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A participação das crianças e dos
adolescentes do quilombo de Mata
    Cavalo na percepção de seu
             ambiente




                        Aitana Salgado Carmona
                             GPEA-UFMT-AECID
                                   Agosto 2011
                       Orientadora Michèle Sato
SEGUNDO OS DADOS DA
                                            UNICEF...
                                            Brasil tem uma população de
                                            190.732.694 habitantes, sendo
                                            76.679.000 menores de 18 anos,
                                            aproximadamente o 40% da
                                            população (IBGE, 2010).


                                            Crianças e adolescentes negros e
                                            indígenas, junto com aqueles que
                                            moram em zonas rurais ou que
                        Ícaro Cooke, 2010   possuem alguma deficiência, são os
                                            mais vulneráveis à exclusão social e
Apesar das altas conquistas na              a violação dos seus direitos a
Amazônia Legal nos últimos 15 anos,         educação, saúde e condições de
existe ainda uma clara falta de             vida adequadas.
informação sobre a situação de crianças
que afeta na qualidade das políticas        (UNICEF, 2009)
públicas.
Ícaro Cooke, 2010


OS DADOS DA
UNICEF E
DO MINISTÉRIO
DE EDUCAÇÃO
SOBRE CRIANÇAS
E ADOLESCENTES
QUILOMBOLAS




O Decreto 4887/2003 e a LDB garantem o direito a
saúde, educação e saneamento básico nos quilombos
porém, crianças e jovens quilombolas enfrentam-se a
diversas dificuldades para lograr uma educação escolar
adequada:
• Por falta de infra-estruturas adequadas.
•Pelo baixo número de professores.
• Pela baixa escolaridade das famílias e as condições
econômicas desfavoráveis.
(UNICEF, 2009)
As crianças são na sociedade atual
praticamente invisíveis, mas [...] se
dividíssemos a humanidade em crianças e
adultos, e a vida em dois períodos, o da
infância e o da maturidade,
compreenderíamos que as crianças
ocupam um enorme espaço no mundo e
na vida. (PIRES E BRANCO, 2007,
p.314).
Lawns e Mann, 2004.
                                                                                                              Fonte: http://www.onu-brasil.org.br/doc_crianca.php, 2009.
                                Direitos da criança
                            A CONVENÇÃO DAS NAÇÕES UNIDAS SOBRE O DIREITO DA CRIANÇA, aprovada
                            pela Assembléia Geral em 20 de novembro de 1989 e ratificada por 192 a
                            exceção dos Estados Unidos e Somália.

                            Criança é qualquer pessoa até os dezoito anos, tal como estabelece a
                            Convenção
                               Artigo 12: os Estados assegurarão à criança, capacitada em formular seus
                               próprios juízos, o direito de expressar suas opiniões livremente sobre todos os
                               assuntos relacionados com a mesma, levando-se devidamente em
                               consideração essas opiniões, em função de sua idade e maturidade.
                               As crianças, ao expressar suas opiniões, devem contar com a oportunidade de
                               participar das decisões que os afetam, tanto na esfera privada da família como
                               no domínio público da comunidade. Refere-se às decisões que afetam a criança
                               de forma individual e ou em grupo.
Artigo 13: liberdade de expressão .
Artigo 14: liberdade de pensamento, de consciência e de crença .
Artigo 15: liberdade de associação.
Artigo 17: direito à informação sustenta que a criança deve ter acesso à informações e materiais procedentes de
diversas fontes nacionais e internacionais para apoiá-los na reivindicação dos seus direitos.
ESTATUTO DA CRIANÇA E DO ADOLESCENTE
   aprovado pela Presidência da República no 13
   de julho de 1990.

   Art. 15. A criança e o adolescente têm direito à
   liberdade, ao respeito e à dignidade como
   pessoas humanas em processo de
   desenvolvimento e como sujeitos de direitos
   civis, humanos e sociais garantidos na
   Constituição e nas leis.

   Art. 16. O direito à liberdade compreende os
   seguintes aspectos:                                       www.uepa.br
   II - opinião e expressão.
   III - crença e culto religioso.
   V - participar da vida familiar e comunitária,
   sem discriminação.

Fonte: http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/Leis/L8069.htm
Segundo Hart (2007, p. 8) as
                                             crianças devem aprender que com
                                             os direitos da cidadania devem
                                             vir responsabilidades. Para
                                             aprenderem essas
                                             responsabilidades, precisam
                                             participar de atividades
                                             colaborativas com outras pessoas,
                                             incluídos aqueles mais velhos e
                                             com mais experiência.

                                             A participação é o processo de
                                             partilhar decisões que afetam a
                                             nossa própria vida e a vida da
                                             comunidade onde vivemos. É o
                                             direito fundamental da
                                             cidadania. (HART, 1992, p.7).


Ayuntamiento San Fernando de Henares, 2009
Ícaro Cooke, 2010



                    A ação que rompe a concepção de
                    invisibilidade se inicia, segundo Tonucci
                    (2002, p. 108), dando a palavra às
                    crianças, permitindo que se expressem,
                    se comuniquem, se tornem conscientes
                    do conhecimento que eles próprios
                    possuem, entrando desta maneira em
                    um processo de aprender a participar.

                    A escola, como parte integral da
                    comunidade, deve ser o lugar óbvio para
                    fomentar nas crianças o entendimento e
                    a experiência da participação
                    democrática, tomando parte em
                    projetos comunitários nos quais crianças
                    e adultos ofereçam uns aos outros as
                    energias e percepções de cada geração
                    (Hart,1992, p.39).
TERRA LABIRÍNTICA-
                           OBJETIVOS
www.hundertwasser.de

      O desejo pessoal da descoberta na porção de terra a ser estudada [J] (SATO, 2001)



      Objetivo geral: conhecer e divulgar a percepção das crianças e dos adolescentes
      de Mata Cavalo sobre seu ambiente para visualizá-las no microcosmos, dentro
      do quilombo, e no macrocosmos, em outros lugares do Brasil e do mundo.

      • Determinar o nível de participação das crianças e adolescentes na
      comunidade.
      • Conhecer a percepção de crianças e adolescentes sobre os habitantes-
      hábitat-hábitos.
      • Mostrar as percepções identificadas pelas crianças e adolescentes no micro
      e macrocosmos.
TERCEIRO PRINCÍPIO DA
                        SOCIOPOÉTICA
Clima de confiança (PETIT, 2002).




Ícaro Cooke, 2010
Larissa Rafael, 2010
O facilitador procura ter cuidado de não traçar o caminho que os co-pesquisadores
irão percorrer para essa análise, deixando que os mesmos criem seus
procedimentos de sistematização. Este cuidado se justifica pela tentativa de não
induzir uma única lógica e sim permitir que os co-pesquisadores expressem suas
próprias modalidades de reflexão, intuição e organização dos dados. (PETIT, p.45,
2002)
O terceiro princípio da sociopoética é conhecer   ESCUTA
com o corpo inteiro: a emoção, as sensações, a
intuição, a gestualidade, a imaginação… e não     SENSÍVEL
apenas com a razão (GAUTHIER, 2004).
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Aluno 7ª série Ensino
Fundamental, 2010
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Interação...
... e coletiva.
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1997).
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Limpo, pássaros e árvores.
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Justificación pdf

  • 1. A participação das crianças e dos adolescentes do quilombo de Mata Cavalo na percepção de seu ambiente Aitana Salgado Carmona GPEA-UFMT-AECID Agosto 2011 Orientadora Michèle Sato
  • 2. SEGUNDO OS DADOS DA UNICEF... Brasil tem uma população de 190.732.694 habitantes, sendo 76.679.000 menores de 18 anos, aproximadamente o 40% da população (IBGE, 2010). Crianças e adolescentes negros e indígenas, junto com aqueles que moram em zonas rurais ou que Ícaro Cooke, 2010 possuem alguma deficiência, são os mais vulneráveis à exclusão social e Apesar das altas conquistas na a violação dos seus direitos a Amazônia Legal nos últimos 15 anos, educação, saúde e condições de existe ainda uma clara falta de vida adequadas. informação sobre a situação de crianças que afeta na qualidade das políticas (UNICEF, 2009) públicas.
  • 3. Ícaro Cooke, 2010 OS DADOS DA UNICEF E DO MINISTÉRIO DE EDUCAÇÃO SOBRE CRIANÇAS E ADOLESCENTES QUILOMBOLAS O Decreto 4887/2003 e a LDB garantem o direito a saúde, educação e saneamento básico nos quilombos porém, crianças e jovens quilombolas enfrentam-se a diversas dificuldades para lograr uma educação escolar adequada: • Por falta de infra-estruturas adequadas. •Pelo baixo número de professores. • Pela baixa escolaridade das famílias e as condições econômicas desfavoráveis. (UNICEF, 2009)
  • 4. As crianças são na sociedade atual praticamente invisíveis, mas [...] se dividíssemos a humanidade em crianças e adultos, e a vida em dois períodos, o da infância e o da maturidade, compreenderíamos que as crianças ocupam um enorme espaço no mundo e na vida. (PIRES E BRANCO, 2007, p.314).
  • 5. Lawns e Mann, 2004. Fonte: http://www.onu-brasil.org.br/doc_crianca.php, 2009. Direitos da criança A CONVENÇÃO DAS NAÇÕES UNIDAS SOBRE O DIREITO DA CRIANÇA, aprovada pela Assembléia Geral em 20 de novembro de 1989 e ratificada por 192 a exceção dos Estados Unidos e Somália. Criança é qualquer pessoa até os dezoito anos, tal como estabelece a Convenção Artigo 12: os Estados assegurarão à criança, capacitada em formular seus próprios juízos, o direito de expressar suas opiniões livremente sobre todos os assuntos relacionados com a mesma, levando-se devidamente em consideração essas opiniões, em função de sua idade e maturidade. As crianças, ao expressar suas opiniões, devem contar com a oportunidade de participar das decisões que os afetam, tanto na esfera privada da família como no domínio público da comunidade. Refere-se às decisões que afetam a criança de forma individual e ou em grupo. Artigo 13: liberdade de expressão . Artigo 14: liberdade de pensamento, de consciência e de crença . Artigo 15: liberdade de associação. Artigo 17: direito à informação sustenta que a criança deve ter acesso à informações e materiais procedentes de diversas fontes nacionais e internacionais para apoiá-los na reivindicação dos seus direitos.
  • 6. ESTATUTO DA CRIANÇA E DO ADOLESCENTE aprovado pela Presidência da República no 13 de julho de 1990. Art. 15. A criança e o adolescente têm direito à liberdade, ao respeito e à dignidade como pessoas humanas em processo de desenvolvimento e como sujeitos de direitos civis, humanos e sociais garantidos na Constituição e nas leis. Art. 16. O direito à liberdade compreende os seguintes aspectos: www.uepa.br II - opinião e expressão. III - crença e culto religioso. V - participar da vida familiar e comunitária, sem discriminação. Fonte: http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/Leis/L8069.htm
  • 7. Segundo Hart (2007, p. 8) as crianças devem aprender que com os direitos da cidadania devem vir responsabilidades. Para aprenderem essas responsabilidades, precisam participar de atividades colaborativas com outras pessoas, incluídos aqueles mais velhos e com mais experiência. A participação é o processo de partilhar decisões que afetam a nossa própria vida e a vida da comunidade onde vivemos. É o direito fundamental da cidadania. (HART, 1992, p.7). Ayuntamiento San Fernando de Henares, 2009
  • 8. Ícaro Cooke, 2010 A ação que rompe a concepção de invisibilidade se inicia, segundo Tonucci (2002, p. 108), dando a palavra às crianças, permitindo que se expressem, se comuniquem, se tornem conscientes do conhecimento que eles próprios possuem, entrando desta maneira em um processo de aprender a participar. A escola, como parte integral da comunidade, deve ser o lugar óbvio para fomentar nas crianças o entendimento e a experiência da participação democrática, tomando parte em projetos comunitários nos quais crianças e adultos ofereçam uns aos outros as energias e percepções de cada geração (Hart,1992, p.39).
  • 9. TERRA LABIRÍNTICA- OBJETIVOS www.hundertwasser.de O desejo pessoal da descoberta na porção de terra a ser estudada [J] (SATO, 2001) Objetivo geral: conhecer e divulgar a percepção das crianças e dos adolescentes de Mata Cavalo sobre seu ambiente para visualizá-las no microcosmos, dentro do quilombo, e no macrocosmos, em outros lugares do Brasil e do mundo. • Determinar o nível de participação das crianças e adolescentes na comunidade. • Conhecer a percepção de crianças e adolescentes sobre os habitantes- hábitat-hábitos. • Mostrar as percepções identificadas pelas crianças e adolescentes no micro e macrocosmos.
  • 10. TERCEIRO PRINCÍPIO DA SOCIOPOÉTICA Clima de confiança (PETIT, 2002). Ícaro Cooke, 2010
  • 12. O facilitador procura ter cuidado de não traçar o caminho que os co-pesquisadores irão percorrer para essa análise, deixando que os mesmos criem seus procedimentos de sistematização. Este cuidado se justifica pela tentativa de não induzir uma única lógica e sim permitir que os co-pesquisadores expressem suas próprias modalidades de reflexão, intuição e organização dos dados. (PETIT, p.45, 2002)
  • 13. O terceiro princípio da sociopoética é conhecer ESCUTA com o corpo inteiro: a emoção, as sensações, a intuição, a gestualidade, a imaginação… e não SENSÍVEL apenas com a razão (GAUTHIER, 2004).
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  • 32. Ícaro Cooke Vieira, 2010 Ícaro Cooke Vieira, 2010
  • 36. Aluno 7ª série Ensino Fundamental, 2010
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  • 47. Ambiente como a natureza... para ser apreciado, respeitado, preservado (SAUVÉ, 1997).
  • 48. Um território calmo, espaçosos, meio seco, meio chuvoso. Limpo, pássaros e árvores.