O revestimento das armaduras de aço-carbono das estruturas de concreto é uma técnica de proteção contra corrosão bastante difundida em muitos países. Usualmente, é adotada em obras de grande responsabilidade, especialmente naquelas em a sua estrutura está exposta a um ambiente de média a forte agressividade. À semelhança das outras técnicas de proteção, esta também é adequada para estruturas com restrição à manutenção, em elementos pré-fabricados ou em concreto aparente, colorido ou não. Em geral, o revestimento da armadura é feito por zincagem a quente (galvanização a fogo) ou por aplicação de uma pintura epoxídica (Fusion Bond Epoxy - FBE). Estes dois tipos de revestimento são apresentados neste trabalho, sendo discutidos parâmetros importantes relacionados à produção e à capacidade de proteção contra a corrosão oferecida às estruturas de concreto.
The coating of carbon steel rebars in reinforced concrete structures is a technique for corrosion protection widespread in many countries. It is usually adopted in works of great responsibility, especially those which the structure is exposed to a strong aggression environment. As with other protection techniques, it is suitable for structures with restricting of maintenance and in precast concrete (colored or non colored concrete). In general, the coating is done by hot dip galvanization or by applying epoxy paint (Epoxy Bond Fusion - FBE). These two types of coating are presented in this paper, being important parameters related to production and capacity corrosion protection provided to concrete structures discussed.
ARAUJO, A.; PANOSSIAN, Z. Galvanização e pintura epoxídica de armaduras de estruturas de concreto como proteção adicional contra a sua corrosão. In: CONFERÊNCIA SOBRE TECNOLOGIA DE EQUIPAMNETOS, 11, 2011, Porto de Galinhas. Anais… Rio de Janeiro: COTEQ 2011.
Ensaio acelerado de avaliação de anodos galvânicos para reparo de estruturas ...
Galvanização e pintura epoxídica de armaduras como proteção contra corrosão
1.
2. GALVANIZAÇÃO E PINTURA EPOXÍDICA DE
ARMADURAS DE ESTRUTURAS DE
CONCRETO COMO PROTEÇÃO CONTRA
CORROSÃO
Adriana de Araujo; Zehbour Panossian
3. Porque a necessidade de proteção das
estruturas de concreto contra a corrosão?
VAYBURD e EMMONS (2000): em ambiente agressivo,
um processo de degradação pode ocorrer em um
curto intervalo de tempo. A estratégia é adotar concreto de
qualidade e adicionar proteção.
DHIR et al. (1991): a especificação do concreto não é um guia
da provável durabilidade da estrutura. Somente as
características do concreto (fck, %Cimento, a/c) não
garantem uma adequada durabilidade em ambiente
contaminado com cloreto.
ACI 222.3R (2003): estruturas marinhas, como píeres,
são vulneráveis à corrosão. Por causa deste risco, outras
proteções podem ser requeridas.
INTRODUÇÃOINTRODUÇÃO
ALÉM DISSO... não há garantia de adequada
execução, cura, transporte, uso e manutenção!
4. CLORETOS
•consequência quebra localizada da
camada de passivação.
DIÓXIDO DE CARBONO (diminuição
da alcalinidade, carbonatação)
•consequência dissolução
generalizada da camada de
passivação.
Principais causas
Consequências da corrosão:
Interrupção de serviço para manutençãoInterrupção de serviço para manutenção
(paliativas e de custo progressivo).(paliativas e de custo progressivo).
Redução da vida útil e da funcionalidade.Redução da vida útil e da funcionalidade.
INTRODUÇÃOINTRODUÇÃO
5. TECNOLOGIAS DISPONÍVEIS
ARMADURAARMADURA
métodos eletroquímicos de proteção
proteção superficial por película
armaduras resistentes à corrosão
zincagem da armadura
proteção catódica
desalinização e realcalinização
pintura epoxídica da armadura
aços ferríticos especiais
aços inoxidáveis: austeníticos
super-austeníticos
dúplex
AÇÃOSOBREAÇÃOSOBRE
OCONCRETOOCONCRETO
↓ a/c; ↑ cobrimento
↓ fissuração; ↓ capilaridade
Monitoramentodoconcretoedaarmadura
do ponto de vista físico
↑ reserva alcalina; ↑ fixadores de Cl-
inibidores de corrosão etc.
do ponto de vista químico
Traço
Cimento
Adição
Aditivo
pinturas sobre o concreto
8. Proteção porbarreira, isolando o aço-carbono do meio.
Anodo de sacrifício, sendo consumido preferivelmente
aço emlocais de sua exposição.
Preenchimento de vazios e capilares do concreto pelos
produtos de sua corrosão (diminuição da permeabilidade
do concreto).
Revestimento (camada de zinco puro e deRevestimento (camada de zinco puro e de
intermetintermetáálicos zinco e ferro) obtido porlicos zinco e ferro) obtido por
imersão em zinco fundido:imersão em zinco fundido:
9. pH 8 a 12,5
Barreira protetora
Adequado para
concreto carbonatado
(dióxido de carbono)
Extensão da vida útil
10. Concreto com Cl-
> Tcrít Cl-
= 2, 5 vezes maior que o ferro
Adequado para
concreto com cloretos
Extensão da vida útil
4 a 5 VEZES
11. Cromatização mandatória (apesardas questões ecológicas)
Reparo em1 % da área revestida (a cada 0,3 mdo comprimento)
Dobras: barras aceita defeitos e emtelas não (dobramento a 180º)
ISO 14657
(2005)
zincagem de
barras, fios e
telas soldadas
Classe A
≥ 6,0 mm 84 µm
≤ 6,0 mm 70 µm
Classe B
qualquer Ø
42 µm
Classe C 20 µm
ASTM A767
(2009)
zincagem de
barras
Classe I
= 10,0 mm 128 µm
≥ 13,0 mm 150 µm
Classe II ≥ 10,0 mm 85 µm
ASTM
A1060 (2010)
zincagem de fios
e telas soldadas
por batelada.
Grade 65 4,8 Ø < 6,4 mm 64 µm
Grade 80 ≥ 6,4 mm 84 µm
Grade 100 ≥ 6,4 mm 100 µm
Espessura do revestimento da armadura zincadas por imersão
a quente estabelecida por normalizações estrangeiras
12. Proteção superficial porpelícula
Pintura epóxiPintura epóxi
Tecnologia
aplicada há mais
de 50 anos em
estruturas de
concreto no
exterior(Bermuda
Estados Unidos,
Canadá e
Inglaterra).
Nova tecnologia, barras
metalizadas e com
pintura epóxi (2008:
norma ASTMA1055)
ZINCAGEM +ZINCAGEM +
PINTURA EPÓXIPINTURA EPÓXI
14. FBE (Fusion Bond Epoxy) : pintura eletrostática
com resina epóxi em pó que é submetida a cura a
temperatura elevada
Proteção porbarreira, isolando o aço-
carbono do meio. Usada inicialmente para
corrosão porsal de degelo e, depois, uso
estendido para estruturas expostas à
atmosfera marinha.
NACE SP0187:NACE SP0187: barreira ao ingresso da Hbarreira ao ingresso da H22O, ClO, Cl--
, O, O22
15. FBE (Fusion Bond epoxy):
Inicialmente, a pintura apresentava muitas falhas
de qualidade e de aplicação e era manuseada sem
critério (falhas mecânicas).
Década de 90: melhoria da qualidade do barras
revestidas, cuidados na produção, no
armazenamento, no transporte e montagemdas
armaduras.
16. Pintura não flexível e flexível (semdefeitos visíveis a olho desarmado em
ensaio de dobramento, 180º)
Área reparada: 1 % da pintura, a cada 0,3 mdo comprimento
Verifcação de falhas: máximo de três holidays pormetro
Espessura do revestimento da armadura por pintura
eletrostática estabelecida por normalizações
estrangeiras
Classe B
Classe A
pintura de fios
e telas
ASTM A884
(2006)
≥ 19 Ø ≤ 57 mm
≥ 10 Ø ≤ 16 mm
pintura de barrasASTM A775
(2007b)
qualquer Øpintura de barras,
fios e telas
ISO 14654
(1999)
qualquer Ø
-
-
≥ 450 µm
≥ 175 µm
175 µm até 400 µm
175 µm até 300 µm
170 µm até 300 µm