1) O documento discute os contextos colaborativos para a geração de ativos socioculturais.
2) Estes contextos incluem linguagens, instrumentos e conteúdos; patrimônio vivo e identidade cultural; emancipação econômica; articulação em redes; governança participativa; pesquisa-ação; e gestão da diversidade por meio do diálogo.
3) O objetivo é compreender como os empreendimentos socioculturais podem promover o aprendizado social e o desenvolvimento comunitário de forma
2. empreendimento sociocultural
emoção e sentidos compartilhados
movimento organizado
colaboração: pensar e agir juntos
compreender e resolver questões de interesse comum
processo vivo de aprendizagem social
Por meio de seus empreendimentos socioculturais, a
comunidade pode aprofundar a compreensão sobre si
mesma, sobre o mundo e seu lugar nele, adquirir novos
potenciais e desenvolver capacidades para articular o próprio
futuro. Então, empreender é aprender e vice-e-versa.
13. 1.
linguagens,
O empreendimento
instrumentos compreendido como
e conteúdos provedor de linguagens,
instrumentos e conteúdos para
uma determinada
comunidade, ampliando, para essa
comunidade, a possibilidade de
protagonizar processos culturais ou
artísticos.
14.
15. Linguagem
Segundo o dicionário Houaiss, é: “1 o conjunto das palavras e dos
métodos de combiná-las usado e compreendido por uma comunidade
2 capacidade de expressão, esp. verbal 3 meio sistemático de expressão
de ideias ou sentimentos com o uso de marcas, sinais ou gestos
convencionados 4 qualquer sistema de símbolos e sinais; código 5
linguajar.
Para simplificar: os meios que utilizamos para compartilhar o que
pensamos e sentimos com outras pessoas e vice-e-versa.
Música, matemática, cinema, teatro, língua portuguesa, dança etc.
16.
17. Instrumento
1. ferramenta para fazer algo: um instrumento de
costura 2. meio para obter algo: A língua é um instrumento
de comunicação (dicionário Léxico).
A linguagem é sempre um instrumento para dizer ou
compreender algo.
Um instrumento também é sempre linguagem.
18.
19.
20. Conteúdo
É uma determinada sistematização de conhecimento a
partir do uso de linguagens e instrumentos.
Um livro, um filme, uma canção, uma técnica, um
teorema, um game, um relatório, uma pintura.
21. conteúdo instrumento linguagem
obra de Villa Lobos partitura musical
orquestra
violino
cinema brasileiro filme audiovisual
projetor
sala de cinema
matemática fórmula matemática
financeira planilha
computador
22. O domínio de dados
conteúdos, instrumentos e linguagens
abre janelas para aprendizagem de
outros conteúdos, instrumentos e
linguagens.
25. 2. Os movimentos
patrimônio vivo de um empreendimento
compreendidos quanto às
relações (vivas) entre
identidade, memória social, meio
ambiente e patrimônio cultural
material e imaterial da
comunidade.
26. A cultura é produto da vida do
homo sapiens em comunidades.
Construímos as relações sociais.
E nos construímos nas relações
sociais.
Em processos históricos e
geográficos.
27. Nosso modo de vida está relacionado
aos territórios que habitamos.
30. 3. O empreendimento
emancipação compreendido a partir da
econômica capacidade e movimentação
econômicas por ele instaladas na
comunidade:
infraestrutura, know-how, uso
responsável dos recursos
econômicos, financeiros, tecnológ
icos e naturais.
31.
32. Atividade econômica do empreendimento.
Cadeia econômica.
Arranjos ou clusters (locais e
setoriais, produtivos e criativos).
Articulação de aspectos culturais dos
processos econômicos (Economia
Solidária, moedas sociais e criativas).
33.
34. profissionais . materiais
serviços . infraestrutura
conhecimento . energia
participação . $$$
valor
comunidade empreendimento
$$$ . impostos
capacitação . infraestrutura
produtos . serviços
valor
50. 4.
articulação
e redes Sinergia entre o que o
empreendimento busca e
realiza e o trabalho/aprendizado
de outros movimentos orientados
para sentidos, valores, princípios
e propósitos compatíveis.
51. Diálogo com agendas públicas
governamentais e
intergovernamentais.
Colaboração em rede.
Articulação intersetorial.
52. Agendas públicas são questões de interesse geral
debatidas pela sociedade e articuladas em ideologias e
ações de Estado, de organizações intergovernamentais
e/ou de instituições de repercussão pública
(mídia, fundações, partidos etc).
53. Governança para
viabilizar, nas tomadas de
5. decisão mais críticas –
coempreen- principalmente aquelas que
dedorismo interferem na vida da
comunidade em médio e longo
prazos –, a participação direta ou
indireta dos segmentos e setores
envolvidos no
empreendimento, garantindo assim
a sua legitimidade.
54.
55. Aprendizado dos
coempreendedores,
integrando metodologias
6. e processos continuados de
pesquisa pesquisa às ações e resoluções
em ação dos problemas envolvidos, com
a revisão e o aperfeiçoamento
constante das práticas, e a
sistematização, difusão e
apropriação dos conhecimentos
decorrentes.
58. apropriação do conhecimento
Capacidade de utilizar a experiência do conhecimento socialmente
produzido, inserindo neste conhecimento o contexto da sua produção.
Conhecimento produzido
Por quê?
Para quê?
Como?
Onde?
Quando?
Fonte: Benites e Fichtner
59. Pesquisa-ação
“[...] um tipo de pesquisa social com base empírica que é
concebida e realizada em estreita associação com uma
ação ou com a resolução de um problema coletivo e no
qual os pesquisadores e os participantes representativos
da situação ou do problema estão envolvidos de modo
cooperativo ou participativo.”
MICHEL THIOLLENT
60. melhorar
a prática dos participantes
a sua compreensão dessa prática
a situação onde se produz a prática
envolver
assegurar a participação dos integrantes do processo
assegurar a organização democrática da ação
propiciar compromisso dos participantes com a mudança
61. Pesquisa-ação
É uma estratégia metodológica da pesquisa social na qual:
a) há uma ampla e explícita interação entre pesquisadores e pessoas implicadas na
situação investigada;
b) dessa interação resulta a ordem de prioridade dos problemas a serem pesquisados
e das soluções a serem encaminhadas sob forma de ação concreta;
c) o objeto de investigação não é constituído pelas pessoas e sim pela situação social
e pelos problemas de diferentes naturezas encontrados nessa situação;
d) o objetivo da pesquisa-ação consiste em resolver ou, pelo menos, em esclarecer os
problemas da situação observada;
e) há, durante todo o processo, um acompanhamento das decisões, das ações e de
toda a atividade intencional dos atores da situação;
f) a pesquisa não se limita a uma forma de ação (risco de ativismo): pretende-se
aumentar o conhecimento ou o nível de consciência das pessoas e grupos
considerados.
62. 7.
diversidade
em diálogo Convivência não violenta e uso
de tecnologias para a resolução
dos conflitos ou divergências que
surgem naturalmente na gestão e
operação do
empreendimento, tanto como meio
quanto como fim
66. discussão/debate diálogo
Visa fechar questões Visa abrir questões
Visa convencer Visa mostrar
Visa demarcar posições Visa estabelecer relações
Visa defender idéias Visa compartilhar ideias
Visa persuadir e ensinar Visa questionar e aprender
Visa explicar Visa compreender
Visa as partes em separado Vê a interação partes/todo
Descarta as idéias “vencidas” Faz emergir ideias
Busca acordos Busca a pluralidade de ideias
Baseado em Humberto Mariotti
67. Formação em Mediação, Facilitação de Diálogo e Construção de Consenso
Em todos os países, independentemente da cultura, as práticas de resolução não
adversarial de conflitos, dentre as quais a Mediação, a Facilitação de Diálogos, os Círculos
de Conversas e as Negociações para a Construção de Consenso têm demonstrado que as
capacitações (teóricas articuladas com a prática) geram os seguintes benefícios:
habilidades para a comunicação e para a negociação - atitudes
e condutas colaborativas;
capacidade de ouvir e ser ouvido;
consciência de interdependência e conectividade com os
outros;
(fonte: Palas Athena – duração do curso: 110 horas)
68. Formação em Mediação, Facilitação de Diálogo e Construção de Consenso
lidar de forma positiva com as diferenças, impasses e/ou
conflitos;
construção de soluções de conflitos - resultados que atendem
aos interesses e necessidades de todos;
capacidade de tratar as questões conflituosas dentro de uma
visão sistêmica;
utilização adequada do poder (econômico, hierárquico ou de
qualquer outra natureza);
(fonte: Palas Athena – duração do curso: 110 horas)
69. Formação em Mediação, Facilitação de Diálogo e Construção de Consenso
redução de lides futuras e do uso da via judicial de forma
recorrente;
mudança de atitude frente aos conflitos, com a incorporação de
novas competências para geri-los.
(fonte: Palas Athena – duração do curso: 110 horas)