O documento descreve a biodiversidade da praia do Paraíso em Leça da Palmeira, Portugal. Aborda conceitos como biodiversidade, dunas, zonas intertidal e sublitoral, e os organismos encontrados nestas zonas, incluindo mexilhões, algas e crustáceos. Explica também como as marés afetam a distribuição dos organismos nesta região costeira.
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Ciências Naturais
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Biodiversidade da praia do Paraísoem Leça da Palmeira
Introdução:
Com este trabalho pretendemos mostrar-vos os “segredos” que uma simples praia em Leça da
Palmeira esconde… Vamos
abordar os seguintes tópicos:
Conceito de biodiversidade;
Dunas;
Impacto da ocupação antrópica;
Sublitoral;
Importância das marés;
Zona intertidal;
Biodiversidade
A biodiversidade é a grande variedade de seres vivos que vive num determinado ambiente. Os
ambientes aquáticos ocupam a maior parte da Terra e dividem-se em ambientes marinhos
(como oceanos, mares e regiões costeiras) e em ambientes de água doce (como lagos, lagoas,
ribeiros, rios e pântanos).
Dunas
As dunas são barreiras naturais de protecção às investidas do mar para o interior e também
são formações geológicas muito sensíveis à erosão marítima, eólica e humana. A maior parte
do sistema dunar está bastante danificada devido à intervenção humana. (Vila Nova de Gaia)
Um conjunto de fatores abióticos e bióticos regulam a distribuição dos organismos bentónicos
no litoral, tornando-a gradual e estratificada, de acordo com os diferentes tipos de adaptações
que as espécies foram desenvolvendo ao longo da sua evolução. A este tipo de povoamento
ordenado e estratificado criando um sistema de andares, dá-se o nome de zonação.
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Sublitoral
O sublitoral estende-se até ao limite da plataforma continental, atingindo uma profundidade
entre os 200 e 300 m. A extensão da plataforma continental é variável, havendo locais nas
costas europeias com dezenas de quilómetros de declive suave, terminando abruptamente nas
encostas abissais ou vertentes continentais.
A franja sublitoral fica a descoberto durante as marés baixas das águas vivas, e é caracterizada
pelas macroalgas castanhas, por uma cintura de algas vermelhas e pela ocorrência de
organismos de zonas mais profundas.
Poças de maré
As poças de maré são cavidades rochosas cheias de água, que ficam separadas do mar durante
a mare baixa, por períodos variáveis, onde vivem e se refugiam muitos organismos.
Características: Relacionam-se com a duração do isolamento e com o volume. Quanto
maior a profundidade e o volume de agua, mais estável é o ambiente e mais lentas são
as alterações de temperatura e salinidade durante o isolamento imposto.
Marés
As marés são variações regulares do nível do mar causadas pela atração gravitacional
da Lua e do Sol.
Como o mar é um meio contínuo, muito mais homogéneo que o meio terrestre, a natureza e
intensidade dos fatores ambientais variam com a profundidade, com a distância à costa,
etc…Combinando-se para criar uma série de zonas com características próprias, povoadas por
formas de vida igualmente bem adaptadas às condições de cada uma (zona).Considerando a
relação dos organismos com o fundo, distinguem-se duas zonas:
• Domínio bentónico, que corresponde à zona de fundo e, que por consequência, pertencem a
ele quer as espécies fixas, quer as móveis que têm uma estreita relação com o fundo marinho .
• Domínio pelágico, que corresponde ao resto da massa de água e cujas espécies vivem sem
nenhuma relação direta com o fundo marinho.
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Eulitoral
O eulitoral é a verdadeira zona das marés, o intertidal, que, em relação ao supralitoral,
apresenta um número muito maior de espécies marinhas, situa-se entre o nível máximo da
maré alta equinocial e o nível médio da maré baixa das águas vivas, sujeita a duas emersões e
duas emersões alternadas por dia.
O Eulitoral, que é constituído por três partes:
- Oeulitoral inferior é dominado pelos recifes de barroeira Sabellaria alveolata, as algas
vermelhas Chondrus crispus e Mastocarpus stellatus podem formar uma pequena “cintura”
- No eulitoral médio as rochas são cobertas com povoamentos de mexilhões Mytilus
galloprovincialis, e nas poças domina a alga calcária Lithopyllum inincrustans.
- No eulitoral superior existe uma “cintura” de cracas (género Chthamalus) e lapas (género
Patella), algumas rochas são colonizadas com algas verdes do género Enteromorpha, e a areia
entre as rochas é povoada por crustáceos anfípodes, poliquetas e alguns bivalves.
Supralitoral
O supralitoral é caracterizado pela presença de organismos que nunca ou raramente estão
submersos, mas que requerem um grau de humidade relativamente alto. Situa-se entre o
domínio terrestre e o nível máximo da maré-alta equinocial, estando sujeito apenas a receber
as gotas de água das ondas ficando só muito raramente coberto de água. A sua extensão
vertical depende da exposição e do perfil da costa e do alcance das ondas.
É também nesta zona que podemos observar as poças de maré, formadas devido a depressões
ou fendas existentes nas plataformas rochosas, que retêm a água do mar durante a baixa-mar.
Quanto mais alta se situar a poça, mais extremas serão as condições da mesma, devido ao
longo período que esta permanece sem efetuar uma renovação de água.
O limite superior do infralitoral situa-se no nível mais baixo da maré equinocial, onde os
organismos que formam os povoamentos estão sempre em imersão ou raramente em eros.O
seu limite inferior, por volta dos 30 metros de profundidade, é coincidente com apresentadas f
nerogâmicas e das algas fitófilas. Este limite varia com as regiões geográficas, dependendo da
penetração dos raios solares, ou seja, varia de acordo com a transparência das aguas. O
circalitoral estende-se desde o limite inferior do infralitoral ate às profundidades máximas
compatíveis com a presença das algas ciáfilas sem que a presença deste tipo de algas seja
obrigatório. Estas, apenas necessitam de uma baixa luminosidade para sobreviverem. É uma
zona, ao contrário da anterior, dominada essencialmente por animais.
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Na nossa visita de estudo à Praia do Paraíso (que se situa em Leça da Palmeira) observamos
uma diversidade de seres vivos entre os quais: