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PRISMA
PRISMA
PRISMA
Nas condições necessárias para o uso de lentes
para óculos, onde o índice de refração do prisma
é maior que o do meio, desvia o raio em direção
a base.
Como consequência a imagem percebida
através de um prisma desloca-se na direção do
ápice.
Forma como o usuário do prisma percebe a
imagem
Posição real do objeto.
Posição percebida pelo observador.
Ápice
Base
A figura mais clara indica como a pessoa está
vendo a escada e figura escura mostra a posição
real da escada,
Existe aqui um risco de queda.
Isto pode ser provocado pelo efeito prismático nos
óculos.
Representação simplificada do desvio
ocasionado por um prisma.
Ápice
ou
Borda Fina
BF
Base
ou
Borda Grossa
BG
BG – BF = DB → Diferença de Bordas
Dioptria Prismática
Para medir a Potência de um prisma utilizamos
um unidade chamada Dioptria Prismática.
Uma Dioptria Prismática produz um desvio de 1
centímetro por metro.
Duas Dioptrias Prismática produzem um desvio
de 2 cm por metro.
Dioptria Prismática
∆ = , ∆
Espessura de um prisma
= , . ∆. ∅
Fórmula para cálculo da espessura da base do prisma, que será
reconhecida como Diferença de Bordas.
Esta fórmula é valida para o índice de 1,530.
Espessura de prisma
Qual será a espessura da borda grossa de um prisma de 14,00 dioptrias
prismáticas, feito num diâmetro de 55 mm, em CR39, considerando que a
borda fina com 1,0 mm de espessura.
∆ = × ∆ = 1,062 × 14,00 = 14,87
= 1,499 → = 1,062
= 0,019. ∆. ∅ = 0,019.14,87.55 = 15,54
1,0 mm1,0 mm
15,54 mm
16,54 mm
PRISMA
O prisma pode ter aplicações terapêuticas e nesta
situação seu valor é definido pelo profissional que
prescreve determinado seu valor e a posição de sua
base.
Ex: Para perto: Rx +12,00 DE, prisma de 14,00
dioptrias prismáticas com base nasal.
Provavelmente são os óculos que estão sendo
utilizados pela senhora da foto.
Com este tipo de lente e
pela proximidade do
objeto o usuário não
conseguiria convergir o
suficiente para preservar
sua visão binocular.
Assim prismas de base
nasal são necessários para
compensar a falta da
convergência.
Prisma em óculos para ler
Desvio versus Vergência
Lentes produzem um efeito de convergência ou
divergência dos raios de luz.
A Vergência normalmente é chamada de
Potência e é expressa em Dioptrias Esféricas
Prismas somente produzem desvio dos raios de
luz. O Desvio é expresso em Dioptrias
Prismáticas.
Desvio versus Vergência
Fresnel
Fresnel
Fresnel
Visão simplificada das lentes
Uma forma de
explicar o
funcionamento
das lentes
positivas é
considerá-las
como dois
prismas unidos
pela base.
Visão simplificada das lentes
Uma forma de
explicar o
funcionamento
das lentes
negativas é
considerá-las
como dois
prismas unidos
pelo ápice.
DESCENTRAÇÃO
LIZA
Por que precisamos?
Normalmente quando o diâmetro da lente é
pequeno, porém suficiente para a montagem,
podemos através a surfaçagem fabricar uma
lente posicionamento o centro óptico da lente
da melhor forma possível.
Se desejarmos uma lente
centrada ela deverá possuir
um diâmetro maior.
Um bloco de menor
diâmetro pode atender as
necessidades desde
consigamos posicionar o
centro óptico de forma
adequada.
Nesta situação o Centro
geométrico e o Centro
Óptico não estão na
mesma posição.
Descentralização de montagem
Quando o centro óptico não fica centralizado na
armação verificamos uma descentralização de
montagem.
= =
×
dm – descentralização de montagem
Centro da
armação
Pupila do
usuário.
Descentralização de montagem
Sobra de Bloco é a diferença entre o diâmetro do bloco e a maior dimensão do aro
Sobra de Bloco
ds – descentralização de surfaçagem
Descentralização de surfaçagem
A distância entre o centro
geométrico da lente e o centro
óptico que vamos chamar de “ds” é
a descentralização de surfaçagem.
= −
Cálculo da Descentralização de
Surfaçagem
=
∅ −
2
=
−
2
= −
=
58 − 52
2
= 3
=
72 − 58
2
= 7
= 7 − 3 = 4
Bloco = 58 mm
MDA = 52 mm
PA = 72 mm
DP = 58 mm
É possível utilizar uma lente de 58 mm de diâmetro para ambos os olhos se as
confeccionarmos com uma descentralização de 7 mm
Cálculo da descentralização de
Surfaçagem
=
∅ −
2
=
− 2
2
= −
=
58 − 52
2
= 3
=
72 − 2 27
2
= 9
= 9 − 3 = 6
Bloco = 58 mm
MDA = 52 mm
PA = 72 mm
DNP = 27/31 mm
Se optarmos pela montagem por DNP, considerando o mesmo bloco de 58 mm,
teremos uma descentralização diferente para cada olho.
=
72 − 2 31
2
= 5
Olho direito:
Olho esquerdo:
= 5 − 3 = 2
Outra forma de entender a
descentralização
=
∅ − ∅
Bloco = 58 mm
MDA = 52 mm
PA = 72 mm
DP = 58 mm
∅ = − +
Ou
∅ = − . +
=
−
=
∅ = − + =
Como produzir a descentralização na
lente
Em nosso estudo vamos considerar somente uma necessidade de descentralização
na direção horizontal, ela pode também ser necessária na vertical.
Será necessário adicionar um prisma a lente, que será reconhecido na lente através
de uma diferença de bordas (DB).
Podemos aplicar este prisma de duas formas diferentes dependendo da localização
espessura mínima.
EFEITO DA APLICAÇÃO DO
PRISMA NAS LENTES
LENTE
POSITIVA
Eixo óptico da lente centrado
Posição do centro óptico
Borda Fina (Ápice do Prisma)
Borda Grossa (Base do Prisma)
Na lente positiva o
centro óptico se desloca
em direção da base do
prisma.
Eixo óptico deslocado pelo efeito
do prisma
Nova posição do centro
óptico
LENTE
NEGATIVA
Borda Fina (Ápice do Prisma)
Borda Grossa (Base do Prisma)
Na lente negativa o centro
óptico se desloca em direção do
ápice do prisma.
Eixo óptico deslocado
pelo prisma
Nova posição do
centro óptico
Prisma em descentralização
É necessário calcular o prisma que se deve
aplicar na lente a partir da prescrição e da
Descentralização desejada.
Este valor é obtido através da Regra de Prentice.
∆=
.
Aplicando a descentralização em uma
lente esférica
Consideremos a prescrição:
OE Rx +4,00 DE,
• Feita em CR39 (n = 1,499),
• Ø = 58 mm, Diâmetro do bloco disponível
• ds = 5 mm, no sentido nasal obtido a partir
dos dados da armação e da DP do cliente.
Normalmente a descentralização ocorre na direção horizontal e no sentido nasal.
Como se trata de uma lente positiva então a base do prisma deverá ser posiciona
no sentido nasal para garantir a descentralização desejada.
Queremos a com a lente pronta o centro fique deslocado em 5 mm.
Vamos calcular o valor do prisma necessário para produzir esta descentralização.
ds
∆=
.
=
, .
= , ∆
= , → = ,
= × = , × , = ,
Como a lente é em CR39 precisamos obter a receita de trabalho para o laboratório.
Com a receita de trabalho e a descentralização podemos calcular o prisma
necessário para descentralizar a lente
Vamos verificar no desenho como será o posicionamento deste prisma na lente
Se nossa lente fosse centralizada seu desenho esquemático seria:
Precisamos adicionar um prisma na horizontal para poder produzir a
descentralização desejada e para saber a posição da base precisamos indicar a
posição do nasal do usuário.
Posição no nasal
em relação a
lente
Como a lente é positiva a base do prisma ficará no sentido nasal, vamos posiciona-
la de forma a afetar da menor forma possível a espessura da lente.
Posição no nasal
em relação a
lente
O prisma adicionado a lente
implicará em um aumento
das espessuras.
DB
DB/2
EM + DB
SP
SP
EM
Cálculo da Diferença de Bordas
= 0,019. ∆. ∅
Valor da diferença de bordas a partir do prisma calculado
a partir do prisma e do diâmetro do bloco.
O valor de “0,019” é uma constante relativa ao índice de
refração de 1,530 e do arco tangente do ângulo apical de
um prisma de 1,00 dioptria prismática.
= 0,019. ∆. ∅ = 0,019 . 2,2 . 58 = 2,4
Faltam os demais cálculos que normalmente desenvolvemos para o cálculo da
lente.
Ságita Pura = . = 4,24 . 0,79 = 3, 4
Índice de ságita ∅ = 58 → = 0,79
Espessura Mínima = 0,5
Vamos retornar ao nosso desenho para determinar as espessuras.
Posição no nasal
em relação a
lente
O prisma adicionado a lente
implicará em um aumento
das espessuras.
2,4
1,2
0,5 + 2,4
3,4
0,5
3,4
1,2 + 0,5
2,9 0,5
1,7
1,7
5,1
2,9 0,5
1,7
1,7
5,1
+ 8,01
- 3,99
Resultado Final
Descentralização de lentes para óculos
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Descentralização de lentes para óculos

  • 3. PRISMA Nas condições necessárias para o uso de lentes para óculos, onde o índice de refração do prisma é maior que o do meio, desvia o raio em direção a base. Como consequência a imagem percebida através de um prisma desloca-se na direção do ápice.
  • 4. Forma como o usuário do prisma percebe a imagem Posição real do objeto. Posição percebida pelo observador. Ápice Base
  • 5. A figura mais clara indica como a pessoa está vendo a escada e figura escura mostra a posição real da escada, Existe aqui um risco de queda. Isto pode ser provocado pelo efeito prismático nos óculos.
  • 6. Representação simplificada do desvio ocasionado por um prisma. Ápice ou Borda Fina BF Base ou Borda Grossa BG BG – BF = DB → Diferença de Bordas
  • 7. Dioptria Prismática Para medir a Potência de um prisma utilizamos um unidade chamada Dioptria Prismática. Uma Dioptria Prismática produz um desvio de 1 centímetro por metro. Duas Dioptrias Prismática produzem um desvio de 2 cm por metro.
  • 9. Espessura de um prisma = , . ∆. ∅ Fórmula para cálculo da espessura da base do prisma, que será reconhecida como Diferença de Bordas. Esta fórmula é valida para o índice de 1,530.
  • 10. Espessura de prisma Qual será a espessura da borda grossa de um prisma de 14,00 dioptrias prismáticas, feito num diâmetro de 55 mm, em CR39, considerando que a borda fina com 1,0 mm de espessura. ∆ = × ∆ = 1,062 × 14,00 = 14,87 = 1,499 → = 1,062 = 0,019. ∆. ∅ = 0,019.14,87.55 = 15,54 1,0 mm1,0 mm 15,54 mm 16,54 mm
  • 11. PRISMA O prisma pode ter aplicações terapêuticas e nesta situação seu valor é definido pelo profissional que prescreve determinado seu valor e a posição de sua base. Ex: Para perto: Rx +12,00 DE, prisma de 14,00 dioptrias prismáticas com base nasal. Provavelmente são os óculos que estão sendo utilizados pela senhora da foto.
  • 12. Com este tipo de lente e pela proximidade do objeto o usuário não conseguiria convergir o suficiente para preservar sua visão binocular. Assim prismas de base nasal são necessários para compensar a falta da convergência. Prisma em óculos para ler
  • 13.
  • 14. Desvio versus Vergência Lentes produzem um efeito de convergência ou divergência dos raios de luz. A Vergência normalmente é chamada de Potência e é expressa em Dioptrias Esféricas Prismas somente produzem desvio dos raios de luz. O Desvio é expresso em Dioptrias Prismáticas.
  • 19.
  • 20. Visão simplificada das lentes Uma forma de explicar o funcionamento das lentes positivas é considerá-las como dois prismas unidos pela base.
  • 21. Visão simplificada das lentes Uma forma de explicar o funcionamento das lentes negativas é considerá-las como dois prismas unidos pelo ápice.
  • 23. Por que precisamos? Normalmente quando o diâmetro da lente é pequeno, porém suficiente para a montagem, podemos através a surfaçagem fabricar uma lente posicionamento o centro óptico da lente da melhor forma possível.
  • 24.
  • 25. Se desejarmos uma lente centrada ela deverá possuir um diâmetro maior. Um bloco de menor diâmetro pode atender as necessidades desde consigamos posicionar o centro óptico de forma adequada. Nesta situação o Centro geométrico e o Centro Óptico não estão na mesma posição.
  • 26. Descentralização de montagem Quando o centro óptico não fica centralizado na armação verificamos uma descentralização de montagem. = = ×
  • 27. dm – descentralização de montagem Centro da armação Pupila do usuário. Descentralização de montagem
  • 28. Sobra de Bloco é a diferença entre o diâmetro do bloco e a maior dimensão do aro Sobra de Bloco
  • 29. ds – descentralização de surfaçagem Descentralização de surfaçagem A distância entre o centro geométrico da lente e o centro óptico que vamos chamar de “ds” é a descentralização de surfaçagem. = −
  • 30. Cálculo da Descentralização de Surfaçagem = ∅ − 2 = − 2 = − = 58 − 52 2 = 3 = 72 − 58 2 = 7 = 7 − 3 = 4 Bloco = 58 mm MDA = 52 mm PA = 72 mm DP = 58 mm É possível utilizar uma lente de 58 mm de diâmetro para ambos os olhos se as confeccionarmos com uma descentralização de 7 mm
  • 31. Cálculo da descentralização de Surfaçagem = ∅ − 2 = − 2 2 = − = 58 − 52 2 = 3 = 72 − 2 27 2 = 9 = 9 − 3 = 6 Bloco = 58 mm MDA = 52 mm PA = 72 mm DNP = 27/31 mm Se optarmos pela montagem por DNP, considerando o mesmo bloco de 58 mm, teremos uma descentralização diferente para cada olho. = 72 − 2 31 2 = 5 Olho direito: Olho esquerdo: = 5 − 3 = 2
  • 32. Outra forma de entender a descentralização = ∅ − ∅ Bloco = 58 mm MDA = 52 mm PA = 72 mm DP = 58 mm ∅ = − + Ou ∅ = − . + = − = ∅ = − + =
  • 33. Como produzir a descentralização na lente Em nosso estudo vamos considerar somente uma necessidade de descentralização na direção horizontal, ela pode também ser necessária na vertical. Será necessário adicionar um prisma a lente, que será reconhecido na lente através de uma diferença de bordas (DB). Podemos aplicar este prisma de duas formas diferentes dependendo da localização espessura mínima.
  • 34. EFEITO DA APLICAÇÃO DO PRISMA NAS LENTES
  • 35. LENTE POSITIVA Eixo óptico da lente centrado Posição do centro óptico
  • 36. Borda Fina (Ápice do Prisma) Borda Grossa (Base do Prisma) Na lente positiva o centro óptico se desloca em direção da base do prisma. Eixo óptico deslocado pelo efeito do prisma Nova posição do centro óptico
  • 38. Borda Fina (Ápice do Prisma) Borda Grossa (Base do Prisma) Na lente negativa o centro óptico se desloca em direção do ápice do prisma. Eixo óptico deslocado pelo prisma Nova posição do centro óptico
  • 39. Prisma em descentralização É necessário calcular o prisma que se deve aplicar na lente a partir da prescrição e da Descentralização desejada. Este valor é obtido através da Regra de Prentice. ∆= .
  • 40. Aplicando a descentralização em uma lente esférica Consideremos a prescrição: OE Rx +4,00 DE, • Feita em CR39 (n = 1,499), • Ø = 58 mm, Diâmetro do bloco disponível • ds = 5 mm, no sentido nasal obtido a partir dos dados da armação e da DP do cliente.
  • 41. Normalmente a descentralização ocorre na direção horizontal e no sentido nasal. Como se trata de uma lente positiva então a base do prisma deverá ser posiciona no sentido nasal para garantir a descentralização desejada. Queremos a com a lente pronta o centro fique deslocado em 5 mm. Vamos calcular o valor do prisma necessário para produzir esta descentralização. ds
  • 42. ∆= . = , . = , ∆ = , → = , = × = , × , = , Como a lente é em CR39 precisamos obter a receita de trabalho para o laboratório. Com a receita de trabalho e a descentralização podemos calcular o prisma necessário para descentralizar a lente Vamos verificar no desenho como será o posicionamento deste prisma na lente
  • 43. Se nossa lente fosse centralizada seu desenho esquemático seria:
  • 44. Precisamos adicionar um prisma na horizontal para poder produzir a descentralização desejada e para saber a posição da base precisamos indicar a posição do nasal do usuário. Posição no nasal em relação a lente
  • 45. Como a lente é positiva a base do prisma ficará no sentido nasal, vamos posiciona- la de forma a afetar da menor forma possível a espessura da lente. Posição no nasal em relação a lente O prisma adicionado a lente implicará em um aumento das espessuras. DB DB/2 EM + DB SP SP EM
  • 46. Cálculo da Diferença de Bordas = 0,019. ∆. ∅ Valor da diferença de bordas a partir do prisma calculado a partir do prisma e do diâmetro do bloco. O valor de “0,019” é uma constante relativa ao índice de refração de 1,530 e do arco tangente do ângulo apical de um prisma de 1,00 dioptria prismática. = 0,019. ∆. ∅ = 0,019 . 2,2 . 58 = 2,4 Faltam os demais cálculos que normalmente desenvolvemos para o cálculo da lente.
  • 47. Ságita Pura = . = 4,24 . 0,79 = 3, 4 Índice de ságita ∅ = 58 → = 0,79 Espessura Mínima = 0,5 Vamos retornar ao nosso desenho para determinar as espessuras.
  • 48. Posição no nasal em relação a lente O prisma adicionado a lente implicará em um aumento das espessuras. 2,4 1,2 0,5 + 2,4 3,4 0,5 3,4 1,2 + 0,5 2,9 0,5 1,7 1,7 5,1
  • 49. 2,9 0,5 1,7 1,7 5,1 + 8,01 - 3,99 Resultado Final