SlideShare ist ein Scribd-Unternehmen logo
1 von 9
Downloaden Sie, um offline zu lesen
UNIVERSIDADE FEDERAL DE SANTA CATARINA




     GRUPOS DE ESTUDOS LOGÍSTICOS




         A LOGÍSTICA MILITAR




                                    Iuri Rafael Destro
                               Marcela Pellegrin Lopes
Introdução

        Este trabalho tem como propósito o estudo sobre as origens do conceito da
Logística, como também sobre dois momentos do século XX em que ela foi decisiva em
conflitos militares de extrema importância para o rumo de nossa história.


       Origem da Logística

        A palavra francesa Loger significa alojar. Segundo Souza (2002), a Logística
originou-se na França do séc. XVIII, onde o Marechal de Lógis tornou-se responsável pelo
suprimento de transporte de material bélico nas batalhas, sendo que o primeiro general a
utilizar o termo foi Von Claussen, de Frederico da Prússia.
        A inteligência americana, com a consultoria de professores da Harvard, estudou
mais a fundo a Logística, para sua melhor utilização na participação americana na II Guerra
Mundial. No pós-guerra, estes consultores tornaram-se os primeiros professores da
disciplina Logística Empresarial em Harvard, nos anos 50.
         Na literatura, uma menção valorosa para A arte da Guerra. Texto militar escrito no
século 6 A.C. , pelo general Sun Tzu. Trata-se da obra mais antiga que se tem notícia sobre
estratégias de batalha, foi fonte de inspiração para os estudos militares ao longo da História.
        Traduzida por um monge francês no século XVIII, teve grande influência sobre as
decisões estratégicas de Napoleão Bonaparte durante sua conquista sobre a Europa, pelo
exército francês e alemão durante a I Guerra Mundial e na Operação Tempestade no
Deserto.
        As estratégias de Sun Tzu para A Arte da Guerra também foram utilizadas como
base para outros textos de ordem econômica, logística e desportiva. A obra tem sido de
particular influência em ambientes de extrema competição, em especial por altos executivos
japoneses e americanos, e em competições de rugby.
Operação BARBAROSSA: O Fracasso Logístico


Invasão da Alemanha Nazista à Rússia, em 1941.

Status do conflito

        Hitler havia invadido a França com sucesso e mantinha o país e a maior parte da
Europa sob controle. Mussolini controlava o sul europeu e o norte da África, e os japoneses
invadiram a China e avançavam. Os americanos ainda não haviam entrado na II Guerra
mundial. Os nazistas avançavam em duas frentes na Europa: oeste contra a Inglaterra, e a
leste na Rússia.

Plano Inicial


        A Operação Barbarossa tinha a intenção de derrotar a União Soviética em 1941. A
campanha inicial prevista iniciaria em 15 de Maio, mas foi atrasada para 22 de junho,
devido ao fato de Hitler decidir intervir nas batalhas na Iuguslávia e Albânia antes da
invasão. Era a maior campanha da II Guerra até então, tanto em números quanto da
amplitude do front, devido às proporções continentais do país de Stálin, cuja fronteira
latitudinal tinha extensão de 1600 km.
         Os alemães contavam com 162 divisões, aproximadamente 3 milhões de homens.
Nas primeiras duas semanas, o Wehrmacht massacrou as defesas russas, avançando
rapidamente com os tanques Panzer no território soviético, partindo em direção a Moscou.
        A estratégia adotada era o Blitzkrieg - a Guerra Relâmpago - utilizada com sucesso
na vitória sobre a França. Baseava-se na velocidade dos tanques e Infantaria, e na
superioridade tecnológica alemã. Os generais de Hitler contavam com a vitória em menos
de 4 meses, antes do inverno. No entanto o plano alemão não funcionou, pois em
dezembro, as forças alemãs e russas travaram a Batalha de Stalingrado, o confronto mais
sangrento da II Guerra Mundial.


Conseqüências da derrota

        O exército vermelho defendeu seu território, conquistando a primeira vitória em
uma contra-ofensiva em outubro. Em dezembro, as forças alemãs e russas travaram a
Batalha de Stalingrado,. Em 2 de fevereiro de 1943, as tropas alemãs se rendiam.
        A Batalha de Stalingrado constitui no ponto de virada da parte leste da II Guerra
Mundial na Europa. Foi a primeira grande derrota Nazista, que causou decepção e
preocupação no moral dos alemães. Após a vitória, o Exército Vermelho recuperou forças e
partiu para tomar a Alemanha, chegando a Berlin e Hitler suicida-se e a Alemanha rende-se
em maio de 1945.
Pontos Falhos na Estratégia Alemã

Clima: Inverno

       O rigoroso inverno russo é dado pelos historiadores uma das causas decisivas das
derrotas tanto de Bonaparte, no século XIX, quanto de Hitler, no século XX, que nunca
chegaram a tomar Moscou. Acreditando que teria vencido antes do inverno chegar, as
tropas não estavam preparadas para esta estação, que chegava a temperaturas de 40° C
negativos. Os soldados morriam de frio e fome, pois a incapacidade de ressuprimento os
deixava isolados.


Estratégia: Prepotência

        O excesso de confiança e falta de pragmatismo causaram furos no Planejamento
Militar Nazista. Os suprimentos foram calculados para apenas 4 meses. Os soldados
nazistas não estavam preparados para o severo inverno russo. As táticas adotadas eram
confiantes demais, e Hitler tinha o costume de passar por cima das estratégias de seus
generais, sem receber qualquer questionamento, acreditando ser um gênio da estratégia e
que a superioridade ariana tornava seu exército invencível.
        A campanha inicial deveria iniciar em 15 de Maio, mas foi atrasada para 22 de
Junho, devido ao fato do Fuher decidir pela intervenção de última hora nas batalhas
travadas na Iuguslávia e Albânia. Ordenou também que uma grande parte das tropas
invadisse a região da Ucrânia, rica em Petróleo, ao invés de ir direto a Moscou,
contrariando todo o planejamento Logístico feito pela Inteligência Nazista. Esse atraso se
refletiu na perda de preciosas semanas no seco verão russo, tendo que avançar no chuvoso
outono.

Indústria Bélica: Incapacidade produtiva

        A indústria bélica alemã não tinha a capacidade produtiva requerida para operações
em dois fronts: leste (Rússia) e oeste (França, Bélgica, Noruega e Balcãs). As estratégias
militares nazistas eram extremamente confiantes e irreais, exigindo demais das fábricas,
ocasionando assim, falha no suprimento de munições, armamentos, tanques, etc. Havia um
consumo bélico muito maior que a capacidade produtiva poderia oferecer.

Comando Logístico: Duas Frentes

        Havia duas linhas de comando: uma para ferroviária e pluvial, e outra para motores
terrestres. O exército russo utilizava táticas de guerrilha para sabotar as linhas de
comunicações alemãs, com isso, falta de informações e ordens desencontradas levavam os
nazistas a um caos em seu ressuprimento, a partir de outubro. Como exemplo, as duas
Companhias eram escaladas para a mesma ordem de suprir A, deixando B isolado e
carente.
Transporte

        O gauge dos trilhos alemães era incompatível com os russos, que destruíram os próprios
trens na iminência da retirada, para que não fossem usados pelos invasores. Poucas estradas
pavimentadas, e uma temporada de chuvas torrenciais a partir de agosto fez com que o
terreno se tornasse extremamente difícil para o avanço de veículos terrestres, geralmente
com muita carga. Isso causou uma lentidão na velocidade de avanço alemão, que apostava
na velocidade.

Ressuprimento:

        A incapacidade no suprimento de munição, alimentos e roupas, adicionados ao
inverno rigoroso da Rússia, resultaram na morte de muitos soldados por fome, desnutrição
e frio. Houve relatos de canibalismo, muitas cirurgias por gangrena, sacrifício dos cavalos
para matar a fome dos soldados e “pelotões de massacre”, com propósito de buscar nos
vilarejos russos alimentos de qualquer espécie e demais suprimentos. Para piorar a situação
dos alemães, para cada cidade evacuada, os russos queimavam todos os suprimentos que
não poderiam carregar. Além disso, com a estratégia da Guerra Relâmpago e a grande
velocidade de ataque, o ressuprimento deveria ser muito bem planejado e cumprido, o que
não ocorreu. Muito aviões alemães com alimento se munições eram abatidos pela bateria
anti-aérea soviética, e as Bases Nazistas em território russo estavam praticamente isoladas.
Como exemplo, na divisão central de ataque, apenas 30% dos trens que partiam com
suprimentos chegavam ao seu destino.

Falta de Padrão da Maquinaria alemã:

       O exército alemão possuía o status de superioridade tecnológica mundial, baseado
em sua vitória esmagadora na França. No entanto, sua maquinaria não tinha uma unidade
de peças e equipamentos mecânicos. Uma imensa variedade de carros e artilharia exigiam
um alto grau de detalhamento, que numa campanha de tamanhas proporções acarretou uma
falta de pessoal de manutenção. O ressuprimento de peças era crítico, e o outono
extremamente chuvoso praticamente incapacitou os veículos terrestres de carga no final de
agosto. Para tentar solucionar isso, os caminhões e carros foram substituídos por 625.000 cavalos,
sem sucesso.

Comunicações:

        Linhas de comunicações excessivamente longas. Sabotagens russas e precariedades
nos sistemas de comunicações nazistas, que não estavam preparados tecnicamente para
avançar em uma fronteira tão extensa - que iniciava ao sul no Mar Cáspio e ia até o norte na
Finlândia - ocasionaram desencontros de informações, que passaram e ser feitos por carta e
boca-a-boca. Pelotões encontravam-se isolados, sem informações.
Operação TEMPESTADE NO DESERTO: O Milagre Logístico

       Invasão da Coalizão de Nações lideradas pelos EUA ao Kwait e Iraque, em 1991.

Status do Conflito

       O Iraque de Sadam Husseim invadiu o Kwait em 1990, iniciando seu programa de
conquista dos países árabes e conseqüente dominação do petróleo no Oriente Médio.

Plano Inicial

       As diferentes concepções das operações “Desert Shield” e “Desert Storm” —
defensiva do Kwait e ofensiva contra o Iraque, respectivamente — e a chegada do VII C Ex
exigiram que planejamentos logísticos fossem adaptados de maneira que as ações
decorrentes implicassem em mudanças mínimas no transporte e posicionamento dos
recursos, já que haveria aumento significativo de suprimento no interior do Teatro de
Operações (TO).


Conseqüências da vitória

        Confirmação dos Estados Unidos como única super-potência mundial, manutenção
do status quo no Oriente Médio. Estreitamento de relações entre EUA e Arábia Saudita.

Pontos de Sucesso na Estratégia Americana

       6 meses de Preparação

Unidade de Comando Logístico

       Comando de apoio logístico – SUPCOM –sob ordens de um único general,
permanentemente em contato com o comandante do TO. Liderança sobre grupo de
operações logística altamente treinados e especializados.


Emprego de setores civis na Logística

        Devido ao grande volume forças para ser transportado até o Golfo Pérsico, o
Exército Americano observou que a estrutura logística militar seria insuficiente. Foram
contratados empresas do setor civil americano e saudita, aumentando os custos Logísticos,
mas também a eficiência nas operações. Contratos com empresas comerciais locais, com o
Sistema de Transporte Público Saudita e Empresas logísticas Americanas foram firmados
por leasing, a partir de em 20 de setembro de 1990. A invasão apenas aconteceria em
janeiro de 1991.
Suprimento

       Criação de estradas, dutovia para transporte de combustível e toda uma estrutura de
suprimento que cruzou o leste do deserto saudita até o Kwait. Também foram criadas Bases
Logísticas, as BaLog, no intuito de pré-posicionar suprimentos a fim de proporcionar as
melhores condições de apoio e que forneceriam o suprimento necessário às forças
atacantes, à medida que as ações fossem realizadas. Muitas delas, em virtude da rapidez das
operações, converteram-se em meros postos de troca de reboques.




EPS: Estrada principal de Suprimento
BaLog: Base Logística

Flexibilidade

       Os efetivos e suprimentos, oriundos de todos os países da coalizão, foram
transportados para o Golfo Pérsico pelos modais aéreo e marítimo, com o objetivo de
proporcionar a maior quantidade possível de meios no TO (Teatro de Operações) em face
da agressão iraquiana. Porta-aviões pré-posicionados estrategicamente funcionaram como
BaLogs flutuantes, com suprimentos necessários para apoiar cadeia de suprimento.


Apoio Saudita

       O Governo saudita foi o maior aliado dos americanos, com receio de uma invasão
de Sadam Hussein. Por esse motivo, as autoridades daquele país proporcionaram às forças
da Coalizão várias formas de apoio, que repercutiram nas atividades logísticas:
- Apoio financeiro, alimentos, abrigo, transporte, viaturas civis, motoristas e água às tropas
da Coalizão;
- 3.000 leitos hospitalares;
- disponibilidade de material para construção civil como asfalto, aço, concreto, cascalho,
materiais de construção e obstáculos necessários a impedir o acesso das tropas iraquianas à
Arábia Saudita.

Tabela Comparativa

                               Op. Barbarossa              Op. Desert Shield & Desert Storm
     Cultura          Nazista: Prepotência, otimismo e         Americana: Pragmatismo,
                       crença na superioridade racial.       Planejamento e Competência.

   Preparação              6 meses no leste europeu            6 meses na Arábia Saudita


     Execução                 Atrasos e erros de             Rigorosamente em dia: vitória.
                            planejamento:derrota.

    Comando                         Duplo                                 Único
    Logístico

    Tecnologia          Superioridade na década de 40,       Superioridade na década de 90,
                          mas sem padrão mecânico.            com padronização mecânica.

  Transporte de          Caminhões, depois 625.000            Helicópteros, porta-aviões e
     tropas                      cavalos                              caminhões

   Suprimento            Ferroviário e à cavalo: Bases          SUPCOM e BaLog, por
                                   isoladas                    Helicópteros e caminhões

   Flexibilidade        Rigidez de comando (Hitler) e                 Flexibilidade
                                  estratégia

  Comunicações          Linhas excessivamente longas,                  Via Satélite
                            vulneráveis a ataques

      Clima               Outono chuvoso e inverno                    Deserto seco
                                  rigoroso

     Homens                  3.200.000 (Nazistas)                  750.000 (Coalizão)
                                      X                                     x
                            2.600.000 (Soviéticos)                  450.000 (Iraque)


Frases e curiosidades
"Amadores falam de estratégia, profissionais falam de Logística.”, Ditado Militar
americano.

“Logística, eu não sei nada de Logística, mas quero tê-la.”, General Patton.

“Há duas grandes diferenças entre Wal-Mart e Logística Militar. Wal-Mart tem lucro na
distribuição de bens de consumos, e ninguém está tentando explodir suas linhas de
suprimento e empregados no meio do caminho.”, General Smith, Guerra do Golfo.

“Mais uma vez... o cão da guerra está sendo agarrado pelo seu rabo logístico”, General
Schwarzkopf, sobre os preparativos para a Guerra do Golfo, em 1990.

Dos US$ 28 bilhões gastos na operação “Iraqi Freedom” - a Guerra do Iraque em 2003 -
US$14.2 bi foram para operações de suprimento e US$ 4.9 bi para custos de transporte.

Weitere ähnliche Inhalte

Was ist angesagt?

Nr 26-sinalizacao-de-seguranca
Nr 26-sinalizacao-de-segurancaNr 26-sinalizacao-de-seguranca
Nr 26-sinalizacao-de-segurancaTst Valadares
 
Álcool, tabaco e outras drogas
Álcool, tabaco e outras drogasÁlcool, tabaco e outras drogas
Álcool, tabaco e outras drogasbecevadeira
 
Abertura de Curso - SENAC.pptx
Abertura de Curso - SENAC.pptxAbertura de Curso - SENAC.pptx
Abertura de Curso - SENAC.pptxRAFAEL COSTA
 
Processo de esterilização
Processo de esterilizaçãoProcesso de esterilização
Processo de esterilizaçãoAmanda Amate
 
Treinamento betoneira
Treinamento betoneiraTreinamento betoneira
Treinamento betoneirarafaele123
 
Treinamento operador betoneira
Treinamento operador betoneiraTreinamento operador betoneira
Treinamento operador betoneiraJupira Silva
 
Nr-26-Sinalizacao-de-Seguranca.pdf
Nr-26-Sinalizacao-de-Seguranca.pdfNr-26-Sinalizacao-de-Seguranca.pdf
Nr-26-Sinalizacao-de-Seguranca.pdfssuser22319e
 
EXAMES CONTRASTADOS - INTRODUÇÃO
EXAMES CONTRASTADOS - INTRODUÇÃOEXAMES CONTRASTADOS - INTRODUÇÃO
EXAMES CONTRASTADOS - INTRODUÇÃOMagno Cavalheiro
 
Equipamento de proteção individual
Equipamento de proteção individualEquipamento de proteção individual
Equipamento de proteção individualWillame Araújo
 
MAPA CONCEITUAL TECNOLOGIAS
MAPA CONCEITUAL TECNOLOGIASMAPA CONCEITUAL TECNOLOGIAS
MAPA CONCEITUAL TECNOLOGIASJairo Felipe
 
Animais peçonhentos acidentes e prevenção
Animais peçonhentos acidentes e prevençãoAnimais peçonhentos acidentes e prevenção
Animais peçonhentos acidentes e prevençãoVinicius Mendes
 
Aula: Prevenção da disseminação da Covid-19 nos ambientes de cuidado de saúde
Aula: Prevenção da disseminação da Covid-19 nos ambientes de cuidado de saúdeAula: Prevenção da disseminação da Covid-19 nos ambientes de cuidado de saúde
Aula: Prevenção da disseminação da Covid-19 nos ambientes de cuidado de saúdeProqualis
 
Projeto contra racismo na escola
Projeto contra racismo na escolaProjeto contra racismo na escola
Projeto contra racismo na escolanivalda
 

Was ist angesagt? (20)

Nr 26-sinalizacao-de-seguranca
Nr 26-sinalizacao-de-segurancaNr 26-sinalizacao-de-seguranca
Nr 26-sinalizacao-de-seguranca
 
Álcool, tabaco e outras drogas
Álcool, tabaco e outras drogasÁlcool, tabaco e outras drogas
Álcool, tabaco e outras drogas
 
Abertura de Curso - SENAC.pptx
Abertura de Curso - SENAC.pptxAbertura de Curso - SENAC.pptx
Abertura de Curso - SENAC.pptx
 
Processo de esterilização
Processo de esterilizaçãoProcesso de esterilização
Processo de esterilização
 
Contaminacao radioativa
Contaminacao radioativaContaminacao radioativa
Contaminacao radioativa
 
Treinamento betoneira
Treinamento betoneiraTreinamento betoneira
Treinamento betoneira
 
Neurocirurgia
NeurocirurgiaNeurocirurgia
Neurocirurgia
 
Drogas
DrogasDrogas
Drogas
 
Treinamento operador betoneira
Treinamento operador betoneiraTreinamento operador betoneira
Treinamento operador betoneira
 
16 perfuro cortantes
16 perfuro cortantes16 perfuro cortantes
16 perfuro cortantes
 
Nr-26-Sinalizacao-de-Seguranca.pdf
Nr-26-Sinalizacao-de-Seguranca.pdfNr-26-Sinalizacao-de-Seguranca.pdf
Nr-26-Sinalizacao-de-Seguranca.pdf
 
EXAMES CONTRASTADOS - INTRODUÇÃO
EXAMES CONTRASTADOS - INTRODUÇÃOEXAMES CONTRASTADOS - INTRODUÇÃO
EXAMES CONTRASTADOS - INTRODUÇÃO
 
Equipamento de proteção individual
Equipamento de proteção individualEquipamento de proteção individual
Equipamento de proteção individual
 
MAPA CONCEITUAL TECNOLOGIAS
MAPA CONCEITUAL TECNOLOGIASMAPA CONCEITUAL TECNOLOGIAS
MAPA CONCEITUAL TECNOLOGIAS
 
Histerossalpingografia
HisterossalpingografiaHisterossalpingografia
Histerossalpingografia
 
Animais peçonhentos acidentes e prevenção
Animais peçonhentos acidentes e prevençãoAnimais peçonhentos acidentes e prevenção
Animais peçonhentos acidentes e prevenção
 
Aula: Prevenção da disseminação da Covid-19 nos ambientes de cuidado de saúde
Aula: Prevenção da disseminação da Covid-19 nos ambientes de cuidado de saúdeAula: Prevenção da disseminação da Covid-19 nos ambientes de cuidado de saúde
Aula: Prevenção da disseminação da Covid-19 nos ambientes de cuidado de saúde
 
Projeto contra racismo na escola
Projeto contra racismo na escolaProjeto contra racismo na escola
Projeto contra racismo na escola
 
Aula cc turma 4
Aula cc turma 4Aula cc turma 4
Aula cc turma 4
 
Mapas mentais
Mapas mentaisMapas mentais
Mapas mentais
 

Andere mochten auch

Inquérito policial x inquérito civil
Inquérito policial x inquérito civilInquérito policial x inquérito civil
Inquérito policial x inquérito civilTVJur.com
 
MANUAL DE CAMPANHA LOGÍSTICA MILITAR TERRESTRE C 100-10
MANUAL DE CAMPANHA LOGÍSTICA MILITAR TERRESTRE C 100-10MANUAL DE CAMPANHA LOGÍSTICA MILITAR TERRESTRE C 100-10
MANUAL DE CAMPANHA LOGÍSTICA MILITAR TERRESTRE C 100-10Falcão Brasil
 
Arma de Engenharia (Exército Brasileiro)
Arma de Engenharia (Exército Brasileiro)Arma de Engenharia (Exército Brasileiro)
Arma de Engenharia (Exército Brasileiro)Paulo Brito
 
Dicas de empregabilidade ago 2011
Dicas de empregabilidade ago 2011Dicas de empregabilidade ago 2011
Dicas de empregabilidade ago 2011Luis Vitiritti
 
Segunda Guerra Mundial
Segunda Guerra MundialSegunda Guerra Mundial
Segunda Guerra Mundialecsette
 
RUE - Capítulo V - Dos Distintivos
RUE - Capítulo V - Dos DistintivosRUE - Capítulo V - Dos Distintivos
RUE - Capítulo V - Dos DistintivosFalcão Brasil
 
MANUAL DE CAMPANHA ADMINISTRAÇÃO DE RADIO FREQÜÊNCIAS C 24-2
MANUAL DE CAMPANHA ADMINISTRAÇÃO DE RADIO FREQÜÊNCIAS C 24-2MANUAL DE CAMPANHA ADMINISTRAÇÃO DE RADIO FREQÜÊNCIAS C 24-2
MANUAL DE CAMPANHA ADMINISTRAÇÃO DE RADIO FREQÜÊNCIAS C 24-2Falcão Brasil
 
MANUAL DE CAMPANHA ESTADO-MAIOR E ORDENS 1º VOLUME C 101-5
MANUAL DE CAMPANHA ESTADO-MAIOR E ORDENS 1º VOLUME C 101-5MANUAL DE CAMPANHA ESTADO-MAIOR E ORDENS 1º VOLUME C 101-5
MANUAL DE CAMPANHA ESTADO-MAIOR E ORDENS 1º VOLUME C 101-5Falcão Brasil
 
CADERNO DE INSTRUÇÃO A COMUNICAÇÃO SOCIAL EM APOIO ÀS OPERAÇÕES MILITARES CI ...
CADERNO DE INSTRUÇÃO A COMUNICAÇÃO SOCIAL EM APOIO ÀS OPERAÇÕES MILITARES CI ...CADERNO DE INSTRUÇÃO A COMUNICAÇÃO SOCIAL EM APOIO ÀS OPERAÇÕES MILITARES CI ...
CADERNO DE INSTRUÇÃO A COMUNICAÇÃO SOCIAL EM APOIO ÀS OPERAÇÕES MILITARES CI ...Falcão Brasil
 
MANUAL DE CAMPANHA REGIMENTO DE CAVALARIA MECANIZADO C 2-20
MANUAL DE CAMPANHA REGIMENTO DE CAVALARIA MECANIZADO C 2-20MANUAL DE CAMPANHA REGIMENTO DE CAVALARIA MECANIZADO C 2-20
MANUAL DE CAMPANHA REGIMENTO DE CAVALARIA MECANIZADO C 2-20Falcão Brasil
 
MANUAL DE CAMPANHA CENTRO DE COMUNICAÇÕES 1ª PARTE C 24-17
MANUAL DE CAMPANHA CENTRO DE COMUNICAÇÕES 1ª PARTE C 24-17MANUAL DE CAMPANHA CENTRO DE COMUNICAÇÕES 1ª PARTE C 24-17
MANUAL DE CAMPANHA CENTRO DE COMUNICAÇÕES 1ª PARTE C 24-17Falcão Brasil
 
Gestão de stocks
Gestão de stocksGestão de stocks
Gestão de stockstelmag999
 
MANUAL DE CAMPANHA BRIGADA DE CAVALARIA MECANIZADA C 2-30
MANUAL DE CAMPANHA BRIGADA DE CAVALARIA MECANIZADA C 2-30MANUAL DE CAMPANHA BRIGADA DE CAVALARIA MECANIZADA C 2-30
MANUAL DE CAMPANHA BRIGADA DE CAVALARIA MECANIZADA C 2-30Falcão Brasil
 
MANUAL DE CAMPANHA EMPREGO DA CAVALARIA C 2-1
MANUAL DE CAMPANHA EMPREGO DA CAVALARIA C 2-1 MANUAL DE CAMPANHA EMPREGO DA CAVALARIA C 2-1
MANUAL DE CAMPANHA EMPREGO DA CAVALARIA C 2-1 Falcão Brasil
 
CADERNO DE INSTRUÇÃO SIMULAÇÃO DE COMBATE CI 105-5/1
CADERNO DE INSTRUÇÃO SIMULAÇÃO DE COMBATE CI 105-5/1CADERNO DE INSTRUÇÃO SIMULAÇÃO DE COMBATE CI 105-5/1
CADERNO DE INSTRUÇÃO SIMULAÇÃO DE COMBATE CI 105-5/1Falcão Brasil
 
CADERNO DE INSTRUÇÃO EXERCÍCIOS DE DESENVOLVIMENTO DA LIDERANÇA (EDL) CI 20-10/3
CADERNO DE INSTRUÇÃO EXERCÍCIOS DE DESENVOLVIMENTO DA LIDERANÇA (EDL) CI 20-10/3CADERNO DE INSTRUÇÃO EXERCÍCIOS DE DESENVOLVIMENTO DA LIDERANÇA (EDL) CI 20-10/3
CADERNO DE INSTRUÇÃO EXERCÍCIOS DE DESENVOLVIMENTO DA LIDERANÇA (EDL) CI 20-10/3Falcão Brasil
 
MANUAL DE CAMPANHA OPERAÇÕES C 100-5
MANUAL DE CAMPANHA OPERAÇÕES C 100-5MANUAL DE CAMPANHA OPERAÇÕES C 100-5
MANUAL DE CAMPANHA OPERAÇÕES C 100-5Falcão Brasil
 

Andere mochten auch (20)

LogíStica Militar2
LogíStica Militar2LogíStica Militar2
LogíStica Militar2
 
Inquérito policial x inquérito civil
Inquérito policial x inquérito civilInquérito policial x inquérito civil
Inquérito policial x inquérito civil
 
MANUAL DE CAMPANHA LOGÍSTICA MILITAR TERRESTRE C 100-10
MANUAL DE CAMPANHA LOGÍSTICA MILITAR TERRESTRE C 100-10MANUAL DE CAMPANHA LOGÍSTICA MILITAR TERRESTRE C 100-10
MANUAL DE CAMPANHA LOGÍSTICA MILITAR TERRESTRE C 100-10
 
Arma de Engenharia (Exército Brasileiro)
Arma de Engenharia (Exército Brasileiro)Arma de Engenharia (Exército Brasileiro)
Arma de Engenharia (Exército Brasileiro)
 
Dicas de empregabilidade ago 2011
Dicas de empregabilidade ago 2011Dicas de empregabilidade ago 2011
Dicas de empregabilidade ago 2011
 
Segunda Guerra Mundial
Segunda Guerra MundialSegunda Guerra Mundial
Segunda Guerra Mundial
 
RUE - Capítulo V - Dos Distintivos
RUE - Capítulo V - Dos DistintivosRUE - Capítulo V - Dos Distintivos
RUE - Capítulo V - Dos Distintivos
 
MANUAL DE CAMPANHA ADMINISTRAÇÃO DE RADIO FREQÜÊNCIAS C 24-2
MANUAL DE CAMPANHA ADMINISTRAÇÃO DE RADIO FREQÜÊNCIAS C 24-2MANUAL DE CAMPANHA ADMINISTRAÇÃO DE RADIO FREQÜÊNCIAS C 24-2
MANUAL DE CAMPANHA ADMINISTRAÇÃO DE RADIO FREQÜÊNCIAS C 24-2
 
MANUAL DE CAMPANHA ESTADO-MAIOR E ORDENS 1º VOLUME C 101-5
MANUAL DE CAMPANHA ESTADO-MAIOR E ORDENS 1º VOLUME C 101-5MANUAL DE CAMPANHA ESTADO-MAIOR E ORDENS 1º VOLUME C 101-5
MANUAL DE CAMPANHA ESTADO-MAIOR E ORDENS 1º VOLUME C 101-5
 
CADERNO DE INSTRUÇÃO A COMUNICAÇÃO SOCIAL EM APOIO ÀS OPERAÇÕES MILITARES CI ...
CADERNO DE INSTRUÇÃO A COMUNICAÇÃO SOCIAL EM APOIO ÀS OPERAÇÕES MILITARES CI ...CADERNO DE INSTRUÇÃO A COMUNICAÇÃO SOCIAL EM APOIO ÀS OPERAÇÕES MILITARES CI ...
CADERNO DE INSTRUÇÃO A COMUNICAÇÃO SOCIAL EM APOIO ÀS OPERAÇÕES MILITARES CI ...
 
MANUAL DE CAMPANHA REGIMENTO DE CAVALARIA MECANIZADO C 2-20
MANUAL DE CAMPANHA REGIMENTO DE CAVALARIA MECANIZADO C 2-20MANUAL DE CAMPANHA REGIMENTO DE CAVALARIA MECANIZADO C 2-20
MANUAL DE CAMPANHA REGIMENTO DE CAVALARIA MECANIZADO C 2-20
 
MANUAL DE CAMPANHA CENTRO DE COMUNICAÇÕES 1ª PARTE C 24-17
MANUAL DE CAMPANHA CENTRO DE COMUNICAÇÕES 1ª PARTE C 24-17MANUAL DE CAMPANHA CENTRO DE COMUNICAÇÕES 1ª PARTE C 24-17
MANUAL DE CAMPANHA CENTRO DE COMUNICAÇÕES 1ª PARTE C 24-17
 
Gestão de stocks
Gestão de stocksGestão de stocks
Gestão de stocks
 
MANUAL DE CAMPANHA BRIGADA DE CAVALARIA MECANIZADA C 2-30
MANUAL DE CAMPANHA BRIGADA DE CAVALARIA MECANIZADA C 2-30MANUAL DE CAMPANHA BRIGADA DE CAVALARIA MECANIZADA C 2-30
MANUAL DE CAMPANHA BRIGADA DE CAVALARIA MECANIZADA C 2-30
 
MANUAL DE CAMPANHA EMPREGO DA CAVALARIA C 2-1
MANUAL DE CAMPANHA EMPREGO DA CAVALARIA C 2-1 MANUAL DE CAMPANHA EMPREGO DA CAVALARIA C 2-1
MANUAL DE CAMPANHA EMPREGO DA CAVALARIA C 2-1
 
CADERNO DE INSTRUÇÃO SIMULAÇÃO DE COMBATE CI 105-5/1
CADERNO DE INSTRUÇÃO SIMULAÇÃO DE COMBATE CI 105-5/1CADERNO DE INSTRUÇÃO SIMULAÇÃO DE COMBATE CI 105-5/1
CADERNO DE INSTRUÇÃO SIMULAÇÃO DE COMBATE CI 105-5/1
 
CADERNO DE INSTRUÇÃO EXERCÍCIOS DE DESENVOLVIMENTO DA LIDERANÇA (EDL) CI 20-10/3
CADERNO DE INSTRUÇÃO EXERCÍCIOS DE DESENVOLVIMENTO DA LIDERANÇA (EDL) CI 20-10/3CADERNO DE INSTRUÇÃO EXERCÍCIOS DE DESENVOLVIMENTO DA LIDERANÇA (EDL) CI 20-10/3
CADERNO DE INSTRUÇÃO EXERCÍCIOS DE DESENVOLVIMENTO DA LIDERANÇA (EDL) CI 20-10/3
 
La Logistica Empresarial
La Logistica EmpresarialLa Logistica Empresarial
La Logistica Empresarial
 
Logistica empresarial
Logistica empresarialLogistica empresarial
Logistica empresarial
 
MANUAL DE CAMPANHA OPERAÇÕES C 100-5
MANUAL DE CAMPANHA OPERAÇÕES C 100-5MANUAL DE CAMPANHA OPERAÇÕES C 100-5
MANUAL DE CAMPANHA OPERAÇÕES C 100-5
 

Ähnlich wie A logística militar: sucessos e fracassos nas operações Barbarossa e Tempestade no Deserto

A segunda guerra mundial 1940 - 1941 - urss
A segunda guerra mundial   1940 - 1941 - urssA segunda guerra mundial   1940 - 1941 - urss
A segunda guerra mundial 1940 - 1941 - ursshistoriando
 
A segunda guerra mundial 1940 - 1942
A segunda guerra mundial   1940 - 1942A segunda guerra mundial   1940 - 1942
A segunda guerra mundial 1940 - 1942historiando
 
A 2ª guerra mundial 1941 a 1943 - 2013
A 2ª guerra mundial  1941 a 1943 - 2013A 2ª guerra mundial  1941 a 1943 - 2013
A 2ª guerra mundial 1941 a 1943 - 2013historiando
 
A 2ª guerra mundial 1941 a 1943 - 2015
A 2ª guerra mundial  1941 a 1943 - 2015A 2ª guerra mundial  1941 a 1943 - 2015
A 2ª guerra mundial 1941 a 1943 - 2015Nelia Salles Nantes
 
A 2ª guerra mundial 1941 a 1944 - 2014
A 2ª guerra mundial  1941 a 1944 - 2014A 2ª guerra mundial  1941 a 1944 - 2014
A 2ª guerra mundial 1941 a 1944 - 2014Nelia Salles Nantes
 
A 2ª guerra mundial do dia d ao fim da guerra na europa
A 2ª guerra mundial   do dia d ao fim da guerra na europaA 2ª guerra mundial   do dia d ao fim da guerra na europa
A 2ª guerra mundial do dia d ao fim da guerra na europahistoriando
 
A 2ª guerra mundial do dia d ao fim da guerra na europa
A 2ª guerra mundial   do dia d ao fim da guerra na europaA 2ª guerra mundial   do dia d ao fim da guerra na europa
A 2ª guerra mundial do dia d ao fim da guerra na europaNelia Salles Nantes
 
A 2ª guerra mundial do dia d ao fim da guerra na europa
A 2ª guerra mundial   do dia d ao fim da guerra na europaA 2ª guerra mundial   do dia d ao fim da guerra na europa
A 2ª guerra mundial do dia d ao fim da guerra na europaNelia Salles Nantes
 
A primeira guerra mundial
A primeira guerra mundialA primeira guerra mundial
A primeira guerra mundialprofrogerio1
 
Segunda guerra mundial
Segunda guerra mundialSegunda guerra mundial
Segunda guerra mundialTiagodavid
 
2 GUERRA MUNDIAL E A PARTICIPAÇÃO DO BRASIL.pptx
2 GUERRA MUNDIAL E A PARTICIPAÇÃO DO BRASIL.pptx2 GUERRA MUNDIAL E A PARTICIPAÇÃO DO BRASIL.pptx
2 GUERRA MUNDIAL E A PARTICIPAÇÃO DO BRASIL.pptxIzumiLouco
 
Aprimeiraguerramundial slides-130820205900-phpapp02
Aprimeiraguerramundial slides-130820205900-phpapp02Aprimeiraguerramundial slides-130820205900-phpapp02
Aprimeiraguerramundial slides-130820205900-phpapp02marlete andrade
 
Primeira guerra mundial
Primeira guerra mundialPrimeira guerra mundial
Primeira guerra mundialRose Vital
 
A Segunda Guerra Mundial 3 N3
A Segunda Guerra Mundial 3 N3A Segunda Guerra Mundial 3 N3
A Segunda Guerra Mundial 3 N3hsjval
 

Ähnlich wie A logística militar: sucessos e fracassos nas operações Barbarossa e Tempestade no Deserto (20)

A segunda guerra mundial 1940 - 1941 - urss
A segunda guerra mundial   1940 - 1941 - urssA segunda guerra mundial   1940 - 1941 - urss
A segunda guerra mundial 1940 - 1941 - urss
 
A segunda guerra mundial 1940 - 1942
A segunda guerra mundial   1940 - 1942A segunda guerra mundial   1940 - 1942
A segunda guerra mundial 1940 - 1942
 
Word 9 d_14
Word 9 d_14Word 9 d_14
Word 9 d_14
 
A 2ª guerra mundial 1941 a 1943 - 2013
A 2ª guerra mundial  1941 a 1943 - 2013A 2ª guerra mundial  1941 a 1943 - 2013
A 2ª guerra mundial 1941 a 1943 - 2013
 
A 2ª guerra mundial 1941 a 1943 - 2015
A 2ª guerra mundial  1941 a 1943 - 2015A 2ª guerra mundial  1941 a 1943 - 2015
A 2ª guerra mundial 1941 a 1943 - 2015
 
A 2ª guerra mundial 1941 a 1944 - 2014
A 2ª guerra mundial  1941 a 1944 - 2014A 2ª guerra mundial  1941 a 1944 - 2014
A 2ª guerra mundial 1941 a 1944 - 2014
 
Dsdsdsdsds
DsdsdsdsdsDsdsdsdsds
Dsdsdsdsds
 
A 2ª guerra mundial do dia d ao fim da guerra na europa
A 2ª guerra mundial   do dia d ao fim da guerra na europaA 2ª guerra mundial   do dia d ao fim da guerra na europa
A 2ª guerra mundial do dia d ao fim da guerra na europa
 
A 2ª guerra mundial do dia d ao fim da guerra na europa
A 2ª guerra mundial   do dia d ao fim da guerra na europaA 2ª guerra mundial   do dia d ao fim da guerra na europa
A 2ª guerra mundial do dia d ao fim da guerra na europa
 
A 2ª guerra mundial do dia d ao fim da guerra na europa
A 2ª guerra mundial   do dia d ao fim da guerra na europaA 2ª guerra mundial   do dia d ao fim da guerra na europa
A 2ª guerra mundial do dia d ao fim da guerra na europa
 
A primeira guerra mundial
A primeira guerra mundialA primeira guerra mundial
A primeira guerra mundial
 
Segunda guerra mundial
Segunda guerra mundialSegunda guerra mundial
Segunda guerra mundial
 
2 GUERRA MUNDIAL E A PARTICIPAÇÃO DO BRASIL.pptx
2 GUERRA MUNDIAL E A PARTICIPAÇÃO DO BRASIL.pptx2 GUERRA MUNDIAL E A PARTICIPAÇÃO DO BRASIL.pptx
2 GUERRA MUNDIAL E A PARTICIPAÇÃO DO BRASIL.pptx
 
Aprimeiraguerramundial slides-130820205900-phpapp02
Aprimeiraguerramundial slides-130820205900-phpapp02Aprimeiraguerramundial slides-130820205900-phpapp02
Aprimeiraguerramundial slides-130820205900-phpapp02
 
I guerra-mundial
I guerra-mundialI guerra-mundial
I guerra-mundial
 
Segunda guerra mundial
Segunda guerra mundialSegunda guerra mundial
Segunda guerra mundial
 
ExéRcito Vermelho
ExéRcito VermelhoExéRcito Vermelho
ExéRcito Vermelho
 
100 DICAS ENEM PARTE 10
100 DICAS ENEM PARTE 10100 DICAS ENEM PARTE 10
100 DICAS ENEM PARTE 10
 
Primeira guerra mundial
Primeira guerra mundialPrimeira guerra mundial
Primeira guerra mundial
 
A Segunda Guerra Mundial 3 N3
A Segunda Guerra Mundial 3 N3A Segunda Guerra Mundial 3 N3
A Segunda Guerra Mundial 3 N3
 

A logística militar: sucessos e fracassos nas operações Barbarossa e Tempestade no Deserto

  • 1. UNIVERSIDADE FEDERAL DE SANTA CATARINA GRUPOS DE ESTUDOS LOGÍSTICOS A LOGÍSTICA MILITAR Iuri Rafael Destro Marcela Pellegrin Lopes
  • 2. Introdução Este trabalho tem como propósito o estudo sobre as origens do conceito da Logística, como também sobre dois momentos do século XX em que ela foi decisiva em conflitos militares de extrema importância para o rumo de nossa história. Origem da Logística A palavra francesa Loger significa alojar. Segundo Souza (2002), a Logística originou-se na França do séc. XVIII, onde o Marechal de Lógis tornou-se responsável pelo suprimento de transporte de material bélico nas batalhas, sendo que o primeiro general a utilizar o termo foi Von Claussen, de Frederico da Prússia. A inteligência americana, com a consultoria de professores da Harvard, estudou mais a fundo a Logística, para sua melhor utilização na participação americana na II Guerra Mundial. No pós-guerra, estes consultores tornaram-se os primeiros professores da disciplina Logística Empresarial em Harvard, nos anos 50. Na literatura, uma menção valorosa para A arte da Guerra. Texto militar escrito no século 6 A.C. , pelo general Sun Tzu. Trata-se da obra mais antiga que se tem notícia sobre estratégias de batalha, foi fonte de inspiração para os estudos militares ao longo da História. Traduzida por um monge francês no século XVIII, teve grande influência sobre as decisões estratégicas de Napoleão Bonaparte durante sua conquista sobre a Europa, pelo exército francês e alemão durante a I Guerra Mundial e na Operação Tempestade no Deserto. As estratégias de Sun Tzu para A Arte da Guerra também foram utilizadas como base para outros textos de ordem econômica, logística e desportiva. A obra tem sido de particular influência em ambientes de extrema competição, em especial por altos executivos japoneses e americanos, e em competições de rugby.
  • 3. Operação BARBAROSSA: O Fracasso Logístico Invasão da Alemanha Nazista à Rússia, em 1941. Status do conflito Hitler havia invadido a França com sucesso e mantinha o país e a maior parte da Europa sob controle. Mussolini controlava o sul europeu e o norte da África, e os japoneses invadiram a China e avançavam. Os americanos ainda não haviam entrado na II Guerra mundial. Os nazistas avançavam em duas frentes na Europa: oeste contra a Inglaterra, e a leste na Rússia. Plano Inicial A Operação Barbarossa tinha a intenção de derrotar a União Soviética em 1941. A campanha inicial prevista iniciaria em 15 de Maio, mas foi atrasada para 22 de junho, devido ao fato de Hitler decidir intervir nas batalhas na Iuguslávia e Albânia antes da invasão. Era a maior campanha da II Guerra até então, tanto em números quanto da amplitude do front, devido às proporções continentais do país de Stálin, cuja fronteira latitudinal tinha extensão de 1600 km. Os alemães contavam com 162 divisões, aproximadamente 3 milhões de homens. Nas primeiras duas semanas, o Wehrmacht massacrou as defesas russas, avançando rapidamente com os tanques Panzer no território soviético, partindo em direção a Moscou. A estratégia adotada era o Blitzkrieg - a Guerra Relâmpago - utilizada com sucesso na vitória sobre a França. Baseava-se na velocidade dos tanques e Infantaria, e na superioridade tecnológica alemã. Os generais de Hitler contavam com a vitória em menos de 4 meses, antes do inverno. No entanto o plano alemão não funcionou, pois em dezembro, as forças alemãs e russas travaram a Batalha de Stalingrado, o confronto mais sangrento da II Guerra Mundial. Conseqüências da derrota O exército vermelho defendeu seu território, conquistando a primeira vitória em uma contra-ofensiva em outubro. Em dezembro, as forças alemãs e russas travaram a Batalha de Stalingrado,. Em 2 de fevereiro de 1943, as tropas alemãs se rendiam. A Batalha de Stalingrado constitui no ponto de virada da parte leste da II Guerra Mundial na Europa. Foi a primeira grande derrota Nazista, que causou decepção e preocupação no moral dos alemães. Após a vitória, o Exército Vermelho recuperou forças e partiu para tomar a Alemanha, chegando a Berlin e Hitler suicida-se e a Alemanha rende-se em maio de 1945.
  • 4. Pontos Falhos na Estratégia Alemã Clima: Inverno O rigoroso inverno russo é dado pelos historiadores uma das causas decisivas das derrotas tanto de Bonaparte, no século XIX, quanto de Hitler, no século XX, que nunca chegaram a tomar Moscou. Acreditando que teria vencido antes do inverno chegar, as tropas não estavam preparadas para esta estação, que chegava a temperaturas de 40° C negativos. Os soldados morriam de frio e fome, pois a incapacidade de ressuprimento os deixava isolados. Estratégia: Prepotência O excesso de confiança e falta de pragmatismo causaram furos no Planejamento Militar Nazista. Os suprimentos foram calculados para apenas 4 meses. Os soldados nazistas não estavam preparados para o severo inverno russo. As táticas adotadas eram confiantes demais, e Hitler tinha o costume de passar por cima das estratégias de seus generais, sem receber qualquer questionamento, acreditando ser um gênio da estratégia e que a superioridade ariana tornava seu exército invencível. A campanha inicial deveria iniciar em 15 de Maio, mas foi atrasada para 22 de Junho, devido ao fato do Fuher decidir pela intervenção de última hora nas batalhas travadas na Iuguslávia e Albânia. Ordenou também que uma grande parte das tropas invadisse a região da Ucrânia, rica em Petróleo, ao invés de ir direto a Moscou, contrariando todo o planejamento Logístico feito pela Inteligência Nazista. Esse atraso se refletiu na perda de preciosas semanas no seco verão russo, tendo que avançar no chuvoso outono. Indústria Bélica: Incapacidade produtiva A indústria bélica alemã não tinha a capacidade produtiva requerida para operações em dois fronts: leste (Rússia) e oeste (França, Bélgica, Noruega e Balcãs). As estratégias militares nazistas eram extremamente confiantes e irreais, exigindo demais das fábricas, ocasionando assim, falha no suprimento de munições, armamentos, tanques, etc. Havia um consumo bélico muito maior que a capacidade produtiva poderia oferecer. Comando Logístico: Duas Frentes Havia duas linhas de comando: uma para ferroviária e pluvial, e outra para motores terrestres. O exército russo utilizava táticas de guerrilha para sabotar as linhas de comunicações alemãs, com isso, falta de informações e ordens desencontradas levavam os nazistas a um caos em seu ressuprimento, a partir de outubro. Como exemplo, as duas Companhias eram escaladas para a mesma ordem de suprir A, deixando B isolado e carente.
  • 5. Transporte O gauge dos trilhos alemães era incompatível com os russos, que destruíram os próprios trens na iminência da retirada, para que não fossem usados pelos invasores. Poucas estradas pavimentadas, e uma temporada de chuvas torrenciais a partir de agosto fez com que o terreno se tornasse extremamente difícil para o avanço de veículos terrestres, geralmente com muita carga. Isso causou uma lentidão na velocidade de avanço alemão, que apostava na velocidade. Ressuprimento: A incapacidade no suprimento de munição, alimentos e roupas, adicionados ao inverno rigoroso da Rússia, resultaram na morte de muitos soldados por fome, desnutrição e frio. Houve relatos de canibalismo, muitas cirurgias por gangrena, sacrifício dos cavalos para matar a fome dos soldados e “pelotões de massacre”, com propósito de buscar nos vilarejos russos alimentos de qualquer espécie e demais suprimentos. Para piorar a situação dos alemães, para cada cidade evacuada, os russos queimavam todos os suprimentos que não poderiam carregar. Além disso, com a estratégia da Guerra Relâmpago e a grande velocidade de ataque, o ressuprimento deveria ser muito bem planejado e cumprido, o que não ocorreu. Muito aviões alemães com alimento se munições eram abatidos pela bateria anti-aérea soviética, e as Bases Nazistas em território russo estavam praticamente isoladas. Como exemplo, na divisão central de ataque, apenas 30% dos trens que partiam com suprimentos chegavam ao seu destino. Falta de Padrão da Maquinaria alemã: O exército alemão possuía o status de superioridade tecnológica mundial, baseado em sua vitória esmagadora na França. No entanto, sua maquinaria não tinha uma unidade de peças e equipamentos mecânicos. Uma imensa variedade de carros e artilharia exigiam um alto grau de detalhamento, que numa campanha de tamanhas proporções acarretou uma falta de pessoal de manutenção. O ressuprimento de peças era crítico, e o outono extremamente chuvoso praticamente incapacitou os veículos terrestres de carga no final de agosto. Para tentar solucionar isso, os caminhões e carros foram substituídos por 625.000 cavalos, sem sucesso. Comunicações: Linhas de comunicações excessivamente longas. Sabotagens russas e precariedades nos sistemas de comunicações nazistas, que não estavam preparados tecnicamente para avançar em uma fronteira tão extensa - que iniciava ao sul no Mar Cáspio e ia até o norte na Finlândia - ocasionaram desencontros de informações, que passaram e ser feitos por carta e boca-a-boca. Pelotões encontravam-se isolados, sem informações.
  • 6. Operação TEMPESTADE NO DESERTO: O Milagre Logístico Invasão da Coalizão de Nações lideradas pelos EUA ao Kwait e Iraque, em 1991. Status do Conflito O Iraque de Sadam Husseim invadiu o Kwait em 1990, iniciando seu programa de conquista dos países árabes e conseqüente dominação do petróleo no Oriente Médio. Plano Inicial As diferentes concepções das operações “Desert Shield” e “Desert Storm” — defensiva do Kwait e ofensiva contra o Iraque, respectivamente — e a chegada do VII C Ex exigiram que planejamentos logísticos fossem adaptados de maneira que as ações decorrentes implicassem em mudanças mínimas no transporte e posicionamento dos recursos, já que haveria aumento significativo de suprimento no interior do Teatro de Operações (TO). Conseqüências da vitória Confirmação dos Estados Unidos como única super-potência mundial, manutenção do status quo no Oriente Médio. Estreitamento de relações entre EUA e Arábia Saudita. Pontos de Sucesso na Estratégia Americana 6 meses de Preparação Unidade de Comando Logístico Comando de apoio logístico – SUPCOM –sob ordens de um único general, permanentemente em contato com o comandante do TO. Liderança sobre grupo de operações logística altamente treinados e especializados. Emprego de setores civis na Logística Devido ao grande volume forças para ser transportado até o Golfo Pérsico, o Exército Americano observou que a estrutura logística militar seria insuficiente. Foram contratados empresas do setor civil americano e saudita, aumentando os custos Logísticos, mas também a eficiência nas operações. Contratos com empresas comerciais locais, com o Sistema de Transporte Público Saudita e Empresas logísticas Americanas foram firmados por leasing, a partir de em 20 de setembro de 1990. A invasão apenas aconteceria em janeiro de 1991.
  • 7. Suprimento Criação de estradas, dutovia para transporte de combustível e toda uma estrutura de suprimento que cruzou o leste do deserto saudita até o Kwait. Também foram criadas Bases Logísticas, as BaLog, no intuito de pré-posicionar suprimentos a fim de proporcionar as melhores condições de apoio e que forneceriam o suprimento necessário às forças atacantes, à medida que as ações fossem realizadas. Muitas delas, em virtude da rapidez das operações, converteram-se em meros postos de troca de reboques. EPS: Estrada principal de Suprimento BaLog: Base Logística Flexibilidade Os efetivos e suprimentos, oriundos de todos os países da coalizão, foram transportados para o Golfo Pérsico pelos modais aéreo e marítimo, com o objetivo de proporcionar a maior quantidade possível de meios no TO (Teatro de Operações) em face da agressão iraquiana. Porta-aviões pré-posicionados estrategicamente funcionaram como BaLogs flutuantes, com suprimentos necessários para apoiar cadeia de suprimento. Apoio Saudita O Governo saudita foi o maior aliado dos americanos, com receio de uma invasão de Sadam Hussein. Por esse motivo, as autoridades daquele país proporcionaram às forças da Coalizão várias formas de apoio, que repercutiram nas atividades logísticas:
  • 8. - Apoio financeiro, alimentos, abrigo, transporte, viaturas civis, motoristas e água às tropas da Coalizão; - 3.000 leitos hospitalares; - disponibilidade de material para construção civil como asfalto, aço, concreto, cascalho, materiais de construção e obstáculos necessários a impedir o acesso das tropas iraquianas à Arábia Saudita. Tabela Comparativa Op. Barbarossa Op. Desert Shield & Desert Storm Cultura Nazista: Prepotência, otimismo e Americana: Pragmatismo, crença na superioridade racial. Planejamento e Competência. Preparação 6 meses no leste europeu 6 meses na Arábia Saudita Execução Atrasos e erros de Rigorosamente em dia: vitória. planejamento:derrota. Comando Duplo Único Logístico Tecnologia Superioridade na década de 40, Superioridade na década de 90, mas sem padrão mecânico. com padronização mecânica. Transporte de Caminhões, depois 625.000 Helicópteros, porta-aviões e tropas cavalos caminhões Suprimento Ferroviário e à cavalo: Bases SUPCOM e BaLog, por isoladas Helicópteros e caminhões Flexibilidade Rigidez de comando (Hitler) e Flexibilidade estratégia Comunicações Linhas excessivamente longas, Via Satélite vulneráveis a ataques Clima Outono chuvoso e inverno Deserto seco rigoroso Homens 3.200.000 (Nazistas) 750.000 (Coalizão) X x 2.600.000 (Soviéticos) 450.000 (Iraque) Frases e curiosidades
  • 9. "Amadores falam de estratégia, profissionais falam de Logística.”, Ditado Militar americano. “Logística, eu não sei nada de Logística, mas quero tê-la.”, General Patton. “Há duas grandes diferenças entre Wal-Mart e Logística Militar. Wal-Mart tem lucro na distribuição de bens de consumos, e ninguém está tentando explodir suas linhas de suprimento e empregados no meio do caminho.”, General Smith, Guerra do Golfo. “Mais uma vez... o cão da guerra está sendo agarrado pelo seu rabo logístico”, General Schwarzkopf, sobre os preparativos para a Guerra do Golfo, em 1990. Dos US$ 28 bilhões gastos na operação “Iraqi Freedom” - a Guerra do Iraque em 2003 - US$14.2 bi foram para operações de suprimento e US$ 4.9 bi para custos de transporte.