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Angela Francisca Mendez de Oliveira
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                                              CULTURA DIGITAL
...   portanto   para     se
compreender     a     escola
contemporânea,        faz-se
necessário entender o sujeito
pós-moderno em seu habitat
social.

 “A sociedade é o meio
ambiente      do     indivíduo
e, portanto, perturba e é por
ele perturbada”.
Lúcia Santaella, em seu livro "Linguagens Líquidas na Era
da Mobilidade" (2007), apresenta as cinco eras
tecnologicas comunicacionais que, conforme explica a
autora, coexistem e entretecem uma rede cerrada de
relações em que nenhuma delas é 'causa' das
demais,      todas se configuram como 'adjacências
históricas' fortemente articuladas (p.194).
A era da reprodutibilidade técnica é a época do
advento do jornal, da fotografia e do cinema. Santaelle
afirma que é a era que "lançou as sementes da cultura de
massa". Nasce aqui a estética do choque e se introduz o
automatismo e a mecanização da vida sob a luz das redes
de energia elétrica recém-inauguradas. Já se anunciava os
novos tempos: tempos dos prazeres fugazes do consumo
(p.195).
Santaella atribui ao leitor dessa era o caráter da movência
- um leitor movente que folheia o jornal com o mesmo
olhar alerta e descontínuo que lhe é exigido para a
orientação entre sinais, luzes e movimentos da grande
cidade.
Santaella conclui que as linguagens, "longe de
funcionarem como reflexos da realidade, agregam-se a
ela, constituem-se elas mesmas em partes da
realidade, aumentando sua densidade e complexidade.
Por isso mesmo, quanto mais as linguagens
crescem, junto com elas crescem a complexidade do real"
                        (p.213).
Gerada pelas tecnologias da imagem – da foto a TV -
, trata da ideia do reflexo. As formas de representação
(teatro, jornal, literatura, cinema), do século XIX até boa
parte do século XX, estavam marcadas pela ideia do
espelhamento: “A linguagem como espelho da realidade”.

 A metáfora do espelho, exemplifica Santaella, está por
trás da teoria da ideologia e da ideia de verdade
jornalística, essa pautada na convicção de que a verdade
está nos fatos. A linguagem para estes que bebem na
fonte da metáfora do espelho, são alimentadas pela
convicção de que a linguagem é mais ou menos
verdadeira quanto mais ou menos cumprir a função
especular.
Entram no mercado da indústria cultural o rádio e a
televisão que logo se expandem devido ao seu poder de
difusão - responsável pela ascensão da cultura de massas.
Santaella apresenta três etapas do cultivo das mídias
televisivas: primeiro eram canais únicos, depois chegaram
emissoras como a CNN e a MTV, e em sequência os reality
shows.
Controle remoto, videocassete, tv a cabo, enfim, uma
série de equipamentos foram surgindo, introduzindo um
tipo de mediação distinta daquela que está na base da
cultura de massa.
Tecnologias    de    pequeno    porte,   ou    mesmo
gadget, equipamentos feitos para atender a um tipo de
cultura "muito misturada" que Santaella chama de
"Cultura das Mídias" - que se distingue da lógica que
comanda a comunicação de massa, se diferencia da
comunicação via digital e do seu segmento chamado
"cultura da mobilidade".
"Essas tecnologias, equipamentos e as linguagens criadas
para circularem neles têm como principal característica
propiciar a escolha e o ‘individualizado’, em oposição ao
consumo massivo. São esses processos comunicativos
que considero como construtivos de uma cultura das
mídias. Foram eles que nos arrancaram da inércia da
recepção das mensagens impostas de fora e nos
treinaram para a busca da informação e do
entretenimento que desejamos encontrar”.
                                      (SANTAELLA, 2003)
Advento da internet, o universo de informações ao
alcance das pontas dos dedos. O espaço virtual -
ciberespaço - ganha força a partir da tecnologia
da telecomunicação: "um espaço que está em todo lugar
e em lugar nenhum" (p.198).
Um espaço, explica ainda a autora, que nos traz um fluxo
de linguagem multimídia, cujas características principais
são a mutação e a multiplicidade. As tecnologias de
acesso são tecnologias da inteligência que modificam os
modos de armazenamento, manipulação e diálogo com
as informações (p.199).
Vivemos uma outra era, baseada nas propriedades das
ondas eletromagnéticas. Santaella coloca que, com o
ciberespaço, a metáfora passa a ser a do universo
paralelos: "de um lado o mundo real; de outro, o mundo
virtual"(p.214). O computador e a rede não podem mais
ser vistos como mera extensão do nosso corpo, explica a
autora, mas como um espaço, um ambiente com novas
formas de pensar, de interagir e de viver nesse espaço
que se amplia para além do mundo físico (p.215).
As gerações tecnológicas, diz Santaella, não ocorrem por
salto. A medida que a comunicação entre as pessoas e o
acesso à internet e à informação desprenderam-se dos
filamentos, todo o ambiente urbano foi adquirindo um
novo desenho resultante da interferência e intromissão
do virtual na vida real (p.199).
As tecnologias móveis foram sendo incorporadas pelas
pessoas, numa interface de linguagens tão amigáveis que
analfabetos e crianças conseguem interagir com elas...
Essa geração de tecnologias é constituída por "uma rede
móvel de pessoas e tecnologias nômades que operam em
espaços físicos não contíguos". Para fazer parte desse
espaço, uma pessoa (um nó) não precisa compartilhar o
mesmo espaço geográfico com o outro , pois trata-se de
um espaço híbrido, criado justamente pela fusão de
lugares diferentes e desconectados.
“Ferramentas de adaptação a um universo urbano de
fluxo intenso, onde o leitor/interador está sempre
envolvido em mais de uma atividade, relacionando-se
com mais de um dispositivo e desempenhando tarefas
múltiplas e não correlatas”. (SANTAELLA, p.200)
Os espaços intersticiais, conforme explica Santaella, surge
da interseção do físico com o virtual e a metáfora dos
espaços intersticiais representa essas mudanças mais
recentes no mundo da comunicação e sua cultura.

As novas práticas de acesso virtuais (tecnologias
portáteis) estão construindo um espaço de mistura
inextricável entre o virtual (o ciberespaço) e o físico, e o
contexto urbano é onde ocorrem essas interseções.
Mas, diz a autora, o espaço virtual não veio para
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                           (p.218).
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Inclusão Digital: TICs em sala de aula

  • 2. CULTURA ORAL CULTURA ESCRITA CULTURA IMPRESSA CULTURA DE MASSAS CULTURA DAS MÍDIAS CULTURA DIGITAL
  • 3. ... portanto para se compreender a escola contemporânea, faz-se necessário entender o sujeito pós-moderno em seu habitat social. “A sociedade é o meio ambiente do indivíduo e, portanto, perturba e é por ele perturbada”.
  • 4. Lúcia Santaella, em seu livro "Linguagens Líquidas na Era da Mobilidade" (2007), apresenta as cinco eras tecnologicas comunicacionais que, conforme explica a autora, coexistem e entretecem uma rede cerrada de relações em que nenhuma delas é 'causa' das demais, todas se configuram como 'adjacências históricas' fortemente articuladas (p.194).
  • 5. A era da reprodutibilidade técnica é a época do advento do jornal, da fotografia e do cinema. Santaelle afirma que é a era que "lançou as sementes da cultura de massa". Nasce aqui a estética do choque e se introduz o automatismo e a mecanização da vida sob a luz das redes de energia elétrica recém-inauguradas. Já se anunciava os novos tempos: tempos dos prazeres fugazes do consumo (p.195).
  • 6. Santaella atribui ao leitor dessa era o caráter da movência - um leitor movente que folheia o jornal com o mesmo olhar alerta e descontínuo que lhe é exigido para a orientação entre sinais, luzes e movimentos da grande cidade.
  • 7. Santaella conclui que as linguagens, "longe de funcionarem como reflexos da realidade, agregam-se a ela, constituem-se elas mesmas em partes da realidade, aumentando sua densidade e complexidade. Por isso mesmo, quanto mais as linguagens crescem, junto com elas crescem a complexidade do real" (p.213).
  • 8. Gerada pelas tecnologias da imagem – da foto a TV - , trata da ideia do reflexo. As formas de representação (teatro, jornal, literatura, cinema), do século XIX até boa parte do século XX, estavam marcadas pela ideia do espelhamento: “A linguagem como espelho da realidade”. A metáfora do espelho, exemplifica Santaella, está por trás da teoria da ideologia e da ideia de verdade jornalística, essa pautada na convicção de que a verdade está nos fatos. A linguagem para estes que bebem na fonte da metáfora do espelho, são alimentadas pela convicção de que a linguagem é mais ou menos verdadeira quanto mais ou menos cumprir a função especular.
  • 9. Entram no mercado da indústria cultural o rádio e a televisão que logo se expandem devido ao seu poder de difusão - responsável pela ascensão da cultura de massas. Santaella apresenta três etapas do cultivo das mídias televisivas: primeiro eram canais únicos, depois chegaram emissoras como a CNN e a MTV, e em sequência os reality shows.
  • 10. Controle remoto, videocassete, tv a cabo, enfim, uma série de equipamentos foram surgindo, introduzindo um tipo de mediação distinta daquela que está na base da cultura de massa.
  • 11. Tecnologias de pequeno porte, ou mesmo gadget, equipamentos feitos para atender a um tipo de cultura "muito misturada" que Santaella chama de "Cultura das Mídias" - que se distingue da lógica que comanda a comunicação de massa, se diferencia da comunicação via digital e do seu segmento chamado "cultura da mobilidade".
  • 12. "Essas tecnologias, equipamentos e as linguagens criadas para circularem neles têm como principal característica propiciar a escolha e o ‘individualizado’, em oposição ao consumo massivo. São esses processos comunicativos que considero como construtivos de uma cultura das mídias. Foram eles que nos arrancaram da inércia da recepção das mensagens impostas de fora e nos treinaram para a busca da informação e do entretenimento que desejamos encontrar”. (SANTAELLA, 2003)
  • 13. Advento da internet, o universo de informações ao alcance das pontas dos dedos. O espaço virtual - ciberespaço - ganha força a partir da tecnologia da telecomunicação: "um espaço que está em todo lugar e em lugar nenhum" (p.198).
  • 14. Um espaço, explica ainda a autora, que nos traz um fluxo de linguagem multimídia, cujas características principais são a mutação e a multiplicidade. As tecnologias de acesso são tecnologias da inteligência que modificam os modos de armazenamento, manipulação e diálogo com as informações (p.199).
  • 15. Vivemos uma outra era, baseada nas propriedades das ondas eletromagnéticas. Santaella coloca que, com o ciberespaço, a metáfora passa a ser a do universo paralelos: "de um lado o mundo real; de outro, o mundo virtual"(p.214). O computador e a rede não podem mais ser vistos como mera extensão do nosso corpo, explica a autora, mas como um espaço, um ambiente com novas formas de pensar, de interagir e de viver nesse espaço que se amplia para além do mundo físico (p.215).
  • 16. As gerações tecnológicas, diz Santaella, não ocorrem por salto. A medida que a comunicação entre as pessoas e o acesso à internet e à informação desprenderam-se dos filamentos, todo o ambiente urbano foi adquirindo um novo desenho resultante da interferência e intromissão do virtual na vida real (p.199).
  • 17. As tecnologias móveis foram sendo incorporadas pelas pessoas, numa interface de linguagens tão amigáveis que analfabetos e crianças conseguem interagir com elas...
  • 18. Essa geração de tecnologias é constituída por "uma rede móvel de pessoas e tecnologias nômades que operam em espaços físicos não contíguos". Para fazer parte desse espaço, uma pessoa (um nó) não precisa compartilhar o mesmo espaço geográfico com o outro , pois trata-se de um espaço híbrido, criado justamente pela fusão de lugares diferentes e desconectados.
  • 19. “Ferramentas de adaptação a um universo urbano de fluxo intenso, onde o leitor/interador está sempre envolvido em mais de uma atividade, relacionando-se com mais de um dispositivo e desempenhando tarefas múltiplas e não correlatas”. (SANTAELLA, p.200)
  • 20.
  • 21. Os espaços intersticiais, conforme explica Santaella, surge da interseção do físico com o virtual e a metáfora dos espaços intersticiais representa essas mudanças mais recentes no mundo da comunicação e sua cultura. As novas práticas de acesso virtuais (tecnologias portáteis) estão construindo um espaço de mistura inextricável entre o virtual (o ciberespaço) e o físico, e o contexto urbano é onde ocorrem essas interseções. Mas, diz a autora, o espaço virtual não veio para substituir o físico, mas para adicionar funcionalidade a ele (p.218).