2. Implementação da Lei Federal
10.639/03
Empenho em construir uma sociedade nova,
onde a diferença seja vista como uma
riqueza e não como um pretexto para
justificar as desigualdades.
Medida para ressarcir os descendentes de
africanos negros, dos danos psicológicos,
materiais, sociais, políticos e educacionais
sofridos sobre o regime escravista.
3. Implementação da Lei Federal
10.639/03
Apoio à demanda da comunidade afro-
brasileira por reconhecimento, valorização e
afirmação de direitos, no que diz respeito à
Educação.
É um passo importante para que a
verdadeira história do Brasil seja contada,
explicitando as contribuições dos negros e
indígenas para o nosso país.
4. O Cotidiano Escolar
Temos muito ainda que lutar contra toda e
qualquer forma de naturalização e
estigmatização das diferenças, pois as
experiências humanas vividas e as que
assistimos tem nos revelado que as formas
de lidar com as diferenças, nos levam a
intensos processos de desumanização.
5. O Contexto Social
• Mas no Brasil, falar de racismo,
discriminação e preconceito racial não é
algo tão simples, considerando a crença no
mito da Democracia Racial.
• Falar de práticas racistas, na escola, também
não é fácil, porque o tema obriga um olhar
interiorizado de cada agente educativo, que
precisa assumir suas limitações e
dificuldades no relacionamento com a
diferença.
6. O cotidiano escolar
Apelidos:
• crianças negras são denominadas por apelidos associados a cor da
pele (neguinho, negão, negona, negãozinho, pelé (jogador negro),
moreninho, pretinho, sarará).
• crianças negras são chamadas de “beiçudas”, de nariz “chato”, de
“fedorentas”...
A COR “negra” ou “preta”é associada com tudo de RUIM que se
pode pensar:
Se as coisas não vão bem é porque a situação está “preta”
Se a criança vai levar uma advertência vai assinar no “livro negro”
Se for muito boazinha ela tem a “alma branca”
Se vier a se indignar vai para a “lista negra”.
Se disser que o dia está muito pesado, este é “negro”e ouve dizer que
só falta passar um gato “preto” na sua frente.
7. Imagens associadas ao CORPO das crianças negras
• “cabelo bom”(liso de pessoas brancos e/ou asiáticas);
“cabelo ruim” (crespo/duro de pessoas negras e/ou
miscigenadas);
*crianças negras são chamadas por seus colegas de “cabelo
fuá”, “cabelo de bombril” e “cabelo de palha”, “cabelo
pixaim”, “cabelo carapinha”.
Religiões afro-brasileiras na escola:
•Não há o reconhecimento das religiões de matriz
africanas;
•As famílias e as crianças omitem que as frequentam;
•Desvalorização da forma como as famílias se organizam,
seus valores, suas crenças e seus saberes.
8. REFLEXÃO
A escola atua como agente
propagador do racismo:
Logo, quando a criança diz que
não quer ser negra, está mostrando
que não quer ser maltratada,
ridicularizada, ter seu valor diminuído
(Vídeo Bonecas Negras).
Pode ter a auto-estima reduzida devido
a experiências ruins.
9. Justificativa
O estudo por parte dos educandos dos anos
iniciais, do Projeto Cultura Afro contribui
para a construção do seu conhecimento
relacionando-se com o meio em que estão
inseridos favorecendo uma formação
cultural diversificada e libertadora por meio
do conhecimento sobre o outro e a aceitação
da diversidade.
10. Justificativa
Trata-se de uma proposta construída, mas
não acabada e estará sujeito a mudanças
com o cotidiano em sala de aula.
11. É inegável a repercussão das
produções afro-culturais sobre as
crianças, influenciando sobre as vidas,
atitudes e perspectivas. Para tanto é
necessário que se selecione conteúdos
que levem em conta a idade e as
necessidades do desenvolvimento do
público infantil.
A literatura infantil, a internet, as
histórias em quadrinhos, a televisão, o
cinema e as bonecas negras podem ser
utilizados como poderosos instrumentos
educativos.
12. Ao se oportunizar às crianças negras a
verem mais a si mesmos e suas culturas nas
produções culturais, contribui-se para a
construção de uma identidade positiva,
quebrando estereótipos e preconceitos
sociais.
O papel do professor como mediador no
processo de aprendizagem consiste em
auxiliar as crianças a compreenderem e
interpretarem de maneira crítica as
informações veiculadas, buscando entender,
quando houver, a intenção persuasiva da
mensagem.
13. Toda escola deve estar envolvida na
construção positiva das identidades de
seus alunos, ressaltando que o currículo
escolar, o material didático, a formação
docente, o enfrentamento das situações de
discriminação, a abolição do uso de
termos pejorativos, a distribuição igual de
estímulos e a valorização da diversidade
escolar devem permear as relações
interpessoais tanto na sociedade brasileira
como no sistema de ensino, sob pena de
se criar um conhecimento estereotipado e
preconceituoso do diferente.
Cavalleiro (2003)
23. ¨EU SOU UM INTELECTUAL QUE NÃO
TEM MEDO DE SER AMOROSO, EU
AMO AS GENTES E AMO O MUNDO.
E É PORQUE AMO AS PESSOAS E AMO
O MUNDO, QUE EU BRIGO PARA QUE
A JUSTIÇA SOCIAL SE IMPLANTE
ANTES DA CARIDADE.¨
PAULO FREIRE
24. Referências
ARAÚJO, Joel Zito. A negação do Brasil: o negro na telenovela brasileira.
São Paulo: Senac, 2000.
ARAUJO, Joel Zito . A Estética do Racismo. In. RAMOS, Silvia. (Org.) Mídia
e Racismo. Rio de Janeiro: Pallas, 2002.
CAVALLEIRO, Eliane. Do silêncio do lar ao fracasso escolar: racismo,
preconceito e discriminação na educação infantil. São Paulo: Contexto, 2003. .
HALL, Stuart. Da Diáspora: identidades e mediações culturais. Belo
Horizonte: Editora UFMG, 2003
HALL, Stuart. A identidade em questão. trad. Tomaz Tadeu da Silva &
Guacira Lopes Louro. 7ª ed. Rio de Janeiro: DP&A, 2002.
MEC/SECAD - Ministério da Educação/Secretaria da Educação Continuada,
Alfabetização e Diversidade. Orientação e Ações para a Educação das
Relações Étnico-Raciais. Brasília: Secad, 2006.
OLIVEIRA, Leunice Martins. PACC –Produção Afro-Cultural P ara a
Criança . A construção da identidade positiva da criança negra brasileira, PUC,
2011.