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Associação brasileira de terapeutas ocupacionais, regional SC
                              Abrato-SC              CNPJ. 11.749885/0001-45 de 5/Maio/2009




NASF DE CRICIUMA OFERECE A POPULAÇÃO OS SERVIÇOS DE TERAPIA OCUPACIONAL

                                                                                                         Lizete Antunes *

O sistema de atenção a saúde no Brasil vem gradativamente buscando adequar e modernizar as formas
de atuação que contemple as mais diferentes necessidades da população, por esta razão os Núcleos de
Apoio à Saúde da Família – Nasf passam a ser implantados através da portaria GM n nº 154, de 24 de
Janeiro de 2008 para desenvolver ações junto às equipes de Saúde da Família de modo à apoiar o “fazer
cotidiano”, onde as equipes devem ser compostas por profissionais de diferentes áreas do saber as quais
deverão estar baseados nas diretrizes da integralidade, qualidade, equidade e participação social as
quais devem fomentar ações coletivas centradas no desenvolvimento humano e na promoção da saúde
transcendendo o assistencialismo, a medicalização ou ainda o individual.

O Nasf tem aplicado oito estratégias, são elas: atividade física/práticas corporais; práticas integrativas e
complementares; reabilitação; alimentação e nutrição; saúde mental; serviço social; saúde da criança, do
adolescente e do jovem; saúde da mulher e assistência farmacêutica.

Profissionais preferenciais para os núcleos

NASF 1 – composto por no mínimo cinco profissionais – médico acupunturista; assistente Social;
profissional da educação física; farmacêutico; fisioterapeuta; fonoaudiólogo; médico ginecologista;
médico homeopata; nutricionista; médico pediatra; psicólogo; médico psiquiatra; e o terapeuta
ocupacional – e deve desenvolver ações junto à no mínimo 8 equipes de saúde da família.

NASF 2 – para municípios com densidade populacional abaixo de 10 habitantes por quilômetro
quadrado, composto por no mínimo três profissionais de nível superior de ocupações não-coincidentes –
assistente social; profissional de educação física; farmacêutico; fisioterapeuta; fonoaudiólogo;
nutricionista; psicólogo; e o terapeuta ocupacional – que deve desenvolver ações junto á no mínimo 3
equipes de saúde da família.

Não possuímos pesquisas ou registros acerca da presença do terapeuta ocupacional na equipe dos Nasf,
mas cabe ressaltar que os gestores de Criciúma, município localizado ao sul do Estado de Santa
Catarina, saem na frente dos demais quando contrata para as suas equipes de Nasf este profissional. O
terapeuta ocupacional possui formação generalista que permite atuar no campo da saúde, do social e
da educação facilitando uma compreensão mais ampla das necessidades da população, principalmente
porque esta formação tem como um dos eixos norteador a inclusão do cidadão.

Entre as muitas áreas de atuação do Nasf junto à população esta a saúde mental e a reabilitação, porém
encontramos grupos populacionais que ainda não foram acolhidos pelas políticas publicas, e por outro
lado o terapeuta ocupacional tem forte vinculação a estes campos.

Devemos considerar que a demanda das UBS/SF, esta relacionada às práticas corporais e atividades
físicas, todas baseadas na Política Nacional de Promoção da Saúde PT nº 687/GM, de 30 de março de
2006, define que estas “são expressões individuas e coletivas do movimento corporal advindo do
conhecimento e da experiência em torno do jogo, da dança, do esporte, da luta, da ginástica”. Seguindo
esta diretriz o Nasf torna-se um espaço de prevenção e promoção a saúde dentro da Atenção Básica.

Outro instrumento é a Política Nacional de Práticas Integrativas e Complementares, que complementa a
descrição das atividades as quais o Nasf emprega para viabilizar a inclusão social através da
compreensão do território suas peculiaridades, permitindo promover ações junto ao usuário possibilitando
assim o retorno ao seu espaço na comunidade seja nos espaços individuais ou na coletividade.



              End. Rua Dr. Marinho Lobo, 75. Centro, Joinville/SC CEP. 89.201-020   e-mail: abrato-sc@hotmail.com
Associação brasileira de terapeutas ocupacionais, regional SC
                              Abrato-SC              CNPJ. 11.749885/0001-45 de 5/Maio/2009




Exemplos de áreas de atuação do terapeuta ocupacional no Nasf de Criciúma:

        Atividades de educação em saúde, estimulando o auto-cuidado e AVDs: minimizando riscos à
       saúde.
        Ações de educação em saúde para a prevenção de lesões e cuidados a grupos populacionais
       específicos;
        Construção de espaços coletivos para as atividades;
        Desenvolver práticas de atividades da vida diária relacionada à promoção de hábitos alimentares
       saudáveis.
        Orientações quanto ao uso de Tecnologia Assistiva nas adaptações;
        Atividades de educação: saúde, prevenção de traumas e violência doméstica, ocupacionais e de
       lazer;
        Orientações a portadores de necessidades especiais, familiares e/ou cuidadores;
        Treinamentos de AVD, Atividades Instrumentais da Vida Diária (AIVD) e Tecnologia Assistiva;
        Visitas para a identificação e orientação quanto à necessidade de adaptações domiciliares;
        Reinserção social, escolar e ocupacional;
        Desenvolver ações de estimulação essencial em crianças identificadas com problemas
       neuropsicomotores;
        Implementar ações intersetoriais de atenção integral a crianças com atraso no desenvolvimento
       neuropsicomotor e distúrbios de comportamento;
        Orientações quanto ao planejamento familiar, prevenção de DST/AIDS, cuidados pessoais;
        Realização de atividades terapêuticas integradas e intersetorializadas visando à valorização da
       mulher;
        Monitorar a situação epidemiológica local, identificando agravos prioritários e formas de intervenção
       coletiva subsidiando o planejamento de ações das equipes de saúde da família, a atenção à saúde da
       mulher;
        Desenvolvimento de atividades laborais com mulheres, em situação de exclusão social, estimulando
       aprendizagem de novos ofícios e possibilitando a reinserção econômica e social;
        Orientações a pessoas com transtornos mentais, familiares e cuidadores;
        Atuar de forma integrada com as equipes multiprofissionais dos Centros de Atenção Psicossocial,
       promovendo a reinserção social, escolar e ocupacional;
        Ações integradas visando à redução de riscos. Ex. usuários de drogas e álcool, drogas, tabaco;
        Fomentar a constituição de espaços de reabilitação psicossocial. Ex. oficinas terapêuticas
       comunitárias;
        Desenvolver ações integradas e intersetoriais que minimizem a exclusão a indiferença, estimulação
       a participação e a cidadania.

Diante do exposto até aqui entendemos que um dos principais fatores para o sucesso do Nasf esta
relacionado ao modelo escolhido; ao foco de atenção, porém como as categorias profissionais são
escolhidas através da percepção dos gestores locais. Diante este dado, nos perguntamos: quais são os
critérios empregados? Como avaliar a permanência de uma categoria em detrimento de outra? Como
afirmar que a manutenção de uma categoria esta relacionada estritamente a competência da ciência e
dos seus profissionais?

Parabéns a sensibilidade dos gestores de Criciúma, que outros municípios também ofertem a população
os serviços do terapeuta ocupacional a população catarinense.

                                                                              *terapeuta ocupacional, membro da Abrato-SC
                                                                                           Contato: lyzantunes@yahoo.com.br

Referências:
Revista de Terapia Ocupacional. Universidade de São Paulo, v.19 n.2. São Paulo. Agosto 2008.
Brasil, Ministério da Saúde, PORTARIA Nº 154 DE 24 DE JANEIRO DE 2008,                                              disponível   em
http://dtr2004.saude.gov.br/dab/nasf.php, acessado em Julho de 2011.




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Nasf - Núcleo de Apoio à Família

  • 1. Associação brasileira de terapeutas ocupacionais, regional SC Abrato-SC CNPJ. 11.749885/0001-45 de 5/Maio/2009 NASF DE CRICIUMA OFERECE A POPULAÇÃO OS SERVIÇOS DE TERAPIA OCUPACIONAL Lizete Antunes * O sistema de atenção a saúde no Brasil vem gradativamente buscando adequar e modernizar as formas de atuação que contemple as mais diferentes necessidades da população, por esta razão os Núcleos de Apoio à Saúde da Família – Nasf passam a ser implantados através da portaria GM n nº 154, de 24 de Janeiro de 2008 para desenvolver ações junto às equipes de Saúde da Família de modo à apoiar o “fazer cotidiano”, onde as equipes devem ser compostas por profissionais de diferentes áreas do saber as quais deverão estar baseados nas diretrizes da integralidade, qualidade, equidade e participação social as quais devem fomentar ações coletivas centradas no desenvolvimento humano e na promoção da saúde transcendendo o assistencialismo, a medicalização ou ainda o individual. O Nasf tem aplicado oito estratégias, são elas: atividade física/práticas corporais; práticas integrativas e complementares; reabilitação; alimentação e nutrição; saúde mental; serviço social; saúde da criança, do adolescente e do jovem; saúde da mulher e assistência farmacêutica. Profissionais preferenciais para os núcleos NASF 1 – composto por no mínimo cinco profissionais – médico acupunturista; assistente Social; profissional da educação física; farmacêutico; fisioterapeuta; fonoaudiólogo; médico ginecologista; médico homeopata; nutricionista; médico pediatra; psicólogo; médico psiquiatra; e o terapeuta ocupacional – e deve desenvolver ações junto à no mínimo 8 equipes de saúde da família. NASF 2 – para municípios com densidade populacional abaixo de 10 habitantes por quilômetro quadrado, composto por no mínimo três profissionais de nível superior de ocupações não-coincidentes – assistente social; profissional de educação física; farmacêutico; fisioterapeuta; fonoaudiólogo; nutricionista; psicólogo; e o terapeuta ocupacional – que deve desenvolver ações junto á no mínimo 3 equipes de saúde da família. Não possuímos pesquisas ou registros acerca da presença do terapeuta ocupacional na equipe dos Nasf, mas cabe ressaltar que os gestores de Criciúma, município localizado ao sul do Estado de Santa Catarina, saem na frente dos demais quando contrata para as suas equipes de Nasf este profissional. O terapeuta ocupacional possui formação generalista que permite atuar no campo da saúde, do social e da educação facilitando uma compreensão mais ampla das necessidades da população, principalmente porque esta formação tem como um dos eixos norteador a inclusão do cidadão. Entre as muitas áreas de atuação do Nasf junto à população esta a saúde mental e a reabilitação, porém encontramos grupos populacionais que ainda não foram acolhidos pelas políticas publicas, e por outro lado o terapeuta ocupacional tem forte vinculação a estes campos. Devemos considerar que a demanda das UBS/SF, esta relacionada às práticas corporais e atividades físicas, todas baseadas na Política Nacional de Promoção da Saúde PT nº 687/GM, de 30 de março de 2006, define que estas “são expressões individuas e coletivas do movimento corporal advindo do conhecimento e da experiência em torno do jogo, da dança, do esporte, da luta, da ginástica”. Seguindo esta diretriz o Nasf torna-se um espaço de prevenção e promoção a saúde dentro da Atenção Básica. Outro instrumento é a Política Nacional de Práticas Integrativas e Complementares, que complementa a descrição das atividades as quais o Nasf emprega para viabilizar a inclusão social através da compreensão do território suas peculiaridades, permitindo promover ações junto ao usuário possibilitando assim o retorno ao seu espaço na comunidade seja nos espaços individuais ou na coletividade. End. Rua Dr. Marinho Lobo, 75. Centro, Joinville/SC CEP. 89.201-020 e-mail: abrato-sc@hotmail.com
  • 2. Associação brasileira de terapeutas ocupacionais, regional SC Abrato-SC CNPJ. 11.749885/0001-45 de 5/Maio/2009 Exemplos de áreas de atuação do terapeuta ocupacional no Nasf de Criciúma:  Atividades de educação em saúde, estimulando o auto-cuidado e AVDs: minimizando riscos à saúde.  Ações de educação em saúde para a prevenção de lesões e cuidados a grupos populacionais específicos;  Construção de espaços coletivos para as atividades;  Desenvolver práticas de atividades da vida diária relacionada à promoção de hábitos alimentares saudáveis.  Orientações quanto ao uso de Tecnologia Assistiva nas adaptações;  Atividades de educação: saúde, prevenção de traumas e violência doméstica, ocupacionais e de lazer;  Orientações a portadores de necessidades especiais, familiares e/ou cuidadores;  Treinamentos de AVD, Atividades Instrumentais da Vida Diária (AIVD) e Tecnologia Assistiva;  Visitas para a identificação e orientação quanto à necessidade de adaptações domiciliares;  Reinserção social, escolar e ocupacional;  Desenvolver ações de estimulação essencial em crianças identificadas com problemas neuropsicomotores;  Implementar ações intersetoriais de atenção integral a crianças com atraso no desenvolvimento neuropsicomotor e distúrbios de comportamento;  Orientações quanto ao planejamento familiar, prevenção de DST/AIDS, cuidados pessoais;  Realização de atividades terapêuticas integradas e intersetorializadas visando à valorização da mulher;  Monitorar a situação epidemiológica local, identificando agravos prioritários e formas de intervenção coletiva subsidiando o planejamento de ações das equipes de saúde da família, a atenção à saúde da mulher;  Desenvolvimento de atividades laborais com mulheres, em situação de exclusão social, estimulando aprendizagem de novos ofícios e possibilitando a reinserção econômica e social;  Orientações a pessoas com transtornos mentais, familiares e cuidadores;  Atuar de forma integrada com as equipes multiprofissionais dos Centros de Atenção Psicossocial, promovendo a reinserção social, escolar e ocupacional;  Ações integradas visando à redução de riscos. Ex. usuários de drogas e álcool, drogas, tabaco;  Fomentar a constituição de espaços de reabilitação psicossocial. Ex. oficinas terapêuticas comunitárias;  Desenvolver ações integradas e intersetoriais que minimizem a exclusão a indiferença, estimulação a participação e a cidadania. Diante do exposto até aqui entendemos que um dos principais fatores para o sucesso do Nasf esta relacionado ao modelo escolhido; ao foco de atenção, porém como as categorias profissionais são escolhidas através da percepção dos gestores locais. Diante este dado, nos perguntamos: quais são os critérios empregados? Como avaliar a permanência de uma categoria em detrimento de outra? Como afirmar que a manutenção de uma categoria esta relacionada estritamente a competência da ciência e dos seus profissionais? Parabéns a sensibilidade dos gestores de Criciúma, que outros municípios também ofertem a população os serviços do terapeuta ocupacional a população catarinense. *terapeuta ocupacional, membro da Abrato-SC Contato: lyzantunes@yahoo.com.br Referências: Revista de Terapia Ocupacional. Universidade de São Paulo, v.19 n.2. São Paulo. Agosto 2008. Brasil, Ministério da Saúde, PORTARIA Nº 154 DE 24 DE JANEIRO DE 2008, disponível em http://dtr2004.saude.gov.br/dab/nasf.php, acessado em Julho de 2011. End. Rua Dr. Marinho Lobo, 75. Centro, Joinville/SC CEP. 89.201-020 e-mail: abrato-sc@hotmail.com