O documento discute a população indígena do estado de Mato Grosso do Sul, que é a segunda maior do Brasil, com aproximadamente 53 mil índios, sendo que 10 mil vivem fora das aldeias. As tribos que habitam a região, como os Guatos, Kadiweu, Guarani e Caiuá, tiveram seus territórios reduzidos com a chegada dos colonizadores europeus. O documento também menciona aspectos da cultura indígena como arte, língua e artesanato.
1. Povos indígenas do Mato Grosso do Sul. A população indígena do estado de mato grosso do sul é a segunda em relação aos outros estados e não difere muito da problemática das demais nações de outros estados do brasil. Atualmente, esta população é de, aproximadamente, 53 mil índios. Desse total, cerca de 10 mil vivem na condição de desaldeados.
2. Na aldeia, moram, atualmente, mais de cem famílias de índios que vivem na área urbana e que exercem as profissões dos não índios, ou seja, os homens são, em sua maioria, pedreiros e serventes; as mulheres trabalham como diaristas e domésticas. As índias de idade mais avançada comercializam, pelas ruas das capital ou nas mediações do mercado municipal, os produtos trazidos da aldeia como milho, feijão, caju, guavira, guariroba e outros..
4. Guerras indígenas e antropofagia. As primeiras impressões dos europeus sobre os índios brasileiros são relativas aos tupis, que habitavam principalmente a costa atlântica leste. Os povos não-tupis eram chamados de tapuias, conforme foi dito anteriormente. Os relatos afirmam que os grupos viviam em harmonia interna, mas atormentados por hostilidade entre diversos grupos.
5. Povos indígenas. O índio que sempre esteve em harmonia com o meio ambiente sofreu muito com a chegada do homem branco. Ele saiu do isolamento em que vivia, esse convivo trouxe novos costumes o que descaracterizou e muito a sua cultura.
7. Guatos. Os guatos são um grupo de indígena que habita junto aos limites do estado brasileiro mato grosso do sul com a Bolívia, mais precisamente na área indígena guato. Eles chegaram a ser dados como extintos na década de 1960, mas habitam até os dias atuais a região do pantanal, onde se fazem presentes desde o século XVI, no passado eram também chamados de canoeiros.
9. kadiweu. Kadiweu: os kadiweu pertencem a última tribo dos MBAYÁ GUAICURU, povo seminômade que habitava a região da bacia do rio Paraguai. Os kadiweu encontram-se, hoje, quase totalmente concentrados na reserva doada por D. PEDRO II ao seu povo pela participação ao lado dos militares na guerra do Paraguai.
10. Guarani. Guarani: Senhores dos ervais da fronteira de mato grosso do sul com o Paraguai e com a área superior a dois milhões de hectares, a nação guarani, de tronco tupi, ainda resiste as investida do homem branco e luta pela retomada de parte de seu território. Nômade e coletores que tiravam da natureza somente o necessário para a sobrevivência, eles tiveram seu território reduzido drasticamente.
12. Caiuá. Caiuá: eles vivem na região um do estado e no passado eram milhares ocupando 40% do território que compreende mato grosso do sul. Pertencem ao tronco lingüístico tupi e é um dos únicos grupos indígenas que tem noção de seu território. Durante a exploração da erva mate, as comunidades ficaram em pequenas reservas, e até hoje seus territórios sagrados continuam a ser invadidas por fazendeiros e agricultores.
13. Guarani kayowá. Até meados do século XX, o povo Guarani Kaiowá ocupava uma extensão de 3 milhões de hectares do atual território do Mato Grosso do Sul, convivendo e trabalhando nas plantações de erva mate. O processo de confinamento teve início por volta de 1920 e hoje os Guarani Kaiowá ocupam um território total de 40 mil hectares. Numa perspectiva de demarcação do total de áreas demandadas atualmente, teremos uma extensão de 400 mil hectares, sendo que cada território teria em média de 5 a 15 mil hectares.
14. Canibalismo Algumas tribos eram canibais como, por exemplo, os tupinambás que habitavam o litoral da região sudeste do Brasil. A antropofagia era praticada, pois acreditavam que ao comerem carne humana do inimigo estariam incorporando a sabedoria, valentia e conhecimentos. Desta forma, não se alimentavam da carne de pessoas fracas ou covardes. A prática do canibalismo era feira em rituais simbólicos.
15. Guarani nhandewá. Muito tem se especulado sobre a trajetória dos nhandevas enquanto grupo étnico, antes e depois do estabelecimento das frentes coloniais. Algumas teorias apontam para a possibilidade deste grupo ser descendente dos carimas do século XVIII que por sua vez seriam descendentes de grupos dispersos de mbarakajus que no século XVI e início do XVII teriam se estabelecido junto a povoamentos coloniais e nas missões jesuíticas[1].
17. A arte indígena. As culturas indígenas expressam-se por meio da arte de maneira diversas e muitos particulares. As mais conhecidas são as pinturas corporais, registradas em diversos documentos históricos. O indígena se constituiu principalmente, pelo cano e pelo uso de instrumentos de sopro e de percussão, e é muito o utilizado em rituais.
18. Nações indígenas Apesar de toda dificuldade em sobreviver e resistindo aos avanços da modernidade, seis nações indígenas de mato grosso do sul ainda mantém seus costumes, tradições e sua língua nativa.
19. A riqueza indígena na floresta. Os indígenas do Brasil queimavam parte da floresta para fazer roças de plantas. Entre as espécies fruti feras plantada são coletadas pelos indígenas. Pode citar: castanha do Pará, maracujá, ambu, jabuticaba, pitanga, goiaba e etc.
25. Dez municípios brasileiros com maior população indígena 1) São Gabriel da Cachoeira (AM) – 76,31% 2) Uiramutã (RR) – 74,41% 3) Normandia (RR) – 57,21% 4) Santa Rosa do Purus (AC) – 48,29% 5) Ipuaçu (SC) – 47,87% 6) Baía da Traição (PB) – 47,70% 7) Pacaraima (RR) – 47,36% 8) Benjamin Constant do Sul(RS) – 40,73% 9) São João das Missões (MG) – 40,21% 10) Japorã(MS) – 39,24%
26. De acordo com a FUNAI, a população que vive em aldeias é de 512 mil pessoas, distribuídas em 225 etnias com 180 línguas diferentes. No Brasil, segundo dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), 734 mil pessoas se auto-identificaram como indígenas.