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Violência na mídia
Alexandre Almeida
Linguagem e Comunicação
Prof. Orientador: Fábio Messa
PIBID Mídia-educação nas escolas do litoral do PR
Introdução
A violência não é um fenômeno singular, nem de
causa única, ela se manifesta sob diversas maneiras. As
formas de violência ganham disseminação e visibilidade
nos meios de comunicação, tanto no jornalismo quanto na
ficção, tanto em texto quanto em imagens, e até mesmo
nas práticas de lazer. Partindo do pressuposto de que
violência é um comportamento que causa algum tipo de
lesão/dano a outra pessoa, onde nega-se a autonomia, a
integridade física e/ou psicológica, realizamos pelo projeto
PIBID Mídia-educação, uma oficina sobre Violência e
Mídia em outubro de 2012 com os alunos do ensino
médio do Colégio Estadual de Ilha das Peças,
Guaraqueçaba – PR.
Objetivos
● Ampliar e identificar as formas de violência,
● Caracterizar a violência numa perspectiva
interdisciplinar,
● Aprofundar a fundamentação teórica sobre o
fenômeno da violência,
● Proporcionar uma visão crítica.
Conceitos de violência
1 - “uma ação direta ou indireta, destinada a limitar, ferir ou
destruir as pessoas ou os bens”. (MICHAUD, 1989)
2 - “um ato de excesso, qualitativamente distinto, que se
verifica em cada relação de poder presente nas relações
sociais de produção social.” (SANTOS, 1986)
3 - “uso da força física e do constrangimento psíquico para
obrigar alguém a agir de modo contrário à sua natureza e ao
seu ser. A violência é a violação da integridade física e
psíquica, da dignidade humana de alguém” (CHAUÍ, 2002)
4 - “não existe uma definição consensual ou incontroversa de
violência. O termo é potente demais para que isso seja
possível.” (Anthony, A. Dicionário do Pensamento Social do
Século XX)
A violência pode ser entendida:
● Socialmente construído;
● Inevitável condição humana;
● Complexo e difuso;
● Amplas manifestações;
● Amplas ações;
Algumas formas de violência
● Física;
● Sexual;
● Verbal;
● Estrutural;
● Psicológica;
● Sócio-cultural;
● Bullying;
Violência nas mídias
● Exploração para a venda de filmes, jornais
(impressos ou televisivos), games, etc;
● Fomenta o apetite pelo trágico;
● Vida humana tratada como algo banal;
● Reprodução do discurso da violência na
internet;
“a violência, na mídia, seja ela estilizada ou
não, seja ficção ou parte dos telejornais da
atualidade, serve de uma certa maneira, a um
descarregar-se, distender-se, dar livre curso
aos sentimentos através do espetáculo. As
cenas de violência são um sintoma da
'nervosidade' da sociedade.” (MICHAUD, 1996)
Violência no jornalismo
A violência passa a ser consumida num
movimento dinâmico em que o consumo
participa também do processo de produção,
ainda que como representação. Nesse sentido,
é unânime a representação segundo a qual os
meios funcionam como um tipo de tribunal do
júri, antecipando ou dando o tom, em termos
da condenação ou absolvição de um suspeito.
“Os meios de comunicação, quando introduzem o tema da violência
em suas pautas, coloca a discussão da violência como tema
imediato, construído mediante uma recepção ritualizada, um
universo simbólico que a longo prazo condiciona a percepção que o
receptor terá da realidade.” ( Barros, 1987)
Os meios de comunicação ao veicular notícias
sobre crimes com pessoas comuns, produz uma
compreensão específica sobre o fenômeno da
violência, realimentando o temor dos grupos tidos
como “perigosos”, reforçando e atualizando os
preconceitos em relação a população pobre e seus
espaços de moradia.
Resultados
● Apropriação crítica do tema violência como
produto comercial midiático;
● Ampliação da visão de violência enquanto
manifestações;
● Percepção reflexiva do discurso da violência
nas mídias (TV, cinema, games e internet);
● Atuação de forma consciente e responsável
nas mídias sociais;
● Fundamentação teórica sobre violência
enquanto constituição das relações sociais
na história;
Conclusão
A mídia tende a usar a violência como “carro-chefe”
para a venda e audiência de seus jornais por tratar-se de
um apelo emocional, que seria para satisfazer a
curiosidade mórbida e saciar o apetite pelo trágico da
sociedade. Assim, procuramos refletir sobre como a mídia
nos dá a ler o que seja violência e com que fins ela a
explora.
A compreensão analítica das manifestações da
violência na escola envolvendo seus diferentes atores e
formas, constitui um primeiro passo para o entendimento
do fenômeno e o processo de monitoramento. A escola
como espaço de produção de conhecimento e de cultura
precisa construir uma postura analítica e responsável
com o amanhã.
“Somos todos agentes modificadores e
receptores das ações e consequências
construtivas e violentas reinantes na sociedade
contemporânea” (LEVISKY, 1977)
Referências
BARROS. Filho, Clóvis in:Revista Violência em Debate.
São Paulo. Ed. Moderna. 1987
CHAUI, M. Convite à filosofia. 7. ed. São Paulo: Ática,
2000.
MICHAUD, Y. A Violência. São Paulo: Ed. Ática, 1989.
SANTOS,José Vicente Tavares dos. A Violência como
dispositivo de excesso de poder in: Estado e
Sociedade. Brasília. UNB, 1986
Anthony, A. Dicionário do Pensamento Social do
Século XX

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Violência na mídia

  • 1. Violência na mídia Alexandre Almeida Linguagem e Comunicação Prof. Orientador: Fábio Messa PIBID Mídia-educação nas escolas do litoral do PR
  • 2. Introdução A violência não é um fenômeno singular, nem de causa única, ela se manifesta sob diversas maneiras. As formas de violência ganham disseminação e visibilidade nos meios de comunicação, tanto no jornalismo quanto na ficção, tanto em texto quanto em imagens, e até mesmo nas práticas de lazer. Partindo do pressuposto de que violência é um comportamento que causa algum tipo de lesão/dano a outra pessoa, onde nega-se a autonomia, a integridade física e/ou psicológica, realizamos pelo projeto PIBID Mídia-educação, uma oficina sobre Violência e Mídia em outubro de 2012 com os alunos do ensino médio do Colégio Estadual de Ilha das Peças, Guaraqueçaba – PR.
  • 3. Objetivos ● Ampliar e identificar as formas de violência, ● Caracterizar a violência numa perspectiva interdisciplinar, ● Aprofundar a fundamentação teórica sobre o fenômeno da violência, ● Proporcionar uma visão crítica.
  • 4. Conceitos de violência 1 - “uma ação direta ou indireta, destinada a limitar, ferir ou destruir as pessoas ou os bens”. (MICHAUD, 1989) 2 - “um ato de excesso, qualitativamente distinto, que se verifica em cada relação de poder presente nas relações sociais de produção social.” (SANTOS, 1986) 3 - “uso da força física e do constrangimento psíquico para obrigar alguém a agir de modo contrário à sua natureza e ao seu ser. A violência é a violação da integridade física e psíquica, da dignidade humana de alguém” (CHAUÍ, 2002) 4 - “não existe uma definição consensual ou incontroversa de violência. O termo é potente demais para que isso seja possível.” (Anthony, A. Dicionário do Pensamento Social do Século XX)
  • 5. A violência pode ser entendida: ● Socialmente construído; ● Inevitável condição humana; ● Complexo e difuso; ● Amplas manifestações; ● Amplas ações;
  • 6. Algumas formas de violência ● Física; ● Sexual; ● Verbal; ● Estrutural; ● Psicológica; ● Sócio-cultural; ● Bullying;
  • 7. Violência nas mídias ● Exploração para a venda de filmes, jornais (impressos ou televisivos), games, etc; ● Fomenta o apetite pelo trágico; ● Vida humana tratada como algo banal; ● Reprodução do discurso da violência na internet;
  • 8. “a violência, na mídia, seja ela estilizada ou não, seja ficção ou parte dos telejornais da atualidade, serve de uma certa maneira, a um descarregar-se, distender-se, dar livre curso aos sentimentos através do espetáculo. As cenas de violência são um sintoma da 'nervosidade' da sociedade.” (MICHAUD, 1996)
  • 9. Violência no jornalismo A violência passa a ser consumida num movimento dinâmico em que o consumo participa também do processo de produção, ainda que como representação. Nesse sentido, é unânime a representação segundo a qual os meios funcionam como um tipo de tribunal do júri, antecipando ou dando o tom, em termos da condenação ou absolvição de um suspeito.
  • 10. “Os meios de comunicação, quando introduzem o tema da violência em suas pautas, coloca a discussão da violência como tema imediato, construído mediante uma recepção ritualizada, um universo simbólico que a longo prazo condiciona a percepção que o receptor terá da realidade.” ( Barros, 1987) Os meios de comunicação ao veicular notícias sobre crimes com pessoas comuns, produz uma compreensão específica sobre o fenômeno da violência, realimentando o temor dos grupos tidos como “perigosos”, reforçando e atualizando os preconceitos em relação a população pobre e seus espaços de moradia.
  • 11. Resultados ● Apropriação crítica do tema violência como produto comercial midiático; ● Ampliação da visão de violência enquanto manifestações; ● Percepção reflexiva do discurso da violência nas mídias (TV, cinema, games e internet); ● Atuação de forma consciente e responsável nas mídias sociais; ● Fundamentação teórica sobre violência enquanto constituição das relações sociais na história;
  • 12. Conclusão A mídia tende a usar a violência como “carro-chefe” para a venda e audiência de seus jornais por tratar-se de um apelo emocional, que seria para satisfazer a curiosidade mórbida e saciar o apetite pelo trágico da sociedade. Assim, procuramos refletir sobre como a mídia nos dá a ler o que seja violência e com que fins ela a explora. A compreensão analítica das manifestações da violência na escola envolvendo seus diferentes atores e formas, constitui um primeiro passo para o entendimento do fenômeno e o processo de monitoramento. A escola como espaço de produção de conhecimento e de cultura precisa construir uma postura analítica e responsável com o amanhã.
  • 13. “Somos todos agentes modificadores e receptores das ações e consequências construtivas e violentas reinantes na sociedade contemporânea” (LEVISKY, 1977)
  • 14. Referências BARROS. Filho, Clóvis in:Revista Violência em Debate. São Paulo. Ed. Moderna. 1987 CHAUI, M. Convite à filosofia. 7. ed. São Paulo: Ática, 2000. MICHAUD, Y. A Violência. São Paulo: Ed. Ática, 1989. SANTOS,José Vicente Tavares dos. A Violência como dispositivo de excesso de poder in: Estado e Sociedade. Brasília. UNB, 1986 Anthony, A. Dicionário do Pensamento Social do Século XX