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Trabalho realizado por:
Alexandra Canané nº2
Ana Fernandes nº3         10ºE


 "O Banquete" é um livro de diálogos de Platão atribuído a ele
  mesmo e não a Sócrates, seu mestre, e é escrito como se fosse
  uma peça de teatro. O plano de fundo consiste nos sete
  discursos acerca do deus Eros, o deus do amor. Diz-se que
  depois de muitas festas, com bebidas em excesso, resolveram
  fazer uma pausa nos excessos (comida, bebida, mulheres) e
  começaram um encontro filosófico sobre o elogio ao deus Eros,
  na casa de Ágaton, sugerido por Erixímaco. Os oradores
  entraram pela seguinte ordem: Fedro, Pausânias, Erixímaco,
  Aristófanes, Ágaton, Sócrates e Alcibíades.
Fedro
                             
 Fedro, é o primeiro a falar, coloca Eros como
um dos mais antigos deuses, que surgiram
depois do Caos da terra, é o mais carregado
de glória, que pode proporcionar a virtude
e a felicidade aos homens nesta vida e depois
da morte. Pelo facto de ser antigo, traz a causa
dos nossos maiores bens, que é o amor de um
amante. Tudo o que os homens precisam se
quiserem viver bem na vida são os laços de
parentesco, a glória e a riqueza, nada no mundo
pode, como Eros, fazer nascer a beleza. É Eros que
incentiva os homens a fazer as coisas com brio. Só
os amantes aceitam morrer por outro.
Pausânias
   
 Pausânias, é o segundo a falar, contradiz o
  elogio a Eros, feito por Fedro, porque o deus
  Eros não é único, pois há o Eros Celeste e o Eros
  Vulgar. Ele tenta definir a espécie de Amor que
  devemos elogiar, ele concebe o amor a duas
  deusas: a mais antiga, Afrodite Celeste
  (uraniana), que não teve mãe e é filha de
  Úrano, é a filha do céu, e a Afrodite Pandêmia
  (pandemiana), que é filha de Zeus, e de Dione.
  Para ele, qualquer coisa praticada não é em si
  mesma nem boa, nem má. Para que uma ação
  seja boa, tem de ser bem aplicada, ou seja, com
  justiça. O mesmo se dá com o amor. O Eros
  Vulgar é o que leva os homens a amar mais o
  corpo do que o espírito. O Eros Celeste, é o que
  leva ao amor, pela beleza do carácter, ou seja, a
  parte espiritual.
Erixímaco
                         
 Erixímaco, é o terceiro orador a falar, segundo
  ele o amor não exerce influência apenas nas
  almas, mas dá ainda, harmonia ao corpo.
  Formado em medicina, quer acabar o discurso
  de Pausânias, dizendo que o Eros não existe
  somente nas almas dos homens, mas também
  nos outros seres, nos corpos dos animais, em
  todas as plantas, e na natureza em geral. Para
  ele, a natureza orgânica comporta dois Eros, a
  saúde e a doença, e que "o contrário procura o
  contrário", frio contra calor, amargo contra
  doce, etc. Um é o amor que reside no corpo
  são; o outro é o que habita no corpo doente. Tal
  como a medicina procura a convivência entre
  os contrários, o amor deve procurar o
  equilíbrio entre as necessidades físicas e
  espirituais.
Aristófanes
     
 Aristófanes, o quarto orador, começa por relevar
  a importância da total ignorância por parte dos
  homens acerca do poder de Eros. Para conhecer
  esse poder, ele diz que é preciso antes conhecer
  a história da natureza humana e, dito isto, passa
  a descrever a teoria dos andróginos. Segundo
  Aristófanes, a princípio havia três géneros entre
  os homens, e não dois, como hoje, que eram
  duplos em si mesmos: havia o género masculino
  masculino, o feminino feminino e o masculino
  feminino, o qual era chamado de Andrógino. O
  Masculino foi inicialmente um rebento do sol, o
  feminino, da terra, e o masculino feminino, da
  lua.
Ágaton
                         
 Ágaton, o quinto orador, critica os oradores
  que já falaram, pois acha que eles deram
  demasiada importância a Eros, sem contudo
  explicar a sua natureza e os seus dons. Ele ao
  contrário de Fedro, caracteriza o amor como
  o mais feliz, porque é o mais belo, o melhor,
  e por isso é o deus mais jovem. Embora
  Ágaton concorde com Fedro, ele não
  concorda com o aspecto de que o amor seja
  mais antigo, que Cronos e Jápeto. Depois
  passa a enumerar as suas virtudes, ou seja, a
  justiça, a temperança e a importância desse
  deus terno e jovem. Desde que Eros nasceu o
  amor da beleza tornou tudo melhor para os
  deuses e os homens.
Sócrates
         
 Sócrates, o sexto orador, é considerado o mais
  importante dos oradores e começa por elogiar o
  discurso de Ágaton. Fala sobre o conceito do amor
  afirmando que o amor é algo desejado, mas este
  objeto do amor só pode ser desejado quando este
  falta e não quando se tem, pois ninguém deseja
  aquilo de que não precisa mais. Segundo Platão, o
  que se ama é somente "aquilo" que não se tem. O
  "objeto" do amor está sempre ausente, mas é
  sempre solicitado. Aquele que contempla as coisas
  belas do amor, ostenta o belo, e perceberá algo
  maravilhoso e belo em sua natureza. A verdade é
  algo que está sempre mais além, sempre que
  pensamos tê-la atingido, ela escapa-nos por entre os
  dedos. Sócrates revela os ensinamentos de Diotina
  sobre o amor, ela disse-lhe que o amor se encontra
  entre dois extremos, o belo e o feio, o amor fica no
  meio.
Alcibíades
                       
 Alcibíades, o sétimo orador,
  faz um elogio a Sócrates e não
  a Eros. Quer provar que
  Sócrates é o amante, e não o
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O Banquete, Platão

  • 1. Trabalho realizado por: Alexandra Canané nº2 Ana Fernandes nº3 10ºE
  • 2.   "O Banquete" é um livro de diálogos de Platão atribuído a ele mesmo e não a Sócrates, seu mestre, e é escrito como se fosse uma peça de teatro. O plano de fundo consiste nos sete discursos acerca do deus Eros, o deus do amor. Diz-se que depois de muitas festas, com bebidas em excesso, resolveram fazer uma pausa nos excessos (comida, bebida, mulheres) e começaram um encontro filosófico sobre o elogio ao deus Eros, na casa de Ágaton, sugerido por Erixímaco. Os oradores entraram pela seguinte ordem: Fedro, Pausânias, Erixímaco, Aristófanes, Ágaton, Sócrates e Alcibíades.
  • 3. Fedro   Fedro, é o primeiro a falar, coloca Eros como um dos mais antigos deuses, que surgiram depois do Caos da terra, é o mais carregado de glória, que pode proporcionar a virtude e a felicidade aos homens nesta vida e depois da morte. Pelo facto de ser antigo, traz a causa dos nossos maiores bens, que é o amor de um amante. Tudo o que os homens precisam se quiserem viver bem na vida são os laços de parentesco, a glória e a riqueza, nada no mundo pode, como Eros, fazer nascer a beleza. É Eros que incentiva os homens a fazer as coisas com brio. Só os amantes aceitam morrer por outro.
  • 4. Pausânias   Pausânias, é o segundo a falar, contradiz o elogio a Eros, feito por Fedro, porque o deus Eros não é único, pois há o Eros Celeste e o Eros Vulgar. Ele tenta definir a espécie de Amor que devemos elogiar, ele concebe o amor a duas deusas: a mais antiga, Afrodite Celeste (uraniana), que não teve mãe e é filha de Úrano, é a filha do céu, e a Afrodite Pandêmia (pandemiana), que é filha de Zeus, e de Dione. Para ele, qualquer coisa praticada não é em si mesma nem boa, nem má. Para que uma ação seja boa, tem de ser bem aplicada, ou seja, com justiça. O mesmo se dá com o amor. O Eros Vulgar é o que leva os homens a amar mais o corpo do que o espírito. O Eros Celeste, é o que leva ao amor, pela beleza do carácter, ou seja, a parte espiritual.
  • 5. Erixímaco   Erixímaco, é o terceiro orador a falar, segundo ele o amor não exerce influência apenas nas almas, mas dá ainda, harmonia ao corpo. Formado em medicina, quer acabar o discurso de Pausânias, dizendo que o Eros não existe somente nas almas dos homens, mas também nos outros seres, nos corpos dos animais, em todas as plantas, e na natureza em geral. Para ele, a natureza orgânica comporta dois Eros, a saúde e a doença, e que "o contrário procura o contrário", frio contra calor, amargo contra doce, etc. Um é o amor que reside no corpo são; o outro é o que habita no corpo doente. Tal como a medicina procura a convivência entre os contrários, o amor deve procurar o equilíbrio entre as necessidades físicas e espirituais.
  • 6. Aristófanes   Aristófanes, o quarto orador, começa por relevar a importância da total ignorância por parte dos homens acerca do poder de Eros. Para conhecer esse poder, ele diz que é preciso antes conhecer a história da natureza humana e, dito isto, passa a descrever a teoria dos andróginos. Segundo Aristófanes, a princípio havia três géneros entre os homens, e não dois, como hoje, que eram duplos em si mesmos: havia o género masculino masculino, o feminino feminino e o masculino feminino, o qual era chamado de Andrógino. O Masculino foi inicialmente um rebento do sol, o feminino, da terra, e o masculino feminino, da lua.
  • 7. Ágaton   Ágaton, o quinto orador, critica os oradores que já falaram, pois acha que eles deram demasiada importância a Eros, sem contudo explicar a sua natureza e os seus dons. Ele ao contrário de Fedro, caracteriza o amor como o mais feliz, porque é o mais belo, o melhor, e por isso é o deus mais jovem. Embora Ágaton concorde com Fedro, ele não concorda com o aspecto de que o amor seja mais antigo, que Cronos e Jápeto. Depois passa a enumerar as suas virtudes, ou seja, a justiça, a temperança e a importância desse deus terno e jovem. Desde que Eros nasceu o amor da beleza tornou tudo melhor para os deuses e os homens.
  • 8. Sócrates   Sócrates, o sexto orador, é considerado o mais importante dos oradores e começa por elogiar o discurso de Ágaton. Fala sobre o conceito do amor afirmando que o amor é algo desejado, mas este objeto do amor só pode ser desejado quando este falta e não quando se tem, pois ninguém deseja aquilo de que não precisa mais. Segundo Platão, o que se ama é somente "aquilo" que não se tem. O "objeto" do amor está sempre ausente, mas é sempre solicitado. Aquele que contempla as coisas belas do amor, ostenta o belo, e perceberá algo maravilhoso e belo em sua natureza. A verdade é algo que está sempre mais além, sempre que pensamos tê-la atingido, ela escapa-nos por entre os dedos. Sócrates revela os ensinamentos de Diotina sobre o amor, ela disse-lhe que o amor se encontra entre dois extremos, o belo e o feio, o amor fica no meio.
  • 9. Alcibíades   Alcibíades, o sétimo orador, faz um elogio a Sócrates e não a Eros. Quer provar que Sócrates é o amante, e não o amado.