O documento discute a importância da tomografia computadorizada no planejamento cirúrgico de implantes dentários, comparando-a com outros métodos de imagem. A tomografia fornece imagens tridimensionais e dados quantitativos importantes sobre a densidade óssea e estruturas anatômicas circundantes, melhorando o planejamento e reduzindo complicações. No entanto, requer maior expertise do cirurgião e tem custos mais altos do que métodos convencionais.
1. Utilização da Tomografia Computadorizada no Planejamento Cirúrgico de Colocação de Implantes Dentários
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5. Introdução O planejamento pré-cirurgico em implantodontia – Importância fundamental. Até então, as imagens obtidas com a utilização dos raios-x eram em apenas dois planos, atravessando quase um século até que novas tecnologias abrissem os horizontes, como a almejada conquista da terceira dimensão.
6. Metodologia Utilizada Devido a importância do planejamento cirúrgico em implantodontia, foi realizada uma pesquisa em bases de dados, livros e artigos retirados de revistas especializadas e realizada uma revisão bibliográfica com o objetivo de avaliar a importância da utilização da tomografia computadorizada no planejamento cirúrgico em implantodontia, comparando-se com outros métodos também utilizados para o mesmo fim, sendo que, um planejamento mal elaborado pode acarretar graves conseqüências ao paciente.
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8. Revisão da Literatura O que se busca nas imagens radiológicas no planejamento cirúrgico em implantodontia? As imagens radiográficas representam um valioso recurso para o planejamento cirúrgico em implantodontia, fornecendo imagens em 2 ou 3 dimensões, com imagens cada vez mais próximas da realidade, fornecendo informações sobre a região anatômica que será submetida ao ato cirúrgico, informações como a altura e espessura do processo alveolar e espessura do osso cortical em cada sítio anatômico, considerando-se que a densidade óssea e o parâmetro mais importante para a fixação inicial do implante e ausência de movimento durante o primeiro estágio de cicatrização e reduzindo ao máximo a margem de erro.
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10. Revisão da Literatura Em um estudo realizado por SANTIAGO et al , onde 15 pacientes tiveram a região da maxila avaliada por tomografia computadorizada, em 12 pacientes foram observadas diferenças significativas de densidade entre o lado direito e esquerdo, sendo encontrado maior valor de densidade no lado direito destes 12 pacientes.
11. Revisão da Literatura Devem ser avaliadas também as estruturas circunvizinhas, tais como a posição e contorno da fossa nasal, orientação do canal incisivo, o contorno e a extensão do assoalho da cavidade sinusial, e avaliar possíveis alterações ou variações anatômicas.
12. Revisão da Literatura Em estudo realizado por COELHO et al , comparando-se as imagens de radiografias periapicais, panorâmicas e de tomografia computadorizada, com vistas à mensuração óssea do canal mandibular, avaliando-se o grau de distorção em cada método de imagem, verificou-se que a radiografia panorâmica obteve o maior grau de distorção em ralação a medida anatômica 23,67%, frente a 3,03% da radiografia periapical e apenas 0,91% da tomografia computadorizada.
13. Revisão da Literatura Em outro estudo realizado por BRAMANTE et al , foram produzidos defeitos ósseos experimentais em mandíbulas secas com brocas n o 2, 6 e 10, e posteriormente analisadas em radiografias convencionais, digitais e por tomografia computadorizada. Após a análise dos dados obtidos, foi constatado que nas imagens de radiografias convencionais e digitais não foi possível detectar os defeitos ósseos produzidos com nenhuma das brocas, já na tomografia computadorizada, foi possível detectar os defeitos ósseos produzidos com a broca n o 2 e com as brocas n o 6 e 10, foi possível visualizar os defeitos ósseos e todo o seu contorno.
14. Revisão da Literatura Um fator muito importante para obtenção de imagens de boa qualidade em exames de tomografia computadorizada em implantodontia, é o correto posicionamento do paciente na mesa de exame, onde erros de mensuração, ocorridos em imagens de tomografia computadorizada, podem estar relacionados a falhas de posicionamento da cabeça do paciente, de modo que as imagens ortogonais obtidas por reformatação multiplanar, não se encontram absolutamente perpendiculares à borda inferior da mandíbula.
15. Revisão da Literatura Fig. 1 – Corte axial da mandíbula com traçado da linha de referência através do rebordo alveolar. Fig. 2 – Demarcação das linhas perpendiculares através da linha de referência central.
16. Revisão da Literatura Fig. 3 – Imagem demonstrando a forma do rebordo alveolar e a localização do canal mandibular.
17. Revisão da Literatura Fig. 4 - Reconstrução panorâmica demonstrando o canal mandibular e a qualidade do tecido ósseo.
18. Revisão da Literatura Fig. 5 - Seqüência de aquisição de imagens em tomografia computadorizada desde o planejamento, com reconstruções panorâmicas, demonstrando a qualidade do tecido ósseo, canal mandibular e reconstruções transversais, com traçado em linha vermelha demonstrando o ponto de corte.
19. Revisão da Literatura Em estudo realizado por CHOI (2002) et al , e demonstrado em DANTAS(2002), com o propósito de avaliar a relação da mudança de ângulo de inclinação do gantry e alterações em imagens reformatadas em tomografia computadorizada, foram avaliadas mandíbulas secas com variação de inclinação do gantry em 0 o e 30 0 . Chegou-se a conclusão de que certos programas de reformatação de imagens de tomografia computadorizada distorciam a imagem final quando o gantry não se encontrava a 0 0 , mesmo que o posicionamento do paciente acompanhasse a inclinação do gantry , evidenciando a importância do correto posicionamento do paciente na mesa de exame.
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21. Revisão da Literatura Em um estudo realizado por ZENÓBIO e SILVA, comparando-se a dose de radiação absorvida em diversos órgãos, chegou-se ao seguinte resultado: Tabela 1: Valor de dose absorvida em diferentes órgãos de pacientes submetidos a exames de radiografia panorâmica e TC Helicoidal 40,8 0,23 Submandibular Direita 39,0 0,21 Submandibular Esquerda 0,75 0,08 Cristalino 35,4 1,89 Parótida Esquerda 38,3 1,56 Parótida direita 1,7 0,17 Tireóide Tomografia Helicoidal (mGy) Radiografia Panorâmica (mGy)
22. Revisão da Literatura Os dados obtidos podem servir como parâmetro no ato da requisição dos exames radiográficos para o planejamento cirúrgico, onde o profissional deve conhecer as vantagens e limitações de cada técnica considerando-se as necessidades do paciente e os objetivos do tratamento.
23. Revisão da Literatura Fato este demonstrado em um estudo realizado por TAL e MOSES (1991) e citado em BAHLIS (2006) com o propósito de comparar a exatidão nas medidas verticais da tomografia computadorizada com a radiografia panorâmica, onde foram avaliados 17 pacientes com necessidade de implantes na região de segundo pré- molar inferior.. Os resultados obtidos foram de uma diferença de 0,1 mm para a tomografia computadorizada e de 0,4mm para a radiografia panorâmica.
24. Revisão da Literatura Segundo a Academia Americana de Radiologia Oral e Maxilo-facial, o profissional antes de solicitar exames de tomografia computadorizada, deve procurar se familiarizar e se especializar para obter a informação necessária sobre esta modalidade de exame.