 7. FiCha dO CadERnO Esporte - Modalidade coletiva; Luta nome da disciplina: Educação Física área: Linguagens, Códigos e suas Tecnologias Etapa da educação básica: Ensino Fundamental Série: 6ª Volume: 4 Temas e conteúdos: Esporte Luta 7
  • 8. ORiEnTaçãO SObRE OS COnTEúdOS dO CadERnO Professor, este Caderno foi elaborado para No segundo tema, o judô será tomado servir de apoio ao seu trabalho pedagógico co- como exemplo para a discussão dos princí- tidiano com a 6ª série do Ensino Fundamental. pios de confronto e oposição, de classificação Os temas deste 4º bimestre são enfocados a partir e de organização das lutas. Esse tema também da concepção teórica da disciplina, já explicitada tratará da questão da violência atribuída e anteriormente, fundamentada nos conceitos de associada às lutas. Cabe ressaltar que outras Cultura de Movimento e Se-Movimentar. lutas serão mencionadas, de modo a ampliar a abordagem geral do tema. Espera-se com Assim, pretende-se que as Situações de isso que os alunos possam valorizar e reco- Aprendizagem aqui sugeridas para os temas nhecer a importância das condutas respeito- Esporte e Luta possibilitem que os alunos di- sas e colaborativas nas lutas. versifiquem, sistematizem e aprofundem suas experiências do Se-Movimentar no âmbito das Os procedimentos propostos para a avalia- culturas lúdica e esportiva, tanto para propor- ção caminham na direção de uma avaliação cionar novas experiências de Se-Movimentar integrada das condutas dos alunos no pro- (permitindo aos alunos estabelecerem novas cesso de ensino e aprendizagem, sem esta- significações) como para dar novos significa- belecer procedimentos isolados e formais. dos a experiências já vivenciadas. Espera-se As Atividades Avaliadoras devem favorecer que o enfoque adotado para o desenvolvimen- a geração, por parte dos alunos, de infor- to dos conteúdos deste bimestre seja compatí- mações ou indícios, qualitativos e quan- vel com as intencionalidades do projeto polí- titativos, verbais e não verbais, que serão tico-pedagógico de cada escola. interpretados pelo professor, nos termos das competências e habilidades que se pre- Neste 4º bimestre da 6ª série, serão de- tende desenvolver em cada tema/conteúdo. senvolvidos os temas Esporte – Modalidade Privilegia-se a proposição de Situações de Coletiva e Luta. O primeiro abordará o vo- Aprendizagem que favoreçam a aplicação leibol como modalidade esportiva coletiva, dos conhecimentos em situações cotidianas discutindo seus princípios técnicos e táticos, e a elaboração de textos-síntese relaciona- suas regras e seu processo histórico. Espera-se dos aos temas abordados. Serão também que os alunos sejam capazes de compreender priorizados os questionamentos aos alu- as principais regras e o processo histórico de nos, visando checar a compreensão dos desenvolvimento dessa modalidade, aplicar os conteúdos e a aquisição das competências princípios técnicos e táticos e analisar as dife- e das habilidades propostas ao longo das rentes possibilidades de vivenciar o voleibol. aulas. 8
  • 9. Educação Física - 6a série - Volume 4 A quadra é o tradicional espaço da aula são de restringir ou limitar as possibilidades de Educação Física, mas algumas Situações de do seu fazer pedagógico. Aprendizagem aqui sugeridas poderão ser desenvolvidas no espaço da sala de aula, no De acordo com o projeto político-pedagó- pátio externo, na biblioteca, na sala de infor- gico da escola e da sua condução do compo- mática ou de vídeo, bem como em espaços da nente curricular, é possível que os temas nele comunidade local, desde que compatíveis com elencados, selecionados entre os propostos no as atividades programadas. Algumas etapas Caderno do Professor, não coincidam com as também podem ser realizadas pelos alunos atividades que vêm sendo desenvolvidas na como atividade extra-aula (pesquisas, produ- escola. Neste caso, a expectativa é subsidiar ção de textos etc.). a condução dessas atividades para que sejam realizadas de maneira similar às propostas no As orientações e sugestões a seguir pretendem Caderno do Aluno. oferecer-lhe subsídios para o desenvolvimen- to dos temas apresentados. Não pretendem Para otimizar seu tempo em quadra, o apresentar as Situações de Aprendizagem Caderno do Aluno apresenta as Situações como as únicas a serem realizadas, nem res- de Aprendizagem de caráter teórico, também tringir sua criatividade, como professor, para propostas no Caderno do Professor, como outras atividades ou variações de abordagem sugestões de pesquisa e atividades de lição de dos mesmos temas. casa. Além disso, traz, em todos os volumes, dicas sobre nutrição ou postura, a fim de con- Nesse mesmo sentido, o Caderno do Aluno tribuir para a construção da autonomia dos é mais um instrumento para servir de apoio alunos, um dos princípios da Proposta Curri- ao seu trabalho e ao aprendizado dos alunos. cular da disciplina. Elaborado com base no Caderno do Profes- sor, esse material adicional não tem a preten- Isto posto, professor, bom trabalho! 9
  • 10. TEMa 1 – ESPORTE – MOdaLidadE COLETiVa: VOLEibOL O voleibol foi criado pelo norte-americano No masculino, o Brasil iniciou sua trajetória William G. Morgan, em 1895, então diretor vitoriosa na Liga Mundial em 1993. De 2001 a de Educação Física da Associação Cristã de 2007 disputou todas as finais, sendo vice-cam- Moços (ACM). Naquela época, o principal peão em 2002 e 4º colocado em 2008. Em julho esporte nos Estados Unidos, o basquetebol, de 2009 conquistou mais um título, tornando-se estava em crescente difusão, especialmente octacampeão da Liga Mundial. entre os jovens. Entre as pessoas mais velhas, era considerado um jogo cansativo, em razão No feminino, os resultados alcançados pelo de sua dinâmica. Foi como uma alternativa ao país também têm sido expressivos: vice-campeão basquetebol que Morgan idealizou um jogo da Copa do Mundo (1995, 2003 e 2007) e que exigiria menos esforço e nenhum contato campeão olímpico (2008), além de oito títulos do físico entre seus praticantes, atendendo assim Grand Prix, competição anual criada em 1993. ao público mais velho. Para limitar os deslo- camentos, Morgan empregou uma rede seme- As modalidades esportivas coletivas reuni- lhante à de tênis, com uma altura aproxima- das na Proposta Curricular de Educação Física da de 1,90 metro, sobre a qual uma bola feita foram agrupadas e compreendidas a partir da com a câmara da bola de basquetebol seria categoria Esporte Coletivo, que reúne o futsal, rebatida entre duas equipes. o handebol, o basquetebol, o voleibol, o futebol de campo, entre outras. As modalidades coletivas Logo o voleibol começou a ganhar adeptos, foram estruturadas com base em algumas seme- sendo difundido e introduzido em outros paí- lhanças: em todas, duas equipes disputam um ses. O Canadá foi o primeiro a receber o novo implemento (a bola), criando táticas para levá-lo esporte, em 1900. Posteriormente, passou a ser a um alvo, enquanto devem proteger o próprio praticado em outras nações, como Cuba, Fili- alvo das investidas da equipe adversária. O volei- pinas e Japão, Porto Rico, Peru, Uruguai. No bol, porém, apresenta algumas variações em rela- Brasil, fontes oficiais indicam que o voleibol foi ção ao alvo, à circulação de bola e à marcação. introduzido entre 1915 e 1917 pela ACM. As Situações de Aprendizagem e as ativida- Atualmente, nosso país ocupa posição de des propostas para o voleibol seguem os níveis destaque nesse esporte como uma das maio- de relação propostos por Garganta (1995), res potências tanto do vôlei de quadra como sempre vinculados aos seis princípios opera- do vôlei de praia (variação do jogo de quadra, cionais descritos por Bayer (1994), dividindo-os em que a equipe é formada por uma dupla). em ataque e defesa. 10
  • 11. Educação Física - 6a série - Volume 4 Em situação de ataque: adversário. Com isso, a recuperação da bola nunca é efetuada por meio de uma f Conservação da posse de bola. interceptação de um passe, já que nesse momento a equipe adversária assiste ao f Progressão da bola e da equipe em direção desenvolvimento da jogada de ataque do ao alvo adversário. adversário. Assim, a recuperação da bola acontece por ação de bloqueio ou defesa da f Finalização em direção ao alvo. equipe que está sem a posse de bola ou por erro do adversário (no passe ou ao desper- Em situação de defesa: diçar o ataque). © Stephane Reix/Photo & Co./Corbis-Latinstock f Recuperação da posse de bola. f Contenção da bola e da equipe adversária em direção ao próprio alvo. f Proteção do alvo. Em função de o voleibol ter uma estru- tura diferente em sua dinâmica de jogo (a noção de alvo e a presença de uma rede que estabelece e delimita claramente os campos de defesa e de ataque, e o não contato físico entre as equipes), adaptaremos a proposta de Bayer. Enquanto nas outras modalidades a conservação da posse de bola é ilimitada (futsal, handebol etc.) ou limitada por um tempo (basquetebol), no voleibol a pos- se de bola é limitada pelo número máximo de passes que a equipe pode efetuar (três). Isso muda a dinâmica do jogo e, portanto, a forma de ensiná-lo aos alunos. O uso da rede faz com que as equipes não penetrem na quadra do adversário, o que estabelece Figura 1 – Voleibol: conservação e recuperação da bola. uma relação de não contato físico com o 11
  • 12. Nessa modalidade, diferenciam-se tam- algumas situações), resta ao time que está bém tanto a progressão da bola e da equipe sem a bola se posicionar bem e executar o em direção ao alvo adversário como a con- bloqueio ou a defesa para tentar recuperar tenção da bola e da equipe adversária em di- sua posse. reção ao próprio alvo. O alvo pode ser a qua- dra e o próprio oponente, pois marcam-se A manutenção da posse de bola está pontos se a bola cair dentro da quadra ad- diretamente relacionada com o ataque ao versária ou se, após uma ação de ataque, alvo, já que a equipe que está com a bola a bola tocar no adversário e cair em qual- não pode fazer mais de três passes e, por quer parte da quadra de defesa dessa equipe isso, deve se “livrar” da bola atacando a (seja dentro, seja fora da quadra). Portanto, equipe adversária. A proteção do alvo o alvo não se limita à cesta, como no bas- ocorre de maneira diferente na comparação quetebol, ou à meta, como no futsal e no com os demais esportes coletivos. Embo- handebol. Toda a quadra pode ser o alvo, o ra exista a figura do líbero, cuja função é que exige uma distribuição atenta dos joga- apenas defender, todos os jogadores de- dores. Como não pode haver invasão do ter- vem proteger o alvo, isto é, a quadra e seus ritório ocupado pela outra equipe (salvo em companheiros. SITUAçãO DE APRENDIzAGEM 1 O VOLEIBOL JÁ É DO CONHECIMENTO DE TODOS OS ALUNOS A apresentação do voleibol para os alunos atuais. A proposta é desenvolver um entendi- pode ser feita a partir do histórico da mo- mento da lógica geral desse jogo a partir do dalidade, associando-o aos acontecimentos vôlei-câmbio. Tempo previsto: 1 a 2 aulas. Conteúdos e temas: o surgimento do voleibol: entendimento e construção da modalidade com os alunos. Competências e habilidades: entender a história do voleibol; compreender a estrutura básica da modalidade. Recursos: bolas de voleibol; bolas maiores e mais leves; redes de voleibol; canetas e folhas de sulfite. 12
  • 13. Educação Física - 6a série - Volume 4 desenvolvimento da Situação de introduzidas com a finalidade de ir aproxi- aprendizagem 1 mando o vôlei-câmbio do jogo de voleibol, como permitir que se agarre a bola somente Etapa 1 – O jogo possível: o vôlei-câmbio na recepção e no primeiro passe, introduzin- do-se as rebatidas em seguida; ou utilizar Primeiro trabalhe o histórico do voleibol uma bola maior e mais leve, a fim de facili- e sua grande repercussão no Brasil atual- tar as rebatidas. mente. Depois, procure reconstruir o jogo com a realização do vôlei-câmbio, cuja es- Etapa 2 – Pensando nas estratégias do jogo trutura se assemelha à do voleibol, a despei- to de os passes serem realizados com a bola Solicite aos alunos, em grupos, que elabo- dominada, e não rebatida. Nessa adaptação rem estratégias para o jogo de vôlei-câmbio e do voleibol, segurar a bola representa a pos- que as registrem por escrito e/ou com ilustra- sibilidade concreta de jogá-lo, facilitando a ções. Proponha que tentem aplicar as estraté- participação dos alunos, visto que nesta fai- gias durante os próximos jogos. Depois dessa xa etária é, ainda, difícil executar um passe vivência, analise e discuta com a turma o que com precisão. Algumas variações podem ser foi proposto. SITUAçãO DE APRENDIzAGEM 2 PARA JOGAR É PRECISO SABER AS TÉCNICAS? É importante priorizar a dinâmica do jogo possibilidade para se chegar ao jogo formal. As em detrimento da técnica “fechada e padroni- várias etapas desta Situação de Aprendizagem zada”, muitas vezes entendida como a única pretendem reconstruir a dinâmica do voleibol. Tempo previsto: 5 a 6 aulas. Conteúdos e temas: princípios técnicos e táticos do voleibol; jogos reduzidos. Competências e habilidades: identificar e aplicar em situações-problema os princípios técnicos e táticos do voleibol; compreender a dinâmica tática da modalidade; identificar e analisar as dife- rentes possibilidades de espaço e número de participantes na organização do voleibol; entender diversas possibilidades dos sistemas de jogo e táticas. Recursos: bolas de borracha, bolas de voleibol, rede de voleibol, banco sueco, plástico, jor- nal, peteca, cones, barbante, câmera de vídeo (opcional). 13
  • 14. desenvolvimento da Situação de bola. Várias atividades podem ser feitas com aprendizagem 2 esse objetivo: Etapa 1 – Eu-bola Troca de passes em duplas ou em trios Nessa etapa, procure fazer com que o f Troca de passes com distâncias variadas. aluno se familiarize com a bola de voleibol. Inicialmente, podem ser utilizadas bolas de f Deslocamentos em duplas ou em trios tro- diferentes tamanhos e pesos. Posteriormente, cando passes. contudo, as atividades deverão fazer uso ape- nas de bolas de voleibol. Realize atividades f Troca de passes em grupo, utilizando mais de condução, de recepção, de passes, sem se de uma bola etc. preocupar com as regras específicas do jogo. O importante é que os alunos percebam a ne- Etapa 3 – Eu-bola-alvo cessidade de dominar a bola realizando várias ações, sem impor uma forma única de recep- Nessa etapa, a intenção é praticar o lan- ção ou de passe. Essas atividades de domínio çamento da bola em direção à quadra ad- de bola podem ser praticadas no início de versária, com o objetivo de se atingir o alvo; várias aulas, servindo também como aqueci- no caso do voleibol, a outra metade da qua- mento para outras ações. dra. Nessa modalidade, as situações em que isso ocorre são no saque (ação para iniciar Ao observar que os alunos se sentem se- um jogo ou para repor a bola em jogo após guros retendo e manipulando a bola, deve-se o ponto) e no ataque (ação ofensiva em que estimulá-los a rebatê-la, tanto com os dedos uma equipe, após receber a bola da equipe (toque) como com os antebraços (manchete), adversária, realiza os três passes visando conforme exigem as regras do voleibol. finalizar a jogada em direção à quadra ad- versária). Distribua arcos, cones, bolas pela Etapa 2 – Eu-bola-colegas(s) quadra para que os alunos, ao vivenciarem as situações de saque e ataque, atinjam os al- Nesse momento, a intenção é o controle vos estabelecidos. Pode-se também dividi-los de bola coletivamente, com um colega (du- em duas equipes e conferir pontos diferentes plas) e com grupos maiores (trios, quartetos, para cada alvo acertado. quintetos). A preocupação aqui deve ser a contínua troca de passes entre os alunos do Etapa 4 – Eu-bola-colega(s)-alvo grupo sem deixar a bola cair. Depois de pra- ticar trocas de passes retendo a bola, os alunos As situações propostas, nessa etapa, de- deverão tentar a troca de passes rebatendo a vem envolver a troca de passes entre os alunos 14
  • 15. Educação Física - 6a série - Volume 4 e a conclusão do ataque com finalização na Etapa 5 – Eu-bola-colega(s)-adversá- quadra adversária. O ataque representa, nor- rio(s)-alvo malmente, o terceiro contato da equipe com a bola e essa ação é conhecida como cortada, Nesse nível de relação, estarão presentes que consiste em rebater a bola rapidamente todos os princípios operacionais explicitados para a quadra adversária. A bola pode tam- por Bayer (1994), já que as situações de ata- bém ser colocada em um espaço desguarnecido que e de defesa estarão bem definidas. da quadra adversária. O jogo “rede viva” pode ser útil para o início As atividades a serem desenvolvidas permi- da organização das situações de ataque e defe- tirão o trabalho com diferentes situações de sa do voleibol. Divida a turma em três equipes, jogo, como colocar um aluno para fazer o pas- sendo que duas vão jogar e a outra servirá de se, enquanto um segundo faz o levantamento rede. Para facilitar a recuperação da bola pelo para o primeiro atacar em direção à quadra grupo que assume a posição de rede, coloque-o adversária. Essa formação proporciona a pos- sobre o banco sueco. As duas equipes come- sibilidade de variações de posicionamento dos çam um jogo de voleibol, realizando três passes alunos. Nessa etapa é importante enfatizar a a cada vez que a bola estiver em sua quadra e a realização dos três passes permitidos e a rápi- enviando, em seguida, para a quadra adversá- da troca de passes entre os alunos, variando os ria. Sempre que a bola tocar na rede viva, tro- locais e as formas de finalização em direção à ca-se a posição das equipes, ou seja, a rede viva quadra adversária. Além disso, alvos podem passa a ocupar o lugar da equipe que perdeu a ser colocados na quadra adversária para se- bola para a rede. Esse jogo propicia dinamismo rem atingidos. e exige grande atenção por parte dos alunos, já que é constante a troca de posições durante sua Podem ser desencadeadas situações com ou- prática. Ele também possibilita variações. Por tros alvos que não a quadra adversária, a fim de exemplo, caso não haja banco sueco, os alunos estimular ações de ataque como, por exemplo, que estão na rede poderão saltar (verticalmen- o jogo “três-corta”, em que os alunos, em círcu- te) para tocar na bola e assim recuperá-la. lo, trocam passes entre si para que, no terceiro passe (cortada), tentem acertar um aluno que Outra atividade interessante é o “vôlei no esteja sentado no centro da roda em posição de escuro”. Organize espaços que permitam re- alvo do jogo. Se o aluno-alvo conseguir segu- presentar várias quadras, a fim de que todos rar a bola, troca de posição com quem realizou os alunos participem. Com jornal ou plástico a cortada. Se o aluno que realizou a cortada (ou qualquer outro tipo de material) cubra a não acertar o alvo, ele se torna o próximo alvo. rede, de modo que as equipes não visualizem Deve-se utilizar uma bola de borracha leve, a a quadra adversária. Nessa atividade às escu- fim de que nenhum aluno se machuque. ras, alguns alunos podem atuar como árbitros, 15
  • 16. para que analisem o andamento da partida e Etapa 7 – O jogo de voleibol as estratégias utilizadas pelas equipes. Após a realização de várias situações reduzi- Outra sugestão é trabalhar um jogo popu- das, chegou a hora de trabalhar efetivamente com lar: a peteca. Este jogo tem como objetivo o jogo formal de voleibol (6 x 6), orientado por rebater a peteca em direção à quadra adver- algumas regras básicas, que podem ser adaptadas sária. Como a intenção é fazer com que os conforme as intenções e os objetivos pretendidos. alunos transfiram elementos desse esporte Preocupe-se com a distribuição dos alunos em para o voleibol, sugere-se que sejam efetuados quadra, especialmente com o posicionamento três passes antes de se realizar o ataque contra defensivo para recuperar a bola após um ataque a equipe adversária. A estrutura do jogo seria adversário. Nesse momento, seria interessante a mesma do voleibol, com mudança, apenas, explicar-lhes a função defensiva do líbero. do objeto a ser rebatido. Caso considere necessário, interrompa o jogo Etapa 6 – Jogos reduzidos a fim de orientar o posicionamento dos alunos, explicar os sistemas de jogo e também proble- Nessa etapa, deve-se propor a realização matizar as possibilidades de cada jogada. Nada de jogos reduzidos, em meia quadra partindo impede que as regras sejam alteradas conforme da composição 2 x 2, 3 x 3, 4 x 4 e 5 x 5. Os as necessidades do grupo. Um procedimento pos- jogos reduzidos são excelentes oportunidades sível é permitir um ou mais “pingos” da bola na para os alunos compreenderem as demandas quadra para que o jogo prossiga. Se existir exces- táticas e as exigências técnicas do jogo, uma siva dificuldade em recepcionar o saque adversá- vez que ocorrem em situações simplificadas, rio (o saque pode ser visto como uma primeira porém próximas da situação real, além de pro- forma de ataque), por que não permitir que os piciar que todos os participantes toquem na alunos segurem a bola no primeiro toque? bola durante a atividade. © Eran Yardeni/Alamy-Otherimages Professor, para que todos os alunos efetiva- mente joguem durante essa etapa, transforme a quadra em várias pequenas quadras. Basta ter um barbante ou qualquer outro material para montar a rede. Procure interromper o jogo sempre que necessário, alertando os alunos para seu posicionamento, de seus companheiros e de seus adversários, bem como enfatizando as regras do voleibol. Nesse momento, deve-se também mostrar aos alunos variações táticas de posicionamento de defesa e ataque. Figura 2 – Possibilidade de prática do voleibol. 16
  • 17. Educação Física - 6a série - Volume 4 © Eurostyle Graphics/Alamy-Otherimages © Tom Carter/Latinstock Figuras 3 e 4 – Possibilidades de prática do voleibol. ATIVIDADE AVALIADORA Proponha situações características da moda- f Em quais aspectos a presença do árbitro é lidade voleibol, apresentando-as como problemas importante no voleibol? a serem discutidos, vivenciados e solucionados pelos alunos, por escrito ou demonstrados na f Qual o melhor posicionamento para a de- quadra. Tal estratégia possibilitará avaliar a ca- fesa quando recebe uma bola de saque? pacidade dos alunos para pensar taticamente o E quando defende uma cortada na ponta voleibol. Não valorize a realização em termos de da rede? execução perfeita das ações específicas do jogo ou da consecução do ponto após a ação. Avalie f Vocês alterariam alguma regra da modali- se os alunos compreendem a situação de jogo dade? Qual? Por quê? proposta e as suas iniciativas para solucioná-la. Seguem alguns exemplos de questões a serem Discuta com os alunos as respostas apre- apresentadas aos alunos: sentadas e dê as orientações necessárias. É importante garantir que os alunos atentem f Quais as diferenças entre as atividades desen- para a organização tática coletiva do voleibol. volvidas: “vôlei-câmbio”, “vôlei no escuro” Para tanto, descreva situações reais de partidas, e “rede viva”? colocando-os como árbitros e pedindo sua opi- f O espaço físico é fator importante para ga- nião. Se possível, para enriquecer essa discussão rantir a organização do voleibol? Explique. e, se houver material disponível, grave os jogos dos alunos para que eles analisem as próprias f Qual a diferença entre jogar o voleibol com ações. Essa situação pode ser operacionalizada menos jogadores na equipe e com o núme- em forma de gincana, para que os vários grupos ro oficial definido pela regra? respondam às questões, contando pontos para f O que é um ataque no voleibol? Como ele as respostas certas. O objetivo é que os alunos se realiza e para que serve a cortada? retomem as regras do voleibol. 17
  • 18. PROPOSTA DE SITUAçÕES DE RECUPERAçãO Durante o percurso pelas várias etapas dificuldades. Podem ser, por exemplo: das Situações de Aprendizagem, alguns alunos poderão não apreender os conteú- f atividade-síntese de um determinado con- dos ou não desenvolver as habilidades da teúdo, em que as várias atividades serão forma esperada. É necessário, então, pro- refeitas numa única aula e discutidas pos- fessor, elaborar outras Situações de Apren- teriormente. Por exemplo: circuito que dizagem, permitindo ao aluno “revisitar” contemple diferentes preceitos e esquemas de outra maneira o processo. Tais estraté- táticos do voleibol; gias podem ser desenvolvidas durante as aulas ou em outros momentos, individualmente ou f apresentação de uma situação de jogo em pequenos grupos, envolver todos os alu- para que o aluno resolva o problema apre- nos ou apenas aqueles que apresentaram sentado. RECURSOS PARA AMPLIAR A PERSPECTIVA DO PROFESSOR E DO ALUNO PARA A COMPREENSãO DO TEMA Livros BAYER, Claude. O ensino dos desportos GRECO, Pablo J. (Org.) Iniciação esportiva colectivos. Lisboa: Dinalivros, 1994. universal: metodologia da iniciação esportiva na escola e no clube. 1ª reimpressão. Belo Ho- Apresenta o esporte coletivo como uma cate- rizonte: UFMG, 2007. v. 2. goria – partindo das semelhanças estruturais das modalidades, além de possibilidades pedagógicas. O livro apresenta estratégias para a inicia- ção esportiva nas modalidades coletivas. GARGANTA, Júlio. Para uma teoria dos jo- gos desportivos colectivos. In: OLIVEIRA, Júlio; MARCHI Jr., Wanderley. “Sacando” o volei- GRAçA, A. O ensino dos jogos desportivos. 2. ed. bol. São Paulo: Hucitec; Ijuí: Unijuí, 2004. Porto: Universidade do Porto, 1995, p. 11-25. Apresenta uma leitura da história do vo- O capítulo apresenta possibilidades de in- leibol, abrangendo sua evolução de esporte tervenção pedagógica na prática das modali- amador para mercadoria espetacularizada no dades esportivas coletivas. universo da sociedade de consumo. 18
  • 19. Educação Física - 6a série - Volume 4 artigos Filme DAOLIO, Jocimar. Jogos esportivos coletivos: Os reis da praia (Side out). Direção: Peter dos princípios operacionais aos gestos técnicos – Israelson. EUA, 1990. 100min. modelo pendular a partir das ideias de Claude Bayer. Revista Brasileira de Ciência e Movimen- Monroe Clark é um estudante de Direito que, to. v. 10, n. 4, p. 99-103, 2002. Disponível em: durante o verão, vai para a Califórnia trabalhar < http://portalrevistas.ucb.br/index.php/RBCM/ no escritório de seu tio Max. O jovem recebe uma issue/view/43 >. Acesso em: 29 maio 2009. missão: entregar uma ordem de despejo para zack Barnes, um ex-jogador de vôlei de praia. Barnes, Apresenta um modelo pendular para o en- para não ser despejado, faz uma proposta a Clark: sino dos esportes coletivos, partindo dos prin- os dois formarem uma dupla e disputarem o mais cípios operacionais até os gestos técnicos. importante torneio de vôlei de praia no mundo. SADI, Renato M.; COSTA, Janaina C.; Sites SACCO, Bárbara T. Ensino de esportes por meio de jogos: desenvolvimento e aplicações. Existem inúmeros sites sobre voleibol que po- Pensar a prática. v. 11, n. 1, 2008. Disponível em: dem auxiliar tanto o aluno quanto o professor em <http://www.revistas.ufg.br/index.php/fef/ seus estudos e pesquisas para o aprofundamento do article/view/1298/3333 >. Acesso em: 29 maio 2009. tema, com informações oficiais sobre competições e transmissões pela televisão. Também apresentam Apresenta o ensino de esporte por meio de as regras oficiais da modalidade, algumas informa- jogos, com procedimentos pedagógicos e me- ções históricas, artigos informativos, seleção de fo- todológicos relativos a jogos de invasão. tos, as principais conquistas das seleções nacionais em várias categorias e acesso para outros sites, bem SILVA, Thatiana A. F.; ROSE Jr., Dante de. como alguns pequenos vídeos. Disponível em: Iniciação nas modalidades esportivas coletivas: a importância da dimensão tática. Revista Ma- Federação Internacional de Voleibol (FIBV). ckenzie de Educação Física e Esporte. v. 4, n. 4, Disponível em: < http://www.fivb.org>. Acesso p. 71-93, 2005. Disponível em: < http://www4. em: 10 jul. 2009. mackenzie.com.br/fileadmin/Graduacao/CCBS/ Cursos/Educacao_Fisica/REMEFE-4-4-2005/ Confederação Brasileira de Voleibol (CBV). Dis- art5_edfis4n4.pdf >. Acesso em: 29 maio 2009. ponível em: < http://www.volei.org.br >. Acesso em: 10 jul. 2009. Apresenta discussão sobre a importância da dimensão tática na iniciação das modalidades Programa Viva Vôlei. Disponível em: <http:// esportivas coletivas. www.vivavolei.com.br>. Acesso em: 10 jul. 2009. 19
  • 20. TEMa 2 – LUTa: JUdÔ © Ryan McVay/Allsport Concepts-Getty Images Figura 5 – Judô: confronto e oposição face a face. O judô é uma luta que se constituiu a partir grande popularização do judô no Japão e em di- dos movimentos e gestos do ju-jutsu (ju: flexí- versos países do Oriente e Ocidente também. vel e jutsu: arte ou habilidade – ou seja, arte ou habilidade flexível, em japonês). Conhecido no O judô, quando concebido, pressupunha pra- Ocidente como jiu-jítsu, o ju-jutsu é uma arte ticantes pacíficos e equilibrados nas suas con- marcial atribuída aos samurais japoneses que dutas e gestos em confronto com o outro. Esses não utilizavam armas – luta desarmada, carac- princípios se contrapunham aos de outras ma- terizada por agarramentos, lançamentos, chutes nifestações de lutas, caracterizadas e concebidas e golpes de mãos em pontos vitais do corpo – unicamente para a formação de guerreiros. ocidentalizada no final do século XIX. A palavra “judô” é composta por ideogramas Como luta, o judô foi sistematizado e orga- japoneses: ju significa não resistência, flexível, sua- nizado por volta de 1882, pelo mestre oriental ve; e do significa caminho ou via; ou seja, caminho Jigoro Kano, ex-praticante de jiu-jítsu. No iní- ou via da flexibilidade ou suavidade, literalmente. cio, o judô caracterizou-se como uma luta de praticantes com diferentes especificidades, o O judô é caracterizado por movimentos que que chamou a atenção e despertou o interesse envolvem agarramentos, rolamentos, quedas, equi- de adeptos de outras artes marciais e de pessoas líbrios, desequilíbrios, projeções (lançamentos) e que não tinham pretensão de combate. Atribui-se imobilizações, durante os quais os praticantes terão ao método educacional e competitivo (simula- de confrontar-se e opor-se mutuamente, comparan- ção de combate), sistematizado pelo mestre, a do e cotejando gestos e movimentos corpo a corpo. 20
  • 21. Educação Física - 6a série - Volume 4 © Blickwinkel/Alamy-Otherimages © Nitai Bieber/Alamy-Otherimages Figuras 6 e 7 – Movimentos que caracterizam confronto e oposição no judô. O judô transcendeu a condição de arte pode ser uma estratégia para se conseguir marcial, pois seus princípios, quando disso- realizar um contragolpe eficiente. Nesse caso, a ciados do jiu-jítsu, foram assimilados pelos queda não se caracteriza como um movimento praticantes que buscavam também equilí- de derrota ou fracasso, mas sim de preparação brio para sua vida cotidiana, não atrelando para confrontar o oponente. Segundo os prin- a luta exclusivamente ao combate. cípios do judô, um lutador considerado não Os movimentos e golpes característicos do tão forte físicamente pode vencer um oponente judô são sustentados pela conhecida lei de ação considerado mais “forte”. Isso pode ser obser- e reação: quanto maior a força aplicada em um vado quando o menos forte consegue aplicar um golpe, também proporcional será a força do golpe que desequilibra o oponente em condições contragolpe. Percebe-se que, nos movimentos físicas superiores por ele ter se descuidado de realizados nessa modalidade de luta, a queda um dos princípios da luta. O judô é uma luta com duração de até cinco minutos, praticado sobre um tatame, área que mede de 14 a 16 metros quadrados. É considerado vencedor do confronto o praticante que conseguir aplicar o ippon, objetivo do judô. Caso nenhum dos lutadores conquiste o ippon, será considerado vencedor aquele que tiver mais vanta- gens. Essa vantagem pode ser medida pela soma de outros golpes aplicados na tentativa de se aplicar o ippon. Ippon: é o golpe completo (objetivo da luta). Ocorre quando um praticante consegue derrubar o opo- nente de costas no chão ou imobilizá-lo por 25 segundos. Vale um ponto. Wazari: outra possibilidade de conquistar o ippon é realizar dois wazari. O wazari é um ippon incompleto (consi- derado uma vantagem, vale meio ponto), sem concretizar o contato das costas do adversário no tatame. Yuko: caracteriza-se por uma queda de lado no tatame. Cada yuko vale um terço de ponto. Koka: golpe caracterizado por uma queda sentada no tatame. É a menor pontuação do judô. Vale um quarto de ponto. No judô não são permitidos golpes no rosto ou que possam provocar lesões. No Brasil, as cores das faixas que prendem o quimono (espécie de roupão) identificam as graduações dos praticantes (judocas): branca, cinza, azul, amarela, laranja, verde, roxa, marrom, preta. 21
  • 22. © Mark Seelen/zefa/Corbis-Latinstock Figura 8 – Braço de ferro. © Rosa Gauditano/StudioR Figura 9 – Luta indígena brasileira. 22
  • 23. Educação Física - 6a série - Volume 4 © Chad Ehlers/Nordic-Latinstock Figura 10 – Sumô. Os movimentos de confronto e oposição do das lutas como conteúdo a ser tratado peda- judô podem ter um novo significado nas aulas gogicamente nas aulas de Educação Física. de Educação Física, principalmente quando os Segundo esse argumento, a violência é intrín- conceitos que fundamentam a luta são contex- seca à prática de qualquer luta e pode sus- tualizados e incorporados no trato pedagógico. citar ou provocar comportamentos, atitudes ou condutas não desejadas nos alunos. Existem outras lutas orientais ou ocidentais, com ou sem utilização de armas ou objetos Vivemos em uma sociedade cujos traços de nas mãos, que podem receber um tratamento violência são percebidos cotidianamente em pedagógico semelhante, como sumô, caratê, diferentes contextos, inclusive no escolar. Se- tae kwon do, kendo, aikido, esgrima, boxe, luta gundo Olivier (2000), o professor pode desen- greco-romana, braço de ferro, lutas indígenas, volver atividades que evidenciem os aspectos entre outras. positivos do confronto por meio de práticas que promovam o prazer e incentivem o uso a questão da violência de estratégias de jogos com regras, nos quais os alunos poderão, em condições definidas e A violência, muitas vezes, é um dos argu- seguras, liberar a agressividade e, ao mesmo mentos usados para justificar a não inclusão tempo, reconhecer a importância do outro. 23
  • 24. As lutas, quando organizadas estrategica- e comunicação por meio de gestos e movi- mente, permitem ao aluno confrontar-se com o mentos significativos. Seja no confronto ou outro, aprender a respeitar as regras discutidas e na oposição das situações de luta, nas formas acordadas antes de um combate, expressando ati- acrobáticas das ginásticas ou do circo, nos tudes sem uso de violência. As atitudes e condutas gestos, técnicas e táticas dos jogos e modali- respeitosas e solidárias devem se constituir em dades esportivas etc. busca constante não só no trato com o conteúdo de luta, mas em todas as manifestações da Cultu- As situações de combate devem permitir ra de Movimento. Comportamentos violentos ao aluno agir e controlar as próprias con- podem manifestar-se em diferentes momentos dutas e as do seu oponente, na tentativa de das aulas. É necessário identificá-los, com- agarrar, desequilibrar, projetar, rolar, tracio- preendê-los, contextualizá-los e modificá-los. nar etc. Para combater e confrontar, é preciso tocar o oponente, agarrá-lo. É preciso reco- Acredita-se e espera-se que os alunos nhecer e respeitar a presença e a existência possam dar novos sentidos para sua ação do outro. SITUAçãO DE APRENDIzAGEM 3 RECONHECENDO AS LUTAS Nesta Situação de Aprendizagem, os alu- se manter em equilíbrio e desequilibrar o opo- nos, em grupos, serão motivados a identificar nente, durante as lutas que envolvem movi- e perceber as características necessárias para mentos de confronto e oposição. Tempo previsto: 2 a 4 aulas. Conteúdos e temas: princípios de confronto e oposição nas situações de luta. habilidades específicas: identificar e compreender os movimentos e gestos de equilíbrio e desequilíbrio em diferentes posições; reconhecer a importância de se equilibrar e de dese- quilibrar o oponente nas lutas; estabelecer estratégias para manter-se em equilíbrio durante certo tempo e esquivar-se das investidas de ataque do oponente. Recursos: colchões, placas de EVA ou gramado, bolas, garrafas PET e prendedores de rou- pa, canetas, folhas de sulfite e imagem de diferentes modalidades de lutas. 24
  • 25. Educação Física - 6a série - Volume 4 desenvolvimento da Situação de Etapa 3 – invasão equilibrada de território aprendizagem 3 Sugira que os alunos permaneçam organi- Etapa 1 – Movimentos de confronto e zados em duplas dentro dos grupos. Delimite oposição: o que é isso? uma área e divida-a em duas partes, cada gru- po fica responsável por uma parte. Distribua Sugira aos alunos que, organizados em em uma das partes objetos (bolas pequenas, grupos, identifiquem e relatem uns aos outros pedaços de madeira, prendedores de roupa, quais são os nomes das lutas que conhecem. garrafas PET pequenas etc.), que deverão ser Proponha que escrevam as respostas em uma capturados por um dos grupos. folha ou cartaz. Na sequência, peça que iden- tifiquem aquelas lutas cujos movimentos se A captura dos objetos poderá ser feita caracterizam por contatos corpo a corpo. pelos alunos em pé ou equilibrando-se em Se possível, mostre, após a discussão, imagens um dos pés. Na opção “um pé só”, os obje- de diferentes modalidades de lutas para que tos deverão ser devolvidos quando os alunos os alunos associem com os relatos. tocarem o solo com o outro pé. O grupo que defende/protege os objetos também deverá Etapa 2 – desequilibrando meus colegas se equilibrar em um pé só. Caso toque o solo com o outro pé, a equipe deverá entregar um Organize a turma em quatro ou cinco gru- dos objetos aos “invasores”. pos, formando duplas em cada um deles. Sugi- ra aos alunos que realizem a brincadeira briga Se preferir, em vez de distribuir diversos ob- de galo (agachados e/ou em pé). Estabeleça, se jetos no chão, sugira que os alunos coloquem preferirem, uma possível marcação de pontos. prendedores de roupa em diferentes partes do Por exemplo, se estiverem agachados, marca corpo, para que sejam retirados pelo grupo ponto aquele que conseguir desequilibrar o co- adversário. Nesse caso, os alunos que defen- lega e fazer com que ele coloque qualquer parte dem apenas deverão esquivar-se dos ataques do corpo no chão (mãos, joelhos, glúteos etc.). utilizando as mãos, não podendo empurrar o Podem ser atribuídos pontos diferentes para colega que tenta retirar os prendedores. cada parte do corpo que tocar o solo. Outra possibilidade é propor que as Nessa etapa, é importante definir o que invasões e defesas dos objetos sejam feitas por pode ou não pode ser feito. Por exemplo, duplas. Os grupos ou duplas deverão revezar agachados ou em pé, os alunos devem es- as funções de defensores e invasores dos terri- tar com as mãos espalmadas, não sendo tórios. Sugira um tempo para cada grupo cap- permitido agarrar o colega, mas somente turar os objetos ou prendedores de roupa, por empurrá-lo, tocando-o. exemplo, 15 ou 20 segundos. 25
  • 26. SITUAçãO DE APRENDIzAGEM 4 LUTANDO COM OS AMIGOS Nesta Situação de Aprendizagem, os alu- ferentes planos nos quais as lutas de confronto nos irão praticar o confronto corpo a corpo e oposição são realizadas. As condutas positi- em diferentes posições. A intenção é que per- vas também serão enfatizadas nesta Situação cebam a necessidade de estratégias para os di- de Aprendizagem. Tempo previsto: 2 a 4 aulas. Conteúdos e temas: princípios de confronto e oposição nas lutas; condutas não violentas no confronto e oposição das lutas. Competências e habilidades: perceber e identificar as características individuais na realização dos gestos e movimentos de confronto das lutas; atribuir significado para as lutas que envol- vem confronto e oposição; valorizar e respeitar as condutas nas lutas. Recursos: giz, placas de EVA, gramado ou colchões e bolas. desenvolvimento da Situação de das para o ataque ou desvencilhar-se de uma aprendizagem 4 imobilização. Aproveite a mesma organiza- ção dos alunos da etapa anterior e, caso a Etapa 1 – Empurrando meu colega para escola possua placas de EVA ou colchões, fora do seu território: eu tenho a força... oriente os alunos para que realizem dife- Será que tenho equilíbrio? rentes rolamentos (para a frente, para trás e lateralmente). Aproveite a mesma organização dos alunos da Situação de Aprendizagem 3 e peça que, em Providencie uma bola (de voleibol ou de duplas, de costas um para o outro, tentem des- borracha) para cada dois grupos. Cada grupo locar (empurrar) seu oponente para fora de uma irá escolher: área previamente definida. Outra possibilidade é empurrar o oponente utilizando os ombros. f Um representante, que terá 20 ou 30 segun- dos para capturar a bola de seu oponente, Etapa 2 – O confronto em busca da bola por meio de estratégias que deverá pensar e organizar para esse fim. Dentre essas, po- Os rolamentos nas lutas são importantes derá rolar o colega no chão, sem recorrer a para amortecer as quedas, preparar investi- atitudes ou condutas indesejadas. 26
  • 27. Educação Física - 6a série - Volume 4 f O defensor da bola deverá assumir qual- de movimentos e gestos nos confrontos: quer posição em plano baixo e, em hipótese f Agarramentos: braços, pernas, quadris e alguma, poderá ficar em pé e usar os pés ou tronco. as mãos para se livrar do confronto. A ideia f Retenção: com as mãos e pés. é defender a bola – que estará envolvida pelo corpo – e para isso o aluno deverá pen- f Desequilíbrios: puxando, empurrando, sar em maneiras de se defender dos agarrões tracionando, carregando, levantando, proje- e investidas durante o confronto. tando, rolando etc. f Imobilização: rolando, agarrando, tracio- Os outros colegas poderão ajudar seus nando etc. representantes dando palpites ou dicas, mas, em hipótese alguma, invadir a área de f Esquivas: rolando, saltando, abaixando, combate. afastando, girando em torno de si mesmo etc. f Resistência: opondo-se, empurrando, des- As duplas devem se revezar nas funções, viando, atacando etc. possibilitando que todos os componentes dos grupos participem. Organize com os alunos a Assim que todas as duplas realizarem os contagem dos confrontos, as regras para ocu- confrontos propostos, sugira que, em grupo, pação e uso do espaço e a definição de condu- relatem as facilidades, dificuldades e estraté- tas não desejáveis. Muitas são as possibilidades gias utilizadas. ATIVIDADE AVALIADORA © Dorling Kindersley/Getty Images Selecione com antecedência algumas ima- gens de lutas que caracterizam confronto e oposição dos lutadores. Proponha aos alunos que identifiquem os gestos e movimentos das lutas selecionadas. Pode ser interessante numerar as ima- gens para que os alunos possam identificar os gestos e os movimentos nelas caracteri- zados. As identificações poderão ser feitas em grupos e registradas em uma folha de papel. Vamos tomar como exemplo a ima- gem ao lado: Figura 11 – Judocas lutando. 27
  • 28. f Quais movimentos as duas lutadoras estão f Qual delas tem mais probabilidade de cair? realizando? Desequilíbrios? Agarramentos? Por quê? f Quais são os possíveis movimentos a serem realizados pelas lutadoras? PROPOSTA DE SITUAçÕES DE RECUPERAçãO Durante o percurso pelas várias etapas doras referentes à dinâmica do confronto do das Situações de Aprendizagem, alguns alu- judô ou de outra luta para posterior apresen- nos poderão não apreender os conteúdos da tação em registro escrito. São elas: forma esperada. É necessário, então, profes- sor, criar outras Situações de Aprendizagem f O judô é uma luta com armas ou uma luta em que as vivências de confronto e oposição corpo a corpo? nas lutas estejam presentes. Elas devem ser diferentes, de preferência, daquelas que ge- f Quais as partes do corpo utilizadas na prá- raram dificuldades para os alunos. Tais es- tica do judô? tratégias podem ser desenvolvidas durante as aulas ou em outros momentos, envolver f O que diferencia o judô de outras lutas? todos os alunos ou apenas aqueles que apre- sentaram dificuldades. f Como podemos cair sem nos machucar ou sem machucar o colega? Como exemplo, sugerimos a elaboração de um roteiro de estudos com perguntas nortea- f Quais são as formas de amortecer a queda? RECURSOS PARA AMPLIAR A PERSPECTIVA DO PROFESSOR E DO ALUNO PARA A COMPREENSãO DO TEMA Livros de Janeiro: Guanabara Koogan, 2005, p. 244-261. CARREIRO, Eduardo. Lutas. In: DARIDO, Suraya Cristina; RANGEL, Irene Concei- O capítulo traz informações sobre diferen- ção Andrade. Educação Física na escola: tes lutas, além de apresentar possibilidades implicações para a prática pedagógica. Rio pedagógicas para o tema. 28
  • 29. Educação Física - 6a série - Volume 4 REID, Howard; CROUCHER; Michael. Traz informações sobre origem e história de di- O caminho do guerreiro: o paradoxo das artes versas lutas e artes marciais, manifestações das lutas marciais. São Paulo: Cultrix, 1984. nos diferentes continentes, além de indicação de fil- Os autores apresentam diferentes aspectos mes e programação com matérias específicas. do desenvolvimento das lutas no Oriente e seu processo de ocidentalização. Golpes do judô. Disponível em: <http://br. geocities.com/carnalegria/judo/golpes.html>. OLIVIER, Jean C. Das brigas aos jogos com Acesso em: 04 jun. 2009. regras: enfrentando a indisciplina na escola. Porto Alegre: Artmed, 2000. Imagens da prática correta de golpes do judô. Nesse livro, o autor apresenta, por meio de jo- Asvz Judo. Disponível em: <http://www.judo. gos, diferentes situações de confronto e oposição ethz.ch/photos/exams/o-soto-gari.gif>. Acesso nas lutas, discute também as questões que envol- em: 04 jun. 2009. vem violência e condutas nas situações de aula. artigos Animações sobre alguns golpes do judô. DRIGO, Alexandre Janotta et al. A cultura Fundação Nacional do Índio. Disponível em: oriental e o processo de especialização precoce nas < http://www.funai.gov.br/indios/jogos/novas_ artes marciais. Lecturas: Educacion Fisica y Depor- modalidades.htm#009 >. Acesso em: 04 jun. 2009. tes (Revista Digital), Buenos Aires. v. 10, n. 86, jul. 2005. Disponível em: <http://www.efdeportes.com/ efd86/artm.htm>. Acesso em: 04 jun. 2009. Informações sobre lutas e jogos indígenas que são utilizados como estratégias em lutas, torneios NASCIMENTO, Paulo Rogério Barbosa e competições entre diferentes tribos brasileiras. do; ALMEIDA, Luciano. A tematização das lutas na Educação Física escolar: res- Filme trições e possibilidades. In: Revista Movi- mento. Porto Alegre. v. 13, n. 3, p. 91-110, set./dez. 2007. Disponível em: <http://www. Kung fu panda. Direção: Mark Osborne; seer.ufrgs.br/index.php/Movimento/article/ John Stevenson. EUA, 2008. 110min. Livre. view/3567/1968>. Acesso em: 04 jun. 2009. Desenho animado cuja narrativa se passa na China, durante a Antiguidade. O personagem Sites principal é um panda que tem a incumbência de Discovery Channel. Disponível em: <http:// proteger o Vale da Paz de um terrível leopardo www.discoverybrasil.com/artes_marciais_ e, para isso, precisará se tornar um exímio luta- home>. Acesso em: 04 jun. 2009. dor de kung fu. 29
  • 30. COnSidERaçÕES FinaiS Professor, as Situações de Aprendizagem aqui É preciso também lembrar que os temas propostas permitem as mais diferentes adapta- e conteúdos propostos para o Ensino Fun- ções em virtude das características específicas de damental constituem uma continuidade ao cada escola, assim como uma análise crítica de longo das diversas séries e bimestres. Por- sua parte, para aperfeiçoar a Proposta Curricular tanto, as Situações de Aprendizagem neles da disciplina de Educação Física. Esperamos ter trabalhados, assim como habilidades e com- contribuído com o seu fazer cotidiano na perspec- petências, não devem ser tomadas de modo tiva de ampliar o significado do Se-Movimentar isolado, mas em relação ao que foi desenvol- dos alunos no âmbito da Cultura de Movimento. vido anteriormente. 30
  • 31. Educação Física - 6a série - Volume 4 QUadRO dE COnTEúdOS – EnSinO FUndaMEnTaL 5a série - 6a série - 7a série - 8a série - Jogo e esporte: competição Esporte Esporte Luta e cooperação Modalidade individual: atletismo Modalidade individual: atletismo Modalidade: capoeira Jogos populares (corridas e saltos) (corridas e arremessos/lançamentos) – Capoeira como luta, jogo e Jogos cooperativos – Princípios técnicos e táticos – Princípios técnicos e táticos esporte Jogos pré-desportivos – Principais regras – Principais regras – Princípios técnicos e táticos Esporte coletivo: princípios gerais – Processo histórico – Processo histórico – Processo histórico 1o bimestre – ataque atividade rítmica Luta atividade rítmica – defesa Manifestações e representações Modalidade: judô, caratê, tae kwon Manifestações rítmicas ligadas – circulação da bola da cultura rítmica nacional do, boxe etc. à cultura jovem: hip-hop, street Organismo humano, movi- – Danças folclóricas/regionais – Princípios técnicos e táticos dance, entre outras - mento e saúde – Processo histórico – Principais regras – Diferentes estilos como Capacidades físicas: noções – A questão do gênero – Processo histórico expressão sociocultural gerais Organismo humano, movimento Organismo humano, movimento – Principais passos e – Agilidade, velocidade e e saúde e saúde movimentos flexibilidade Capacidades físicas: aplicações Capacidades físicas: aplicações no – Alongamento e aquecimento no atletismo e atividade rítmica atletismo e na luta Esporte Esporte Esporte Esporte Modalidade coletiva: futsal Modalidade coletiva: basquete- Modalidade coletiva: a escolher Modalidade coletiva: a escolher ou handebol bol ou voleibol – Técnicas e táticas como fatores de – Técnicas e táticas como fato- – Princípios técnicos e táticos – Princípios técnicos e táticos aumento da complexidade do jogo res de aumento da complexida- – Principais regras – Principais regras – Noções de arbitragem de do jogo – Processo histórico – Processo histórico Ginástica – Noções de arbitragem Organismo humano, movi- Organismo humano, movimento Práticas contemporâneas: ginástica – Processo histórico mento e saúde e saúde aeróbica, ginástica localizada, entre O esporte na comunidade esco- 2o bimestre Capacidades físicas: noções Capacidades físicas: aplicações outras lar e em seu entorno: espaços, gerais em esportes coletivos – Princípios orientadores tempos e interesses – Resistência e força – Técnicas e exercícios Espetacularização do esporte e – Postura o esporte profissional - – O esporte na mídia – Os grandes eventos esportivos atividade rítmica Manifestações rítmicas ligadas à cultura jovem: hip-hop, street dance, entre outras – Coreografias Esporte Esporte atividade rítmica Esporte Modalidade individual: Modalidade individual: ginástica Manifestações e representações de Jogo e Esporte: diferenças ginástica artística ou ginástica artística ou ginástica rítmica (a outros países conceituais e na experiência rítmica modalidade não contemplada no – Danças folclóricas dos jogadores – Principais gestos técnicos 3o bimestre da 5a série) – Processo histórico – Modalidade “alternativa”: – Principais regras – Principais gestos técnicos – A questão do gênero rúgbi, beisebol, badminton, 3o bimestre – Processo histórico – Principais regras Ginástica frisbee etc. Organismo humano, movi- – Processo histórico Práticas contemporâneas: ginásticas – Princípios técnicos e táticos mento e saúde Ginástica de academia – Principais regras Aparelho locomotor e seus Ginástica geral – Padrões de beleza corporal, ginás- – Processo histórico - sistemas – Fundamentos e gestos tica e saúde – Processo histórico: dos Organismo humano, movimento métodos ginásticos à ginástica e saúde contemporânea Princípios e efeitos do treinamento físico Esporte Esporte Esporte atividade rítmica Modalidade coletiva: futebol Modalidade coletiva: basquete- Modalidade individual ou coletiva Organização de festivais de ou handebol (a modalidade não bol ou voleibol (a modalidade (ainda não contemplada) dança contemplada no 2o bimestre) não contemplada no 2o bimestre) – Princípios técnicos e táticos Esporte 4o bimestre – Princípios técnicos e táticos – Princípios técnicos e táticos – Principais regras Organização de campeonatos – Principais regras – Principais regras – Processo histórico – Processo histórico – Processo histórico Organismo humano, movimento Organismo humano, movi- Luta e saúde - mento e saúde Princípios de confronto e Atividade física/exercício físico: Noções gerais sobre ritmo oposição implicações na obesidade e no Jogos rítmicos Classificação e organização emagrecimento A questão da violência Doping: substâncias proibidas 31