A RNMf mede a atividade cerebral mapeando o fluxo sanguíneo no cérebro. Ela permite que os médicos vejam quais áreas do cérebro estão mais ativas durante diferentes tarefas ou estímulos. A técnica usa campos magnéticos e ondas de rádio para detectar variações no fluxo sanguíneo que indicam quais regiões cerebrais estão sendo mais utilizadas. A RNMf oferece novas formas de entender como o cérebro funciona, mas ainda há limitações em interpretar completamente os resultados.
5. Além disso, pode haver dificuldade na interpretação dos resultados de um exame de RNMf. Por
exemplo, em um estudo realizado pelo pesquisador Marco Iacoboni, na UCLA, quando foram mostradas
a eleitores indecisos as palavras "democrata", "republicano" e "independente" foi ativada uma área do
cérebro chamada amídala, indicando sentimentos de ansiedade e aversão. Mas os três termos também
induziram atividade em áreas do cérebro associadas à recompensa, desejo e ligação. Então, como as
pessoas se sentiram com essas expressões políticas - aborrecidas ou ligadas a elas? Os pesquisadores
tiveram dificuldade em dizer com segurança [fonte: Scientific American (em inglês)].
Devido a essas desvantagens, alguns críticos defendem que a RNMf nada mais é do que uma versão
de alta tecnologia da frenologia, pseudociência do século 19 que dizia revelar a personalidade da
pessoa com base exclusivamente no formato de seu crânio. No futuro, os pesquisadores esperam tornar
a RNMf mais "científica", além de melhorar sua precisão concentrando-se nos neurônios individuais. E
acreditam que registrando a atividade elétrica nos neurônios terão uma imagem mais completa e exata
da atividade cerebral.