SlideShare ist ein Scribd-Unternehmen logo
1 von 24
Downloaden Sie, um offline zu lesen
DAVID HUME
• INVESTIGAÇÃO SOBRE A ORIGEM, POSSIBILIDADE E LIMITES DO CONHECIMENTO




• RELAÇÕES DE IDEIAS
• CONHECIMENTOS DE FACTO




O CETICISMO DE HUME
David Hume (1711-1756)
Herdeiro da revolução científica
e filosófica de Descartes, Kepler
e Newton, afirmou-se como um
cético moderado.
Hume procurou mostrar que as
nossas crenças acerca do mundo
não são racionalmente
justificadas.
CONTEÚDO DO PENSAMENTO: IMPRESSÕES E IDEIAS

“ Todas as percepções da mente humana se reduzem a dois tipos diferentes
que denominarei impressões e ideias. A diferença entre ambas consiste no grau
de força e da vivacidade com que incidem na mente e abrem caminho no nosso
pensamento e na nossa consciência…” David Hume


              TODO O CONHECIMENTO COMEÇA COM A EXPERIÊNCIA.
              OS CONTEÚDOS DA NOSSA MENTE SÃO AS PERCEÇÕES.
              HÁ DUAS ESPÉCIES DE PERCEÇÕES:


              AS IMPRESSÕES – DADOS DA EXPERIÊNCIA, SENSAÇÕES
              EXTERNAS E SENTIMENTOS.




               IDEIAS – REPRESENTAÇÕES OU IMAGENS
               ENFRAQUECIDAS DAS IMPRESSÕES NO PENSAMEBTO
Conteúdo
                                      do
                               Pensamento


                                                              Ideias
         Impressões
                                                    Cópias das impressões:
         Intensas e vivas
                                                    Menos vivas e intensas



Sensações                                       Simples
 Externas             Sentimentos                                       Complexas
                                               (memória:
                        Internos                                        (imaginação:
 (visuais,                                 Ideia de cavalo,
                        (emoções,                                      ideia de cavalo
auditivas…)                                ideia de asas…)
                        desejos…)                                          alado…)
TIPOS DE CONHECIMENTO

“Todos os objetos da razão ou investigação humanas podem naturalmente dividir-se
em duas classes, a saber, relações de ideias e conhecimentos de facto… “David Hume

              RELAÇÃO ENTRE IDEIAS SÃO CONHECIMENTOS A PRIORI –
              CONSISTEM EM ANALISAR OS TERMOS DE UMA
              PROPOSIÇÃO, ESTABELECER RELAÇÕES ENTRE AS IDEIAS QUE
              ELA CONTÉM



              CONHECIMENTO DE QUESTÕES DE FACTO – CONFRONTO DE
              PROPOSIÇÕES
RELAÇÕES DE IDEIAS E CONHECIMENTOS DE FACTO




     RELAÇÕES DE IDEIAS           CONHECIMENTOS DE FACTO

São conhecimentos a priori.      São conhecimentos a posteriori
A verdade das proposições e a    A verdade das proposições que
validade dos argumentos não      se referem a factos depende do
dependem da experiência          exame empírico

As relações de ideias são        A verdade das proposições de
verdades necessárias             facto é contingente
É logicamente impossível a sua
negação
As proposições que exprimem e    As proposições que se referem
combinam relações de ideias      a factos visam descobrir coisas
não nos dão conhecimento         sobre o mundo e dar
sobre o que se passa no mundo    conhecimento sobre o que nele
                                 existe ou acontece.
Tipos de
                                conhecimento



     Sobre relações de ideias
                                                 Sobre relações de facto
     Nenhum triângulo tem
                                                O calor dilata os metais
        quatro ângulos



 Verdades           Conhecimentos          Verdades            Conhecimentos
                       apriori                                   a posteriori
necessárias                              contingentes
                    (conhecidos pelo                             (Conhecidos
(não podem            pensamento)         (podem ser                 pela
 ser falsas)                                   falsas)           experiência)
OS CONHECIMENTOS DE FACTO E A RELAÇÃO DE CAUSALIDADE


“Em que consiste a nossa ideia de necessidade quando dizemos que dois
 objetos estão necessariamente ligados entre si…” David Hume

           OS CONHECIMENTOS MATEMÁTICOS E LÓGICOS BASEIAM-SE EM
           RELAÇÕES DE IDEIAS, NA ANÁLISE LÓGICA E RACIOCÍNIO
           DEDUTIVO


           OS CONHECIMENTOS DE FACTO BASEIAM-SE NO RACIOCÍNIO
           INDUTIVO E NA RELAÇÃO CAUSA - EFEITO


           POR RELAÇÃO CAUSAL ENTENDEMOS UMA CONEXÃO OU
           LIGAÇÃO NECESSÁRIA ENTRE CONHECiMENTOS
OS CONHECIMENTOS DE FACTO E A RELAÇÃO DE CAUSALIDADE


“Em que consiste a nossa ideia de necessidade quando dizemos que dois
 objetos estão necessariamente ligados entre si…” David Hume

           Não há nenhuma impressão sensível da qual
           derive a ideia de causa

            CONTUDO OBSERVAMOS:


            1. A SUCESSÃO TEMPORAL
            2. A CONJUNÇÃO CONSTANTE ENTRE DOIS FENÓMENOS E
            CHAMAMOS CAUSA AO QUE PRECEDE E EFEITO AO QUE
            SUCEDE
OS CONHECIMENTOS DE FACTO E A RELAÇÃO DE CAUSALIDADE


“Em que consiste a nossa ideia de necessidade quando dizemos que dois
 objetos estão necessariamente ligados entre si…” David Hume

            CONTUDO OBSERVAMOS:


            3. AO OBSERVAR QUE ALGUM EVENTO A TEM ATÉ AGORA
            SIDO SEMPRE SEGUIDO DO EVENTO B, ACREDITAMOS QUE,
            DA PRÓXIMA VEZ QUE OCORRER A, SUCEDERÁ B.
            ACREDITAMOS QUE O FUTURO SERÁ IGUAL AO PASSADO.
            4. DA OBSERVAÇÃO DESTA CONSTANTE CONJUGAÇÃO,
            FORMAMOS A IDEIA DE CAUSA.
            5. A IDEIA DE CAUSA NÃO DERIVA DA OBSERVAÇÃO DE UM
            FENÓMENO MAS DO DESENVOLVIMENTO DE UM COSTUME
            (O HÁBITO DE ESPERAR QUE B ACONTEÇA MAL VEMOS A
            ACONTECER).
O PROBLEMA DA EXISTÊNCIA DO MUNDO EXTERIOR




   - É a aparente constância das coisas que nos leva a acreditar
   que têm existência independentemente das nossas
   percepções.
   - Mas o facto de não se justificar racionalmente a existência
   do mundo, não significa que ele não exista.
   - Não há forma de saber se as impressões ou ideias da nossa
   mente correspondem a alguma realidade fora de nós.
O CETICISMO DE HUME
A ciência empírica como a biologia ou a física baseia-se no raciocínio
causal: relação causa efeito.
Esta causalidade não pode ser diretamente observada nem pode ser
inferida com base apenas na razão.
Segundo Hume temos a predisposição para projetar relações causais
no mundo, mas não podemos saber se essas relações existem.
Parte do que julgamos saber é ilusão


Não podemos justificar as nossas crenças no mundo exterior
O nosso conhecimento do mundo exterior tem origem nas perceções
mas a perceção de um objeto não é o mesmo que o objeto
1. Quais são para Hume os conteúdos da
mente e como se distinguem?




2. Como se explicam as ideias que não resultam
da observação como por exemplo cavalo alado?
1. Quais são para Hume os conteúdos da mente e
 como se distinguem?


Os conteúdos da mente são as impressões e as ideias.
As impressões correspondem aos dados da experiência ,
referem-se às nossas sensações externas e aos nossos
sentimentos.
As ideias são as representações ou imagens debilitadas,
enfraquecidas, das impressões.

A diferença entre as impressões e as ideias é de grau e não
de natureza; as ideias são cópias das impressões sensíveis.
Para Hume não há ideias inatas
2. Como se explicam as ideias que não resultam
da observação como por exemplo cavalo alado?


Embora não sejam observáveis formam-se a partir da
experiência, a ideia de cavalo deriva de uma impressão e a
ideia de asas também deriva da experiência. A ideia de
cavalo alado deriva de uma combinação de elementos
empíricos.
3. O que são relações entre ideias?




 4. O que são conhecimentos de facto?




5. O que distingue essencialmente relações de ideias e
questões de facto?
3. O que são relações entre ideias?




São proposições cuja verdade pode ser conhecida por
simples análise do significado das ideias que a compõem.

Ex: O quadrado tem quatro lados. A verdade desta
proposição determina-se pelo significado de “quadrado” e
“lados”

A verdade das proposições que consistem em relações de
ideias é independente da experiência, a priori.
4. O que são conhecimentos de facto?




São proposições cuja verdade só pode ser conhecida
mediante a experiência, observando os factos para verem
se aquelas são verdadeiras ou falsas.

Estas proposições são verdadeiras ou falsas a posteriori.
5. O que são conhecimentos de facto?




São proposições cuja verdade só pode ser conhecida mediante
a experiência, observando os factos para verificar se são verdadeiras
ou falsas. Não basta analisar o significado dos termos para saber se
são verdadeiras ou falsas.
Os conhecimentos de facto são verdadeiros ou falsos a posteriori.
6. O que significa a ideia de causalidade ou
 conexão necessária entre dois fenómenos?




 7. Segundo Hume por que não podemos
 comprovar empiricamente a relação causal entre
 fenómenos?



8. Como é que inferimos uma relação causal entre
fenómenos?
6. O que significa a ideia de causalidade ou
conexão necessária entre dois fenómenos?



Significa que entre dois fenómenos (A e B) há uma relação
tal que, acontecendo A não pode deixar de acontecer B.
7. Segundo Hume por que não podemos
comprovar empiricamente a relação causal entre
fenómenos?


Não podemos comprovar empiricamente a ideia de uma
conexão necessária porque as ideias derivam da
experiência e esta só nos dá a ideia de sucessão e de
conjunção temporal e espacial, mas não a ideia de que B
depende de A para acontecer. Não temos qualquer
impressão da ideia de causa.
8. Como é que inferimos uma relação
 causal entre fenómenos?


Não temos experiência da ideia de causa mas apenas da
conjunção constante entre fenómenos. A ideia de causa
surge do hábito de vermos constantemente associados dois
fenómenos. A ideia de causa tem uma raiz empírica
(psicológica) porque deriva de um hábito mental.
11ºB – 2011-2012




Adaptação manual
Filosofia 11º - Plátano Editora



                                     HB

Weitere ähnliche Inhalte

Was ist angesagt?

A necessidade de fundamentação da moral introdução
A necessidade de fundamentação da moral   introduçãoA necessidade de fundamentação da moral   introdução
A necessidade de fundamentação da moral introduçãoLuis De Sousa Rodrigues
 
Posições acerca da natureza e existência de deus
Posições acerca da natureza e existência de deusPosições acerca da natureza e existência de deus
Posições acerca da natureza e existência de deusIsabel Moura
 
Descartes - Trab. Grupo IV
Descartes - Trab. Grupo IVDescartes - Trab. Grupo IV
Descartes - Trab. Grupo IVmluisavalente
 
Orgulho e Preconceito de Jane Austen
Orgulho e Preconceito de Jane AustenOrgulho e Preconceito de Jane Austen
Orgulho e Preconceito de Jane AustenRita Silva
 
Texto de Apreciação Crítica
Texto de Apreciação CríticaTexto de Apreciação Crítica
Texto de Apreciação CríticaVanda Sousa
 
Filosofia Origem e objetos do conhecimento segundo hume
Filosofia Origem e objetos do conhecimento segundo hume Filosofia Origem e objetos do conhecimento segundo hume
Filosofia Origem e objetos do conhecimento segundo hume Sofia Yuna
 
Cesário Verde - Contextualização
Cesário Verde - ContextualizaçãoCesário Verde - Contextualização
Cesário Verde - Contextualizaçãosin3stesia
 
O hábito e a ideia de conexão necessária
O hábito e a ideia de conexão necessáriaO hábito e a ideia de conexão necessária
O hábito e a ideia de conexão necessáriaLuis De Sousa Rodrigues
 
Dimensões da Ação Humana e dos Valores (Kant e Mill)
Dimensões da Ação Humana e dos Valores (Kant e Mill)Dimensões da Ação Humana e dos Valores (Kant e Mill)
Dimensões da Ação Humana e dos Valores (Kant e Mill)InesTeixeiraDuarte
 
As éticas de stuart mill e de kant
As éticas de stuart mill e de kantAs éticas de stuart mill e de kant
As éticas de stuart mill e de kantFilipe Prado
 
Teoria racionalista de Descartes
Teoria racionalista de DescartesTeoria racionalista de Descartes
Teoria racionalista de DescartesElisabete Silva
 
Resumos filosofia 11
Resumos filosofia 11Resumos filosofia 11
Resumos filosofia 11Dylan Bonnet
 

Was ist angesagt? (20)

A necessidade de fundamentação da moral introdução
A necessidade de fundamentação da moral   introduçãoA necessidade de fundamentação da moral   introdução
A necessidade de fundamentação da moral introdução
 
A função da dúvida
A função da dúvidaA função da dúvida
A função da dúvida
 
Posições acerca da natureza e existência de deus
Posições acerca da natureza e existência de deusPosições acerca da natureza e existência de deus
Posições acerca da natureza e existência de deus
 
Crítica ao argumento ontológico
Crítica ao argumento ontológicoCrítica ao argumento ontológico
Crítica ao argumento ontológico
 
Descartes - Trab. Grupo IV
Descartes - Trab. Grupo IVDescartes - Trab. Grupo IV
Descartes - Trab. Grupo IV
 
O empirismo de david hume
O empirismo de david humeO empirismo de david hume
O empirismo de david hume
 
Orgulho e Preconceito de Jane Austen
Orgulho e Preconceito de Jane AustenOrgulho e Preconceito de Jane Austen
Orgulho e Preconceito de Jane Austen
 
Texto de Apreciação Crítica
Texto de Apreciação CríticaTexto de Apreciação Crítica
Texto de Apreciação Crítica
 
Stuart mill
Stuart millStuart mill
Stuart mill
 
Filosofia Origem e objetos do conhecimento segundo hume
Filosofia Origem e objetos do conhecimento segundo hume Filosofia Origem e objetos do conhecimento segundo hume
Filosofia Origem e objetos do conhecimento segundo hume
 
Cógito cartesiano de Descartes
Cógito cartesiano de DescartesCógito cartesiano de Descartes
Cógito cartesiano de Descartes
 
Cesário Verde - Contextualização
Cesário Verde - ContextualizaçãoCesário Verde - Contextualização
Cesário Verde - Contextualização
 
O hábito e a ideia de conexão necessária
O hábito e a ideia de conexão necessáriaO hábito e a ideia de conexão necessária
O hábito e a ideia de conexão necessária
 
Dimensões da Ação Humana e dos Valores (Kant e Mill)
Dimensões da Ação Humana e dos Valores (Kant e Mill)Dimensões da Ação Humana e dos Valores (Kant e Mill)
Dimensões da Ação Humana e dos Valores (Kant e Mill)
 
Impressões e ideias
Impressões e ideiasImpressões e ideias
Impressões e ideias
 
As éticas de stuart mill e de kant
As éticas de stuart mill e de kantAs éticas de stuart mill e de kant
As éticas de stuart mill e de kant
 
Libertismo
Libertismo Libertismo
Libertismo
 
Teoria racionalista de Descartes
Teoria racionalista de DescartesTeoria racionalista de Descartes
Teoria racionalista de Descartes
 
DESCARTES 11ANO
DESCARTES 11ANODESCARTES 11ANO
DESCARTES 11ANO
 
Resumos filosofia 11
Resumos filosofia 11Resumos filosofia 11
Resumos filosofia 11
 

Andere mochten auch

Mensageiros da eternidade
Mensageiros da eternidadeMensageiros da eternidade
Mensageiros da eternidadeguest531e9b55
 
Ensino basico
Ensino basicoEnsino basico
Ensino basicoIESB
 
Resp aliment ativ_fis_gia
Resp aliment ativ_fis_giaResp aliment ativ_fis_gia
Resp aliment ativ_fis_giaMsaude
 
¿Quiere ayudar a sus clientes a decidir mejor?
¿Quiere ayudar a sus clientes a decidir mejor?¿Quiere ayudar a sus clientes a decidir mejor?
¿Quiere ayudar a sus clientes a decidir mejor?on on
 

Andere mochten auch (10)

Popper contra o indutivismo
Popper contra o indutivismoPopper contra o indutivismo
Popper contra o indutivismo
 
Funcion Busqueda
Funcion BusquedaFuncion Busqueda
Funcion Busqueda
 
O projeto de descartes – versão 1
O projeto de descartes – versão 1O projeto de descartes – versão 1
O projeto de descartes – versão 1
 
Mensageiros da eternidade
Mensageiros da eternidadeMensageiros da eternidade
Mensageiros da eternidade
 
TCEd_2012_2013_P1
TCEd_2012_2013_P1TCEd_2012_2013_P1
TCEd_2012_2013_P1
 
Ensino basico
Ensino basicoEnsino basico
Ensino basico
 
Resp aliment ativ_fis_gia
Resp aliment ativ_fis_giaResp aliment ativ_fis_gia
Resp aliment ativ_fis_gia
 
Cc
CcCc
Cc
 
¿Quiere ayudar a sus clientes a decidir mejor?
¿Quiere ayudar a sus clientes a decidir mejor?¿Quiere ayudar a sus clientes a decidir mejor?
¿Quiere ayudar a sus clientes a decidir mejor?
 
Mulheres 2
Mulheres 2Mulheres 2
Mulheres 2
 

Ähnlich wie Ppt david hume 1

Ppt david hume a
Ppt david hume aPpt david hume a
Ppt david hume aAnaKlein1
 
Ppt david hume a
Ppt david hume aPpt david hume a
Ppt david hume aAnaKlein1
 
Ppt O EMPIRISMO DE DAVID HUME
Ppt O EMPIRISMO DE DAVID HUMEPpt O EMPIRISMO DE DAVID HUME
Ppt O EMPIRISMO DE DAVID HUMEAnaKlein1
 
Hume_problemas_existência_eu_mundo_Deus
Hume_problemas_existência_eu_mundo_DeusHume_problemas_existência_eu_mundo_Deus
Hume_problemas_existência_eu_mundo_DeusIsabel Moura
 
David hume texto
David hume   textoDavid hume   texto
David hume textopyteroliva
 
David Hume Percepções. Introdução ao pensamento de HUme (1).pdf
David Hume Percepções. Introdução ao pensamento de HUme (1).pdfDavid Hume Percepções. Introdução ao pensamento de HUme (1).pdf
David Hume Percepções. Introdução ao pensamento de HUme (1).pdffilipepereira406050
 
David Hume - Trab Grupo VI
David Hume - Trab Grupo VIDavid Hume - Trab Grupo VI
David Hume - Trab Grupo VImluisavalente
 
Quadro_hume vs descartes
Quadro_hume vs descartesQuadro_hume vs descartes
Quadro_hume vs descartesIsabel Moura
 
Estrutura do Acto de Conhecer - Resumo
Estrutura do Acto de Conhecer - ResumoEstrutura do Acto de Conhecer - Resumo
Estrutura do Acto de Conhecer - ResumoJorge Barbosa
 
Comodescartesultrapassaocepticismo 120217104847-phpapp02
Comodescartesultrapassaocepticismo 120217104847-phpapp02Comodescartesultrapassaocepticismo 120217104847-phpapp02
Comodescartesultrapassaocepticismo 120217104847-phpapp02Helena Serrão
 
Aula Conhecimento 18.02.09
Aula   Conhecimento 18.02.09Aula   Conhecimento 18.02.09
Aula Conhecimento 18.02.09EfaSucesso
 
resumo_do_11º_ano_para_prepaprar_o_exame.pdf
resumo_do_11º_ano_para_prepaprar_o_exame.pdfresumo_do_11º_ano_para_prepaprar_o_exame.pdf
resumo_do_11º_ano_para_prepaprar_o_exame.pdfTamraSilva
 
A crise da metafísica com hume.
A crise da metafísica com hume.A crise da metafísica com hume.
A crise da metafísica com hume.Paloma Meneses
 

Ähnlich wie Ppt david hume 1 (20)

Ppt david hume a
Ppt david hume aPpt david hume a
Ppt david hume a
 
Ppt david hume a
Ppt david hume aPpt david hume a
Ppt david hume a
 
Ppt O EMPIRISMO DE DAVID HUME
Ppt O EMPIRISMO DE DAVID HUMEPpt O EMPIRISMO DE DAVID HUME
Ppt O EMPIRISMO DE DAVID HUME
 
Hume_problemas_existência_eu_mundo_Deus
Hume_problemas_existência_eu_mundo_DeusHume_problemas_existência_eu_mundo_Deus
Hume_problemas_existência_eu_mundo_Deus
 
David hume texto
David hume   textoDavid hume   texto
David hume texto
 
David Hume Percepções. Introdução ao pensamento de HUme (1).pdf
David Hume Percepções. Introdução ao pensamento de HUme (1).pdfDavid Hume Percepções. Introdução ao pensamento de HUme (1).pdf
David Hume Percepções. Introdução ao pensamento de HUme (1).pdf
 
David Hume - Trab Grupo VI
David Hume - Trab Grupo VIDavid Hume - Trab Grupo VI
David Hume - Trab Grupo VI
 
1 ano razao empirismo
1 ano razao empirismo1 ano razao empirismo
1 ano razao empirismo
 
Filosofia 11ºano
Filosofia 11ºanoFilosofia 11ºano
Filosofia 11ºano
 
Descartes críticas
Descartes críticasDescartes críticas
Descartes críticas
 
Hume.pptx
Hume.pptxHume.pptx
Hume.pptx
 
Quadro_hume vs descartes
Quadro_hume vs descartesQuadro_hume vs descartes
Quadro_hume vs descartes
 
Estrutura do Acto de Conhecer - Resumo
Estrutura do Acto de Conhecer - ResumoEstrutura do Acto de Conhecer - Resumo
Estrutura do Acto de Conhecer - Resumo
 
Consciência e verdade
Consciência e verdadeConsciência e verdade
Consciência e verdade
 
Comodescartesultrapassaocepticismo 120217104847-phpapp02
Comodescartesultrapassaocepticismo 120217104847-phpapp02Comodescartesultrapassaocepticismo 120217104847-phpapp02
Comodescartesultrapassaocepticismo 120217104847-phpapp02
 
Aula Conhecimento 18.02.09
Aula   Conhecimento 18.02.09Aula   Conhecimento 18.02.09
Aula Conhecimento 18.02.09
 
resumo_do_11º_ano_para_prepaprar_o_exame.pdf
resumo_do_11º_ano_para_prepaprar_o_exame.pdfresumo_do_11º_ano_para_prepaprar_o_exame.pdf
resumo_do_11º_ano_para_prepaprar_o_exame.pdf
 
David hume
David humeDavid hume
David hume
 
Documento
DocumentoDocumento
Documento
 
A crise da metafísica com hume.
A crise da metafísica com hume.A crise da metafísica com hume.
A crise da metafísica com hume.
 

Ppt david hume 1

  • 1. DAVID HUME • INVESTIGAÇÃO SOBRE A ORIGEM, POSSIBILIDADE E LIMITES DO CONHECIMENTO • RELAÇÕES DE IDEIAS • CONHECIMENTOS DE FACTO O CETICISMO DE HUME
  • 2. David Hume (1711-1756) Herdeiro da revolução científica e filosófica de Descartes, Kepler e Newton, afirmou-se como um cético moderado. Hume procurou mostrar que as nossas crenças acerca do mundo não são racionalmente justificadas.
  • 3. CONTEÚDO DO PENSAMENTO: IMPRESSÕES E IDEIAS “ Todas as percepções da mente humana se reduzem a dois tipos diferentes que denominarei impressões e ideias. A diferença entre ambas consiste no grau de força e da vivacidade com que incidem na mente e abrem caminho no nosso pensamento e na nossa consciência…” David Hume TODO O CONHECIMENTO COMEÇA COM A EXPERIÊNCIA. OS CONTEÚDOS DA NOSSA MENTE SÃO AS PERCEÇÕES. HÁ DUAS ESPÉCIES DE PERCEÇÕES: AS IMPRESSÕES – DADOS DA EXPERIÊNCIA, SENSAÇÕES EXTERNAS E SENTIMENTOS. IDEIAS – REPRESENTAÇÕES OU IMAGENS ENFRAQUECIDAS DAS IMPRESSÕES NO PENSAMEBTO
  • 4. Conteúdo do Pensamento Ideias Impressões Cópias das impressões: Intensas e vivas Menos vivas e intensas Sensações Simples Externas Sentimentos Complexas (memória: Internos (imaginação: (visuais, Ideia de cavalo, (emoções, ideia de cavalo auditivas…) ideia de asas…) desejos…) alado…)
  • 5. TIPOS DE CONHECIMENTO “Todos os objetos da razão ou investigação humanas podem naturalmente dividir-se em duas classes, a saber, relações de ideias e conhecimentos de facto… “David Hume RELAÇÃO ENTRE IDEIAS SÃO CONHECIMENTOS A PRIORI – CONSISTEM EM ANALISAR OS TERMOS DE UMA PROPOSIÇÃO, ESTABELECER RELAÇÕES ENTRE AS IDEIAS QUE ELA CONTÉM CONHECIMENTO DE QUESTÕES DE FACTO – CONFRONTO DE PROPOSIÇÕES
  • 6. RELAÇÕES DE IDEIAS E CONHECIMENTOS DE FACTO RELAÇÕES DE IDEIAS CONHECIMENTOS DE FACTO São conhecimentos a priori. São conhecimentos a posteriori A verdade das proposições e a A verdade das proposições que validade dos argumentos não se referem a factos depende do dependem da experiência exame empírico As relações de ideias são A verdade das proposições de verdades necessárias facto é contingente É logicamente impossível a sua negação As proposições que exprimem e As proposições que se referem combinam relações de ideias a factos visam descobrir coisas não nos dão conhecimento sobre o mundo e dar sobre o que se passa no mundo conhecimento sobre o que nele existe ou acontece.
  • 7. Tipos de conhecimento Sobre relações de ideias Sobre relações de facto Nenhum triângulo tem O calor dilata os metais quatro ângulos Verdades Conhecimentos Verdades Conhecimentos apriori a posteriori necessárias contingentes (conhecidos pelo (Conhecidos (não podem pensamento) (podem ser pela ser falsas) falsas) experiência)
  • 8. OS CONHECIMENTOS DE FACTO E A RELAÇÃO DE CAUSALIDADE “Em que consiste a nossa ideia de necessidade quando dizemos que dois objetos estão necessariamente ligados entre si…” David Hume OS CONHECIMENTOS MATEMÁTICOS E LÓGICOS BASEIAM-SE EM RELAÇÕES DE IDEIAS, NA ANÁLISE LÓGICA E RACIOCÍNIO DEDUTIVO OS CONHECIMENTOS DE FACTO BASEIAM-SE NO RACIOCÍNIO INDUTIVO E NA RELAÇÃO CAUSA - EFEITO POR RELAÇÃO CAUSAL ENTENDEMOS UMA CONEXÃO OU LIGAÇÃO NECESSÁRIA ENTRE CONHECiMENTOS
  • 9. OS CONHECIMENTOS DE FACTO E A RELAÇÃO DE CAUSALIDADE “Em que consiste a nossa ideia de necessidade quando dizemos que dois objetos estão necessariamente ligados entre si…” David Hume Não há nenhuma impressão sensível da qual derive a ideia de causa CONTUDO OBSERVAMOS: 1. A SUCESSÃO TEMPORAL 2. A CONJUNÇÃO CONSTANTE ENTRE DOIS FENÓMENOS E CHAMAMOS CAUSA AO QUE PRECEDE E EFEITO AO QUE SUCEDE
  • 10. OS CONHECIMENTOS DE FACTO E A RELAÇÃO DE CAUSALIDADE “Em que consiste a nossa ideia de necessidade quando dizemos que dois objetos estão necessariamente ligados entre si…” David Hume CONTUDO OBSERVAMOS: 3. AO OBSERVAR QUE ALGUM EVENTO A TEM ATÉ AGORA SIDO SEMPRE SEGUIDO DO EVENTO B, ACREDITAMOS QUE, DA PRÓXIMA VEZ QUE OCORRER A, SUCEDERÁ B. ACREDITAMOS QUE O FUTURO SERÁ IGUAL AO PASSADO. 4. DA OBSERVAÇÃO DESTA CONSTANTE CONJUGAÇÃO, FORMAMOS A IDEIA DE CAUSA. 5. A IDEIA DE CAUSA NÃO DERIVA DA OBSERVAÇÃO DE UM FENÓMENO MAS DO DESENVOLVIMENTO DE UM COSTUME (O HÁBITO DE ESPERAR QUE B ACONTEÇA MAL VEMOS A ACONTECER).
  • 11. O PROBLEMA DA EXISTÊNCIA DO MUNDO EXTERIOR - É a aparente constância das coisas que nos leva a acreditar que têm existência independentemente das nossas percepções. - Mas o facto de não se justificar racionalmente a existência do mundo, não significa que ele não exista. - Não há forma de saber se as impressões ou ideias da nossa mente correspondem a alguma realidade fora de nós.
  • 12. O CETICISMO DE HUME A ciência empírica como a biologia ou a física baseia-se no raciocínio causal: relação causa efeito. Esta causalidade não pode ser diretamente observada nem pode ser inferida com base apenas na razão. Segundo Hume temos a predisposição para projetar relações causais no mundo, mas não podemos saber se essas relações existem. Parte do que julgamos saber é ilusão Não podemos justificar as nossas crenças no mundo exterior O nosso conhecimento do mundo exterior tem origem nas perceções mas a perceção de um objeto não é o mesmo que o objeto
  • 13. 1. Quais são para Hume os conteúdos da mente e como se distinguem? 2. Como se explicam as ideias que não resultam da observação como por exemplo cavalo alado?
  • 14. 1. Quais são para Hume os conteúdos da mente e como se distinguem? Os conteúdos da mente são as impressões e as ideias. As impressões correspondem aos dados da experiência , referem-se às nossas sensações externas e aos nossos sentimentos. As ideias são as representações ou imagens debilitadas, enfraquecidas, das impressões. A diferença entre as impressões e as ideias é de grau e não de natureza; as ideias são cópias das impressões sensíveis. Para Hume não há ideias inatas
  • 15. 2. Como se explicam as ideias que não resultam da observação como por exemplo cavalo alado? Embora não sejam observáveis formam-se a partir da experiência, a ideia de cavalo deriva de uma impressão e a ideia de asas também deriva da experiência. A ideia de cavalo alado deriva de uma combinação de elementos empíricos.
  • 16. 3. O que são relações entre ideias? 4. O que são conhecimentos de facto? 5. O que distingue essencialmente relações de ideias e questões de facto?
  • 17. 3. O que são relações entre ideias? São proposições cuja verdade pode ser conhecida por simples análise do significado das ideias que a compõem. Ex: O quadrado tem quatro lados. A verdade desta proposição determina-se pelo significado de “quadrado” e “lados” A verdade das proposições que consistem em relações de ideias é independente da experiência, a priori.
  • 18. 4. O que são conhecimentos de facto? São proposições cuja verdade só pode ser conhecida mediante a experiência, observando os factos para verem se aquelas são verdadeiras ou falsas. Estas proposições são verdadeiras ou falsas a posteriori.
  • 19. 5. O que são conhecimentos de facto? São proposições cuja verdade só pode ser conhecida mediante a experiência, observando os factos para verificar se são verdadeiras ou falsas. Não basta analisar o significado dos termos para saber se são verdadeiras ou falsas. Os conhecimentos de facto são verdadeiros ou falsos a posteriori.
  • 20. 6. O que significa a ideia de causalidade ou conexão necessária entre dois fenómenos? 7. Segundo Hume por que não podemos comprovar empiricamente a relação causal entre fenómenos? 8. Como é que inferimos uma relação causal entre fenómenos?
  • 21. 6. O que significa a ideia de causalidade ou conexão necessária entre dois fenómenos? Significa que entre dois fenómenos (A e B) há uma relação tal que, acontecendo A não pode deixar de acontecer B.
  • 22. 7. Segundo Hume por que não podemos comprovar empiricamente a relação causal entre fenómenos? Não podemos comprovar empiricamente a ideia de uma conexão necessária porque as ideias derivam da experiência e esta só nos dá a ideia de sucessão e de conjunção temporal e espacial, mas não a ideia de que B depende de A para acontecer. Não temos qualquer impressão da ideia de causa.
  • 23. 8. Como é que inferimos uma relação causal entre fenómenos? Não temos experiência da ideia de causa mas apenas da conjunção constante entre fenómenos. A ideia de causa surge do hábito de vermos constantemente associados dois fenómenos. A ideia de causa tem uma raiz empírica (psicológica) porque deriva de um hábito mental.
  • 24. 11ºB – 2011-2012 Adaptação manual Filosofia 11º - Plátano Editora HB