Piedade Roberto, Presidente da Administração do CBE - Centro de Biomassa para a Energia
Energy Meeting - Biomassa e Eficiência Energética
FORUM PORTUGAL ENERGY POWER promovido pela ANJE no dia 20 de novembro, em Coimbra
2. A Biomassa, uma
oportunidade de negócio
• Mercado da Biomassa para a produção de Energia
Eléctrica
• O mercado de calor a biomassa no sector doméstico e
serviços
• Exemplo do que já se faz bem em Portugal
• Qualidade dos biocombustíveis sólidos
5. Estimativa do consumo de biomassa
florestal para energia
Sectores de consumo
2020
2008
2012
(ton/ano, 35%
w/w)
(ton/ano, 35%
w/w)
(ton/ano, 35%
w/w)
Centrais dedicadas
115.000
1.208.000
3.055.000
Centrais de
cogeração e outras
unidades industriais
801.000
831.000
851.000
-
700.000
1.000.000
916.000
2.040.000
4.906.000
Peletes(1)
Total
Fonte: Apuramentos do Grupo de Trabalho das Culturas Energéticas (GTCE) e CBE
(1)
Inclui a biomassa consumida durante o processo de fabrico e incluída nos
peletes, considerando uma produção de 632 Kton de pellets em 2010 .
6. Produção de biomassa florestal vs.
Consumo de biomassa para energia
Produção e consumo
Total
(1)
Produção média anual de
biomassa incl. áreas de
protecção
(ton/ano b.s.)
4.340.000 (1)
Produção média anual de
biomassa excl. áreas de
protecção
(ton/ano b.s.)
3.490.000 (1)
Previsão de
consumo em 2020
(ton/ano b.s.)
3.188.900
Fonte: “Avaliação do Potencial Nacional para o Aproveitamento da Biomassa para Fins Energéticos” Pedro Campilho, Lisboa 2010
A sustentabilidade da utilização da biomassa para produção de energia, nos
actuais moldes da silvicultura praticada em Portugal, estará deste modo
comprometida a médio prazo.
8. PNAER 2020
(RCM n.º 20/2013)
Electricidade
• PNAER 2020 é redefinido em função do cenário atual de excesso de
oferta de produção de eletricidade decorrente de uma redução da
procura;
• Redução de 18% na capacidade instalada em tecnologias baseadas em
FER em 2020 face ao PNAER de 2010, mas a quota de eletricidade de base
FER é superior (60% vs. 55%), tal como a meta global a alcançar (35% vs.
31%);
• BIOMASSA para Electricidade
• A capacidade instalada é de cerca de 662 MW, dos quais 459 MW em
cogeração e 117 MW em centrais dedicadas. Para 2020 prevê -se
uma capacidade instalada total de 769 MW.
• Aumento de capacidade relacionado com as 12 centrais já
adjudicadas (expectável que a entrada em exploração da maioria
destas centrais ocorra até 2015). ???
• A capacidade atribuída em centrais dedicadas será conciliada com a
disponibilização de biomassa florestal, sendo agilizada a concentração
de potência para a obtenção de economias de escala.
9. Estimativa do contributo da biomassa
sólida para produção de energia eléctrica
2010
MW
2013
GWh
MW
2020
GWh
MW
GWh
Centrais dedicadas
a Biomassa
203
1 175
226
1 266
305
1 708
Cogeração a biomassa
476
1627
459
2570
464
2598
Total centrais a
biomassa sólida
679
2802
685
3836
769
4306
Total FER
9 688
29 042
11 153
27 301
15 824
32300
% contribuição da
biomassa nas FER
7,01%
9,65%
6,14% 14,05%
4,86% 13,33%
Fonte: PNAER 2020, Resolução do Conselho de Ministros n.º 20/2013
Fonte: CBE
10. O mercado de calor a biomassa no sector
doméstico e serviços
11. Consumo de biomassa /Aquecimento
O uso de biomassa para o aquecimento e AQS é uma solução largamente implementada em
Portugal. A substituição das lareiras abertas a lenha por outros equipamentos de maior
rendimento, como os recuperadores de calor e caldeiras a peletes, será uma evolução
natural.
19. PNAER 2020
RCM n.º 20/2013
Aquecimento & Arrefecimento
• Estímulo ao desenvolvimento da utilização energética da biomassa,
sobretudo florestal, em particular no apoio aos equipamentos de
biomassa para aquecimento ambiente e AQS nos setores doméstico e nos
serviços públicos,
• Entre as FER, a biomassa representa a maior percentagem do consumo de
energia no aquecimento e arrefecimento (com um peso de 97% em
2010), tendo também um peso significativo no consumo de energia final,
correspondente a 7% do total em 2010.
• Em 2020 prevê-se que a utilização da biomassa venha ainda a ser
incrementada, em especial no setor doméstico, em consequência do
aumento expectável do preço dos combustíveis fósseis e da eletricidade.
• Será promovida gradualmente a utilização de sistemas a biomassa mais
eficientes e de melhor desempenho ambiental, nomeadamente
recuperadores de calor e caldeiras a pellets, o que contribuirá para
estabilizar o consumo desta FER.
20. Factores que influenciam o sucesso dos
sistemas de aquecimento &
arrefecimento a biomassa (1)
• Projecto
• Dimensionamento : O dimensionamento correcto leva à optimização das condições
de operação.
• Espaço disponível: Um sistema de aquecimento a biomassa necessita de espaço para
a caldeira, para o armazenamento e entrega do combustível
• Sistemas híbridos solar e biomassa : Permite na estação fria suprir as necessidades
energéticas (AQS + aquecimento) essencialmente com a componente a biomassa e na
estação quente utilizar apenas a componente solar para AQS
• Selecção dos Equipamentos
• Eficiência energética
• Selecção de equipamentos certificados (Marcação CE)
• Adaptação ao combustível a utilizar
21. Factores que influenciam o sucesso dos
sistemas de aquecimento &
arrefecimento a biomassa (2)
• Qualidade da Instalação
Instalação realizada por técnicos com formação adequada :
(DIRECTIVA DAS RENOVÁVEIS 2009/28/CE : Certificação de
instaladores)
• Operação e Manutenção
• Qualidade dos biocombustíveis
22. Exemplo do que já
se faz bem em
Portugal:
MODELO ESE
(Empresa de Serviços
Energéticos)
Venda de energia térmica
(para aquecimento e AQS),
produzida de forma eficiente,
a partir de biomassa (estilha)
23. Qualidade dos biocombustíveis sólidos
• A garantia de fornecimento de biomassa de qualidade é
fundamental para o crescimento do mercado de calor
• Regras transparentes na qualidade da matéria prima e nas
suas especificações são necessárias para conquistar a
confiança dos consumidores
• As normas europeias são a ferramenta apropriada para
definir a qualidade dos biocombustíveis.
• A experiência do CBE permite-lhe ser uma interface entre a
produção e o consumo de biocombustíveis sólidos, numa
perspectiva de garantia de qualidade e de apoio técnico.
24. Laboratório Especializado em
Biocombustíveis Sólidos do CBE (LEBS)
O LEBS realiza análises segundo as recentes Normas Europeias para os
Biocombustíveis Sólidos, criadas com o objectivo de uniformizar os
critérios de qualidade dos produtos biomássicos no espaço europeu.
25. Análises físico-químicas
realizadas no LEBS
Humidade total (EN 14774-1 e EN 14774-2)
Humidade numa amostra para análise (EN 14774-3)
Cinzas (EN 14775)
Matéria volátil (EN
15148)
Poder calorífico (EN 14918)
Densidade aparente (EN 15103)
Densidade da partícula (EN 15150)
Granulometria (EN 15149-1 e EN 15149-2)
Finos (EN 15210-1)
Dimensões de peletes (EN 16127)
Granulometria de peletes
desintegrados (EN 16126)
26. Análises físico-químicas
realizadas no LEBS (cont.)
Carbono, Hidrogénio e Azoto
(EN 15104)
Enxofre e Cloro (EN 15289)
As, Cd, Cr, Cu, Ni, Pb, e Zn
(EN 15297)
Resistência Mecânica de Peletes
(EN 15210-1)
27. PNAER 2020
“Dinamizar o
Centro de
Biomassa para a
Energia.
Dinamizar um
centro de
investigação,
certificação e
coordenação
global do sector
da biomassa.”
.
O contributo do CBE no controlo de qualidade e sensibilização para a
importância da utilização de biocombustíveis sólidos adaptados às
diferentes utilizações (calor doméstico, produção de electricidade,
etc.) é uma aposta para o desenvolvimento de um “cluster” da
indústria da biomassa